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Saída de coronel do grupo de fiscalização é prova da falta de diálogo

A substituição do coronel Ricardo Sant’Anna do grupo das Forças Armadas que fiscalizará as eleições é vista no meio político como a prova mais bem acabada da falta de diálogo entre as instituições. Os generais, em conversas reservadas, dizem que a troca já estava decidida e eles aguardavam apenas a escolha do substituto para fazer o anúncio. O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, foi mais rápido e, por meio de uma nota, comunicou que o coronel estava fora. A turma do Exército ficou surpresa a atitude e considerou a nota, “no mínimo indelicada”. Dizem que Fachin perdeu uma boa chance de dialogar com as Forças Armadas, pedindo que trocassem o coronel. E, assim, saberia que a mudança já estava “em andamento”.

Da parte do TSE, porém, há quem diga que os militares poderiam ter avisado ao TSE que Sant’Anna seria substituído. O coronel agora deve responder a um processo administrativo, porque militares da ativa não podem se manifestar politicamente nas redes sociais. Falta, porém, definir como será a comunicação com o comando do TSE, uma vez que os militares foram chamados a participar e conhecer tudo mais de perto.

Pow e paft!

Quem leu a entrevista do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, no Correio de domingo, não estranhou nem um pouco as referências do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, durante o encontro com banqueiros na Febraban. Daqui para frente, será esse o caminho.

Receita antiga
Os ataques a Lula e ao PT serão cada vez mais recorrentes, com a intenção de resgatar o sentimento anti-PT que deu a vitória a Bolsonaro, em 2018. Naquele período, depois da prisão do ex-presidente, os petistas insistiram em lançar candidato considerando que a população não teria coragem de guindar o polêmico deputado ao Planalto.

O tripé do empresariado
Na rodada de conversas com os presidenciáveis, os empresários têm colocado três linhas gerais que desejam ver seguidas no país: segurança jurídica, livre mercado e democracia. Era isso que esperavam ouvir de Bolsonaro no encontro da Febraban.

Nacionalizou
A contar pelas citações a Lula e a Bolsonaro na primeira rodada de debates entre postulantes aos governos estaduais, muitos candidatos país afora vão usar essa estratégia. No DF, por exemplo, Keka Bagno (PSol) a toda resposta citava Lula. Nem Leandro Grass, o candidato apoiado pelo PT, chegou a tanto. O governador Ibaneis Rocha não esqueceu de Bolsonaro.

Contas paulistas/ A contar pela conversa nos bastidores durante o debate dos candidatos a governador de São Paulo, o PT de Fernando Haddad e o Republicanos de Tarcísio de Freitas vão tentar esquecer o tucano Rodrigo Garcia. É que tanto Haddad quanto Tarcísio sonham com a repetição da polarização nacional, e torcem para não ter de enfrentar o atual governador num segundo turno.

Contas mineiras/ Com 10 partidos na coligação, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), espera encerrar a campanha pela reeleição no primeiro turno. Só tem um probleminha: se Bolsonaro subir em Minas e arrastar o senador Carlos Viana (PL), o segundo turno virá.

Eleições na avenida/ Depois do ex-governador Paulo Octávio, candidato a governador do DF pelo PSD, o CB.Poder recebe hoje o líder tucano no Senado, Izalci Lucas, candidato da Federação PSDB-Cidadania.

Enquanto isso, no STF…/ Os tributaristas Daniel Szelbracikowski e Hugo Funaro autografam, hoje, a partir das 18h, na Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal, no Supremo Tribunal Federal, o livro ICMS e Guerra Fiscal: da LC 24/1975 à LC 160/2017, prefaciado pelo ministro Gilmar Mendes. O evento é aberto ao público. Para entrar no prédio do STF, é preciso apresentar cartão de vacinação contra a covid-19 ou teste RT-PCR, além de usar máscara de proteção facial.

Denise Rothenburg

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