Categoria: Política
Bolsonaro não pretende afastar Milton; se for para sair, será em meio a reforma ministerial
Bloco do eu sozinho
Deixa quieto
Enquanto isso, no PSDB…
Limão e limonada
CURTIDAS
Jogada de risco
Pressão por reajustes, o maior desafio
Mais um tijolinho
A dupla missão do general
Conservadores divididos em Goiás
Bolsonaro distribui a ministros cartilha sobre condutas vedadas a agentes públicos nas eleições
Cumpram a lei
Desconfiado em relação à Justiça Eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro distribuiu, via Advocacia Geral da União (AGU), uma cartilha aos presentes à reunião ministerial. Ali, constam todas as condutas vedadas aos agentes públicos em período eleitoral. Na avaliação do Planalto, todo cuidado é pouco no sentido de evitar uso da máquina, inclusive e-mails, e atos de campanha no horário de expediente. Embora o presidente possa disputar eleição no cargo, o governo considera que é preciso ter muita atenção para não dar margem a ações judiciais que possam colocar a campanha ou pré-campanha em xeque nos tribunais eleitorais.
A cartilha foi distribuída aos ministros que ficam e também àqueles que deixam o governo em 31 de março, conforme fechado na reunião. Hoje, haverá um encontro no Planalto de um representante da AGU com todas as assessorias de comunicação dos ministérios para que sejam informados sobre as condutas vedadas no período eleitoral.
Não convenceu
Dentro do governo, as áreas técnicas são contrárias ao afastamento do general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras. Alegam que uma mudança com viés puramente político provocará insegurança no mercado. Porém, Bolsonaro e a área política consideram que, do jeito que está, não dá para ficar.
Tal e qual
Há quem diga que, quando da entrada de Silva e Luna, o país viveu um período de estabilidade nos preços dos combustíveis. É essa estabilidade que o governo quer resgatar.
Entra, mas não atrapalha
O partido do ministro da Defesa, general Walter Braga Neto, ainda é uma incógnita, uma vez que tanto o Republicanos quanto o Partido Progressista não estão ansiosos por recebê-lo. Esta semana, porém, andou uma casa: A Vice-Presidência não será considerada “cota” de nenhum partido na hora de definir o ministério do segundo mandato, caso Bolsonaro seja reeleito.
Ele vai
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai mesmo para o PSD. Afinal, João Doria venceu a prévia e tem muita gente no ninho tucano dizendo que não dá para fazer uma eleição interna para, depois, não dar ao vencedor — no caso o governador de São Paulo — o direito de colocar sua campanha na rua. Afinal, a eleição é só em outubro.
A aposta de Márcio França/ Ao aparecer como segundo colocado na pesquisa de intenção de voto para o governo de São Paulo, Márcio França não pretende abrir mão dessa disputa. Considera mais fácil, num estado conservador, chegar ao segundo turno nessa disputa do que vencer Luiz Datena na corrida para o Senado.
Enquanto isso, no PT…/ Embora Fernando Haddad (foto) lidere a corrida para o governo paulista, os petistas estão preocupados, com receio de que uma união dos candidatos conservadores no segundo turno contra o ex-prefeito.
…e no PSDB…/ Além do próprio Doria, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, tem tudo certo para concorrer à reeleição, quando Doria deixar o cargo daqui a 10 dias para ser candidato a presidente. É mais um a jogar contra a qualquer mudança no resultado das prévias.
Enfermagem/ Funcionou a mobilização dos enfermeiros no aeroporto e no Congresso para a apreciação do projeto que define o piso salarial da categoria. Na semana que vem, vota-se a urgência para análise da proposta. É uma sinalização que, agora, todas as demais categorias querem adotar.
É bom a senadora Simone Tebet, pré-candidata a presidente da República, começar a fazer as contas para ver que parcerias conseguirá manter ao seu lado país afora numa campanha presidencial. No Distrito Federal, por exemplo, seu partido, o MDB acaba de se apresentar publicamente ao lado do PL de Jair Bolsonaro, com direito a bênçãos do ex-presidente Michel Temer.
Quanto à terceira via, Temer disse que ainda há sete meses até a eleição e não vê empecilhos por causa da aliança no DF. Internamente, no MDB, porém, já tem muita gente dizendo que, para sobreviver, o partido terá que dividir alguns de seus candidatos a governador com Bolsonaro e outros presidenciáveis.
CURTIDAS
A compensação do Republicanos/ O ingresso do vice-presidente Hamilton Mourão ao Republicanos hoje amenizou um pouco a ciumeira na base, mas não resolveu. É que Mourão concorrerá ao Senado pelo Rio Grande do Sul, e isso não se traduz automaticamente em votos para os deputados federais da sigla, eleição que conta para fundo partidário e tempo de tevê.
Trabalho dobrado/ O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está “obrigando” vários deputados a fazerem duas campanhas: uma para a reeleição e outra para de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), na vaga decorrente da aposentadoria da ministra Ana Arraes, em julho.
Elas por ela/ A bancada feminina já fechou todos os votos das deputadas no exercício do mandato (são 76 hoje) para a deputada Soraya Santos (PL-RJ), na foto, a única mulher que concorrerá à vaga do TCU. A ministra Ana Arraes é hoje única mulher no colegiado e a campanha das parlamentares será no sentido de que, nada mais justo, ela seja substituída por outra pessoa do sexo feminino.
Quem manda/ Antes mesmo de chegar ao PL, a deputada Bia Kicis (DF) já foi avisada sobre as regras internas da legenda. No Distrito Federal, quem fala sobre candidaturas ao governo e ao Senado pelo partido é a presidente da sigla no DF e ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Aliás, nesse tema, não são raras as vezes em que Flávia é bem direta a quem resolve falar sobre as candidaturas majoritárias: “Aqui, quem decide sou eu. Eu concedo a legenda e também posso tirar”.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) apresentou denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que ela se pronuncie sobre o balanço da Eletrobras e a recomendação da consultoria independente Deloitte, para que a Santo Antônio Energia ajuste o seu balanço de 2021, já publicado, e reporte perdas em um processo de arbitragem sobre uma dívida com o consórcio construtor da usina. A notícia foi publicada pela Coluna Brasília na terça-feira, 8 de março (veja as notas publicadas abaixo). Na sua representação, Chinaglia diz que a ausência dessa provisão de R$ 2 bilhões para pagamento da dívida contraria as normas vigentes e pede que seja analisado, à luz dos atos normativos, se realmente houve alguma infração por parte da Eletrobras ao não incluir esse valor no seu balanço. Pelo visto, depois do TCU, a Eletrobras terá que dar ainda satisfações à CVM, antes de partir para a privatização que o governo tanto deseja concluir este ano.
Atualização em 10/03/2022: “A Santo Antônio Energia esclarece que as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de 2021 seguiram o habitual trâmite previsto em lei e não procede a informação de que recebeu da auditoria independente solicitação de retificação. Em relação ao Procedimento Arbitral, está em andamento o período legal de esclarecimentos. Somente após a conclusão deste período e os esclarecimentos finalizados a sentença se tornará definitiva”.
À CVM caberá dizer quem tem razão.
Eis a íntegra do pedido de Chinaglia:
“Ao
Senhor Marcelo Santos Barbosa
Presidente da Comissão de Valores Mobiliários Rua Sete de Setembro, 111 – CEP: 20050-901 Centro – Rio de Janeiro
Senhor Presidente,
ARLINDO CHINAGLIA JÚNIOR, brasileiro, casado, médico, atualmente no exercício do mandato de Deputado Federal pelo PT/SP, (…), com endereço no gabinete Ala A, Ed. Principal, Anexo I, Câmara dos Deputados – Brasília/DF; com endereço eletrônico dep.arlindochinaglia@camara.leg.br, vem perante Vossa Excelência, nos termos do que estatuem as disposições insertas nas Leis no 6.385/1976 e 6.404/1976, propor REPRESENTAÇÃO pela ocorrência de eventuais atos lesivos ao patrimônio da empresa Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S/A – e aos interesses de seus acionistas, noticiados na mídia no curso do processo de desestatização da empresa, consoante fundamentação e requerimentos que seguem.
I. Dos Fatos
Conforme o estatuto social que a define, a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras, inscrita sob o CNPJ/MF no 00.001.180/0001-26, é uma sociedade anônima de economia mista federal, constituída em conformidade com a autorização contida na Lei no 3.890-A, de 25 de abril de 1961, de natureza jurídica de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
A empresa é a maior companhia do setor elétrico da América Latina e a maior geradora e fornecedora de energia elétrica do país, e tem como acionista majoritário a União. Isto é, é uma holding de economia mista, na qual o Estado detém, atualmente, 60% das ações.
O atual Governo pretende que a União perca o controle acionário majoritário da Eletrobras, de modo que a empresa deixe de ser sociedade de economia mista para se tornar empresa privada. Para tanto, editou a Medida Provisória n. 1.031/2021, em seguida convertida na Lei n. 14.182/2021, cujo objetivo é a desestatização da Eletrobras.
O modelo de privatização prevê a emissão de novas ações da empresa, a serem vendidas sem a participação do governo, de modo a resultar na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União, e na remessa dos valores adquiridos diretamente para o caixa da empresa.
A fim de que a privatização seja efetivada, os balanços da Eletrobras e suas
subsidiárias devem estar concluídos, de modo que o valor das ações seja representativo do valor da companhia, nos moldes e valores já aprovados pela 181a AGE da Eletrobrás, realizada em 22/02/2022.
Ocorre que, conforme noticiado pelo Correio Braziliense no dia 08/03/2022, há um erro no balanço da empresa Santo Antônio Energia S.A., controlada por Furnas – uma das subsidiárias da Eletrobras, que representa um possível erro da provisão no balanço da empresa da ordem de R$ 2 bilhões.
A Santo Antônio Energia S.A. (SAESA) é a concessionária responsável pela implantação e operação da usina hidrelétrica Santo Antônio, localizada no Rio Madeira, em Rondônia, que representa a 4a maior geradora de energia hídrica do Brasil. Diante deste potencial, sua importância no contexto de privatização da Eletrobras é evidente.
A SAESA é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) na qual Furnas detém mais de 43% do capital, tendo como sócias as empresas Centrais Elétricas de Minas Gerais – Cemig, Odebrecht Energia, Andrade Gutierrez e Amazônia Energia.
As obras de construção da usina hidrelétrica iniciaram em 2008, porém ocorreram inúmeros atrasos devido a greves e problemas no licenciamento ambiental. Ocorre que, logo após a licitação em 2007, a empresa responsável pela construção e operação da usina celebrou contratos para a comercialização da energia a ser futuramente gerada, como habitualmente é feito no setor elétrico.
No entanto, a usina hidrelétrica não conseguiu gerar a energia contratada
devido ao atraso nas obras, tendo que comprar energia no mercado livre, de outras usinas, para entregar aos clientes. Porém, com a disparada no valor da eletricidade em 2014 devido à falta de chuvas, o cumprimento dessa determinação provocou um prejuízo bilionário à empresa. Na ocasião, a direção da Santo Antônio Energia responsabilizou o Consórcio Construtor pelo atraso, e para definir as responsabilidades pela dívida, instalou-se um procedimento arbitral, que somente foi concluído recentemente, no início de 2022. Com o resultado da arbitragem, a argumentação da SAESA foi derrotada e o valor da dívida foi estimado após esse processo em mais de R$ 15 bilhões.
Dessa forma, pelas regras contábeis, os juros relativos à dívida, que giram em torno de R$ 2 bilhões, deveriam ser obrigatoriamente provisionados no balanço anual da SAESA, o que, no entanto, não foi registrado no atual balanço.
Segundo noticiado na imprensa, a consultoria independente Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, que representa o auditor independente no balanço da empresa, recomendou à Santo Antônio Energia que ajuste o seu balanço de 2021, já publicado, para que sejam reportadas perdas no processo de arbitragem em que a empresa foi derrotada. Trata-se da definição de responsabilidade de uma dívida com o consórcio construtor da usina.
Apesar disso, a empresa decidiu não refazer e republicar o balanço para não assumir ou registrar a derrota na arbitragem nesse momento, por conta do prosseguimento do processo de privatização. A razão aparente foi que, caso o balanço da SAESA fosse refeito e corrigido, o cronograma de publicação do balanço da Eletrobrás seria alterado em
sequência. Cabe registrar que a publicação do balanço de 2021 é elemento fundamental para a conclusão da privatização.
De fato, as Demonstrações Financeiras Anuais Completas – SAE 2021 divulgadas pela Santo Antônio Energia S.A. em seu sítio eletrônico informam pendências com relação a processo arbitral em face do Consórcio Construtor Santo Antônio CCSA (pag. 34- 35), não obstante, não há qualquer informações sobre a relevante cifra veiculada pela mídia. Ao contrário, informa-se que o procedimento ainda está em curso e é sigiloso, embora o texto mencione expectativas com relação a recuperação de ativos.
Ainda segundo foi noticiado, o Governo e a Eletrobras pressionam a diretoria da Santo Antônio Energia S.A para manter o balanço como está, sem a provisão bilionária, uma vez que refazer o balanço da empresa afetaria o cronograma de publicação das contas de Furnas e da Eletrobras, o que impacta diretamente no cronograma da privatização.
Diante destes fatos, é necessário o pronunciamento da Companhia para esclarecer os acionistas e o mercado a respeito da conclusão do procedimento arbitral mencionado e seu impacto da provisão do balanço da empresa.
Tais informações são absolutamente incompatíveis com os direitos dos acionistas minoritários e do mercado em geral, de modo que se faz necessária a denúncia e o pedido de providências junto à esta autarquia.
II. Do Direito
A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários, estatui o seguinte:
Art. 1o Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as seguintes atividades:
VII – a auditoria das companhias abertas;
VIII – os serviços de consultor e analista de valores mobiliários.
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: (…)
§ 3o Compete à Comissão de Valores Mobiliários expedir normas para a execução do disposto neste artigo, podendo:
(…)
II – exigir que as demonstrações financeiras dos emissores, ou que as informações sobre o empreendimento ou projeto, sejam auditadas por auditor independente nela registrado;
Art . 4o O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de Valores Mobiliários exercerão as atribuições previstas na lei para o fim de:
(…)
III – assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da
bolsa e de balcão;
IV – proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
b)atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários.
c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários.
V – evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
VI – assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido;
Art 9o A Comissão de Valores Mobiliários, observado o disposto no § 2o do art. 15, poderá:
I – examinar e extrair cópias de registros contábeis, livros ou documentos, inclusive programas eletrônicos e arquivos magnéticos, ópticos ou de qualquer outra natureza, bem como papéis de trabalho de auditores independentes, devendo tais documentos ser mantidos em perfeita ordem e estado de conservação pelo prazo mínimo de cinco anos:
a) as pessoas naturais e jurídicas que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários (Art. 15);
b) das companhias abertas e demais emissoras de valores mobiliários e, quando houver suspeita fundada de atos ilegais, das respectivas sociedades controladoras, controladas, coligadas e sociedades sob controle comum;
(…)
e) dos auditores independentes;
f) dos consultores e analistas de valores mobiliários;
g) de outras pessoas quaisquer, naturais ou jurídicas, quando da ocorrência de qualquer irregularidade a ser apurada nos termos do inciso V deste artigo, para efeito de verificação de ocorrência de atos ilegais ou práticas não eqüitativas;
II – intimar as pessoas referidas no inciso I a prestar informações, ou esclarecimentos, sob cominação de multa, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. 11;
III – requisitar informações de qualquer órgão público, autarquia ou empresa pública;
IV – determinar às companhias abertas que republiquem, com correções ou aditamentos, demonstrações financeiras, relatórios ou informações divulgadas;
V – apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e práticas não eqüitativas de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias abertas, dos intermediários e dos demais participantes do mercado;
VI – aplicar aos autores das infrações indicadas no inciso anterior as penalidades previstas no Art. 11, sem prejuízo da responsabilidade civil ou penal.
Veja-se que a Lei que regulamenta o mercado mobiliário prescreve uma série de condutas e ações com vistas à manutenção equilibrada e racional desse setor, onde os agentes econômicos e respectivos atores do mercado de ações devem atuar de modo a proscrever qualquer tipo de privilégio ou conduta tendente a prejudicar os interesses dos acionistas da empresa.
Por sua vez, a Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que disciplina as Sociedades por Ações, estatui o seguinte:
Dever de Informar
Art. 157. O administrador de companhia aberta deve declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações, bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades controladas ou do mesmo grupo, de que seja titular. (Vide Lei no 12.838, de 2013)
§ 1o O administrador de companhia aberta é obrigado a revelar à assembléia-geral ordinária, a pedido de acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital social:
a) o número dos valores mobiliários de emissão da companhia ou de sociedades controladas, ou do mesmo grupo, que tiver adquirido ou alienado, diretamente ou através de outras pessoas, no exercício anterior;
b) as opções de compra de ações que tiver contratado ou exercido no exercício anterior;
c) os benefícios ou vantagens, indiretas ou complementares, que tenha recebido ou esteja recebendo da companhia e de sociedades coligadas, controladas ou do mesmo grupo;
d) as condições dos contratos de trabalho que tenham sido firmados pela companhia com os diretores e empregados de alto nível;
e) quaisquer atos ou fatos relevantes nas atividades da companhia.
§ 2o Os esclarecimentos prestados pelo administrador poderão, a pedido de qualquer acionista, ser reduzidos a escrito, autenticados pela mesa da assembléia, e fornecidos por cópia aos solicitantes.
§ 3o A revelação dos atos ou fatos de que trata este artigo só poderá ser utilizada no legítimo interesse da companhia ou do acionista, respondendo os solicitantes pelos abusos que praticarem.
§ 4o Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembléia-geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia.
§ 5o Os administradores poderão recusar-se a prestar a informação (§ 1o, alínea e), ou deixar de divulgá-la (§ 4o), se entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da companhia, cabendo à Comissão de Valores Mobiliários, a pedido dos administradores, de qualquer acionista, ou por iniciativa própria, decidir sobre a prestação de informação e responsabilizar os administradores, se for o caso.
§ 6o Os administradores da companhia aberta deverão informar imediatamente, nos termos e na forma determinados pela Comissão de Valores Mobiliários, a esta e às bolsas de valores ou entidades do mercado de balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da companhia estejam admitidos à negociação, as modificações em suas posições acionárias na companhia.
Ademais, em seu art. 176, a Lei 6.404/1976 expressamente obriga a diretoria a elaborar, ao fim de cada exercício social, as demonstrações financeiras que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício, conforme abaixo transcrito:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
- I – balanço patrimonial;
- II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
- III – demonstração do resultado do exercício; e
- IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
- V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
(…)
§ 4o As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
O §3o do art. 177 também da Lei das Sociedades Anônimas impõe que as demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados.
Os dispositivos legais anteriormente mencionados compõem, juntamente com outros, o arcabouço jurídico que regulamenta o funcionamento das companhias abertas sob o aspecto de seus registros contábeis e das demonstrações financeiras deles derivados. O imperativo de submissão das demonstrações à revisão de auditor independente e registrado no órgão máximo de controle do mercado mobiliário tem o primordial intento de garantir a necessária e imprescindível higidez das companhias cujas ações estão disponíveis para venda a qualquer interessado, preservando, assim, o inerente interesse público quanto ao regular funcionamento do mercado e proteção dos acionistas.
Ora, ao que tudo indica, a sequência de atos bem como notícias veiculadas na mídia, relacionadas à necessidade de revisão dos balanços e inclusão de reconhecimento contábil de perdas em processo de arbitragem da ordem de R$ 2 bilhões da empresa Santo Antônio Energia S.A, controlada por Furnas, subsidiária da Eletrobras, corroboram para o entendimento de que as demonstrações financeiras, inclusive da Eletrobras (afetada pelo resultado não contabilizado na Santo Antônio Energia) não estão em consonância com ditames legais supra referidos, tanto no que se refere à higidez das demonstrações financeiras que, ao que tudo indica, o próprio auditor independente entende que contém erro grave, quanto no que se refere ao dever da administração de informar ao mercado fatos relevantes que afetem o patrimônio da Cia.
Nessa toada, exsurge evidente que, deve a companhia Eletrobras e Furnas devem explicar-se quanto à sequência de atos praticados que depreciam a empresa, mais especificamente quanto à necessidade de informação a ser prestada ao mercado a respeito da recomendação da auditoria independente.
III. Dos Pedidos
Face ao exposto, requer a representante:
a) Seja analisado, à luz dos normativos destacados e dos princípios da isonomia, igualdade e razoabilidade, a eventual ocorrência de infração do dever de informar os acionistas e ao mercado;
b) Identificado a infração e/ou outras possíveis irregularidades, sejam adotadas as medidas, inclusive cautelares, no sentido de obstar a continuidade das ações errôneas;
c) Confirmadas, em tese, a prática de ações contrárias à legislação de regência e ao interesse público, sejam adotadas as providências a cargo desta Autarquia, sem prejuízo de comunicação às autoridades competentes, para adoção de outras medidas cabíveis.
Rio de Janeiro (RJ), em 9 de março de 2022. Termos em que,
Pede e espera deferimento.
“Só falta marcarmos a data da filiação”, diz Siqueira sobre Alckmin no PSB
Depois de duas horas desconversa num hotel em São Paulo hoje pela manhã, o ex-governador Geraldo Alckmin fechou sua filiação ao PSB. “É o caminho natural dele”, diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que já está com tudo pronto para filiar o ex-tucano e fazer dele candidato a vice-presidente na chapa de Lula. “Conversa foi harmoniosa e produtiva”, disse Geraldo.
A filiação sela a aliança entre o PT e o PSB, mas não uma federação, que representaria uma espécie de incorporação do PSB ao PT. “Entendo de aliança e não de federação.isso é complicado demais”, diz.
Ana Maria Campos
O governador Ibaneis Rocha (MDB) deu a largada, ontem, na campanha à reeleição. Em discurso no Recanto das Emas, ele disse que ainda há muito a ser feito no Distrito Federal, apesar de avanços, e, por isso, seguirá na política. “Nem tudo está perfeito. Se estivesse perfeito, eu voltava para casa e ia curtir a minha vida. Tem muito a se fazer no Distrito Federal. Agora, só começamos o trabalho. Nós temos muito a fazer para a nossa cidade. Temos muito a construir na nossa cidade”, discursou ao lado de aliados. E ainda desafiou adversários: “Não tem nada que nos pare. Somos sujeitos a qualquer tipo de prova. Estamos trabalhando para mostrar para essa cidade que nada é impossível”. Ibaneis disse que encontrou uma cidade destruída, sem realizações e fez muito. “Estamos fazendo um trabalho de reconstruir o Distrito Federal que estava parado há mais de 10 anos. É um trabalho de reconstrução de vias, calçadas, de praças, viadutos, obras na area de saúde, reforma de todas as escolas. Abrimos o maior número de vagas em todas as áreas. Nunca se contratou tanto quanto neste governo. Criamos os maiores programas de assistência social do Brasil, atendendo a milhares de famílias”.
Atleta
O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) está empolgado com a possível candidatura da senadora Leila Barros (Cidadania-DF) ao Palácio do Buriti. Ele ouviu de analistas um comentário que o agradou. Leila foi atleta de vôlei e, por isso, tem disciplina e está acostumada a trabalhar em equipe.
Palanque petista
Está se consolidando a pré-candidatura da sindicalista Rosilene Corrêa (PT) ao Palácio do Buriti. A direção nacional avalia que, dos candidatos de esquerda ou centro-esquerda no DF, a diretora do Sinpro representará melhor o palanque de Lula em Brasília.
O retorno
Com o retorno de tantos políticos às campanhas, não seria surpresa se o ex-governador José Roberto Arruda se desvencilhasse das amarras jurídicas e se tornasse elegível novamente. A volta de Arruda causaria um rebuliço nas articulações políticas. Mas pode realmente acontecer, se não agora, na próxima eleição.
De Sampa a São Lourenço e depois… Brasília
Depois de lançar De casaca e chuteiras, em São Paulo, no Museu do Futebol, o jornalista Silvestre Gorgulho lança hoje o seu livro sobre Brasília-JK-Pelé, em São Lourenço-MG, sua terra natal. A noite de autógrafos em Brasília será no aniversário da cidade, em abril, quando a Capital completa 62 anos.
Sem volta para o PTB
O atual presidente do PTB-DF, deputado José Gomes, tem dito que não há espaço no partido para a volta do ex-senador Gim Argello, que deve se candidatar nas próximas eleições. Gim foi forte no Congresso liderando o PTB.
Novas regras eleitorais em debate
Ex-ministros do TSE, dirigentes partidários, parlamentares, cientistas, marqueteiros políticos, juristas, contadores e membros da Justiça Eleitoral e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) participam nesta semana, de quarta a sexta-feira, do Essent Jus Experience, evento que vai tratar do tema do ano para a política: as eleições de outubro. Federações partidárias, impulsionamento nas redes sociais, arrecadação de campanha, inclusão de minorias, combate a fake news e marketing político serão assuntos dos painéis. A relatora do projeto do novo Código Eleitoral, deputada Margarete Coelho (PP-PI), terá um painel próprio. Todos apostam que 2022 terá uma eleição atípica.
Novo deputado
Terceiro suplente do Pros, o policial civil aposentado Carlos Tabanez vai ganhar três semanas de mandato na Câmara Legislativa. Empresário do ramo de segurança privada, ele assumirá o mandato no lugar do Guarda Jânio. O titular, delegado Fernando Fernandes, só deve voltar em abril.
Mandou bem
Fiscalização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa sobre o estado de conservação das obras de arte e arquitetura tombadas no DF apontou que os painéis de Athos Bulcão no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek estão em as boas condições.
Mandou mal
O bombardeio russo à Ucrânia está aterrorizando o planeta. Na última quinta-feira, a Usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, pegou após ataque russo. O governo ucraniano alerta que se o reator for exposto, a explosão pode ser 10 vezes maior que Chernobyl.
“Vocês sabem o que está acontecendo, né? Esse cara não tem nada limpo. Esse cara aí não tem nada limpo. Nem a orelha dele é limpa”
Presidente Jairo Bolsonaro sobre Lula
“As consequências das ascensãoda extrema direita no Brasil são 650 mil mortos pela covid,os 14 milhões de desempregados e os 116 milhões de brasileiros que sofrem
com insegurança alimentar”
Ex-presidente Lula sobre o governo Bolsonaro
Enquanto isso…
Na sala de Justiça
O STF vai apreciar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo PSB contra lei, promulgada pela Câmara Legislativa, que permite ao atirador desportivo filiado a entidades desportivas portar armas de fogo. Os deputados distritais derrubaram veto do governador Ibaneis Rocha ao projeto de lei de autoria do vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso (Republicanos). Na ação, o PSB afirma que a lei distrital contraria o Estatuto do Desarmamento e invadiu a competência privativa da União para dispor sobre material bélico e direito penal. O ministro Nunes Marques é o relator.
À Queima Roupa
Rogério Rosso, ex-governador e
ex-deputado federal
“Mantenho a minha fé que não teremos um conflito nuclear. Porém, no campo econômico e comercial internacional, a guerra já começou e eerá longa”
Por que o senhor decidiu trocar o
PSD pelo PP?
Tive a honra de ser um dos fundadores do PSD onde fiz amigos para a vida. Minha visão de prioridades públicas, em especial no DF , me fizeram buscar um realinhamento partidário. No Progressistas, sinto-me à vontade.
Teve algum desentendimento com o presidente do PSD, Gilberto Kassab?
Muito pelo contrário. É um dos grandes amigos que tenho e que procuro preservar. Kassab é professor em política.
Pretende concorrer a algum cargo?
Grande parte da minha vida profissional foi no setor privado. Nos últimos três anos, tenho me dedicado exclusivamente às minhas atividades como executivo na União Química, umas das mais importantes farmacêuticas não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Após muita reflexão, em especial em razão da pandemia, onde percebi que muito mais poderia ter sido feito na esferas públicas para preservar vidas e empregos, não posso e não vou me omitir.
O senhor está em um partido da base de Ibaneis e de Bolsonaro. Vai apoiar
a reeleição dos dois?
Estar alinhado às decisões partidárias, sem abrir mão das nossas convicções e princípios é o caminho certo para uma construção partidária responsável e harmônica.
Fernando Marques será candidato?
Fernando é um dos mais importantes e preparados empresários do país, com visão aprimorada de Brasil e conhecimento profundo do Distrito Federal. Fará um grande trabalho no Senado Federal especialmente nas ações para geração de emprego e renda da população, para a reindustrialização do Brasil e formulação políticas sociais efetivas.
Os senhores estiveram na Rússia quando Bolsonaro esteve com o presidente Vladimir Putin. Como os empresários participaram dessa visita?
A União Química tem parceiros comerciais em boa parte do mundo. Na Rússia, participamos de encontros empresariais de alto nível, com empresas do nosso setor, buscando oportunidades comerciais, tecnológicas e inovadoras.
Como fica a produção da vacina Sputnik V em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia?
Lamentamos profundamente esse conflito e rogamos a Deus uma solução pacífica o mais rápido possível. A vida, a dignidade humana e a liberdade são sagradas. Produzir medicamentos que salvam vidas está acima de qualquer disputa.
Qual a sua expectativa para esse conflito? Teremos a 3ª Guerra Mundial?
Percebemos que muita gente se aproveita de uma situação dramática como a guerra para fazer demagogia. Precisamos de paz e de soluções pacíficas que tenham como prioridade o respeito à dignidade humana. Uma guerra de dimensão global teria consequências imprevisíveis — o arsenal nuclear existente naquela região dizimaria qualquer ser vivo do Planeta. Mantenho a minha fé que não teremos um conflito nuclear. Porém, no campo econômico e comercial internacional, a guerra já começou e será longa.
Por Carlos Alexandre de Souza –
Por Carlos Alexandre:
Desde a retomada dos trabalhos nos tribunais superiores, no início do mês, integrantes do Poder Judiciário têm manifestado uma defesa veemente da democracia. As mensagens partiram, em especial, dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que acumula uma série de embates com o presidente Jair Bolsonaro. O primeiro aviso veio do próprio presidente do STF, ministro Luiz Fux. No discurso de abertura do ano, o magistrado lembrou que “não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para a violência contra as instituições públicas”.
Na terça-feira, na reunião de transição do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Edson Fachin afirmou que a Justiça Eleitoral atuará com firmeza na preservação dos princípios democráticos. “Chamamos e convocamos a todas e a todos que almejam manter em pé a democracia. Juntos, escreveremos, em 2023, no livro da vida eleitoral, um relevante capítulo denominado ‘como as democracias resistem'”.
No momento em que o presidente Jair Bolsonaro mantém encontros com líderes autocráticos, como Vladimir Putin e Viktor Orbán, o futuro presidente do TSE deixou clara sua expectativa para 2022: “Estamos confiantes que, apesar do populismo autoritário, a democracia vai triunfar em 2022”, acrescentou Fachin.
A campanha eleitoral não começou oficialmente, mas os representantes do Judiciário fizeram questão de adiantar as regras do jogo. É o primeiro movimento para conter fake news, teorias conspiratórias e desinformação – ameaças que tendem a ser recorrentes pelos próximos meses.
Verão trágico
A tragédia de Petrópolis é mais um capítulo do verão trágico que se abateu na Região Sudeste. A violência excepcional dos temporais, a impotência do poder público e o crescimento urbano desordenado em regiões de encosta são os elementos que formam um cenário trágico em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. É preciso mencionar, ainda, a catástrofe que atingiu a Bahia, na região vizinha. Trata-se de uma emergência que precisa de uma ação efetiva da União, dos estados e dos municípios para impedir tanta morte e sofrimento.
Moro x PF
O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva entrou com uma representação contra o diretor da instituição, Paulo Maiurino, na Corregedoria da PF e no Tribunal Superior Eleitoral. A alegação é de que o chefe da PF agiu com “cunho eleitoral” ao autorizar a publicação de uma nota institucional contra o presidenciável Sergio Moro. No início da semana, Moro criticou a atuação da PF, ao dizer que “hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção”.
Briga feia
Alexandre Saraiva era superintendente da PF no Amazonas até o ano passado. Foi transferido para o Rio de Janeiro após ingressar com notícia-crime contra o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em meio a denúncias de interferência na PF, a briga entre a corporação e Sergio Moro não dá sinais de trégua.
Eleição, não
Em entrevista ao CB.Poder, o presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Eduardo André Brandão, deixou claro que a entidade não pretende declarar apoio a qualquer candidato. No entendimento de Brandão, magistrados não devem se envolver na política. Pode-se dizer que é uma conduta preventiva ante os ataques crescentes contra o ex-juiz federal Sergio Moro.
Lógica de mercado
Em audiência pública no Senado, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, deu um argumento adicional para se contrapor à obsessão bolsonarista em defesa do kit covid. Ele disse que nenhum fabricante de hidroxicloroquina ou de ivermectina entrou com pedido na agência para registrar na bula que esses medicamentos têm eficácia contra a covid-19. “Se tivessem esses detentores de registro de qualidade, segurança e eficácia desses medicamentos da covid-19, é certo que pediriam o pedido de alteração”, observou.
Elas no Senado
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) tomou posse como nova líder da Bancada Feminina do Senado. Ela substitui a senadora Simone Tebet (MDB-MS). A prioridade para este ano, segundo Eliziane Gama, é trabalhar pela “ampliação da mulher nos espaços de poder” na política brasileira.
Voto feminino
O Senado aprovou a realização de uma sessão especial para celebrar os 90 anos da adoção do voto feminino no Brasil. Há motivos para valorizar essa conquista. As mulheres são maioria no eleitorado brasileiro, mas têm baixíssima representação — pouco mais de 12% — no Estado brasileiro.