Hugo Motta defende pacificação e fuga de “pautas tóxicas”

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Por Eduarda Esposito — O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), discursou, nesta terça-feira (13), durante a abertura do 14º Brazil Investment Forum em Nova Iorque. Motta ressaltou a parceria econômica do Brasil com os Estados Unidos e destacou os projetos importantes para o país ainda este ano. 

“(Os EUA) é o nosso segundo maior parceiro comercial tendo aí uma balança de pouco mais de U$ 80 bilhões onde as nossas importações são levemente maiores do que as nossas exportações. Dito isso, Estados Unidos é, sem dúvida alguma, o maior investidor estrangeiro no Brasil”, afirmou. 

O presidente da Câmara ainda destacou que a “brazilian week”, que ocorre na cidade norte-americana esta semana, é importantíssima para que o empresariado brasileiro possa estabelecer “uma relação ainda mais próxima com esse grande parceiro comercial”. E não deixou de citar o PL da reciprocidade, sancionado em abril, que garante mecanismos de resposta ao Brasil em casos de tarifaços exagerados. 

Pacificar para crescer

O restante do discurso de Hugo Motta ressaltou o momento político do Brasil, e, assim como João Doria e Ciro Nogueira, o presidente da Câmara pediu pela pacificação política. “Desde que assumimos a presidência da Câmara, temos adotado o tom do equilíbrio, do diálogo, da serenidade que penso que é isso que está faltando ao nosso país. Nós não podemos viver em uma polarização, não podemos viver em uma polarização política radicalizada que faz, muitas vezes, termos um gasto de energia com assuntos que, ao final do dia, não produzem absolutamente nada. E, quando na verdade, poderíamos estar focados numa agenda de entregas à sociedade e ao nosso país”, defendeu. 

Motta ainda ressaltou que para que a pacificação ocorra, é necessário que os três poderes dialoguem. “Essa pacificação passa pela harmonia entre os poderes, e aí, essa não é uma tarefa só do poder Legislativo. Penso que cada poder tem que fazer a sua autocrítica para colaborar com essa harmonia porque não é só um poder que vai conseguir harmonizar o país. É dialogando, cada um nas suas responsabilidades, para que ao final possamos colocar o Brasil em primeiro lugar e entender que isso é o que vai verdadeiramente ajudar a melhorar a qualidade de vida da nossa população”, enfatizou. 

Para o presidente da Câmara, o Brasil só conseguirá crescer economicamente, quando o cenário de pacificação ocorrer. “E tendo esse ambiente de pacificação, nós vamos ter um ambiente favorável para que, economicamente, o país possa crescer e se desenvolver. O Brasil que tem tantas potencialidades, que é alvo e é buscado por investidores, tanto nacionais como internacionais. Se nós conseguirmos essa pacificação de segurança jurídica, vamos com certeza avançar numa agenda muito positiva que será fundamental para o crescimento e o desenvolvimento”, argumentou Motta. 

Ainda não é 2026

O presidente da Câmara ainda foi enfático que o Brasil não está em ano eleitoral, e, antes de 2026, tem muito assunto importante para o Brasil que precisa ser trabalhado. “Faço mais um apelo, nós temos um dever político a cumprir com o nosso país. Vamos deixar para discutir a eleição no ano que vem, vamos tratar dos problemas que são atuais da do nosso dia-a-dia da nossa realidade porque é dessa forma que nós conseguiremos tratar do que verdadeiramente importa”, defendeu. 

Para Motta, é necessário que o Congresso brasileira saia das pautas “tóxicas” e foque no que realmente importa para os brasileiros. “(Precisamos) sair de pautas tóxicas, de pautas que nos cansam, que tomam o nosso tempo e que não colaboram em nada com o nosso país Eu penso que se focarmos em alguns dos temas que aqui pude sugerir e tantos outros que, através desse diálogo e desse encontro, são possíveis de surgir, nós conseguiremos focar no que verdadeiramente importa e ao final quem sairá ganhando é o nosso país”, disse. 

Em seu discurso, Hugo Motta citou as instalações de comissões para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, das comissões para análise do Plano Nacional da Educação para o decênio de 2024 a 2034, e da inteligência artificial, que para Motta, são prioridades deste ano para a Câmara. Além disso, não deixou de lembrar da aprovação do projeto de lei que estimula exportação para micro e pequenas empresas, que agora se encontra no Senado, assim como o projeto que revitaliza a lei de Parcerias Público-Privadas (PPP) e concessões, votada na semana passada, e a lei de reciprocidade fiscal.  

Desafios

O presidente ainda relembrou que é preciso discutir as isenções fiscais no Brasil e que esse diálogo poderá reduzir as taxas de juros. “O Brasil tem mais de R$ 650 bilhões de isenções dadas a diversos setores. Está muito pesado carregar isso e esse peso acaba sendo dividido por todos nós. E temos que fazer uma discussão porque esses dois pontos vão diretamente àquilo que o setor produtivo mais reclama, que são as altas taxas de juros e o governo sem querer fazer esse de casa fiscal”, afirmou. 

Motta ainda citou o alto nível de informalidade no país, enfatizou a necessidade de conversar junto à Justiça do Trabalho para desenvolver uma legislação alternativa para facilitar o trabalho para os micros e pequenos empreendedores. A COP30 também foi lembrada pelo presidente, sendo vista como uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. “O Brasil tem a oportunidade esse ano, do ponto de vista ambiental, e aqui o agronegócio terá mais uma grande chance de desmistificar. Mostrar o quanto preservamos o Brasil, que respeita o meio ambiente, que tem um Código Florestal duro e que concilia bem a preservação ambiental com a nossa produção”, pontuou. 

De olho no gasto público

Hugo Motta não deixou de tecer comentários preocupados com os gastos públicos do governo federal e sugeriu uma legislação de controle. “E eu tenho defendido dois pontos que penso que são fundamentais e que o Brasil daria um grande salto. Primeiro, discutirmos a eficiência da nossa máquina pública. Temos uma máquina pública retrógrada, de 30 há 40 anos, que precisa se atualizar principalmente com as tecnologias hoje disponíveis. O estado tem que obrigatoriamente ser mais eficiente. Precisamos avançar em uma legislação que trate da máquina pública, para termos uma máquina pública mais enxuta e eficiente para entregar os serviços essenciais à população com mais qualidade”, defendeu Motta.

“Algo está errado”, afirma Ciro Nogueira sobre situação econômica do Brasil

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Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press

Por Eduarda Esposito — O senador e presidente do partido Progressistas, Ciro Nogueira (PI), discursou na abertura do 14º Brazil Investiment Forum em Nova Iorque nesta terça-feira (13). De acordo com o senador, a cada evento realizado, são discutidos os mesmos problemas. “Infelizmente, em todos os eventos, nós vemos os mesmos problemas sem solução no nosso país e isso é uma rotina que nós temos que mudar no Brasil. O país hoje se encontra em um momento muito difícil em nossa história. Então, algo está errado e é chegado o momento de nós fazermos uma avaliação. Não culpando esse ou aquele governante, ou esse ou aquele ciclo político, mas termos a certeza de que fracassamos nos últimos 40 anos”, afirmou. 

Para Nogueira, a comparação entre os crescimentos da China (3.000%), Índia (1.000%) e Brasil (aproximadamente 140%) deixa visível a urgência por mudança. “Nós temos que fazer essa mudança urgente antes que a própria população possa fazer por suas mãos. E isso pode acontecer pois o povo hoje está se sentindo desamparado, não está se sentindo representado porque essa visão de que Brasília vai ser a propulsora de crescimento do nosso país está errada”, alertou. 

Hora de pacificar

Para o presidente do Progressistas é necessário pacificar o Brasil, que essa divisão em pólos extremos está prejudicando o país. “É chegada a hora de nós pacificarmos o nosso país. Esses pólos extremos que se alimentam dessa disputa tem feito muito mal ao Brasil e é chegado o momento dessas pessoas que aqui estão tomarem para si essa necessidade de pacificarmos e induzirmos o crescimento do nosso país”, destacou. 

Ainda nesse sentido, Ciro citou os governadores e ressaltou a importância da união dos gestores estaduais para alcançar a paz no Brasil. “Temos aqui esses governadores excelentes que têm que se unir, conversar para nós darmos um projeto político para o Brasil. Não projeto pessoal, mas um projeto de Brasil. Nós temos que pensar a longo prazo”, defendeu. 

Economia é no setor produtivo

O senador Ciro Nogueira ainda foi enfático ao afirmar que o governo federal não pode ser o indutor de economia de qualquer país que seja, essa tarefa cabe ao setor privado. “Precisamos tirar essa visão porque não temos um exemplo no mundo que tenha dado certo, não existe país nenhum do mundo em que o setor governamental possa substituir o setor privado como indutor de crescimento mundial. Não dá certo, não é produtivo por conta da corrupção e da ineficiência”, argumentou Nogueira. 

O presidente do PP ainda continuou, “nós temos que ter o setor privado como grande aliado e nós temos oportunidades para isso”. De acordo com Ciro, o Brasil tem capacidade de atrair R$ 5 bilhões em investimentos no setor de energia verde, mas que o país “está deixando passar” por conta da falta de segurança jurídica e confiabilidade.

“Os investidores internacionais seguem interessados no Brasil”, destaca João Doria

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NOVA YORK, EUA, 13.05.2025 – POLITICA-EUA – durante o LIDE Brazil Investment Forum 2025 promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais no Harvard Club na cidade de Nova York nos Estados Unidos nesta terça-feira, 12 de maio de 2025. (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press)

Por Eduarda Esposito — O ex-governador de São Paulo e fundador do LIDE Brasil, João Doria, afirmou durante o 14º Brazil Investiment Forum, em Nova Iorque, que o Brasil continua recebendo interesse estrangeiro. “Os investidores internacionais seguem interessados no Brasil, seguem olhando o Brasil com atenção, mas preocupados menos com a questão política e mais com a insegurança jurídica”, disse durante a abertura do evento na manhã desta terça-feira (13). 

Doria ainda destacou que, apesar da insegurança jurídica, que em sua visão, precisa ser resolvida, o país ainda é atraente aos investidores. “Mas há uma confiança no Brasil, há uma perspectiva positiva em relação ao Brasil neste momento. E é preciso que se diga isso, mesmo com os percalços, mesmo com as dificuldades, que a situação hoje econômica do Brasil poderia ser melhor”, ressaltou.

Análise nacional

Para o fundador do LIDE, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi punido com “circunstâncias que impediram que a política econômica” estivesse no patamar desejado. “O Brasil estaria hoje em uma outra posição”, disse. Para além do governo federal, João Doria também comentou o trabalho feito pelos governadores brasileiros. Em sua avaliação, “esta é a melhor leva de governadores que o país já teve”. 

“Os governadores têm liderado os seus estados com enorme eficiência e têm obtido resultados muito bons, inclusive de investimentos internacionais. Ora, aquilo que o governo federal, circunstancialmente, deixa de fazer, os governos estaduais estão fazendo, tem realizado e que traz alento e perspectivas”, exaltou. 

Visão realista

O anfitrião da 14ª edição do Forum destacou ainda que não é preciso falar mal do país, mas ser sincero em relação ao momento em que o Brasil se encontra. “O que nós desejamos aqui é não falar mal do Brasil, mas olhar as perspectivas reais do país. Também não precisamos mentir, disfarçar os problemas que temos, mas focar naquilo que representam vantagens competitivas, especialmente neste momento de transformações na geopolítica econômica mundial com a posse do fundador Donald Trump aqui nos Estados Unidos”, mencionou. 

Doria finalizou ressaltando a importância da classe empresarial para o Brasil e que são eles que fazem a economia do país crescer. “O setor produtivo — que está aqui presente, temos quase 330 empresárias e empresários aqui — a bola está com vocês que movem a economia brasileira. Façam isso, acreditem nos seus negócios, tenham empenho e dedicação nas suas perspectivas que as metas poderão ser atingida. E contem com aqueles que, com boa vontade e discernimento na área pública, poderão ajudá-los”, concluiu.

Direita quer a presidência, mas ainda não fechou um nome

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Crédito: Maurenilson Freire

Coluna Brasília/DF, publicada em 13 de maio de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

Os governadores pré-candidatos ao Palácio do Planalto ainda olham com certa desconfiança o plano do ex-presidente Michel Temer de montar um projeto de governo antes de pensar em nomes. Em conversas reservadas, muitos têm o receio de que seja uma armadilha para levar todos a fazer com que se aceite um nome que, mesmo sem ser o mais viável eleitoralmente, tenha a preferência dos presidentes dos partidos. Por isso, até que se sente para escrever esse projeto — ou que se desenhe a candidatura mais viável —, cada um vai andar pelo Brasil e pelo mundo para se apresentar e se tornar conhecido. Ou seja: o plano de Temer não muda a disposição dos pré-candidatos. Hoje, por exemplo, dois deles, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), têm uma prévia do discurso no 14º Lide Brazil Investment Forum, em Nova York, onde estão num périplo em busca de investimentos.

E nas horas vagas…/ No jantar do Lide, no domingo, em Nova York, a proposta de Temer foi tema das rodas de conversa. E a maior dúvida foi o PL de Jair Bolsonaro. A aposta da maioria é de que o ex-presidente vai até o fim com sua candidatura. Porém, eles não descartam conversas. O momento é de todo mundo conversar com todo mundo e, lá na frente, afunilar.

Causa estranheza

Os integrantes do União Brasil que se reúnem em Nova York não conseguem entender toda a proximidade e empolgação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há quem aposte que, se Alcolumbre não corrigir o curso, terá problemas numa reeleição para a Presidência da Casa, em 2026.

É assim mesmo

A turma mais ligada a Alcolumbre garante que, enquanto o governo tratar o presidente do Senado bem, a reciprocidade está garantida. Eleição, Alcolumbre só discutirá em 2026. Se Lula se recuperar, o senador já está posicionado. Se não, as pontes com a centro-direita continuam firmes.

Os anúncios de Casagrande

Em Nova York, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou um fundo de descarbonização da ordem de R$ 500 milhões para incentivar a transição energética. É algo inédito nesse campo. Os recursos são oriundos de outro fundo de investimentos do estado, abastecido pelos royalties do petróleo, que já chega a R$ 2 bilhões. Vem aí também o InvestES para captação de recursos.

Ficamos assim

Em conversas reservadas, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, tem dito que seu partido não ficará com Lula em 2026. A ordem é construir um projeto alternativo.

CURTIDAS

Juntos e misturados/ Ao mesmo tempo em que pisca para o governo, a nova federação União Brasil-PP, que passou a se chamar União Progressista, não deixa de fazer sua fezinha no PL de Bolsonaro. Em Nova York, os presidentes dos dois partidos, Antonio Rueda, do União, e Ciro Nogueira, do PP, aproveitaram o fim de semana para um encontro com Eduardo Bolsonaro e o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite.

Enquanto isso, na Park Avenue…/ O presidente do PSD do Distrito Federal, Paulo Octávio, recebeu o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e políticos brasilienses que estavam em Nova York para um coquetel ao lado do ex-governador João Doria. Doria saiu da política, mas continua como uma ponte entre o setor produtivo e o Parlamento.

No quintal de Lula/ O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, volta para o Brasil amanhã e pretende passar o fim de semana no Nordeste. É a região em que todos os pré-candidatos ao Palácio do Planalto estão apostando para se tornarem mais conhecidos. Afinal, foi no Nordeste que o PT sempre obteve larga vantagem sobre os adversários. A ordem entre os candidatos de centro é tentar conquistar pelo menos uma parte desses eleitores.

A saia justa do União Brasil

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Kleber Sales

Coluna Brasília/DF, publicada em 10 de abril de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

O União Brasil está com dificuldades de pacificar a bancada, depois que dois nomes ligados ao partido se destacaram de forma negativa — o ex-ministro e deputado federal Juscelino Filho (MA) e o empresário José Marcos Moura, um dos alvos da Operação Overclean da Polícia Federal. Por isso, já tem muita gente defendendo que o líder da bancada, Pedro Lucas, ligado ao presidente do partido, Antonio Rueda, permaneça onde está. A avaliação de muitos dentro do União é de que qualquer mudança poderá comprometer o frágil equilíbrio interno e acirrar as brigas. A troca do líder já não foi pacífica, e uma nova mudança também não será, uma vez que Rueda planeja manter o controle da bancada.

O último favor I

Deputados tratam a espera em plenário para que ocorresse a votação do processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) no Conselho de Ética como uma concessão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao antecessor, Arthur Lira (PP-AL). Quando a cassação foi aprovada no Conselho de Ética, já passavam das 18h.

O último favor II

Motta havia prometido que a ordem do dia passaria a começar pontualmente às 16h. A exceção desta quarta-feira foi atribuída ao processo contra Glauber. Agora, antes de seguir para o plenário, a decisão do Conselho de Ética será analisada na Comissão de Constituição e Justiça, mediante recurso do PSol. Vingança A cassação de Daniel Silveira era vista como um ponto que poderia ajudar Glauber, uma vez que muitos se arrependeram daquele voto contra o parlamentar. Porém, virou motivo para que a oposição e parlamentares de centro votassem o fim do mandato de Braga. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) afirmou que o líder do PL não concordava com a cassação e que o partido iria obstruir, mas o PL foi o algoz de Braga ontem, tal e qual Braga foi contra Silveira no passado.

“Vou anistiar o cara que entrou na minha casa e quebrou tudo? Esse pessoal que defende anistia deveria pensar duas vezes. Então, vamos anistiar quem entrar na casa deles e quebrar tudo” Omar Aziz (AM), líder do PSD no Senado, numa demonstração da polêmica em torno da proposta de anistia aos acusados pelos atos de 8 de janeiro de 2023

Está moderado

Durante o almoço da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que uma das contrapartidas para viabilizar a isenção do Imposto de Renda a quem ganha até R$ 5 mil por mês será cobrar mais de países que fazem investimentos no Brasil. “A única coisa é que, ao invés de só pagarem na França ou nos Estados Unidos (seus países de origem), eles vão pagar um pouquinho a mais aqui no Fisco brasileiro, que acho que está até precisando mais do que esses outros fiscos”, disse.

CURTIDAS

Por falar em festa…/ Os deputados não param de comentar sobre a festa de 50 anos do “Rei do ovo”, o empresário Ricardo Faria, no último fim de semana. Perante ministros do Supremo Tribunal Federal e um mar de autoridades, um empresário puxou um brinde: “Tarcísio, nosso futuro presidente”. Na hora, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, rechaçou a sugestão e disse que era candidato à reeleição e que apoiava Jair Bolsonaro. Muitos ficaram com a certeza de que, se Jair abrir mão da disputa, Tarcísio estará em campo.

Lotação esgotada…/ Mais de 300 empresários já confirmaram presença no Lide Brazil Investment Forum, em Nova York, em 13 de maio. O Forum reunirá autoridades dos Três Poderes, inclusive os presidentes da Câmara, Hugo Motta; do Senado, Davi Alcolumbre; do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e do decano da Corte, ministro Gilmar Mendes.

… e muitos debates/ Em tempo de profusão de tarifas estipuladas pelo governo Trump a países que exportam para os Estados Unidos, o evento contará com 15 governadores confirmados, inclusive o do DF, Ibaneis Rocha. Os presidentes do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego Filho, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também são palestrantes, assim como o relator da isenção do IR, Arthur Lira. É 14º ano do Forum Lide Brazil Investments, dentro da chamada Brazilian Week, que concentra uma série de reuniões em Manhattan.

Respeito ou tensão/ No evento de inauguração da Casa da Liberdade, na última terça-feira, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi recebido em silêncio pelos convidados, enquanto outros falantes foram ovacionados. Os aliados de Motta garantem que foi sinal de respeito. A turma que está irritada por causa da proposta de anistia garante que foi tensão.

Colaborou Israel Medeiros

Preservem o setor produtivo e o diálogo

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Caio Gomez

Coluna Brasília/DF, publicada em 13 de março de 2025, por Denise Rothenbug, com Eduarda Esposito

Todo o esforço dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, junto aos líderes será no sentido de preservar um espaço à margem da polarização para fazer caminhar a agenda econômica no Legislativo e garantir a estabilidade fiscal. A contar pela exposição do próprio Hugo Motta e do líder do PSD, deputado Antonio Brito, no evento Brasil Summit Lide-Correio Braziliense, tudo será feito para assegurar uma melhor distribuição da carga tributária com a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, projeto que deve chegar ao Congresso já na próxima semana. Porém não será aceito nada que represente aumento da carga de impostos ou maior desequilíbrio fiscal.

Ela topa/ O IR será o grande teste da capacidade de articulação da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. No jantar com os líderes de centro na última terça-feira, com a presença de Hugo Motta, Gleisi deixou claro que concorda com a avaliação dos líderes e demonstrou todo o interesse num trabalho conjunto em prol das medidas econômicas. E com a blindagem da agenda econômica contra a polarização. Pelo menos até o fim deste ano, a ordem é tentar deixar os anseios eleitorais de lado e jogar a energia para baixar o preço dos alimentos e afrouxar o aperto tributário sobre os mais pobres. Se o governo conseguir esses feitos, alguns ministros apostam que a popularidade será retomada em breve.

E a Previdência, hein?

Ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da Fazenda e secretário da Fazenda de São Paulo no governo João Doria, Henrique Meirelles disse à coluna que, diante do aumento da expectativa de vida da população, chegou a hora de uma nova reforma da Previdência. Falta combinar com o Congresso, que está mais dedicado à tributária e começa a falar da administrativa.

Gestos & desafios

A presença de Hugo Motta na festa de aniversário de 79 anos de José Dirceu foi vista como mais um sinal de diálogo com o PT por parte do presidente da Câmara. Hugo saiu de lá direto para o jantar com Gleisi Hoffmann. Ou seja, ele segue surfando entre o PT e o bolsonarismo. Até aqui, conseguiu se livrar dos icebergs. O grande teste será a definição da presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Não se enganem!

O fato de Hugo Motta e outros representantes do centro marcarem presença no aniversário de Dirceu não tirou o ímpeto do aniversariante em deixar muito claro que o governo está “sitiado” pela direita, que cresce no mundo, e que a esquerda é minoria no Parlamento brasileiro. O principal conselho dele, neste início de ano, para seus companheiros de governo é “para vencer, temos que governar agora” e não perder de vista a conjuntura internacional.

Por falar em governar…

A tônica política do Brasil Summit Lide-Correio Braziliense foi dada logo na fala de boas-vindas do ex-governador de São Paulo João Doria, fundador do Lide. Foi incisivo ao defender o apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que “leva tiro internamente”, e ao destacar a necessidade de quem governa conversar com todos os setores. O governador Ibaneis Rocha concordou: “Divisão política atrapalha e muito”.

CURTIDAS

Todos de volta/ Os eventos da semana na política marcaram o retorno de vários personagens do escândalo do petrolão ao cenário nacional. Na posse de Gleisi, compareceu, por exemplo, André Vargas (PT-PR). Na festa de Dirceu, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares contou à coluna que deseja concorrer a um mandato de deputado federal por Goiás, terra de um dos pré-candidatos à Presidência da República e um dos maiores opositores de Lula, o atual governador Ronaldo Caiado.

Enquanto isso, em Cannes…/ O Hotel Maricá, o complexo de resorts Samba, Futebol e Caipirinha, e o programa Mumbuca Verde — mercado de créditos ambientais que funciona com a comercialização de Unidades de Crédito de Sustentabilidade — são apostas de Maricá para atrair investidores internacionais. A cidade de 200 mil habitantes, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é a única do continente americano com stand no Mipim 2025, maior feira de investidores do ramo imobiliário do mundo, realizada em Cannes, na França.

… é hora de apresentar o Brasil/ O prefeito Washington Quaquá (PT) e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), receberam convidados e visitantes, destacando o potencial turístico da cidade. “Quaquá quer transformar Maricá num destino turístico mundial e, com isso, trazer oportunidades e o pleno emprego às pessoas para ajudar a cidade a continuar no caminho do desenvolvimento”, definiu o ministro. “Viemos buscar investimentos e transformar Maricá numa indústria do turismo mundial, com as famílias empregadas e empreendendo”, ressaltou Quaquá.

Vai ter fila para um café/ A posse da presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, foi de longe a mais concorrida do STM. Alguns deputados não conseguiram lugar para se sentar na Sala Martins Pena, com 480 cadeiras. E olha que foram colocados mais 200 lugares no foyer, quase uma centena no palco e ainda ficou muita gente de pé. Na saída, disseram à coluna que vão marcar uma visita de cortesia nos próximos dias.

Da porteira para dentro, não colou

Publicado em coluna Brasília-DF
Crédito: Caio Gomez

Coluna Brasília/DF, publicada em 8 de março de 2025, por Denise Rothenbug, com Eduarda Esposito

Com o agro dividido entre industriais e produtores, a avaliação de muitos é de que as medidas anunciadas para tentar conter o preço dos alimentos poderão afastar ainda mais os produtores do governo. Associadas a declarações de Lula, sobre medidas drásticas, caso o que foi anunciado até aqui não dê resultado, as decisões governamentais não trouxeram fomento à produção nacional e, sim, a importadores. Logo, avisam alguns, ou o governo age para ajudar os produtores ou vai ficar difícil dar aquele “tombo” nos preços.

Alvo vazio/ Especialistas avaliam que as medidas anunciadas para conter a inflação dos alimentos não terão o efeito que o governo defende. Daniel Cassetari, CEO da HKTC e especializado em comércio exterior, acredita que há outras prioridades nesse tema, mais eficazes do que zerar a alíquota de importação. “Embora a medida possa parecer positiva à primeira vista, especialistas apontam que seu impacto prático é limitado, uma vez que o Brasil já é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. A justificativa do governo de que a isenção ajudaria a conter a alta dos preços não se sustenta na realidade do mercado. O agronegócio enfrenta desafios mais urgentes, como a necessidade de financiamentos mais vantajosos e redução de tributos sobre insumos essenciais. No entanto, o governo tem demorado a oferecer soluções estruturais e eficientes para o setor”, afirma. Logo, até aqui, a perspectiva é de briga com o agro.

100km/h

Findo o carnaval, o presidente da Câmara, Hugo Motta (RepublicanosPB), quer mostrar que não brinca em serviço. Pautou 11 matérias para serem apreciadas nesta terça-feira, em caráter de urgência. Entre elas, temas polêmicos como: consentimento para doação de órgãos; registro, posse e comercialização de armas de fogo; e criminalização da aproximação do agressor com a vítima, mesmo com a permissão.

Expectativa & realidade

Antes de votar essas propostas, porém, é preciso acordo entre os líderes. Até aqui, diante da necessidade de resolver as presidências das comissões técnicas, o Orçamento de 2025 e as emendas parlamentares, tem muita gente duvidando que a Casa consiga cumprir essa pauta.

De grão em grão

Pesquisa realizada pelo Sebrae revela que no universo de mulheres donas de negócios, 72,4% têm ensino médio completo ou mais; e o ensino superior é realidade para quase 29%. A vantagem de empresárias com ensino superior ou mais em relação aos homens que empreendem é de mais de 13%. Entretanto, o rendimento médio real delas no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 2.867, 24,4% menos do que os homens que empreendem. Mas essa diferença já foi de 30,3% no quarto trimestre de 2012, início da série histórica.

Mulherada dominando

O Boletim Econômico da Construção Civil revelou que o número de mulheres na construção civil aumentou 52,3% entre 2012 e 2021. De janeiro a maio de 2023, as mulheres foram mais contratadas do que os homens.

CURTIDAS

Enquanto isso, nas redes…/ Simpatizantes do governo subiram um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro fala de isenção de impostos para jet-ski e o vice-presidente Geraldo Alckmin anuncia a isenção para os produtos da cesta básica. É o esquenta da campanha de 2026.

Lide e Correio/ Na próxima quarta-feira, o Correio Braziliense, em parceria com o grupo Líderes Empresariais (Lide), vai promover o evento Brasil Summit, que abordará discussões de alto nível sobre o futuro da economia brasileira. O encontro será no Hotel Brasília Palace, das 8h às 12h. Já confirmaram presença o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (foto, Republicanos-PB), e os governadores do Pará e do Distrito Federal, Helder Barbalho (MDB) e Ibaneis Rocha (MDB).

A lista de Cida/ A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse estar fazendo uma lista de mulheres que poderiam ser ministras. “Vou divulgar quando eu não for mais ministra”, brincou. Ela não esclareceu muito bem os critérios, mas liderança é uma das características que ela tem observado nos nomes. Não deixe de ler a entrevista da ministra ao Correio.

Por falar em mulher…/ Como mostram os dados da pesquisa do Sebrae e o Boletim da Construção Civil, as mulheres continuam nas trincheiras em busca de espaço em suas respectivas profissões. Às lutadoras de ontem, de hoje e de amanhã, ficam aqui as homenagens e os desejos de sucesso.

Agências na mira do governo…

Publicado em Política

Blog da Denise publicado em 15 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg

Os problemas que o país atravessa na área de energia elétrica e aqueles que ocorreram no setor de mineração com as barragens de rejeitos expuseram as falhas das agências reguladoras na fiscalização e cobrança dos serviços — e vão ampliar as cobranças dos partidos. Em Roma, onde participou do II Fórum Internacional Esfera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a remodelagem das agências, que “aprenderam a parte ruim do governo anterior, que é não entender o que é harmonia entre os Poderes e decisão judicial”. Ele criticou o fato de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não busca o diálogo. Nas entrelinhas, ainda atacou a demora da agência em agir em vários casos, dizendo que “lugar de banana é na vitamina”.

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…e dos partidos/ Enquanto Silveira faz as críticas, os partidos, nos bastidores, buscam indicar os integrantes das agências. Até aqui, o ministro de Minas e Energia só pôde indicar um diretor. Os demais não saem este ano. Porém, a queda de braço para as futuras indicações começou dentro do Centrão.

Hora de acertar o jogo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende deixar os temas polêmicos para depois das eleições municipais. Esta semana, vai se dedicar a conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre como ficam as emendas parlamentares. Até o final deste segundo turno, é preciso resolver essa pendência.

Menos um

Com o escândalo dos testes de HIV errados em laboratório de um parente do Doutor Luizinho (PP-RJ), enterram-se as chances de o parlamentar vir a ser o nome do partido para cargos na Mesa Diretora da Câmara. Seria muito desgaste, conforme avaliam alguns deputados.

Antes tarde…

Escondidos no pugilato do primeiro turno, os temas de interesse direto da população finalmente chegam à campanha eleitoral paulistana. Foi preciso a tragédia das chuvas para que as consequências das mudanças climáticas entrassem no debate.

Olho no lance I/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) não perde uma chance de espetar o governo. Em suas redes sociais, ela incluiu, esta semana, as cenas de Lula com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no Pará e, ao fundo, alguém grita: “Vai roubar a Santa!” Eis que a deputada completa: “Aplausos só quando a imagem foi devolvida. Acho que era de alívio”.

Olho no lance II/ Bia cita, ainda, o fato de Lula ter levantado a imagem de Nossa Senhora Aparecida, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi proibido de tocar na imagem, em 2022, com direito a nota da Arquidiocese. A deputada pedirá explicações.

De mudança/ O consultor do Senado Fernando Meneguin foi convidado a assumir o comando do instituto a ser criado pelo grupo Esfera, instituição criada pelo empresário João Camargo para servir de ponte entre setor público, privado e sociedade civil.

Lide Panamá/ O grupo Líderes Empresariais (LIDE), do ex-governador de São Paulo João Doria (foto), vai abrir um escritório no Panamá, a ser comandado pelo empresário André Bianchi, sócio-fundador da Global Networking. É a 21ª unidade internacional.

 

Campos Neto comenta resultado do PIB com empresários

Publicado em Economia

Washington – Palestrante no Lide Brazil Forum Development em Washington, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou a empresários que o resultado do Produto Interno Bruto do segundo trimestre de 2023 “foi uma boa surpresa”. O PIB, de 0,9%, ficou acima das expectativas do mercado, que era de 0,3%.

A boa surpresa em relação às expectativas não deixa, porém, de gerar reocupações. É que o PIB do primeiro trimestre foi de 1,9%, graças ao setor agropecuário que teve um bom desempenho. Agora, avisam os empresários, é preciso prestar atenção no fiscal e ajudar as empresas, para que a desaceleração não persista.

Os recados de Rosa Weber àqueles que atacam o STF

Publicado em coluna Brasília-DF

A posse da ministra Rosa Weber na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma saraivada de recados àqueles que atacam a Suprema Corte acima do tom da liberdade de expressão ou que cogitam medidas drásticas em caso de resultado eleitoral desfavorável. Em todos os discursos, lembranças sobre o papel do Supremo como guardião da Constituição e da democracia.

A plateia também não deixou de pinçar, com aplausos efusivos, pelo menos 12 momentos da fala da nova presidente do STF, em especial nas menções ao processo eleitoral, sob o “comando firme do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral”, à “autonomia e independência do STF, que se sobrepõem aos indivíduos e autoridades”, e aos poderes constituídos — “sem Poder Judiciário livre e forte, independência entre os Poderes e imprensa livre não há democracia”.

Os aplausos entusiasmados partiram também dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos militares presentes. Sinal de que não há espaço para tentar dar uma rasteira no processo de eleitoral em curso. Seja quem for o vencedor, governará.

2002 em 2022

Na entrevista à CNN, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva ajustou o discurso àquele tom que lhe deu a vitória, há 20 anos, sobre o tucano José Serra: “Se terminar o governo com cada brasileiro tomando café da manhã, almoço e jantar, estarei feliz. Vou ganhar as eleições”, disse o petista, tal e qual repetia naquela primeira eleição da qual saiu vencedor.

Por falar em vitória de Lula…
Simpatizantes do ex-presidente já fazem apostas sobre como será a relação de Lula com a parte do Centrão, hoje fechada com Bolsonaro — PL, PP e Republicanos. A impressão é de que ele fará uma “pescaria” ali para formar maioria. Afinal, dizem os políticos que conhecem o traçado, se Lula tentar levar o Centrão em bloco, repetirá o erro do passado.

… as apostas estão a mil por hora
Os aliados já vislumbram, inclusive, a disputa para a Presidência da Câmara. As apostas são de que, eleito, Lula não apoiará a reeleição de Lira.

Deu ruim
Nem o fato de ter a maioria dos ministros do Poder Executivo na posse de Rosa Weber na Presidência do STF fez com que as redes sociais dessem uma trégua ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ali, prevaleceu o discurso de que o presidente não gosta de prestigiar as mulheres e nem as instituições.

Memórias do ex-ministro I/ Na fila de cumprimentos da nova presidente do STF, Rosa Weber, o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo lembravam da visita do papa Francisco à Jornada da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro.

Memórias do ex-ministro II/ Cardozo, que era ministro da Justiça à época, se lembra que quando D. Paulo o apresentou ao papa, o sumo pontífice respondeu: “Eu lhe dei trabalho, hein?”. Quem estava próximo aos dois, nem sentiu a quase uma hora de fila passar.

Chade na Travessa/ O jornalista Jamil Chade estará, hoje, a partir de 18h, na Livraria da Travessa, no CasaPark, para o lançamento do seu mais novo livro, Ao Brasil, com amor, escrito em parceria com a escritora Juliana Monteiro. A obra retrata os 10 meses de correspondência entre eles, com uma visão de brasileiros que vivem fora do país — ele, há mais de duas décadas em Genebra, e ela, em Roma —, suas angústias, reflexões e impressões a respeito do Brasil.

Sachsida no Lide/ O Grupo Líderes Empresariais (Lide), capitaneado pelo ex-governador de São Paulo João Doria, recebe o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para um almoço debate, amanhã, sobre “O futuro do setor de energia e de recursos minerais no Brasil”. Será no Hotel Renaissance, em São Paulo.