Crédito: Caio Gomez
Coluna Brasília-DF publicada na quarta-feira, 24 de dezembro de 2025, por Luana Patriolino com Eduarda Esposito
O último ato do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino sobre as emendas parlamentares mostra o que está por vir em 2026. O Congresso está inconformado com a suspensão da proposta aprovada pela Casa, que visava ressuscitar os recursos não pagos pelo governo entre 2019 e 2023, e decidiu que irá procurar o magistrado para buscar um acordo. Hugo Motta (Republicanos-PB) quer evitar atritos com o Judiciário, mas tudo indica que acabarão voltando ao mesmo impasse. Dino está irredutível e, para a surpresa de ninguém, janeiro começará com um embate entre os dois Poderes. Quem está tranquilo com isso é o Planalto — que se vê fora dos holofotes e sem desgaste para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O espírito natalino amoleceu o coração de todos os presentes no evento de ontem, no Palácio do Planalto, que reconheceu a cultura gospel como patrimônio cultural. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se disse “honrado” por compartilhar o momento com Lula e distribuiu elogios para todos os lados. A situação é bem diferente da observada no mês passado, quando a relação entre o governo e o Congresso se desgastou após a votação do Projeto de Lei Antifacção.
Católico, Hugo Motta conta com a simpatia e o apoio formal da bancada evangélica da Câmara. O presidente da Casa também sempre manteve uma excelente relação com a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi uma das maiores fiadoras de seu nome para assumir a Presidência da Câmara.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ainda não decidiu quem será seu vice na chapa para concorrer à Presidência da República no ano que vem. No PSD, comenta-se que Gilberto Kassab está “vendendo” a desistência de Ratinho Júnior, seu correligionário, para tentar emplacar o nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Quem não tem sido citado nessa história ultimamente é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos maiores aliados da família Bolsonaro.
Com a saída do Ministério do Turismo, o deputado federal Celso Sabino (sem partido-PA) deve concentrar as energias em sua pré-candidatura ao Senado. Ele aguarda uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), para definir as estratégias de campanha e o apoio das siglas. O ex-ministro lutou para ficar no Executivo, foi expulso do União Brasil e, em seguida, acabou exonerado pelo petista.
Sabino tem sido procurado por outros partidos, mas alegou que irá escolher a legenda que lhe dê autonomia para concorrer ao Senado, independentemente do campo político. Ele colocou outra exigência: o apoio à campanha de reeleição do presidente Lula.
As críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, não param. Após a denúncia de que ele teria supostamente procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar em favor da venda do Banco Master para o BRB, há quem esteja, nos bastidores, chamando o magistrado de “Moro do Supremo”. Moraes declarou que tratou apenas da Lei Magnitsky com o presidente do BC.
Parte do setor portuário vê como positiva a investigação antitruste aberta pela Comissão Europeia contra uma empresa da gigante suíça MSC. “Na Europa, assim como no Brasil, já se reconhece que o setor portuário opera sob forte concentração, criando incentivos para práticas altamente lesivas”, explica a advogada Marcela Bocayúva, especialista no tema. Por aqui, o Tribunal de Contas da União (TCU) validou recentemente o modelo em que os grandes armadores, como a própria MSC, não participam da fase inicial do leilão do novo terminal do porto de Santos e só podem avançar caso nenhum player novo apresente uma proposta válida.
Uma fatia do mercado financeiro critica o Banco Central por ter fixado de R$ 10 milhões a R$ 37 milhões o valor das licenças para empresas que querem operar no Brasil como “Exchanges” (plataformas para negociação de compra e venda de criptomoedas). “Na Europa, o custo total da licença varia de cerca de R$ 420 mil a R$ 1,3 milhão. O Brasil era, até pouco tempo, uma praça promissora nesse mercado, mas agora perdemos qualquer possibilidade de competitividade”, afirma o brasileiro Matheus Puppe, mestre e doutorando no tema pela Universidade de Frankfurt.
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