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CNU: qual a melhor estratégia para a reta final dos estudos?
Menos de uma semana separa os mais de dois milhões de candidatos inscritos para o Concurso Nacional Unificado das provas previstas para o próximo domingo (18/8). Na reta final, os candidatos fazem aquela clássica pergunta: — estudar mais, revisar conteúdos, alternar os estudos para o CNU com outros concursos ou simplemente cuidar da saúde mental para fazer uma boa prova?
Sim, concurseiros, essa é a pergunta de um milhão de dólares. Contudo, como o Correio não é uma banca de apostas, vamos ao que realmente funciona: a informação!
A reportagem ouviu especialistas na área de concursos públicos para perguntar qual estratégia adotar neste momento.
Um deles, o professor Eduardo Cambuy, da área de concursos do Gran Cursos, já descartou a ideia de alternar estudos para concursos. “Muitos candidatos tentam conciliar os conteúdos do CNU com os do certame do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas esqueça essa ideia. Ela é uma péssima estratégia!”.
Segundo Cambuy, a tentativa de conciliar os estudos é a receita perfeita para que o candidato entre em uma imensa confusão. “Foque em estudar os assuntos de um concurso, depois você vai para os conteúdo do outro”, recomendou.
Revise, revise e revise!
Outra dúvida entre os candidatos a uma boa colocação no certame do Nacional Unificado trata-se do dilema entre estudar novos conteúdos ou revisar assuntos já estudados. Para Cambuy, a ideia é revisar. “Você (candidato) não aprenderá novos assuntos em poucos dias (menos de uma semana), porém você pode usar essa reta final para lembrar de temas já analisados”, orientou.
“É possível fazer a revisão por meio de apostilas e simulados do concurso”, disse. O professor Eduardo Cambuy, no entanto, foi contrário à hipótese de ignorar quaisquer ações relacionadas ao CNU. “Entre não fazer nada e revisar conteúdos já estudos, revise, revise!”, finalizou.
Menina de 13 anos é aprovada em concurso: “Quero dar muito orgulho a minha família”
Incentivada pelo pai, Kathleen já começou a estudar para concurso, apesar de não poder exercer o cargo por conta da idade
Kathleen Ruhama de Assis Neves, de apenas 13 anos, foi aprovada em um concurso público da Prefeitura de Dueré, em Tocantins, para a carreira de agente de conservação urbana e predial, cargo que exige nível fundamental e oferece salário de R$ 1.302, para 40h de jornada de trabalho. Apesar de não poder assumir o cargo, por conta da idade, ela decidiu fazer a prova por incentivo ao pai.
Em entrevista ao G1, a adolescente informou que esse não foi o primeiro concurso que prestou. Apesar de não tiver sido aprovada no primeiro, o resultado serviu de estímulo para que ela continuasse tentando. “Eu não imaginaria uma adolescente da minha idade fazer concurso, mas fiquei interessada também para testar meus conhecimentos.”
Kathleen conta que a aprovação é resultado de muita dedicação e esforço. Ela relata que quem a ajudou foi o pai, Leonel, que é professor da rede municipal de Porto Nacional e já passou em vários concursos. “Sentei com meu pai e estudamos bastante. Me dediquei à noite, à tarde, de dia, para que a gente conseguisse chegar na aprovação.”
Pensando no futuro, a adolescente já sabe qual profissão pretende seguir: quer seguir a carreira pública, de preferência na área de segurança ou jurídica, atuando como policial ou delegada.
Ela já está inscrita em um novo concurso, e pretende participar de mais. “Agora eu já até viciei, quero fazer bastante prova de concurso. Quero dar muito orgulho para minha mãe, meu pai e minha família”, diz.
Não sabe o que estudar antes da publicação do edital? Professor orienta concurseiros
Especialista em aprendizagem dá dicas de como se preparar com antecedência e aproveitar o período pré-edital
Muitos concurseiros aguardam pela publicação de um edital específico. No entanto, apesar do edital disponibilizar o conteúdo programático e dar todo o direcionamento para o estudo, o tempo pode ser muito curto, caso o candidato opte por estudar apenas após a publicação.
Eduardo Cambuy, especialista em aprendizagem e professor do Gran Cursos Online, explica que é importante definir uma área de atuação para ajudar nos momentos de espera pela publicação do edital. Isso porque, definindo uma área, sem necessariamente pensar em um concurso de órgão público específico, o candidato terá alguns conteúdos básicos pré-determinados para estudo sem depender do direcionamento do edital.
“Sempre digo aos meus alunos para definirem uma área, uma carreira, pois com essa definição, o estudo fica muito mais fácil, já que o candidato já vai ter um bloco de matérias que normalmente é comum na área, que vai ser diretriz para o estudo. Dessa forma ele pode seguir se preparando enquanto espera o concurso desejado, dentro dessa área que já pré-definiu”, explica.
Cambuy acrescenta que iniciar a preparação antes do edital não é só possível, mas também necessária. A espera pode significar um prejuízo muito grande, pois com um prazo mais curto, até a data da prova, o candidato vai precisar de uma disponibilidade muito maior de tempo dentro do seu dia para se dedicar, além de uma capacidade de aprendizagem muito maior. “Dominando as matérias básicas antes do edital, após a publicação o candidato poderá direcionar os seus esforços para o edital específico, focando no reforço do conteúdo, revisão, resolução de questões e exercícios e nos simulados.”
“Quando o candidato se prepara com antecipação, ele tem a oportunidade de adiantar matérias essenciais. Por exemplo, se ele escolher a área administrativa, já saberá previamente que precisa estudar português, direito constitucional, administrativo, administração pública e geral, gestão de pessoas e orçamento público. Essas são matérias básicas comuns à área e, fazendo isso, ele vai estar competitivo para qualquer edital que sair na área escolhida, inclusive para aquele concurso desejado”, afirmou.
O especialista também recomenda cuidado para quem gosta de avaliar o último edital publicado para ter uma ideia do que será cobrado. “O estudo das matérias comuns tem se mostrado melhor do que se basear só no edital anterior, pois tempos concursos em que o último edital foi há 10 anos e não coincidem mais com a realidade do órgão, nem do cargo e nem do concurso. Então quando o candidato fica restrito ao edital anterior, pode estudar matérias e legislações que estão defasadas. A ressalva é apenas se houver um último edital mais recente, aí nesse caso a análise do edital faz mais sentido, mas ainda assim é necessário ter cuidado”.
Como estudar sozinho a “lei seca” cobrada nos editais de concurso público?
Estudar por conta própria o texto normativo das leis dos editais de concurso pode ser uma tarefa, no mínimo, desafiadora para os concurseiros de plantão
A legislação está presente em grande parte do conteúdo cobrado dos concursos públicos. Entretanto, estudar as leis muitas vezes não é tarefa fácil para aqueles que se preparam por conta própria. Volta e meia termos próprios do direito são usados, as leis são em sua maioria enormes, com vários artigos grifados e emendas sem fim. Para dar uma luz para aqueles concurseiros guerreiros que não têm medo de desbravar sozinhos a “lei seca”, conversamos com um especialista no assunto.
Fernando Mesquisa, professor do Gran Cursos, explica que “as leis, em tese, são escritas para que a população as compreenda. Na prática, não é tão fácil assim, especialmente quando ela traz termos próprios do Direito ou referências que nem sempre conseguimos entender, e isso é muito comum. O legislador pressupõe, então, algum conhecimento técnico para a interpretação. Isso gera dificuldades para o candidato a concursos públicos, especialmente aquele que nunca teve contato com o Direito (arrisco a dizer, a maioria)”, explica. “O básico do estudo da lei é procurar entender o que ela quer dizer, decorar os pontos que precisam ser decorados e se lembrar dos pontos mais importantes”.
Para facilitar o processo, o especialista dá um passo a passo:
- Focar nas ferramentas importantes: a lei (sempre retirada de sites oficiais) que se pretende estudar, um dicionário jurídico, muita paciência e papel e caneta;
- No papel, depois de uma primeira leitura voltada para a compreensão do assunto, é possível esquematizar, subdividir a lei de forma que facilite a compreensão dela e sua consequente revisão;
- A maior parte das provas, nos conteúdos de direito, tende a cobrar na maioria das questões conhecimento literal das leis;
- Para entender o que é mais importante, a resolução de questões pode ajudar (que deve estar presente em todas as etapas dos estudos para concursos, desde o primeiro dia);
- E é importante lembrar que o papel do professor é facilitar a compreensão dos assuntos, gerar metáforas para simplificar a absorção dos conceitos e trazer relações que vão facilitar não só o entendimento daquela lei específica, como também da estrutura do direito para concursos.
Encontrando a lei
Outro ponto que gera dúvida nos candidatos é por qual meio encontrar determinada lei que está no edital. “O número da lei é mais do que suficiente para que se possa localizá-la. De acordo com o concurso, sabe-se se a lei é federal (se for um concurso federal), estadual ou municipal, de acordo com o órgão ou entidade que promove a seleção”, explica Mesquita.
Veja aqui algumas leis que mais caem nos concursos:
Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF)
Regime Jurídico dos Servidores federais (Lei 8112)
O professor indica que há dois elementos que facilitam a localização dos pontos mais relevantes da lei: questões anteriores sobre aquele assunto e a natureza do cargo em si. “Quando o aluno resolve uma grande quantidade de questões sobre um tópico (digamos, 30, 50, 100 a depender da extensão da lei), o padrão de cobrança fica claro e nota-se que há assuntos que são muito cobrados e outros que quase não são”, disse.
“Em relação à natureza do cargo, há pontos em cada lei que se referem a ele. Digamos que o aluno fará concurso de Policial Legislativo do Senado e que o cargo cobre regimento. Há partes que falam sobre a atribuição desses profissionais na Casa Legislativa, então é de se esperar que pelo menos uma questão sobre esse recorte específico seja cobrada. Isso não exime o candidato de um conhecimento pelo menos superficial de toda a lei, mas já dá a ele um direcionamento”.
Perguntado se quando a banca cobra um “item incompleto da lei”, ou seja, um trecho dela, se isso é considerado certo ou errado, o especialista afirma que a banca pode cobrar o que entender como pertinente em acordo com o órgão ou entidade que promove o concurso. “É comum alguns órgãos cobrarem partes de leis. Talvez o mais comum sejam trechos da constituição. Se o edital traz ‘Constituição Federal: Princípios fundamentais; Direitos e Garantias fundamentais’, esse seria o escopo do estudo. Por outro lado, se o tópico é apenas ‘Constituição Federal’, qualquer assunto dentro da Constituição em tese pode ser cobrado.
“Via de regra, se uma lei específica não for citada no conteúdo programático, ela não poderá ser cobrada. Entretanto, pode acontecer de, em vez de se cobrar ‘LODF’, com seus artigos específicos, cobra-se ‘processo de escolha do administrador regional no DF’. Nesse caso, toda legislação pertinente pode ser exigida”, esclarece.
Alterações nas leis
As leis em geral sofrem alterações constantes. No caso de concursos da área jurídica (privativos de bacharéis em direito) as mudanças e as versões anteriores podem ser cobradas a fim de análise histórica da evolução da legislação. “Quem vai mostrar se isso ocorre é o padrão de cobrança das questões dos concursos anteriores do cargo ou de cargos semelhantes, de preferência da banca organizadora que deve realizar o concurso”, explica Fernando.
O especialista acrescenta que na maioria dos certames, o ponto mais importante é a lei que estiver vigente até a data de publicação do edital. “A maior parte dos editais prevê que ‘legislação que entrar em vigor após a publicação do edital não seja objeto de cobrança’. O mesmo se aplica para disposições anteriores das leis. Uma vez atualizada a lei, para 99,9% dos candidatos, o que vale é sua situação atual”.
Especialista dá dicas para os estudantes de concurso de “primeira viagem”
O professor José Trindade orienta que é importante que o candidato tenha organização, escolha bons materiais de estudo e faça exercícios
Na primeira quinzena de janeiro, mais de 200 concursos públicos por todo o Brasil foram abertos, reunindo mais de 22 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Uma das propostas do novo governo é o reajuste salarial para os servidores, com a retomada das políticas de valorização e uma reestruturação de carreiras.
Para quem deseja começar a estudar para concursos em 2023, o primeiro passo é a organização. O professor José Trindade, do IMP Concursos, dá dicas importantes para o concurseiro de primeira viagem:
Escolher uma carreira específica, ou carreiras próximas, para direcionar os estudos: De acordo com o especialista, “não adianta ‘atirar para todos os lados’, quando se trata de estudar para concursos. Um estudante que quer se preparar, ao mesmo tempo, para carreiras policiais e carreira de tribunais, por exemplo, não terá efetividade em nenhum dos dois focos”, explica.
Montar uma base boa nas principais disciplinas: Trindade orienta que é importante focar nas matérias presentes na maioria dos concursos, como língua portuguesa, matemática básica, raciocínio lógico, direito constitucional, direito administrativo e informática.
Material de estudos: Outra dica importante é definir bem como irá estudar e escolher um ou dois métodos. “Por exemplo: ‘irei estudar por aulas presenciais e por materiais em PDF; irei estudar com base em video-aulas e PDFs’, etc”, explica.
Também é essencial escolher bons materiais de estudo para usar como base. “Vivemos hoje uma era em que há uma imensa disponibilidade de materiais de estudo, e isso acaba fazendo o estudante ‘se perder’ um pouco, diante do mar de informações que tem à sua disposição”, acrescenta.
Autoconhecimento: O professor ressalta que é essencial que o candidato se conheça. “Não existe método de estudos universal, que funcione bem para qualquer pessoa. Cada cabeça é um mundo diferente, e precisamos conhecer as estratégias que serão mais efetivas diante da nossa realidade. Por exemplo, há pessoas que aprendem muito bem apenas assistindo às aulas e fazendo exercícios, mas há pessoas que apenas capta o conteúdo se estudarem a partir de material de leitura”, explica.
Exercitar os conhecimentos: Segundo José, não existe aprendizado sem exercícios. Ele explica que “não se aprende muito bem quando apenas vemos outras pessoas explicando o assunto (seja em aulas, seja em material escrito); é preciso que nós mesmos coloquemos a mão na massa. Portanto, faça muitas questões de provas passadas”, finaliza.
Especialista dá dica em live sobre como diminuir a ansiedade nos estudos
O evento on-line e gratuito irá abordar sobre como ter mais qualidade de vida nos estudos
Juliana Gebrim, psicóloga especialista em concursos públicos, irá ministrar um papo on-line sobre como diminuir a ansiedade nos estudos para concursos públicos. O evento é gratuito e acontecerá a partir das 18h30 desta terça-feira (10/1).
Durante a live, Juliana abordará sobre técnicas que irão auxiliar os candidatos a diminuir a ansiedade e conseguir ter qualidade de vida nos estudos. A especialista também falará sobre 10 passos para diminuir o problema.
Àqueles que desejarem participar devem acessar o site do evento e se cadastrar gratuitamente. A live será transmitida ao vivo no canal do YouTube do Gran Cursos Online.
No Divã com Juliana Gebrim
Data: 10/01 (terça-feira)
Horário: 18h30 – Dez passos para diminuir a ansiedade
Dia da Criatividade: Estudar de formas diferentes (e divertidas) pode ajudar a melhorar o desempenho
Yasmin Rajab — Cada concurseiro possui uma maneira de estudar em que se sente mais produtivo. Os métodos tradicionais, como uso de livros, PDF, documentos e anotações, são os mais utilizados. Entretanto, existem outras formas de complementar os estudos e tornar a rotina menos cansativa.
No dia 17 de novembro, comemora-se o Dia da Criatividade no Brasil. A data também é celebrada no dia 21 de abril, como o Dia Mundial da Criatividade, dia reconhecido pela Organização das Nações Unidas em 2017. A comemoração se volta ao papel da criatividade no desenvolvimento humano.
Nos estudos, usar o lado criativo também pode ser um grande aliado. O professor do Gran Cursos Online, Fernando Mesquita, destaca que a criatividade pode ajudar a aprender melhor. “Se você não consegue aprender bem de uma determinada maneira e não conhece outras, a criatividade te ajuda a pensar em cenários, em possibilidades”.
Fernando explica que existem dois pontos importantes para se desenvolver a criatividade, que inclui a contemplação e o conhecimento. “Primeiro, é muito difícil criar o que quer que seja se a todo momento estamos estafados e correndo contra o tempo. Tirar algumas horas na semana para olhar a vida e encontrar soluções para as questões é mais do que importante, é necessário”, ressalta.
“(O) Segundo é conhecimento. Há quem defenda que criatividade é a capacidade de aplicar soluções a contextos diferentes. Mas, para você fazer a transposição de contexto, é necessário conhecimento de como os problemas foram resolvidos em outras situações”, continua.
Nesse sentido, uma boa maneira de alavancar os estudos é assistir a vídeos, documentários, livros, artigos, e outros materiais de motivação, que podem ajudar a conhecer situações diferentes e aplicar novos contextos.
“No fim das contas, criatividade é treino. Grandes artistas foram em geral muito dedicados aos seus trabalhos. Não há mágica. Como tudo na vida, excelência demanda esforço”, conta Fernando.
Maneiras diferentes de estudar
Existem outras formas de estudar de uma “maneira diferente” além de assistir vídeos e ler bons materiais de apoio. Uma boa forma de deixar a rotina mais divertida é ler os capítulos em voz alta.
Você já pensou em ler os capítulos fazendo imitações? Ler o conteúdo em voz alta, talvez declamando um poema ou fazendo um importante discurso político — ou talvez um artista que goste muito — pode render um bom momento na hora de estudar.
Outra alternativa é tornar os desenhos um ótimo aliado na preparação para concursos. Ao invés de apenas fazer anotações, tente desenhar o conteúdo, elaborar diagramas, mapas mentais, ou até fluxogramas.
Quem se lembra dos professores de matemática criando músicas para ajudar a fixar as fórmulas de cálculo? Pois é. O método pode ser um grande aliado em conteúdos que necessitam de alguma ordem de assimilação.
Ensinar alguém sobre o que você está aprendendo também é outra ótima maneira de estudar. É comprovado que quando ensinamos outra pessoa, conseguimos fixar melhor o conteúdo.
Por isso, tente expor o conteúdo no formato de uma pequena aula para um amigo, ou até mesmo algum familiar, seja por redes sociais, videoconferência ou Skype. Ensinar alguém é um ótimo jeito de aprender, e ambos saem ganhando.
Leia mais: Assembleia Legislativa do Maranhão confirma novo edital para janeiro de 2023
Receita Federal: Veja o histórico de editais anteriores e principais informações sobre o concurso
Especialistas dão dicas de preparação para provas discursivas dos concursos
Grande parte dos concursos públicos conta com a aplicação do exame para avaliar os candidatos. A etapa faz toda a diferença no resultado final.
Yasmin Rajab – As provas discursivas estão presentes nas etapas de grande parte dos concursos públicos. Listada quase sempre como uma etapa classificatória e eliminatória, o exame pode fazer toda a diferença no resultado final, muitas vezes definindo se o candidato será ou não aprovado. Geralmente, ela corresponde de 20% a 50% da nota final, sendo assim, é importante se preparar pra se destacar no concurso.
Apesar da importância da prova, muitos concurseiros sentem dificuldade na hora de se preparar, e acabam dedicando mais tempo de preparação para a parte objetiva. Entre as principais dúvidas estão os tipos de texto cobrados, como começar a redação e que tipo de temas podem ser cobrados. Pensando nisso, a equipe do Gran Cursos Online separou algumas dicas para ajudar os candidatos nessa etapa.
Tipos de prova que podem ser cobrados
Para que possa ser cobrada em concursos públicos, a prova discursiva precisa estar prevista no edital de abertura da seleção. Na subseção reservada às etapas da avaliação, o concurseiro poderá encontrar mais informações sobre o tipo de avaliação e quais são os critérios específicos de correção. Já os formatos podem variar entre os seguintes:
Redação: texto discursivo argumentativo sobre o assunto proposto pela banca. Geralmente aborda temas de atualidades, baseia-se na apresentação de argumentos e deve observar a divisão canônica (introdução, desenvolvimento e conclusão).
Questão discursiva: são perguntas diretas sobre algum tema inserido nos conhecimentos específicos do cargo. O foco principal é na fundamentação dos argumentos e na resposta clara, objetiva e direta para a pergunta realizada.
Peça prático profissional: além de observar a fundamentação dos pontos apresentados, o candidato também deve apresentar o domínio da forma que, nas peças prático profissionais, é mais técnico.
De modo geral, a cobrança de redações é mais comum em concursos de nível médio e técnico. Já as questões discursivas em seleções de nível superior e a peça prático profissional podem fazer parte de concursos públicos mais específicos da carreira jurídica. Ainda assim, a consulta ao edital é sempre importante para tirar essa dúvida.
Como se preparar para a prova discursiva em concursos públicos?
Conhecer o modelo da sua prova discursiva é o primeiro passo para iniciar a sua preparação, mas é a prática que vai definir o resultado final. Confira as dicas:
1. A primeira dica para o candidato é que ele reserve um horário específico para estudar e praticar. Segundo o professor do Gran Cursos Online, Aragonê Fernandes, uma hora por semana costuma ser o suficiente para essa preparação no pós-edital.
2. Comece estudando por partes do texto. Ao invés de sentar e redigir sempre um texto completo, o candidato pode escolher seções específicas para praticar. Ou seja, em um dia ele pode praticar os parágrafos de introdução, e em outro a formulação do desenvolvimento, por exemplo.
3. Apesar de ser uma boa dica de treinamento, vale lembrar que o estudo por partes do texto para a prova discursiva não exclui a necessidade de treinamento por elaboração completa do texto. Afinal o candidato também precisa treinar o encadeamento das ideias e o seu tempo total de formulação. Por isso, o ideal é começar estudando por partes e depois fazer textos completos.
4. Essa dica é importante especialmente para os candidatos que estão começando seus estudos para provas discursivas: esquematize os pontos antes de redigir o texto. O primeiro passo é ler o enunciado com cuidado, grifando os pontos mais importantes. Em seguida, enumere cada parte do texto e o argumento que pretende desenvolver. Essa separação servirá como um guia e checklist para a formulação da prova discursiva, mas treine para conseguir fazer essa técnica de maneira otimizada, tomando cuidado com o tempo.
5. Exercite a formulação de parágrafos. A prática é bem simples e consiste em se desafiar a pensar em como você começaria a abordar determinado assunto em um texto. Vamos supor, por exemplo, que você está no transporte público para casa. Lembrando-se de uma temática muito cobrada em provas discursivas anteriores, você pode começar a formular mentalmente a introdução ou outras partes do seu texto. Com o tempo, essa prática pode auxiliar na sua velocidade de estruturação e encadeamento de ideias.
6. Assim como acontece para questões objetivas, as questões discursivas também podem ser treinadas com provas anteriores. Afinal, cada banca organizadora apresenta um perfil que costuma ser preservado em todas as avaliações estruturadas por ela. É possível ter uma boa noção de como o enunciado é estruturado, quais são os elementos exigidos na elaboração do texto e como é o padrão de avaliação.
7. A correção das provas discursivas em concursos públicos costuma ser realizada por espelhos de resposta. Esse recurso nada mais é do que um checklist do que os examinadores deverão procurar na hora de corrigir o seu texto. Assim, sempre que possível, acesse provas com espelho de resposta para analisá-los e realizar eventuais correções com base nos parâmetros observados.
8. Crie o hábito de corrigir seus erros. Para a correção, leve em consideração não só as regras da língua portuguesa, como também o encadeamento das ideias, o formato, número de linhas e a legibilidade da sua caligrafia.
Evento on-line aborda como evitar desgastes mentais nos estudos durante as eleições
O bate-papo No Divã com Juliana Gebrim tem como foco mostrar como evitar possíveis desgastes mentais durante a preparação para os certames
Yasmin Rajab — O Papo de Concurseiro já comentou sobre a importância de cuidar da saúde mental durante a preparação para os concursos públicos. Durante a caminhada para a aprovação, é preciso que o participante esteja atento aos sintomas para manter a mente fortalecida e saudável.
Vários temas marcam o processo de estudos do candidato, podendo afetar seriamente o desempenho nas provas. Durante o período eleitoral especialmente, é possível que alguns sentimentos apareçam, como: medo, angústia e frustração.
Para mostrar as maneiras de evitar possíveis desgastes mentais, o bate-papo on-line No Divã com Juliana Gebrim abordará a saúde mental durante o período das eleições. O evento será gratuito e começará às 18h30, na terça-feira (11/10).
Realizado pela neuropsicóloga Juliana Gebrim, a conversa abordará a importância dos cuidados com a mente durante o período eleitoral. Para manter a saúde, é importante sempre selecionar a fonte de informação e observar por quanto tempo irá consumir esse tipo de conteúdo. Também é importante evitar discussões por instinto e parar de tentar controlar o que não está no seu alcance.
É importante lembrar que o processo de escolha para um novo representante não é fácil, e essas emoções são normais. Apesar disso, existem algumas medidas que podem ser tomadas para se manter emocionalmente equilibrado e evitar que esses acontecimentos afetem por completo a preparação para os processos seletivos.
Clique aqui para se inscrever.
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Concurso Detran-AP: especialista dá dicas de preparação para a prova
O concurso oferta 536 vagas para cargos de nível superior e nível médio
Yasmin Rajab — O Departamento Estadual de Trânsito do Amapá (Detran-AP) está com as inscrições abertas para o concurso público com a oferta de 536 vagas para cargos de nível superior e nível médio. Do total de chances, 66 são para contratação imediata e 470 oportunidades são para formação de cadastro reserva.
Para te ajudar a conquistar uma das vagas, o diretor de mentoria e coaching do Gran Cursos Online, Fernando Mesquita, listou os principais pontos do edital e deu dicas para quem está se preparando.
As provas objetivas devem ser aplicadas no dia 11 de dezembro de 2022. Segundo Fernando, o tempo até as provas é suficiente para que o candidato se prepare, já que os conteúdos não são tão complexos. O professor recomenda que àqueles que tiverem a possibilidade de fazer as provas de nível médio e superior aproveite para realizar os dois exames. Isso porque as provas acontecerão em horários diferentes, e essa é uma boa estratégia de treino. Porém, o ideal é que o candidato escolha em qual prova focar para direcionar os seus estudos.
Confira outras dicas para o certame:
1. A estrutura da prova objetiva é composta por: 75% de conhecimentos específicos e 25% de conhecimentos gerais. Por isso, o ideal é que o candidato dedique mais tempo de preparação às disciplinas de conhecimentos específicos, que podem garantir mais pontos. Uma boa estratégia é replicar esses percentuais na hora do estudo.
2. Para quem vai fazer a prova de nível superior, serão cobrados quatro estudos de caso, valendo até 25 pontos cada e o candidato deve ter, no mínimo, 50% dos pontos. Por isso, é importante se dedicar muito a essa parte. Treinar a escrita, elaborar tópicos e escrever sobre eles é uma boa prática nesse sentido.
3. O conteúdo básico da prova objetiva (português e raciocínio lógico) é o mesmo para todos os cargos (a proporção é de 19% das questões de língua portuguesa e 6% de raciocínio lógico). Mas, na prática, o que muda é a aplicação nas questões e o grau de dificuldade.
4. Sobre o curso de capacitação, que preocupa muitos candidatos: não é preciso se preocupar pois a finalidade do curso não é eliminar o candidato, mas garantir que o ele tenha as características mínimas necessárias para ser aprovado.
5. Como são poucos conteúdos na parte específica, o ideal é que o candidato estude todo o conteúdo, e há tempo pra isso. Então, nesse momento, manter o foco é fundamental.
6. A parte objetiva de Raciocínio Lógico inclui conteúdos de estatística, o que não é tão comum e pode ser um pouco mais complicado. Mas, como são poucas questões, não há motivo para se preocupar tanto.
7. Para os estudos de legislação é recomendável que o candidato dedique cerca de 20 minutos distribuídos ao longo do dia. Não é uma boa estratégia estudar esse tipo de conteúdo por horas seguidas.
8. O candidato pode resolver questões da FCC, mas também é bom dedicar um tempo às questões de outras bancas. Essa prática ajuda a ter uma percepção de como o conteúdo é cobrado. O ideal é distribuir as questões da seguinte forma: 80% FCC e 20% outras bancas.
Os aprovados na seleção receberão os salários entre R$ 3.048,23 a R$ 6.830,76. As inscrições podem ser feitas no site da Fundação Carlos Chagas (FCC), banca examinadora, até o dia 10 de outubro.
Confira o edital completo clicando aqui.
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