Créditos: Vide verso/Divulgação. Prato Okonomiyaki do restaurante Miwa Donburi. Créditos: Vide verso/Divulgação. Prato Okonomiyaki do restaurante Miwa Donburi.

No Miwa Donburi, comida japonesa vai muito além de sushi

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A culinária japonesa, que tem adeptos no mundo inteiro, é muito mais do que sushi e sashimi. Os amantes dos sabores provenientes da Terra do Sol Nascente se surpreendem quando degustam pratos que fogem do popular e são identificados com o que é de fato oferecido no Japão. Como as novas sugestões do Miwa Donburi, restaurante especializado em comida oriental instalado há três anos, no térreo do Edifício João Carlos Saad, SBS.
Comandado pela nissei Rosa Takematsu e seus filhos, a casa cujo nome tem duplo significado (Miwa, nome da filha, e donburi, significa tigela), lança dois pratos: o okonomiyaki (R$ 25,90) e o takoyaki (R$ 19,90, seis unidades). Eles estão no cardápio, servido de segunda a sexta, das 11h às 15h e também podem ser pedidos todos os dias no delivery (WhatsApp 99427-5001).

Créditos: Vide Verso/Divulgação. Prato takoyaki do restaurante Miwa Donburi.
Créditos: Vide Verso/Divulgação. Prato takoyaki do restaurante Miwa Donburi.

 

Panqueca caseira

O primeiro, em forma de panqueca, tem uma origem bem doméstica, assinala Rosa. “É uma juntada de vários ingredientes que se tem em casa”. Ela reúne repolho com massa de cará, ovos, farinha de trigo e temperos japoneses. A panqueca pode ser coberta com camarão ou bacon, ovo, raspas de peixe seco, algas, gengibre em conserva, cebolinha, maionese e molho à base de maçã. Também há a versão vegetariana, sem peixe, com algas e shitake.
Okonomiyaki funciona como uma refeição completa, nada mais precisa ser acrescentado, mas no Miwa as tentações são grandes. Como o takoyaki, bolinhos de polvo com massa igualmente feita de cará e recheado de tentáculos de polvo, gengibre em conserva, repolho picado e cebolinha. Depois de assados na chapa, os bolinhos são cobertos com molho japonês e maionese, cebolinha, gengibre em conserva, algas marinhas e raspas de peixe da espécie bonito que vem em flocos importados do Japão.

Festival da imigração

Como antecipação aos 110 anos da imigração japonesa ao Brasil, no ano que vem (no centenário em maio de 2008 vieram o Imperador Akihito e a imperatriz Michiko), a capital vai receber o Made in Japan, festival de cultura, gastronomia e música a ter lugar no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro. Dele, “vão participar os melhores profissionais que atuam em famosos restaurantes nipônicos”, destaca Kerley Horikawa, um dos organizadores.
Entre os chefs, Cristiano Komiya, do New Koto; Hideo Kano, do Goemon; Amélia Inoue, do Kobe; e Rosa Takematsu, que vai ensinar o preparo e o aproveitamento de tofu, queijo japonês de soja, com o qual se pode fazer farofa e croquete. Rosa aprendeu com a mãe, atualmente com 81 anos, que embora não goste de cozinha — preferiu ser costureira —, ensinou à filha os segredos da culinária japonesa, como o missô, pasta de soja que também vai ser objeto de aula dada por Rosa.
Reunidos em diversas associações, os imigrantes nipônicos de Brasília sonham em ter, como São Paulo, uma Japan House, iniciativa do governo japonês inaugurada em maio na Avenida Paulista 52.
Além do restaurante Junji, do chef Jun Sakamoto, o centro cultural vem promovendo intercâmbio com chefs japoneses que vêm à capital paulista para fazer jantares e ministrar aulas para chefs brasileiros interessados na gastronomia oriental.
Ingresso ao Made in Japan se dará mediante R$ 10 ou doação de 1kg de alimento não-perecível (exceto sal) ou brinquedos. Você pode antecipar a compra da entrada no site www.bilheteria digital.com.