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Por Eduarda Esposito — União Brasil decidiu, de forma unânime, abrir o processo de expulsão do deputado e ministro do Turismo, Celso Sabino. Foi decidido na reunião da Executiva Nacional do partido a entrada do processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que terá 60 dias para avaliar. Enquanto isso, Sabino quer continuar seu trabalho como ministro ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participar da COP 30 em Belém, evento que ocorre agora em novembro.

Contudo, Sabino já pode ter um destino: o PSB. Nos bastidores, tem sido dito que Lula teria dado o PSB ou PDT como opções para Sabino permanecer na Esplanada. Além disso, em almoço na Casa Parlamento do grupo Esfera Brasil, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PE), disse que, com a ascensão do partido no campo progressista mais próximo ao centro, muitos deputados, que não encontraram legendas de esquerda diferentes do PT em seus estados, possam ver o PSB como uma oportunidade em 2026.
“O PT deve continuar sendo o maior partido desse campo e acredito que há uma janela para que exista um partido da centro-esquerda que possa, tanto agregar forças no campo popular, como também algumas pessoas do centro que terminaram sendo empurradas, de certa forma, para partidos do centro que não têm essa posição porque precisavam estar numa chapa que elegesse deputados federais. Se a gente olhar dentro do PP, do MDB, do PSD e o próprio União Brasil, tem muita gente que, na verdade, é uma pessoa de centro, às vezes até de centro-esquerda, e que terminou indo para esses partidos por um contexto local. Acredito que a tendência é que o PSB possa crescer exatamente nessa posição”, afirmou.
Mesmo sendo questionado sobre a possível filiação de Sabino em seu partido, Campos não deu certeza, mas disse que o ministro do Turismo e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), podem não ser os únicos a sentir vontade de se aproximarem e ficarem juntos de Lula.
“E essa questão que está acontecendo com o Celso e com o Fufuca é uma ponta dessa coisa toda. Se a decisão da federação do União com o PP for se afastar completamente do governo do presidente Lula e não admitir que nenhum membro desses partidos tenha qualquer relação com o governo, quer seja no nível de ministério, quer seja no nível abaixo disso, a tendência é que vários deputados vão debandar para partidos que têm uma relação com o governo”, destacou.
Sabino e o governo
Há meses, Celso Sabino tem tentado permanecer como ministro, mesmo com a deliberação do União Brasil em conjunto com o Progressistas de desembarcar do governo. Chegou ao ponto de hoje (8/10) o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ter chamado Sabino de traidor e o ministro dizer que só ouviria as críticas de Caiado quando ele obtivesse 1,5% de aprovação nas pesquisas eleitorais para 2026.
O governador goiano disse que Sabino se alinhou ao discurso de Lula, que é muito diferente do discurso adotado pela legenda, e chegou a afirmar que Sabino não trabalhou pelo partido. O ministro do Turismo, inclusive, foi o único a usar o boné do governo durante o 7 de setembro em Brasília, mesmo com o prazo exigido pelo União Brasil, na época, para deixar a pasta.
Coluna Brasília-DF publicada na sexta-feira, 5 de setembro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Em busca da aprovação da anistia assim que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro for confirmada, a oposição cogita usar o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil como moeda de troca. Deputados da base governista disseram à coluna que os bolsonaristas afirmaram que aprovariam o IR se a anistia avançasse “alguma coisa” na Casa. A bancada ligada ao Palácio do Planalto não aceitará essa troca. Prefere seguir a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se posicionado contra qualquer tipo de anistia.
A avaliação dos aliados de Bolsonaro é de que enquanto não houver um texto, qualquer contagem de votos será chute. Afinal, a anistia ampla, geral e irrestrita que o PL deseja não é consenso sequer no conjunto de forças políticas que resiste a apoiar Lula. De mais a mais, deputados não votam teses e, sim, projetos detalhados, com pontos e vírgulas. Por isso, sem texto, sem acordo. Nem mesmo para definir urgência.
Dali eles não saem
A turma que contou com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UNião-AP), para chegar a cargos de destaque no governo Lula não vai sair tão cedo. E os ministros se organizam para ficar mais um tempo por ali. Afinal, daqui a pouco é Natal.
Preocupados com conflitos
A anistia não foi o único cardápio político do jantar entre o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O deputado pediu a Tarcísio reforço na segurança da manifestação que os bolsonaristas farão em 7 de setembro, na Avenida Paulista, uma vez que o PT também convocou um ato para o mesmo dia. A intenção é evitar infiltrados e casos de violência.
Não vão aceitar
A oposição não gostou nada de saber que Alcolumbre está propondo um projeto paralelo de anistia, em conformidade com o Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares disseram à coluna que não vão acatar a proposta, que não está sendo construída junto daqueles que têm o maior interesse no assunto.
E o Banco Master, hein?
Especialistas do mercado financeiro afirmam que o fato de o Banco Central (BC) rejeitar e compra do Banco Master pelo BRB foi um bom case para o setor. “Funcionou como um importante teste de estresse que, apesar de gerar instabilidade a curto prazo, revela e reforça a maturidade da regulação bancária no país”, afirmou Carlos Henrique, COO da Frente Corretora.
Fica a lição
Contudo, Henrique ressalta dois pontos de atenção para negociações futuras: a fragilidade de modelos de negócio arriscados e a lacuna nos mecanismos de resolução. “O crescimento acelerado do banco foi baseado em um modelo que se mostrou insustentável e gerou um risco sistêmico relevante. O episódio evidenciou que o Brasil ainda precisa aprimorar suas ferramentas para lidar com a possível quebra de bancos de médio porte, sem depender de soluções de mercado improvisadas ou de intervenções” , destacou à coluna.
CURTIDAS

Emoção e prestígio/ As posses dos novos magistrados do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marluce Caldas e Carlos Pires Brandão, levou autoridades de ontem e de hoje à solenidade. Entre os destaques do passado, o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela, ex-senador que veio a Brasília apenas para prestigiar Marluce Caldas, que, no governo dele, exerceu o cargo de secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos.
Cidade Tecnológica/ Na cerimônia para firmar um acordo de cooperação entre a prefeitura de Recife e a Câmara dos Deputados, o secretário municipal de transformação digital, ciência e tecnologia da capital pernambucana, Rafael Cunha, afirmou que a cidade usa o WhatsApp para conectar empresas com quem está à procura de emprego. “Temos batido recordes de empregabilidade. Somos quase todo mês Top 3 no Brasil. Cabe tão bem para o Recife, cabe também para outras cidades” , disse.
E na “cidade” Câmara…/ O acordo assinado entre o prefeito João Campos (foto) e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), consiste em usar toda a expertise da prefeitura no mundo digital para criar um portal de serviços da Câmara.
Por falar em João Campos…/ A equipe da pré-campanha ao governo de Pernambuco está trabalhando a todo vapor. A eleição é só no ano que vem, mas a ideia é espalhar otimismo desde já.
Te vira nos 30/ Para evitar tumultos e bate-bocas na CPMI do INSS, o vice-presidente do colegiado, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), adotou a seguinte regra: a cada interrupção, o orador prejudicado ganha mais 30 segundos de fala. Foi assim que o deputado Orlando Silva (PCdoB- RJ), por exemplo, ganhou dois minutos na sessão de ontem.
Coluna Brasília-DF publicada na quarta-feira, 3 de setembro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

A presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em Brasília foi a maior novidade do primeiro dia do julgamento do núcleo central acusado de tentativa de golpe de estado. Conforme apurou a coluna, Tarcísio cobrou de seu partido, o Republicanos, que, da mesma forma que ele vem sendo chamado a se posicionar de maneira mais contundente numa candidatura presidencial, é preciso gestos dos partidos, no sentido de marcar distância de Lula. Por exemplo, apoiar a anistia aos enroscados no 8 de janeiro e fincar os dois pés na oposição. Se querem que ele seja candidato, que comecem a ajudá-lo a fechar a direita e o centro ao seu lado. No papel de “grande salvador” da anistia e, por consequência, de Bolsonaro, Tarcísio teria espaço para conquistar o apoio dos filhos do ex-presidente.
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Nem tanto/ O que se diz nos bastidores é que o apoio do centrão à anistia vai custar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles conseguem tirar a condenação, mas ele cumpre o tempo sem poder concorrer eleições. A oposição trabalha com a ideia de um texto mais palatável ao centro, leia-se Republicanos, PP e União Brasil, a fim de garantir a aprovação e evitar brechas para que o Supremo Tribunal Federal julgue uma inconstitucionalidade.
Muito além do 8 de Janeiro
Os políticos que acompanharam de perto o julgamento notaram que a peça da Procuradoria-Geral da República ajusta o foco nos movimentos para desacreditar o processo eleitoral e documentos que não têm relação direta com o quebra-quebra do 8 de janeiro. Assim, conforme avaliam alguns juristas, cairá por terra uma das linhas de defesa de Jair Bolsonaro, de que o ex-presidente não estava no Brasil.
Ficha Limpa na corda bamba
A aprovação do projeto que puxa a contagem dos oito anos da inelegibilidade a partir da condenação e não mais o início do cumprimento da pena é parte do pacote da blindagem dos políticos. Assim, em caso de processos em primeira instância, quando a condenação chegar ao STF, é bem capaz de o político já estar livre.
Oposição, mas depende
A coluna quis saber dos deputados do União Brasil se eles deixariam de votar com o governo. A resposta foi um sonoro “não”. A ala governista pretende continuar firme ao lado de Lula. Quanto ao líder do partido, Pedro Lucas, a ideia é que a bancada avalie projeto a projeto. Ou seja, o governo viverá a cada dia a sua aflição.
Agricultura e a COP
Entre as propostas que o governo pretende aprovar até a COP30, está a “Política Nacional de Fomento à Agricultura Regenerativa” , definida no projeto 1787/2025, citado no CB Talks, sobre “a soja e os desafios da transição da agricultura brasileira” . Resta saber se haverá clima para colocar o texto na Ordem do Dia. Até aqui, não houve sinal de aprovação.
CURTIDAS

Otimismo/ O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ, foto), disse à coluna que conversou por telefone com o governador de São Paulo e elogiou o trabalho do ex-ministro de Bolsonaro na articulação pela anistia. Deputados da bancada acham importante esse apoio de Tarcísio devido à influência do gestor do estado mais populoso do país.
Defesa tardia/ Advogado do almirante Almir Garnier, o ex-senador Demóstenes Torres foi visto por colegas de profissão como alguém que confundiu o púlpito da sustentação oral com a tribuna do Senado. Ele só entrou “propriamente na defesa” do seu cliente depois de falar por mais de 20 minutos sobre os ministros do STF e projetos do tempo de Senado.
E tem mais/ Mais para o final, lembrou de votações do passado sobre o voto impresso e saiu-se com esta: “quem sepultou o voto impresso fui eu”.
Livro novo na praça/ Será lançado hoje em Brasília, na biblioteca do Senado às 18h30, o livro De galinha a gavião: como impulsionar o voo da economia brasileira da jornalista Juliana Rosa. A obra propõe uma discussão sobre o motivo da economia brasileira voar alto por um tempo e depois aterrissar, de forma leve e didática.
Por Denise Rothenburg* com Eduarda Esposito — O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está omisso em relação ao tarifaço de Donald Trump. A fala foi feita durante o 24º Fórum Empresarial LIDE no Rio de Janeiro. “O presidente Lula, me perdoe, não é uma crítica pessoal, é a pessoa que conduz esse país, o responsável pelas relações internacionais que toca esse Brasil, e ele está omisso. Hoje tem uma posição de colher dividendos políticos. Política a gente vai fazer em 2026, a eleição está longe. Não podemos pagar um preço por um suposto ganho político de A ou de B. Temos que ter responsabilidade e coragem para enfrentar essa crise. A eleição de 2026 não vai ser decidida lá em Brasília. ela começa a ser decidida com esse grupo de empresários que são qualificados, que movem o país. O setor produtivo hoje é a mola desse país. Caiado, que é um defensor do agro, hoje está sofrendo no seu estado as penalidades de uma briga completamente ideológica”, argumentou.

Para Rueda, independente da forma como o presidente dos Estados Unidos tem tratado o presidente Lula, ele deveria ter ligado ou ter viajado para os EUA ao encontro de Trump para negociar as tarifas de 50%. “O ex-presidente Joe Biden sancionou 6 mil pessoas na Rússia há dois anos, e na semana passada, vimos o presidente Vladimir Putin no Alasca apertando a mão do presidente Donald Trump. O Volodymyr Zelensky foi literalmente humilhado há dois meses e também, na semana passada, foi e conversou com o presidente Trump. Acredito que uma solução, tanto para a Rússia, como para o Zelensky na Ucrânia, vai sair agora. Vejam só, estamos aqui no Brasil com um presidente que, desde que começou essa guerra tarifária, não fez uma ligação e não foi por falta de apelo, porque todos nós da política clamamos por isso publicamente. E hoje, novamente, também faço esse apelo ao presidente [Lula], porque não tem como nós superarmos essa crise sem diálogo”, ressaltou Rueda.
Crítica econômica
O presidente do União Brasil também não deixou de tecer duras críticas à política fiscal do governo Lula. “O orçamento federal está distante da realidade. Nós não podemos construir soluções a partir de uma ficção contábil. Tenho visto a falta de cuidado do governo. Ele cria uma peça, uma ficção orçamentária, para que ao final possa gastar mais e depois cobrar mais arrecadação de um povo que está tão sofrido e de um setor produtivo que vem trabalhando pelo Brasil”, enfatizou.

Rueda aproveitou e destacou que o governo precisa cortar gastos e parar de “imputar” a conta ao empresariado do país. “A economia brasileira precisa de resiliência, ela está fragilizada por falhas estruturais. O país carece de metas claras, de coragem, de política e de gestão eficiente. Com todo respeito, falta entregar ao Brasil o que ele exige. Empresários e investidores estão cansados de inércia. Queremos segurança jurídica, reformas consistentes, um ambiente inovador, competitivo, onde o setor privado tem a confiança para investir e gerar empregos”, defendeu.
O presidente partidário finalizou falando sobre a necessidade do Brasil realizar uma reforma administrativa para diminuir o Estado. “A reforma administrativa não é ideologia, é operacional. O Brasil precisa enxugar a máquina pública, modernizar serviços, valorizar o servidor e colocar o resultado na frente. É uma mudança técnica, necessária e urgente nesse processo. Precisamos centralizar competências, fortalecer gestões e evitar um centralismo que paralisa o país. Não se trata de confrontar o presidente Lula, mas de propor alternativas. Evito sempre os ataques pessoais, minha crítica é sempre institucional e estratégica”, disse Rueda.
*Enviada especial
Coluna publicada na terça-feira, 19 de agosto de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Se depender do número de projetos de lei apresentados para evitar descontos no contracheque dos aposentados, os sindicatos e associações podem buscar novas formas de financiamento. Há 99 propostas apensadas ao projeto do deputado Danilo Forte (União-CE) que pretende barrar os descontos em folha de aposentadorias e pensões. Se cada autor fizer a sua campanha no partido, sobrarão votos para secar a fonte dos sindicatos e associações.

Vale lembrar/ Os projetos também desejam dar um basta aos empréstimos consignados. A ideia é limitar essa possiblidade a quem tiver registro no Banco Central, o que certamente reduzirá o universo daqueles que passam o dia infernizando os telefones de quem entrou com o pedido de aposentadoria. Esse tema vai para a pauta a fim de dar aos congressistas um discurso “do bem”, depois do desgaste do motim em plenário.
Vai escalar
A tensão entre o governo brasileiro e os Estados Unidos não vai terminar tão cedo. Especialmente depois da entrevista do ministro Alexandre de Moraes ao The Washington Post. Por isso, Na avaliação do Itamaraty, é preciso separar as estações econômicas e políticas, o que até agora não foi possível.
Quem pode ajudar
Diante das dificuldades do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo Lula nos Estados Unidos, quem pode ajudar a resolver esse problema é o Legislativo. Já passou da hora de as instituições acionarem os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (União- AP), além das comissões de Relações Exteriores das duas Casas.
Para tudo
Essa tensão entre Estados Unidos e instituições brasileiras fez com que os partidos dessem uma segurada nos movimentos das candidaturas ao Planalto. À exceção do PT, que tem Lula como candidato à reeleição, e do Novo, que lançou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, à Presidência da República no último fim de semana, ninguém mais se mexe. A não ser, é claro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível.
Muita calma nessa hora
O União Brasil, que tem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como pré- candidato ao Planalto, não colocará suas fichas na candidatura. A ordem é esperar virar o ano para ver o que acontece e como se comportam as pesquisas.
CURTIDAS

No aquecimento/ O deputado federal e secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz (PSD-RJ, foto), confirmou à coluna a pré-candidatura à reeleição em 2026. “Está confirmadíssimo”, disse, sorridente, em evento do RenovaBR, que apresentou a turma para as eleições de 2026. Leia mais no blog da Denise.
Alunos que chegaram longe/ Por falar em RenovaBr, a escola de política tem o que comemorar. Entre alunos formados pela instituição estão Daniel Soranz e a deputada federal Camila Jara (PT-MS). A escola tem, atualmente, mais de 900 alunos ocupando espaços públicos. O modelo deu tão certo, que o Renova compartilha o seu método com mais seis países pela América Latina, em busca de fortalecer a democracia.
Já em Recife…/ A respeito das suspeitas de sobrepreço nas obras do parque Eduardo Campos, no valor de R$ 250 milhões, a prefeitura da capital pernambucana respondeu à coluna, por nota, que o relatório do Tribunal de Contas estadual é preliminar e que ainda falta o julgamento do conselheiro relator. “A gestão municipal vem apresentando nos autos as justificativas técnicas para todos os pontos indicados pelo TCE-PE, considerando que as impressões dos auditores incidiram sobre trechos da obra que ainda estavam em andamento”, argumenta a gestão de João Campos.
Lisura/ “A prefeitura reitera a lisura de todos os procedimentos administrativos adotados no contrato e permanece à disposição dos órgãos de controle”, acrescenta a nota.
“Sóstenes não pode impor a vontade dele ao presidente do Senado”, afirma líder do PP na Câmara
Por Eduarda Esposito — O líder do Progressistas na Câmara dos Deputados, Dr. Luizinho (RJ), afirmou que o líder do PL na Casa “não pode impor sua vontade ao presidente do Senado”. A fala é uma resposta à exigência do líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro em querer conversar apenas na presença dos dois presidentes, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). O deputado foi questionado sobre a ocupação dos deputados e senadores do PL nos Plenários das duas Casas durante a 3ª edição do Fórum Saúde, promovido pelo grupo Esfera Brasil e pelo laboratório farmacêutico EMS.

“Acredito que o líder de Sóstenes confia no líder Rogério Marinho, no Carlos Portinho, não sei quem é o líder do PL no Senado, no diálogo com o presidente Davi Alcolumbre. Agora, o líder de Sóstenes não pode impor a vontade dele ao presidente do Senado, porque ele não é mesmo do Senado. Ele pode construir com Hugo Motta, não vai se por Alcolumbre. E também aqui não é negócio de criança, não é Jardim de infância”, afirmou.
Na opinião do líder do PP, a desocupação precisa ser feita com base no diálogo e negociação com PL, e não por meios violentos. Entretanto, Dr. Luizinho defende que impedir os trabalhos não é a melhor solução. “Vamos trabalhar para tirar a ocupação, discutir hoje com o presidente Hugo Motta, temos que escutar quem representa o partido, os líderes e presidentes partidários. Hoje a gente vive um momento que será muito ruim ter que desocupar o plenário da Câmara por deputados e o plenário do Senado. Não acredito nessas medidas. Não acho tem que desligar ar-condicionado, tirar a luz, proibir, não acho que é isso. A gente tem que ter um diálogo, até porque é a forma que a Casa constitui. Agora, também impedir o trabalho parlamentar nada vai resolver”, pondero o líder.
Impasse da anistia
O líder do PP também explicou a divergência com o texto da anistia. De acordo com o parlamentar, o texto que o PL pediu apoio na urgência é diferente da proposta que eles querem votar agora. “A anistia tem um problema de base, as assinaturas da urgência do PL da anistia foram colhidas em cima de uma proposta que o líder Sóstenes foi a cada uma das bancadas pedindo para anistiar as pessoas que participaram do movimento de 8 de janeiro. Agora existe uma mudança de proposta para anistia ampla, geral e irrestrita, que não foi o comprometido quando foram colhidas as assinaturas da anistia. A gente precisa entender como se vai construir”, explicou.
Dr. Luizinho também afirmou não concordar com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não acha que a ocupação dos plenários seja a melhor solução por parte do partido. “A medida de prisão do presidente Bolsonaro é excessiva, acho que deveria ter terminado o curso normal do processo legal. Mas nós temos que trabalhar no Congresso dentro da legalidade. A ocupação do plenário não resolve o problema. Plenário tem que ser soberano e tem que trabalhar, até para ser vencedores e vencidos. Vamos discutir os temas e vamos chegar a um consenso”, ressaltou.
O deputado também esclareceu o apoio do União Progressistas à obstrução praticada pelo PL desde o primeiro semestre. “Hoje, o União Progressistas para esta semana, para esses dois dias de terça-feira e quarta-feira, está apoiando a obstrução. Foi esse o compromisso, uma conversa do presidente Ciro Nogueira (PP), presidente Rueda (União Brasil) e presidente Valdemar da Costa Neto (PL). E para semana que vem a gente quer a retomada dos trabalhos da casa dentro da normalidade”, disse.
Crise entre os Poderes
Outro ponto abordado pelo líder, após sua participação no Fórum Saúde, foi a sobreposição de poder entre o Judiciário e Legislativo. Na visão do líder partidário, a mudança do Foro Privilegiado é um problema para o Congresso. “O texto originário da Constituição de 1988 trouxe aos parlamentares do Senado e da Câmara uma posição que, para serem investigados, deveriam ser autorizados pelas duas Casas. Hoje, infelizmente, nós estamos vivendo um momento em que todos os parlamentares só estão restritos a um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF). Então, o foro hoje se tornou, pela retirada do texto originário da Constituição, um problema para o parlamento”, defendeu.
Para o deputado, o fim do Foro, como defendido pelo PL e oposição, não é a solução para esse impasse. “Com a mudança do texto originário da Constituição, perdeu-se o equilíbrio dos Poderes. Você tem o Judiciário com o poder acima do poder do Congresso Nacional. O equilíbrio entre os Poderes é a base da nossa democracia. Sou defensor do retorno das prerrogativas parlamentares da Constituição de 1988, no formato em que elas foram feitas”, declarou.
Dr Luizinho também comentou a afirmação do PL sobre terem sido isolados no primeiro semestre e que agora esse isolamento acabou devido à prisão de Bolsonaro. “Nunca houve isolamento, tanto que tem a assinatura no requerimento de urgência para o PL da anistia. Então, nunca houve isolamento. O problema é que você para fazer um texto de uma complexidade chamada anistia, tem uma complexidade para que a gente também não aprove uma medida que o STF não julgue inconstitucional. A gente está entrando numa seara que não é nossa. Nós somos o poder legislativo”, argumentou.
Na visão do parlamentar, o Congresso precisa analisar a questão do ponto de vista político para que o STF não julgue uma lei inconstitucional. “Uma das coisas que mais nos irrita é quando uma um projeto de lei aprovado é julgado inconstitucional pelo STF. Não cabe a nós mudar sentenças. A gente está entrando num outro campo, a discussão política do movimento do dia 8 de janeiro é um outro motivo. O que reúne a Casa e o Brasil é que a maioria acha que só pode existir uma prisão após o fim de um processo legal. Agora, entendo que a gente tem que respeitar também a decisão judicial. O parlamento brasileiro vai entrar na discussão de decisão judicial? A gente acha que essa é uma prisão política ou a gente, a cada pessoa que for presa, vai mudar uma legislação? Nós, União Progressistas, apoiamos, temos o entendimento do presidente Ciro Nogueira e do presidente Antônio Rueda, que é um gesto fora do processo legal, mas temos que respeitar o processo legal. A gente só tem que entender o que o legislativo pode fazer e construir um diálogo”, afirmou.
Para o líder, uma decisão no STF tem que ser respondida dentro dos parâmetros legais. “Decisão judicial não tem resposta política. Decisão judicial tem que ter resposta no judiciário. Nós não vamos revogar uma medida judicial, não tem previsão constitucional. A gente precisa avaliar as brechas hoje que temos na nossa constituição e tentar reconstruir o nosso marco legal”, defendeu.
E o governo?

Questionado sobre a possibilidade do União Brasil e do Progressistas deixarem os ministérios do governo do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 19 de agosto, Dr. Luizinho afirmou que não há decisão sobre isso. “Se o Rueda não deu essa declaração, então ela é inverdadeira. Presidentes Ciro ou Rueda, Pedro Lucas Fernandes (líder do União Brasil na Câmara-MA), eu, Tereza Cristina (líder do Progessistas no Senado) ou Efraim Filho (líder do União Brasil no Senado), não fizemos essa declaração, então não é verdadeira. Não tem esse compromisso, nunca fizemos esse diálogo. A gente nunca teve essa data, nunca teve essa conversa”, concluiu.
À coluna, deputados de ambas as legendas já relataram não concordar com o desembarque da federação dos ministérios do governo Lula. Parlamentares acreditam que se manter na base do governo ainda traz benefícios como emendas e acordos. No anúncio conjunto realizado pelos partidos em 11 de junho, antes do recesso parlamentar, os presidentes da federação afirmaram que as legendas deixariam a base do governo assim que a federação fosse concluída, o que deverá ocorrer no próximo dia 19 de agosto.
Coluna publicada no domingo, 13 de julho de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Embora o presidente Lula tenha reforçado em entrevistas e discursos que está no horizonte o uso de moedas locais para as trocas comerciais dos países dos Brics, o tema é mais polêmico e incerto do que possa parecer. Primeiramente, a maioria dos bancos centrais das nações do bloco considera que não será possível abandonar o dólar e o euro. Em segundo lugar, autoridades de muitos países estão convictos de que a proposta interessa mais à China como forma de ampliar poder. E, diante das incertezas que pairam sobre a geopolítica global, é preciso ter muita cautela ao reforçar a posição do “império do meio”, onde o processo não é democrático. Nos meios diplomáticos, a ideia é levar o tema com muita calma e a perder de vista. A avaliação de muitos embaixadores é a de que não se toma uma decisão dessas em meio a tensões.

Solução providencial
Com o relatório atual de Arthur Lira sobre a isenção do IR, o projeto, quando aprovado, não precisará cumprir a noventena porque não cria impostos. Caso a proposta seja votada e sancionada até 31 de dezembro deste ano, a isenção começa a valer em 2026.
Por aí, não
Causou perplexidade no Itamaraty o fato de o embaixador Rubens Barbosa, que hoje está na iniciativa privada, afirmar em entrevista ao Correio que o governo brasileiro não reagiu aos movimentos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. De abril para cá, a embaixada brasileira em Washington e o Itamaraty tiveram várias conversas para explicar a situação.
Modo avião
Vale lembrar que, quando Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos, Lula mandou os parabéns e sugeriu a troca de um telefonema. O brasileiro não recebeu sequer uma resposta.
Água mole em pedra dura…
Eduardo rodou os Estados Unidos por meses, em busca de uma saída para o seu pai. Em maio, alguns bolsonaristas chegaram, inclusive, a dar como certo que ele voltaria ao Brasil de mãos abanando. Conseguiu, via Steve Bannon, o acesso para a ajuda de Donald Trump. Agora, já tem muita gente apostando que ele voltará ao país em breve como pré-candidato ao Planalto. Falta combinar com as autoridades judiciais.
Lugar de fala
Apesar de os bolsonaristas terem reclamado das conversas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em busca de solução para a crise das tarifas, pessoas muito próximas ao governador afirmam que se ele ficasse parado, seria pior. Afinal, 40% dos produtos que o Brasil vende aos estadunidenses têm origem em São Paulo. Logo, ele não está de gaiato nessa empreitada.
CURTIDAS

Área estratégica/ O governo Lula deflagrou estudos para discutir as possibilidades de o Brasil criar o seu próprio sistema de geoposicionamento. Hoje, são cinco no mundo todo. O GPS (americano), o Galileo (europeu), o Glonass (russo), o BeiDou (chinês) e o IRNSS (indiano). O grupo de trabalho é coordenado pelo ministro-chefe do Gabinete e Segurança Institucional (GSI), general Marco Antônio Amaro dos Santos (foto).
Vem por aí/ A segurança da Câmara já foi orientada a se preparar para uma sessão do Congresso esta semana. E não será para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para a previsão de receita e despesa de 2026. O cronograma publicado previa que a LDO teria relatório final na semana passada. Ainda não votaram sequer o preliminar.
O destino de Soraya/ Fracassada a união PSDB-Podemos, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) teve uma conversa alentada com o deputado Aécio Neves para falar sobre o ingresso no ninho tucano.
Férias/ Uma pausa para recuperar as energias desses tempos de tensão e polarização que só tendem a se agravar. Até agosto, a coluna fica a cargo do nosso editor, Carlos Alexandre, de Luana Patriolino e de Eduarda Esposito.
Coluna Brasília/DF, publicada em 24 de maio de 2025, por Carlos Alexandre de Souza, com Eduarda Esposito — A maior federação partidária do país, firmada este ano entre União Brasil e Progressistas, está otimista para 2026. O presidente da aliança e do União Brasil, Antônio Rueda, diz que o “megapartido” lançará 17 governadores na disputa eleitoral. Para o Congresso, Rueda estima que o União Progressista elegerá 140 deputados e mais de 20 senadores. “Essa estrutura partidária, esse ecossistema que se monta, veio para fazer a diferença para o Brasil. Não é apenas um projeto de poder, é um projeto de Brasil”, afirmou o dirigente à coluna.
Em relação à corrida ao Palácio do Planalto, Rueda pretende lançar um candidato da federação como presidente ou vice-presidente. Apesar da pré-candidatura de Ronaldo Caiado, Rueda assegura que tanto o governador de Goiás quanto o União Brasil são favoráveis a outros nomes no campo da direita, desde que apresentem potencial eleitoral.
Até aqui, a federação busca um caminho de protagonismo para 2026, mas não descarta o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Rueda espera que o ex-presidente defina quem vai apoiar até outubro deste ano. Para ele, o apoio do ex-presidente é relevante, mas o União Progressistas não descarta a chapa com outras frentes, como a possível federação MDB e Republicanos. A próxima eleição é considerada uma oportunidade única, pois, na visão de Rueda, “Lula está cansado”.
Caiado no ataque
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, comparecerá na próxima sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, marcada para quarta-feira (28). O assunto: PEC da Segurança Pública. Crítico notório da proposta, Caiado esteve na última sexta-feira com entidades da segurança pública em Aracaju para discutir o tema.
Fortes críticas
A bancada da bala está mobilizada contra a aprovação da PEC. É grande a lista de entidades ligadas à área da segurança que afirmam não terem sido ouvidas pelo governo federal: Associação dos Militares Estaduais do Brasil; Associação dos Delegados de Polícia do Brasil; Associação dos Servidores da Polícia Civil do Brasil; Federação Nacional dos Policiais Federais; Associação Brasileira de Criminalística; Associação dos Peritos Criminais Federais e Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais.
Melhor não vir
Aliados do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmam que ele consegue facilmente conquistar a vaga no Senado em São Paulo. Nem precisaria vir para o Brasil fazer campanha para isso. Preocupados com uma eventual ordem de prisão proveniente do Supremo Tribunal Federal (STF), seguidores do 03 acreditam que Eduardo deva fazer sua campanha dos Estados Unidos.
Contra a judicialização
O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas (MA), critica a estratégia das legendas menores de recorrer à Justiça em reação a votações no Legislativo. “A gente tem que limitar esses pequenos partidos de poderem entrar na justiça de qualquer maneira, barrando propostas que foram discutidas por anos. É muito ruim isso para o parlamento. Tudo é judicializado, tudo é arguido”, alega o parlamentar. “Tenho certeza que nós que fazemos uma política de debate, de diálogo, de construção. E isso não é um preconceito contra pequenos partidos, é uma deficiência que já vem de muito tempo”, alega.
Concorrência alta
Mais um candidato está disposto a lutar por uma das duas vagas ao Senado pelo Distrito Federal, se juntando a nomes como Bia Kicis (PL), Ibaneis Rocha (MDB), Michele Bolsonaro (PL) e Erika Kokay (PT). O desembargador aposentado do TJDFT Sebastião Coelho vai se filiar ao Novo para disputar o pleito. Leia mais no Blog da Denise e na coluna Eixo Capital (pag. 14)
Formação de políticos
A formação de boas lideranças políticas é o foco do termo de cooperação de qualificação entre o RenovaBR e o Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP). As instituições vão colaborar na realização de eventos, cursos e oficinas com foco na formação de políticos comprometidos com a ética, diversidade, transparência e políticas públicas baseadas em evidências.
Ponto positivo
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) considerou positiva a reinserção da indústria mineradora no projeto de lei sobre licenciamento ambiental, aprovado pelo Senado na última quinta-feira. Em nota, o Ibram lembra que a atividade econômica havia sido excluída das discussões acerca das licenças. A expectativa é de que a Câmara, ao apreciar o texto definido pelo Senado, mantenha essa orientação, sem abrir mão do rigor na concessão dos licenciamentos.
Por Eduarda Esposito — Dois projetos sobre devedor contumaz — aquele reincidente, persistente na inadimplência — tramitam de forma avançada tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado Federal. Em almoço realizado na última quarta-feira (21) na Casa ParlaMento, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (União-AM), afirmou que o governo está de acordo com o projeto apresentado na Casa e com o relatório do deputado Danilo Forte (União-CE), informação confirmada pelo Blog. O parlamentar afirmou também que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deseja colocar o PL em pauta “muito em breve”. O líder disse que a pauta veio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quando apresentou 15 pontos importantes na Câmara no começo do ano, e que a pasta ajudou na construção do texto final.
Do outro lado do corredor…
Situação semelhante ocorre no Senado Federal, onde o senador Efraim Filho (União-PB), relator do PLP 125/2024, está pronto para ser votado em Plenário. De acordo com o líder da bancada, o seu texto teve colaboração da Receita Federal, do setor produtivo e também do ministério da Fazenda. O senador disse que acolheu partes do texto relatado por Danilo Forte, como o Programa de Conformidade Cooperativa Fiscal (Confia) e a diferenciação entre devedor contumaz e devedor inadimplente. Questionado pelo blog qual a opinião sobre as afirmações do líder na Câmara, Efraim afirmou que as casas são independentes e que se o projeto for aprovado primeiro na Câmara, seria “bom”, porque assim o texto seria apensado ao seu e ele poderia fazer um substitutivo.
O que os projetos querem
O devedor contumaz se tornou um problema fiscal para o Brasil e também para o setor produtivo. Empresas têm acusado que os concorrentes que sonegam impostos, têm crescido de forma desleal. Por isso, o Congresso Nacional e o governo federal se debruçaram sobre o tema para encontrar uma forma de mitigar os danos causados pelos devedores que persistem na inadimplência. Com isso, surgiram dois projetos: o PL 15/2024 na Câmara e o PLP 125/2024. Desses projetos, surgiram dois pontos cruciais, o programa Confia e a diferenciação entre um devedor contumaz de um inadimplente.
Em trecho do texto da Câmara, usado também no texto no Senado, a diferenciação é feita por base penal. “A caracterização do devedor contumaz, dada a sua gravidade, tem como consequência a manutenção da persecução penal em casos de crimes tributários, mesmo com o pagamento. Se o sujeito passivo está somente gerando débitos, sobretudo decorrentes de crimes contra o sistema tributário, não pode beneficiar-se da extinção da punibilidade com o pagamento, pois fica caracterizado que o “crime compensa”. Repisando, o devedor contumaz não se confunde com o inadimplente recorrente, muito menos com o contribuinte de boa-fé, portanto, seu comportamento não pode ser comparado com ao da maioria dos contribuintes”, defendem as propostas. Já o Confia, é um programa de conformidade tributária de adesão voluntária, com o objetivo de incentivar o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras através da retomada de construção de relacionamento entre a Receita Federal, o ministério da Fazenda e os participantes, com regras de adesão e também de permanência.

Coluna Brasília/DF, publicada em 13 de maio de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Os governadores pré-candidatos ao Palácio do Planalto ainda olham com certa desconfiança o plano do ex-presidente Michel Temer de montar um projeto de governo antes de pensar em nomes. Em conversas reservadas, muitos têm o receio de que seja uma armadilha para levar todos a fazer com que se aceite um nome que, mesmo sem ser o mais viável eleitoralmente, tenha a preferência dos presidentes dos partidos. Por isso, até que se sente para escrever esse projeto — ou que se desenhe a candidatura mais viável —, cada um vai andar pelo Brasil e pelo mundo para se apresentar e se tornar conhecido. Ou seja: o plano de Temer não muda a disposição dos pré-candidatos. Hoje, por exemplo, dois deles, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), têm uma prévia do discurso no 14º Lide Brazil Investment Forum, em Nova York, onde estão num périplo em busca de investimentos.
E nas horas vagas…/ No jantar do Lide, no domingo, em Nova York, a proposta de Temer foi tema das rodas de conversa. E a maior dúvida foi o PL de Jair Bolsonaro. A aposta da maioria é de que o ex-presidente vai até o fim com sua candidatura. Porém, eles não descartam conversas. O momento é de todo mundo conversar com todo mundo e, lá na frente, afunilar.
Causa estranheza
Os integrantes do União Brasil que se reúnem em Nova York não conseguem entender toda a proximidade e empolgação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há quem aposte que, se Alcolumbre não corrigir o curso, terá problemas numa reeleição para a Presidência da Casa, em 2026.
É assim mesmo
A turma mais ligada a Alcolumbre garante que, enquanto o governo tratar o presidente do Senado bem, a reciprocidade está garantida. Eleição, Alcolumbre só discutirá em 2026. Se Lula se recuperar, o senador já está posicionado. Se não, as pontes com a centro-direita continuam firmes.
Os anúncios de Casagrande
Em Nova York, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou um fundo de descarbonização da ordem de R$ 500 milhões para incentivar a transição energética. É algo inédito nesse campo. Os recursos são oriundos de outro fundo de investimentos do estado, abastecido pelos royalties do petróleo, que já chega a R$ 2 bilhões. Vem aí também o InvestES para captação de recursos.
Ficamos assim
Em conversas reservadas, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, tem dito que seu partido não ficará com Lula em 2026. A ordem é construir um projeto alternativo.
CURTIDAS
Juntos e misturados/ Ao mesmo tempo em que pisca para o governo, a nova federação União Brasil-PP, que passou a se chamar União Progressista, não deixa de fazer sua fezinha no PL de Bolsonaro. Em Nova York, os presidentes dos dois partidos, Antonio Rueda, do União, e Ciro Nogueira, do PP, aproveitaram o fim de semana para um encontro com Eduardo Bolsonaro e o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite.
Enquanto isso, na Park Avenue…/ O presidente do PSD do Distrito Federal, Paulo Octávio, recebeu o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e políticos brasilienses que estavam em Nova York para um coquetel ao lado do ex-governador João Doria. Doria saiu da política, mas continua como uma ponte entre o setor produtivo e o Parlamento.
No quintal de Lula/ O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, volta para o Brasil amanhã e pretende passar o fim de semana no Nordeste. É a região em que todos os pré-candidatos ao Palácio do Planalto estão apostando para se tornarem mais conhecidos. Afinal, foi no Nordeste que o PT sempre obteve larga vantagem sobre os adversários. A ordem entre os candidatos de centro é tentar conquistar pelo menos uma parte desses eleitores.












