Chico Paiva recebe Outorga da Medalha do Mérito Legislativo em nome de sua avó

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Por Eduarda Esposito – Ocorreu hoje (4/12) a sessão de Outorga da Medalha do Mérito Legislativo na Câmara dos Deputados. Várias personalidades brasileiras foram homenageadas e uma delas foi Eunice Paiva, ativista dos direitos humanos e esposa do deputado Rubens Paiva, que teve seu mandato cassado durante a ditadura militar. Outro Paiva também homenageado foi o filho de Rubens e Eunice, o escritor e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva.

Chico Paiva, neto de Eunice, foi quem recebeu a medalha pela avó. À coluna, Chico comentou sobre o filme “Eu ainda estou aqui”, que relata sobre o desaparecimento e assassinato de Rubens Paiva durante a ditadura militar, o tempo em que ele foi lançado, além da honra de receber a medalha em nome de Eunice Paiva.

“O timing foi realmente auspicioso. A gente não poderia imaginar que sairia no meio a tantas denúncias e fatos, que vêm à tona, sobre uma possível tentativa de golpe nas eleições de 2022. É importante que o filme conte a história de um lado humanizado e transforme em algo palpável os horrores da ditadura e o que ela causa. Então, como a minha avó sempre dizia: o crime do golpe militar não foi só contra a nossa família, foi contra o país, foi uma luta coletiva. Assim como existe a família Paiva tem milhares de outras famílias que também foram destruídas pelos crimes cometidos na ditadura. É para lembrar que a gente não quer nunca mais voltar para aquele período, onde você poderia invadir a casa de uma família e tirar alguém de lá sem dar nenhuma explicação”, ressaltou.

Ainda sobre o filme, Chico disse que a cena da foto foi emblemática. “Tem uma cena icônica em que a minha avó pediu pra família toda sorrir na foto porque ela entendia que quando você abaixa a cabeça, você mostra que os ditadores estão vencendo a batalha”, contou. Chico também comentou a semelhança da atriz Fernanda Torres ao interpretar sua avó. “Quem conheceu minha avó sabe que ela está idêntica!”, afirmou. Chico ainda confessou que um dos melhores presentes do filme foi poder fazer amizade com Fernanda.

Chico também lembrou que, infelizmente, algumas família ainda sofrem a violência política nos dias de hoje e citou o caso da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, que foi assassinada junto ao seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. “Até hoje, em tempos democráticos, a gente vê muitas famílias que sofreram a violência de estado e violência política. Tem casos famosos como de Marielle, que foi assassinada pela sua atuação política por uma organização que estava dentro do estado do Rio de Janeiro. Você vê policiais militares, o conselheiro do Tribunal de Contas, o chefe da polícia civil, estavam todos envolvidos”, lamentou.

Paiva comentou também que sente uma honra enorme em receber essa homenagem por sua avó. “Para nós é uma honra muito grande. Para mim, pessoalmente, tem sido uma experiência muito única, porque quando eu nasci já era uma coisa muito cicatrizada na família, então nunca vi minha mãe sofrendo, minha avó chorando, já era uma coisa recuperada. A figura do meu avô é quase como uma figura histórica, eu ouvia as histórias, mas não tinha vivido pessoalmente aquilo. E agora, vir aqui receber em nome de minha avó, ver a repercussão que isso tem nas pessoas e que vêm falar comigo, tenho muito orgulho e honra. Também em ver a repercussão do filme e, por outro lado, ver o cinema nacional brilhando mais uma vez, sendo falado no mundo inteiro, sendo elogiado. A gente, que passou por um período agora na gestão anterior em que a cultura foi muito escanteada, agora ver um certo renascimento e o cinema brasileiro sendo reconhecido internacionalmente, dá um orgulho para nós”, comemorou.

Por fim, Chico ainda ressaltou que pessoas, de diferentes ideologias, veem o filme e sentem como a ditadura foi horrível, sem ligar esse tempo a uma briga política. “Eu tenho recebido muitos mensagens, muitos relatos de pessoas que até são de direita, pessoas que podem até ter votado no Bolsonaro, mas que quando veem o filme, se sentem sensibilizadas com os horrores. A gente fica discutindo o que foi o período da ditadura, como uma coisa Lula contra Bolsonaro, uma coisa meio eleitoral, e quando você humaniza e personifica aquilo na dor de uma família, na luta de uma mãe, você consegue atingir todos os aspectos políticos. Todo mundo sente a dor que aquela família viveu. Então que o filme possa servir pra isso, uma lembrança, um ensinamento até para as gerações mais novas que estão mais distantes da ditadura e tem que lutar pela nossa democracia. Outra coisa que minha avó sempre dizia é que: a democracia ela não é dada, ela é uma luta constante, então se você relaxar, você pode perder”, alertou.

Em último evento do ano, FPLM debte sobre patente e a proteção de direito intelctual

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Por Eduarda Esposito – Hoje (4/12) o Instituto pelo Livre Mercado (ILM), ligado à Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), promoveu um café da manhã debate sobre patentes no Brasil e no mundo. O instituto reuniu acadêmicos e representantes do Governo para falar sobre o processo de patente no Brasil.

O presidente da FPLM, o deputado deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) destacou a importância do tema para atrair investimentos e proteger criações. “É importante falar sobre esse tema porque tange a questão de propriedade privada. Precisamos falar sobre o que o governo precisa fazer, se de fato as nossas agências são mais letárgicas no registro de marcas e patentes e se a proteção que temos no país é adequada. Lembrando que ideias também são propriedade privada, e, pela morosidade de registro, significa que ela pode ser copiada e que você pode perder sua ideia. O que não faz sentido para qualquer investidor”, declarou.

O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) também destacou a importância do Brasil neste setor, mesmo que enfrente alguns problemas quanto ao registro. “Essa é uma que nós trabalhamos e atuamos há muito tempo. O Brasil tem, apesar da dificuldade e morosidade no registro, o reconhecimento internacional grande, inclusive, os escritórios brasileiros são os maiores do mundo na área de marcas e patentes”, ressaltou.

O professor Wladimir Maciel da Universidade Mackenzie, demonstrou os problemas do Brasil no registro de patente e como está sua posição se comparado a outros países do mundo. “A gente tem um desafio muito grande devido a reindustrialização porque as condições necessárias para isso é ter um abiente de negócios e segurança jurídica. AInda estamos mais perto de seis anos do que dois anos, para o registro de uma patente. Estamos em um situação que é um pouco cinzenta, a gente está necessitando de uma melhoria nos nossos padrões e avaliação e prazos na concessão de patentes”, explicou.

Maciel também explicou que o Brasil está abaixo do que poderia fazer, de acordo com o acadêmico, há a meta de chegar a dois anos o tempo para aprovação de uma patente. Hoje esse prazo é de 4,2 anos. “Ficamos atrás de países do BRIC, não comparado a China, mas sim a Índia que, há 10 anos era muito parecida conosco, e hoje avançou muito. Então, do ponto de vista do desempenho. Em geral, a gente não piorou, mas não melhoramos o suficiente e por isso ficamos menso atrativos para os investimentos domésticos ou estrangeiros. E hoje, a Índia teve um avanço muito grande, e tem como lema ser a nação das startups”, comentou.

A professora de direito de Geneva Emily Morris falou sobre como funciona o sistema nos Estados Unidos focado na indústria farmacêutica. Morris abordou principalmente a importância de proteção de patentes para a inovação. “Diminuir o tempo de ter uma patente aumentao valor de ter uma e o que as empresas podem ter de lucro e recuperar o investimento dessa patente”, afirmou. De acordo com a professora, atualmente, para se estudar algo novo na indústri farmacêutica nos EUA custa em torno de U$ 2,7 bilhões, e isso na fase de testes, porque os estudos com remédios são muito caros.

Em sua visão, quanto mais rápido a concessão, mas rápido as empresas podem testar os medicamentos e vender. “A tecnologia é muita cara, é muito arriscado investir em tanta tecnologia, ainda mais que precisa passar pela Food and Drug Administration (FDA) e precisa testar por muito tempo. Morris ressaltou que os países que entenderam a importância do registro de marca, entenderam que estão protegendo investimentos. Alguns deles são: EUA, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e China. MOrris também mostrou países das Améria Central e Sul que foram pelo mesmo caminho: Chile, Guatemala, El Salvador e Nicarágua.

Investimentos nacionais

O representante do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Dr. Hiraldo Almeida, destaca que a segurança e o registro de patente é muito importante para o desenvolvimento da tecnologia nacional. “Apoiar as patentes é apoiar o nosso ecossistema de inovação”, afirmou.

À coluna, Almeida explicou que toda universidade precisa ter um núcleo de inovação tencológica e a instituição formula a política para proteção de propriedade intelectual. “A medida que é identificado um trabalho acadêmico em desenvolvimento dentro da universidade, que é passível de proteção, esse núcleo atua para que a pesquisa seja protegida e registrada. Esse núcleo também tem a função de buscar empresas que tenham interesse em explorar essa patente, através de um acordo mediante royalties, pagando pelo uso dessa patente que foi desenvolvida dentro da universidade”, comentou.

Essa é uma forma das instituições privadas e públicas do Brsil de financiar seus estudos e desenvolver soluções nacionais em vários setores. Hirldo destacou o exemplo da Universidde Federam de Minas Gerais. “A UFMG tem um núcleo muito atuante que hoje já está colhendo os resultados disso. Recentemente, uma empresa de mais de R$ 400 milhões foi vendida e a universidade recebeu parte desse capital que foi negociado quando ela transferiu a tecnologia para essa empresa. “, exemplificou.

Hiraldo também destacou a importância em se reduzir o tempo para conseguir uma patente e disse que o Brasil vem aprimorando e buscando esse esforço para estar dentro dos padrões internacionais. “E como foi debatido, a importância de redução dos prazos e a gente vê todo o esforço que o país tem feito pra reduzi-los. Até 2019, os nossos prazos eram de 12 anos, em média, para poder obter uma patente. Agora nós já temos 3.9 anos, que se enquadra dentro do padrão internacional, que é de dois a quatro anos”, comentou.

*A jornalista foi convidada pela FPLM

Para votar PEC do pacote fiscal na CCJ, oposição negocia PEC do BNDES

Caroline de Toni
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Caroline de Toni
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) – Crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ao receber da Presidência da Câmara a proposta de emenda constitucional (PEC) do pacote de contenção de gastos, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Caroline de Toni (PL-SC), aceitou colocar a matéria em votação extra-pauta na sessão de amanhã, desde que os governistas acolhessem outro projeto, apresentado pelo deputado Mendonça Filho (União-PE), no início de 2023. O texto de Mendonça dá ao Congresso Nacional competência para autorizar ou negar financiamentos internacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com três semanas para terminar o período legislativo e com pressa para votar o pacote de gastos, o governo não tem mais como evitar que essa PEC seja apreciada. E na CCJ, o ânimo da oposição vai no sentido de “é pegar pu largar”.

Desde que o presidente Lula assumiu o poder, os deputados e senadores tentam aumentar seu poder sobre os empréstimos do BNDES. Mendonça Filho, por exemplo, não se conforma com os recursos que foram parar no Porto de Mariel, em Cuba; hidrelétricas no Equador, o metrô de Cidade do Panamá, linhas do metrô de Caracas (Venezuela).  “Enquanto isso, o Brasil continua com carência de infra-estrutura”, diz.

Emendas

     A manobra de Caroline de Toni, combinada com demais partidos para colocar essa PEC em pauta, é apenas um dos movimentos que a oposição pretende fazer para negociar com o pacote fiscal do governo.  O principal ponto é aq questão das emendas e as ressalvas de Flávio Dino para liberá-las. Os congressistas consideram que o texto aprovado no Parlamento já era suficiente. O dia foi de reuniões para tentar resolve o impasse, porém, até agora não houve acordo.

“Confisco!”, “loucura total!”

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Coluna Brasília/DF, publicada em 1º de dezembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

Foi assim que boa parte dos empresários reagiu em seus grupos fechados de WhatsApp ao ler o texto do projeto de contenção de despesas anunciado pelo governo. Alguns consideram que em nenhum momento o governo avisou que colocaria na proposta a possibilidade de restringir a compensação de impostos, caso no ano anterior tivesse havido deficit. A leitura deles é a de que, se o governo gastar demais, os créditos ficarão represados.

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Pense numa revolta/ Na véspera da divulgação do texto, o CEO do grupo Cosan, Rubens Ometto, já havia reclamado diretamente ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o governo não querer resolver o deficit fiscal. Num evento do grupo Esfera, fundado pelo empresário João Camargo, Ometto disse que há uma “política de partido”, de não querer resolver o deficit. “Aí, o juro vai subindo, vai subindo. Investimentos não vão acontecer. Empresário não vai investir com essas taxas de juros. (…) Eu me preocupo. Estamos ferrados. A alta administração do nosso país acha que está certo e não quer fazer nada”, comentou.

Riscos & apostas I

Dezembro chegou e, até agora, deputados não viram a liberação das emendas. Se não sair amanhã, vai ter um grupo indisposto para votar a lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). E essa legislação é ainda mais urgente do que o próprio Orçamento. Sem essa proposta sancionada, o governo não poderá sequer usar os duodécimos para despesas correntes no ano que vem.

Riscos & apostas II

Ainda não há um consenso sobre essa “greve”, mas tem muitos tão irritados que defendem a imposição de um “shut down” ao Poder Executivo. Até aqui, é só uma ameaça. Resta saber se os deputados terão coragem de prejudicar as emendas de 2025, que acabam entrando no mesmo pacote.

Ela fica

Se tem uma ministra que o presidente Lula não pretende mexer em caso de reforma ministerial em fevereiro é a do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Lula é grato à ex-senadora pelo apoio integral na campanha de 2022. Aliás, na ala mais centrada do PT, há quem diga que, dada a pequena diferença de votos, o apoio de Tebet foi fundamental.

Um partido necessário

Os ministros do PSD Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) entraram nas bolsas de apostas dos partidos para uma reforma ministerial. Só tem um probleminha: tirar ministros do partido de Gilberto Kassab agora é jogar o PSD na corrida de 2026 longe do PT. Pelo menos, a preços de hoje. E o governo não tem maioria assegurada para dispensar aliados.

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Crédito: Ed Alves/CB/DA.Press

Sinais/ Na entrevista ao Correio, foi a primeira vez em que Gilberto Kassab falou com todas as letras que o governo inviabilizou a candidatura do deputado Antonio Brito à Presidência da Câmara. Foi visto como um recado de que tomará distância do PT, caso surja um projeto alternativo viável longe da polarização.

O discurso de Marinho/ Aliados do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (foto), acreditam que ele é detentor de bons números para tentar uma campanha a um cargo majoritário em 2026. Tem a marca de 2 milhões e 117 mil empregos gerados, sendo 430 mil na indústria.

Falta combinar/ A fila do PT de São Paulo e seus aliados para o Senado e o governo estadual é grande. Tem Guilherme Boulos, que perdeu a prefeitura, mas saiu bem da disputa. E o ministro Fernando Haddad, se não concorrer ao Planalto, caso Lula não seja candidato, está no páreo. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é outro que está nessa lista.

Terra firme/ Contrariando as expectativas de muitos políticos há alguns meses, a única seara sem estresse, até o momento na política brasileira, é a sucessão da Câmara e do Senado. A briga em torno das novas medidas econômicas e das emendas parlamentares, do projeto da anistia, do projeto do devedor contumaz, do Orçamento, e por aí vai, já são confusões de bom tamanho para encerrar o ano.

 

A soma dos insatisfeitos contra o pacote

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Kleber Sales

Coluna Brasília/DF, publicada em 30 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

Parlamentares mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro farão barulho contra a mudança na aposentadoria dos militares proposta dentro do pacote de contenção de gastos do governo. Prometem se aliar a uma parte da bancada do Distrito Federal contrária às alterações para correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal e, de quebra, setores ligados ao serviço público.

Só para contrariar

Parte dos militares fez chegar à bancada do ex-presidente que considera que a economia com a mexida nas aposentadorias dos militares é muito pequena e, por isso, não seria necessário fazer a mudança este ano. É dali que começará a resistência ao projeto de cortes que começa a ser debatido na semana que vem.

Juros altos para ficar

Professor de economia, Otto Nogami avisa que é “praticamente impossível” os juros no Brasil ficarem abaixo de 10% no médio prazo. Em Brasília, num evento do Sindicato das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo (Simpi São Paulo), ele explicou que o país não tem poupança interna para se financiar e, assim, resta o capital privado que só vem com baixo risco.

Combine com Dino

Apesar de os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concordarem com a análise do pacote fiscal nessas três semanas antes do recesso parlamentar, tem muito deputado em “modo avião”. Há uma parcela expressiva que só aterrissa se o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, liberar as emendas.

Sem monocrática

Flávio Dino não pretende decidir nada sozinho. A ideia é levar ao plenário para dar força ao que sair do STF.

E sem orçamento

Apesar de divulgarem um calendário de discussões e votações da Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de diretrizes orçamentárias (LDO) para concluir o trabalho ainda este ano, o senador Eduardo Girão (PL-CE) calcula que não serão aprovadas até o recesso e isso foi planejado pelo Governo. “O tempo está apertado e acho difícil votar a LOA a tempo. Acho também que é uma estratégia do governo, até voltando para a questão das emendas, esse negócio do Dino ter segurado, é para dar o superavit que eles não têm”, deduz.

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Crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Se preserve, tá?/ Candidato favorito para suceder Arthur Lira na Presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi aconselhado a ser um magistrado na discussão de temas polêmicos, e só se pronunciará sobre o mérito das propostas depois da eleição. Enquanto Lira for o presidente, é ele que fala sobre pautas e projetos.

Por falar em Lira…/ Ele e Lula estão numa espécie de lua de mel. Desde que o presidente Lula chamou o comandante da Câmara para conversar, e se colocou à disposição em linha direta, não houve ruídos que abalassem a relação.

Um por todos…/ Apesar das discordâncias entre os projetos, os deputados e senadores vão se unir para garantir sua imunidade parlamentar. À direita e à esquerda, a avaliação geral é a de que o direito de usar a tribuna é sagrado no que se refere a opiniões.

… todos por um/ “Lira deixou bem claro que está colocando todo o jurídico dessa Casa à serviço dos dois parlamentares — Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Mauricio Marcon (Podemos-RS) —. E a fala dele, por si só, contempla a necessidade da gente se afirmar perante o Judiciário, a Polícia Federal e o STF. Estaremos unidos, independentemente das nossas facções ideológicas. A gente vai estar unido em defesa do que é prerrogativa nossa e do parlamento”, afirmou a deputada Dra. Mayra Pinheiro (PL-CE).

Os dois grandes sinais

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Maurenilson Freire

Coluna Brasília/DF, publicada em 29 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

O pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi visto na política como o primeiro sinal de que Luiz Inácio Lula da Silva deseja concorrer à Presidência da República em 2026. Afinal, embora alguns setores apontem os cortes como insuficientes para cobrir as despesas, o presidente está focado em cumprir promessas que “seguram” parte do eleitorado — leia-se a isenção de impostos para quem recebe salários de até R$ 5 mil. Ou pelo menos que quer terminar 2026 com o discurso do dever cumprido. Ainda que tenha havido uma mistura das estações — reforma tributária relacionada à renda e os cortes orçamentários —, a avaliação do governo é de que a união desses fatores vem sob encomenda para deixar Lula como o defensor dos mais pobres.

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O segundo grande sinal será a reforma ministerial, prevista para fevereiro, depois da troca de comando na Câmara e no Senado. A avaliação dos deputados e senadores que observam todos os movimentos rumo a 2026 é de que, se Lula colocar o centrão ainda mais para dentro do governo — leia-se num cargo como a Secretaria de Relações Institucionais, por exemplo —, é sinal de que o presidente é candidatíssimo. Caso contrário, arrumará outro para empunhar a bandeira do PT e esses partidos se sentirão mais livres para voar.

Sem papel, sem acordo

Cautelosos em relação ao anúncio dos cortes de gastos, líderes querem, primeiro, avaliar o que vem por escrito. As conversas até aqui deram alguns detalhes, mas só o papel dirá o que, de fato, está valendo. “Não aprovamos teses. Aprovamos projetos com pontos e vírgulas”, afirmou um deles.

Água mole em pedra dura…

O governo tentou em outras oportunidades, como na elaboração do arcabouço fiscal, mexer no Fundo Constitucional do Distrito Federal, com direito a declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticando o fato de a capital da República ser aqui. Agora, vem nova tentativa de mudar a fórmula de cálculo de reajuste do FCDF. Desta vez, tem líder dizendo que, a depender do texto, apoiará a proposta.

Lula quer jogo até o Natal

Na reunião com os líderes, o presidente foi direto ao dizer, em tom de apelo, que dava para trabalhar até 24 de dezembro e aprovar tudo relacionado ao pacote de corte de gastos. A turma deu risada. Um sinal de que ainda não sabem se o conjunto de medidas terá força de tirar os congressistas do “modo avião”.

E o Dino, hein?

Até aqui, nada de o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, decidir sobre a liberação das emendas. E sem elas, a Casa dificilmente se sentirá “aquecida” para votar projetos polêmicos.

CURTIDAS

Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

Projeto frio/ À coluna, a senadora Teresa Leitão (PT-PE, foto) avaliou que a situação ficou pior para o “PL da anistia”, pois as investigações da Polícia Federal (PF) revelaram que o episódio de 8 de janeiro de 2023, na verdade, pode fazer parte de uma trama golpista maior. “O projeto tinha uma consistência muito vulnerável e, agora, piorou, porque está dentro de um contexto de golpe. O que houve no dia 8 de janeiro não merece ser anistiado”, enfatizou.

Clima quente/ O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) vai na mesma linha: “A temperatura aumentou muito. Eu mesmo assinei o requerimento para arquivar o projeto da anistia. Os fatos são muito graves, e não tem o menor clima para se discutir a anistia nesse momento”, reforçou.

O sentimento deles/ O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) falou sobre o inquérito da PF em evento na Câmara (leia no Blog da Denise). Mas quem também desabafou com a coluna foi o deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS), afirmando que, agora, pensa bem no que falar quando vai ao plenário. “É isso. A gente tem um processo de ruptura democrática visto a olhos nus e posso dizer que eu penso nas palavras que vou falar quando subo à tribuna. Isso já é um sinal de que a gente tem medo do Judiciário, que deveria ser um poder que nos auxiliasse a manter democracia”, disse.

E o Bolsonaro, hein?/ Com a economia pedindo passagem, o discurso de perigo à democracia volta para o segundo plano e, com ele, as denúncias contra o ex-presidente. A tendência é de que, depois do inquérito de mais de 800 páginas, esse tema esquente para valer apenas em 2025.

Fenae adere à campanha Feminicídio Zero do Ministério das mulheres

Publicado em GOVERNO LULA
Crédito: Augusto Coelho/Fenae

Por Eduarda Esposito — A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) aderiu hoje (28) à campanha Feminicídio Zero do Ministério das Mulheres. O compromisso firmado inclui medidas urgentes e concretas para atuar na prevenção e erradicação do feminicídio de forma responsável.

Vale lembrar que a entidade liderou o movimento contra o assédio na Caixa Econômica Federal. Na época, denúncias foram feitas e, na semana passada, o ex-vice-presidente do banco Antônio Carlos Ferreira de Sousa foi demitido por justa causa após investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) por assédio moral e sexual.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, assinou a carta-compromisso juntamente a ministra Cida Gonçalves. “Com esta adesão, a Fenae reafirma seu papel social e a importância de engajar as entidades associadas na promoção de um ambiente seguro e igualitário para mulheres em toda a sua diversidade. A assinatura dessa carta-compromisso reforça que os empregados da Caixa sabem da importância de fazer o combate ao feminicídio e de combater a toda forma de assédio moral ou assédio sexual”, afirmou Takemoto.

A ministra agradeceu o compromisso da entidade e destacou a importância da mobilização social para tratar de um problema que, segundo ela, virou uma epidemia. “Com a campanha Feminicídio Zero nosso objetivo é que a violência não seja um problema só das mulheres. O Brasil inteiro discuta o que está acontecendo. A cada seis minutos uma mulher ou uma menina é violada sexualmente e a cada seis horas uma mulher é assassinada no Brasil”, disse a ministra.

Gonçalves também aproveitou a oportunidade para falar das ações do governo em relação a mulheres vítimas da violência como a construção de casas da mulher brasileira, instalação de serviços especializados e fortalecimento da legislação.

Feminicídio Zero

A iniciativa integra a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero e envolve diversos setores da sociedade brasileira com o objetivo de prevenir e erradicar todas as formas de violência contra mulheres. E a Fenae vai promover ações integradas ao programa “Fenae com Elas”, que mobilizará empregados da Caixa e as Apcefs em projetos de inclusão social por meio do Movimento Solidário.

Carta para o governo é lançada em Conferência Nacional de Liberdade na Câmara

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Crédito: Eduarda Esposito

Por Eduarda Esposito — Aconteceu hoje (28) a Conferência Nacional de Liberdade no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. O evento contou com painéis que discutiram sobre o livre mercado, reforma administrativa, reforma tributária e a desburocratização do estado e o lançamento da carta aberta ao governo à sociedade.

O documento é assinado pela coalização pela reforma administrativa que reune 96 entidades que pedem por mudanças nos estágios probatórios das carreiras públicas, revisão da estabilidade de alguns cargos e critérios de avaliação mais rigorosos com valorização dos funcionários mais eficientes.

O presidente do conselho superior de economia sociologia e política da A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio), Antônio Lanzana, explicou que a reforma proposta não é um ataque aos servidores públicos, mas uma tentativa de ajustar o quadro de uma forma mais eficiente.

“A nossa proposta é trazer uma contribuição para a reforma administrativa. O Brasil até não emprega muitos funcionários públicos, mas gasta excessivamente com o funcionalismo público e uma grande deficiência que nós observamos é a baixa a eficiência do gasto público. O objetivo central não é demonizar o funcionário público, pelo contrário, é para favorecer aqueles dedicados, produtivos e que isso pode ser feito com indicador de desempenho. Quem faz um desempenho melhor, tem uma remuneração mais adequada. Temos três focos centrais: a distribuição de renda, a eficiência de gasto e também a reestruturação de plano de carreira”, comentou.

A Conferência

Durante o primeiro painel, os deputados federais Gilson Marques (Novo-SC), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Rodrigo Lorenzoni (PL-RS), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Mauricio Marcon (Podemos-RS), e o presidente do Instituto Livre Mercado (ILM), Rodrigo Marinho, falaram sobre a importância do livre mercado e como a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) cresceu na última década.

O presidente da FPLM, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) criticou a atual política financeira do governo e afirmou que “o governo está achando que com alguma isenção vai mantê-los no poder”. Brangança também criticou as taxações excessivas, e afirmou que “é necessário um corte de gastos, mas eles estão fazendo o inverso”. Deixou claro que a oposição são seus “inimigos” e que atualmente o governo federal tem “gente corrupta, incompetente e que não entende de nada”.

O presidente do ILM mostrou o quanto que a FPLM cresceu e quantos projetos conseguiram aprovar em prol da economia livre. “Nosso trabalho é pegar o difuso e concentrar. Pegar o que ninguém se importa, juntar e defender”, explicou Marinho. Atualmente, a FPLM tem mais de 180 deputados e 27 senadores integrantes.

Desde a instituição da bancada, foram aprovados os projetos: nova previdência, govero digital, novo marco legal do saneamento, lei da liberdade econômica, autonomia do Banco Central, novo FUNDEB, marco legal das startups e marco legal do gás.

Além desses trabalhos, a bancada realizou 92 proposições, sendo 44 com avanços em comissões e votações, 14 retrocessos e outras 34 sem trâmite relevante. De acordo com Rodrigo Marinho, em um ano e meio a FPLM cresceu mais de 1500% e hoje em dia só está atrás da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo-RS), Mauricio Marcon (Podemos-RS) falaram sobre os inquéritos que foram submetidos e tiveram o apoio e respeito de todos os presentes no evento. Van Hattem também defendeu que com o surgimento da direita, quem está ganhando é o Brasil. “Temos mais pluralidade no Brasil. Essa polarização é boa para o país por causa do avanço do debate, estamos caminhando para a pluralização”, afirmou.

Marcon (Podemos-RS), defendeu que oas parlamentar de direita precisam estudar, ter argumentos, para conseguir explicar seus projetos para a população. “Para nos defendermos, precisamos estudar para refinar nossos discursos para conseguir falar com as massas. Temos que trazer coisas positivas para o nossos argumento, assim seremos mais fortes”, enfatizou.

*A jornalista foi convidada pela FPLM

Deputado Marcel Van Hattem fala sobre seu indiciamento em evento na Câmara

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Por Eduarda Esposito — O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) falou hoje (28) sobre o seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) em evento da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM). O parlamentar criticou a investigação, questionou a relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e se disse surpreso com a defesa do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

“Eu preciso falar enquanto eu posso, e aproveitando esse gancho, eu quero dizer que estou surpreso, positivamente, com a mensagem ontem (27) lida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, diante de nós aqui no plenário da Casa. Foi um momento histórico para o nosso país”, declarou.

Van Hattem foi convidado a falar durante o primeiro painel da Conferência Nacional de LIberdade Econômica, que discutiu sobre o livre mercado e a necessidade de uma reforma administrativa no governo federal para ajustar a economia. Ainda em suas palavras, o deputado disse que “o livre mercado de ideias não pode ser censurado, muito menos encontrar qualquer limitação na tribuna da Câmara dos Deputados”.

Marcel lembrou sobre a imunidade parlamentar e afirmou que ela deveria ser extendida para outros lugares do Congresso e para a internet, porque mesmo na tribuna, sua imunidade foi negada. “Tentaram flexibilizar, inclusive, no uso da tribuna, com uma perseguição feita por policiais federais”, acusou.

Van Hattem enfatizou que a imunidade parlamentar existe no mundo há seculos que Dom Pedro I institui a imunidade no Brasil antes ainda da proclamação da república. “Muitas pessoas não entenderam a gravidade do assunto, não só sob os aspecto da imunidade que existe há mais de 300 anos. E agora tentam nos retirá-la por meio de uma perseguição policial”, disse.

Ainda durante o seu discurso, o parlamentar do Novo (RS) elucidou que o agente da PF que fez a sua denúncia é subordindo do Diretor Geral da PF, que foi indicado pelo ministro do STF Flávio Dino enquanto ainda era ministro da Justiça. Além disso, foi o próprio Dino quem autorizou o inquérito no STF e se tornou relator. “Não sei porque cargas d’águas, não foi explicado, foi parar nas mãos do Flávio Dino, relator do processo, que tinha sido ministro da justiça e, portanto, quem indicou o diretor geral cujo o chefe de gabinete estava fazendo uma notícia contra mim”, explicou.

Por fim, o deputado do Novo (RS) ainda relembrou que a Polícia Federal não investigou uma denúncia sua que, segundo ele, “era muito séria, muito grave e super bem respaldada”.

*Jornalista convidada pela FPLM

Lula coloca Congresso em xeque

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Maurenilson Freire

Coluna Brasília/DF, publicada em 28 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

Ao colocar a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais acoplado ao pacote de corte de gastos, o governo tem dois objetivos. O primeiro, e mais óbvio, é dar o discurso de que a tesoura orçamentária foi passada em benefício dos mais pobres. O segundo é deixar para o Parlamento apenas a escolha de ampliar impostos dos mais ricos para fazer frente a este novo patamar de alívio fiscal para as classes com salários menores.

A aposta da área política do governo é de que ninguém será contra essa isenção. E, diante disso, é preciso arrumar recursos para suprir os valores que os cofres públicos deixarão de arrecadar com a medida.

Até aqui, o Poder Legislativo tem demonstrado resistência em ampliar impostos, seja para quem for. Ali, prevalece o discurso de que a carga tributária é excessiva e não dá para sobretaxar quem gera empregos.

Porém, diante de um pacote de corte de gastos que amplia parte da despesa obrigatória, será preciso arrumar um jeito de fechar a conta. O mercado já farejou confusão à frente. Agora, o governo tenta evitar que essa visão do setor financeiro contamine a análise dos congressistas.

A largada da reforma sobre a renda

O pacote fiscal vai muito além do corte de gastos e pretende se transformar na reforma sobre a renda sem precisar se apresentar dessa forma abertamente. Se der certo, o governo ganha o discurso de Robin Hood — apertou em cima dos ricos para aliviar os mais pobres. Falta combinar com o mercado, porque muitos dos mais ricos são aqueles que geram empregos.

Melhor assim

Foi muito bem recebida a reunião com os presidentes das duas Casas Legislativas e líderes partidários, antes do anúncio formal e da tradicional entrevista coletiva para esclarecer as dúvidas do pacote fiscal. Em outras oportunidades, eles eram os últimos a saber.

Fonte primária

O governo considera que o encontro dá a esses parlamentares a visão do Poder Executivo em detalhes, sem os ruídos de análises posteriores ao anúncio das propostas.

E o Carrefour, hein?

A retratação do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, não resolveu a irritação do agro brasileiro com o fato de o executivo querer manchar a imagem do Brasil. Que não queira comprar a carne, é direito dele, para proteger os produtores franceses. Agora, falar mal de um produto de qualidade que é comercializado no mundo inteiro, não dá. Por isso, ainda que tenha havido cartas e notas, o agro pretende se movimentar em favor da lei da reciprocidade — países que barrarem produtos brasileiros também devem ter seus produtos barrados por aqui.

CURTIDAS

Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press

Olho neles…/ Aliados de Fernando Haddad no PT ficaram muito desconfiados pelo fato de o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (foto), falar das medidas econômicas do pacote fiscal antes do anúncio oficial do ministro da Fazenda. Há quem diga que é a disputa eleitoral de 2026 entrando em campo.

Enquanto uns condenam…/ Não foi apenas o senador Eduardo Girão (Novo-CE) que não gostou do projeto das emendas parlamentares. O senador Izalci Lucas (PL-DF) reclama que a Câmara dos Deputados está menosprezando o Senado. “Tudo que foi feito no Senado foi desprezado. E isso está acontecendo em várias matérias. O Senado está quase como um cartório, de carimbar as coisas. A reforma tributária corre o risco de tudo que foi feito aqui ser desconsiderado lá”, critica.

… outros apaziguam/ Sobre a aprovação do projeto das emendas, o senador Efraim Filho (União-PB) adotou uma postura mais neutra. “Acredito que o importante é buscar solução. Dentro do texto votado, os princípios da transparência e da rastreabilidade estão atendidos. Outros pontos são fruto da divergência natural do processo legislativo. Agora, espero que aquele texto tenha consenso entre os Três Poderes e possa desbloquear o orçamento”, disse.

2025 é logo ali/ O Instituto Livre Mercado, ligado à Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), realiza hoje a Conferência Nacional de Liberdade Econômica. O evento será no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e vai abordar agendas fundamentais do país para o próximo ano — entre elas as reformas tributária e administrativa, além da desburocratização do Estado.