WhatsApp Image 2020-12-16 at 11.31.49 (1) Beatriz Schwab, idealizadora da feira, comercializa artigos produzidos pelas grifes Casa Madeira e Vinotage, ambas da Famiglia Valduga. Crédito: Su Maestri/Divulgação

Feira na Asa Sul é opção de local para fazer as compras de Natal

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Garimpar presentes para pai, mãe, marido, mulher, filhos, avós, netos, amigos queridos, colaboradores e parentes próximos que integram o grupo de Amigo Oculto faz parte da rotina dos dias que antecedem o Natal. Contudo, a presença do novo coronavírus está fazendo com que se tenha de evitar lugares fechados e aglomeração e se passe a procurar espaços abertos nos quais corre o ar e ofereçam alguma segurança.

Neste sentido, a Feira da Garrafeira, que se realiza todos os sábados pela manhã, na 215 Sul, surge como boa opção, especialmente nesse fim de semana, quando irá funcionar três dias seguidos nos seguintes horários: sexta, de 13h às 18h; sábado e domingo, das 9h às 15h.

Montada em forma de banquinhas, a feira traz um misto de sabores artesanais e quase nenhum manufaturado. Trata-se de “um lugar onde você encontra muitos produtos para sua casa e qualidade de vida”, afirma a idealizadora Beatriz Schwab, fundadora do Instituto Chamaeleon, que atende mulheres e crianças vítimas de violência. A feira, porém, foi uma iniciativa do grupo Mulheres de Sucesso, fundado há oito anos e reúne mais de 150 sócias. “Elas justamente procuravam um lugar onde pudessem expor e comercializar o trabalho, quando identificamos o vão livre entre os Blocos A e B da 215 Sul, gentilmente cedido pelo proprietário da loja de vinhos A Garrafeira, Carlos Medeiros”, informa a líder.

Delícias defumadas

Se você ainda não conhece vai se surpreender com os produtos da Goyás Caipira e Artesanal, grife caseira de embutidos que funciona no Guará, num fundo de quintal onde são mantidos os defumadores das peças, como a copa suína defumada (R$ 45), além da calabresa, lombo, pancetta, peito de frango, bacon, linguiça de pernil com e sem pimenta. O produtor PH Caovilla garante que prepara as carnes sem química e ele próprio é quem apresenta as iguarias e oferece prova na feirinha.

Cleilson Bezerra, fundador da Charcutaria Candanga. Crédito: Su Maestri/Divulgação

Outra presença que é muito constante aos sábados é da dupla Gilceana Galerane e Cleilson Bezerra. A partir de 2018, eles desenvolveram a Charcutaria Candanga, cuja “ideia inicial era apenas incorporar um hobby como forma de agradar a família nos fins de semana, produzindo linguiças artesanais”, relembra Gil, como é chamada na família. Os amigos gostaram, o pequeno negócio se ampliou e Cleilson se especializou por meio de cursos passando a produzir salsichas do tipo alemãs e defumados. Há oito sabores de linguiças, além de salsichões e salsichas que podem ser apenas pré-cozidas. A marca está presente em bares, empórios e restaurantes e aceita encomendas por whatsapp ou redes sociais e a produção é limitada para garantir o frescor e a qualidade. Destaque para a saborosa manta recheada em formato retangular que pode vir em três sabores: cheddar e bacon defumado; tomate seco, rúcula e muçarela e queijo coalho. Qualquer um sai por R$ 22 (500g).

Árvore de queijos confeccionada pela grife O Bão de Minas. Crédito: O Bão de Minas/Divulgação

Diretamente de Minas Gerais vêm queijos artesanais, pão-de-queijo, doces, biscoitos, geleias, mel e também embutidos, como linguiças e salames para o espaço que se chama O Bão de Minas. A carioca Juliana Diniz e o mineiro Wanderson Silva administram o negócio que traz o famoso doce de leite de Viçosa. Nesse, que é o último fim de semana da feira, ela promete montar uma árvore natalina…de queijo.

Doces, salgados e café

Com as duas primeiras letras de seu nome, a doceira Michelle Flaviane criou a grife Mi-doces, confeccionada em casa e oferecida aos sábados. São brigadeiros tradicionais (R$ 3,50 a unidade), bolo no pote, doces personalizados, tortas como red velvet, naked, alemã e de limão por R$ 25, 600g. Já Tammy Inglez, formada em engenharia mecânica e trabalhando em home office, que adora cozinhar, optou por fabricar deliciosos cookies que vende também congelados para você levar para casa.

No reino dos salgados, não dá para não levar o bolo de banana que Moema Brochado deixa super saudável sem usar açúcar, nem farinha. Tem também um pão caseiro de cebola que pode degustar com a geleia de pimentão, o patê de fígado de galinha ou a musse de alho com ricota por R$ 8 o potinho de 180g — tudo na banquinha Delícias da Mema, apelido da autora de criança. A banqueteira Maria das Graças também encontra tempo para apresentar suas comidinhas, como quiches, pão de queijo e outras iguarias que saem do bufê Sabor com arte.

Totalmente exclusivo é o sabor do Coffe Gripp, cuja colheita no Alto Jequitibá, Serra do Caparaó (MG) é realizada somente quando os grãos estão maduros e robustos. Cem por cento arábica o café pode vir em grãos ou em pó estando disponível ao lado de uma extensa linha de acessórios que Marilene Carvalho teve o bom gosto de selecionar.

Flor, cosméticos e óleos

Coube à paisagista Fátima Faro, pertencente a uma família portuguesa, apresentar a peça mais inusitada da feira: Kokedama, que é uma bola de musgo com raiz semelhante ao do bonsai, que não cresce. Só precisa aguar duas ou três vezes por semana. Suspensas dentro de casa podem portar flores, folhas e ervas como as aromáticas usadas na gastronomia. “Os chefs têm me pedido muito, porque além de decorar o ambiente e perfumar o ambiente são usadas no tempero, como hortelã e manjericão”, revela Fátima. A de manjericão sai por R$ 30.

Você ainda encontra sugestão de presentes na banquinha Mahogany, de Gilse Alves, que tem perfume, sabonete e bonitos vidros decorativos, na Experiência do lar, de Diva Teixeira, artesã que confecciona guardanapos natalinos, almofadas e capas de sousplat e ainda na de Monique Mihessen com artigos de cozinha, como lindas tábuas de madeira e pratos de acrílico e de cerâmica que podem ir ao forno.

A primeira grife a despontar na feira, aberta uma semana antes do início da pandemia e logo interrompida para voltar só em julho, foi a Famiglia Valduga, defendida por Bia Schwab, como é conhecida a fundadora que representa em Brasília dois braços importantes da centenária marca gaúcha: Casa Madeira, de sucos, chás, geleias e creme balsâmico e pimentas e Vinotage, de cosméticos feitos com sementes e óleos das uvas, como Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Além disso, há outros produtos do Sul, como o azeite os biscoitos artesanais Italinni de vários sabores, inclusive cappuccino, e o chocolate Devorata, que tem as melhores trufas brasileiras.

Outro produto tão antigo quanto a Bíblia, mas que agora entrou na moda são os óleos essenciais. Usados para aromatizar a casa e roupas de cama, estão servindo também à gastronomia, como os aromas de alecrim e orégano. Quem entende disso é Bette Maria consultora da marca do Terra. Ao concluir a edição especial de Natal no domingo, a Feira da Garrafeira encerra as atividades este ano e voltará a funcionar no dia 16 de janeiro de 2021.

Experiência no vinho

Carlos Medeiros dono da loja A Garrafeira, onde se realiza a feira, apresentando o vinho goiano Terroir Girassol, que colocou em promoção de R$180 por R$ 159. Crédito: Su Maestri/Divulgação

Quem primeiro teve a ideia de aproveitar o espaço contíguo à loja de esquina do Bloco A foi o empresário gaúcho Carlos Medeiros, que atua no mundo de vinhos há quase quatro décadas. Começou em 1981 numa loja no Cine Centro São Francisco em parceria com o irmão Paulo, que até hoje mantém a Adega Don Raphael. Carlos, por sua vez, abriu A Garrafeira 20 anos mais tarde na 311 Sul com a venda exclusiva de rótulos brasileiros e, em 2018, transferiu o negócio para a 215 Sul, onde estendeu as vendas para vinhos importados de mais de 30 países.

De algumas vinícolas, como a Miolo, a loja dispõe de todos os produtos. Como a coleção Seven Legendaries (R$ 1.900), que vem numa caixa de madeira e mostram o potencial do vinho brasileiro. Os sete ícones são: Testardi Sirah, Merlot Terroir, Lote 43, Quinta do Seival Cabernet Sauvignon, Quinta do Seival Castas Portuguesas, Sesmarias e Vinhas Velhas Tannat.

Outro destaque é o Tempranillo Sepé, produzido em São Borja (RS) por Sergio Malgarim foi eleito por dois anos consecutivos o melhor do Brasil e sai por R$ 350 a garrafa. Você também poderá encontrar lá vinhos mineiros, como os da linha Dom de Minas da vinícola de Luiz Porto e até de Goiás. O Sirah, produzido por Sérgio Rezende com o nome de Girassol, está em promoção por R$ 159.

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