A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) promove pela segunda vez, este ano, um concurso que premia os melhores embutidos feitos no Brasil por pequenos e médios produtores artesanais. Depois da avaliação técnica das amostras inscritas no Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 – Charcuteria, um júri popular irá avaliar os sete finalistas, que são dois de Minas Gerais, dois do Rio Grande do Sul, um da Bahia, um do Paraná e um de Santa Catarina. Os melhores serão conhecidos nos próximos dias.
De origem francesa a palavra charcuteria deriva de dois vocábulos: chair (carne) e cuit (cozido) e denomina um dos mais antigos métodos de produção de alimentos da humanidade, tendo sido a preservação dessa comida a sua sobrevivência durante períodos de escassez. Além de ter possibilitado longas viagens de migração, onde nem sempre era possível obter alimentos frescos diariamente.
Embutidos para nós, salumeria para os italianos, o ramo da produção alimentar dedicado ao preparo e venda de itens de carne de porco tem crescido no Brasil e feito especialistas na área. Alguns fizeram parte do júri técnico, como Alexandre Cenci, zootecnista criador de suínos com tradição familiar de três gerações, foi quem trouxe a raça Duroc para o Centro-Oeste; Pedro Crespo, chefe charcuteiro da Casa Almeria; Alexandre Rigon, chef com 20 anos de experiência foi responsável técnico de cozinhas no Congresso Nacional e João Lombardo, jornalista defensor do pequeno produtor, escreve sobre gastronomia e vinhos e tem livros publicados.
Indicado pela embaixada da Itália para integrar o júri veio de São Paulo o chef e consultor gastronômico e especialista em salumeria Sauro Scarabotta, fundador da marca Friccò, Sauro considerou que “a qualidade dos presuntos pode ser melhorada” e deixou dicas sobre critérios a serem adotado pela CNA em futuros concursos.