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Blog da Denise publicado em 5 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg
O pacote do ajuste fiscal em estudo no Planalto é classificado internamente como uma prova para os partidos aliados. Isso porque são medidas cruciais para o governo reestruturar o gasto público de forma a garantir a preservação do arcabouço fiscal. Se a base ficar contra, é sinal de que o governo terá dificuldades no futuro.
Vale lembrar: há tempos, o presidente Lula não se vê tão pressionado em caminhos opostos. Se seguir o que pedem parte dos economistas de seu governo, o ajuste fiscal atingirá programas sociais provocando a ira dos partidos de esquerda. Se não seguir, perde parte daqueles que cobram mais austeridade. Até aqui, Lula tem conseguido navegar entre seu eleitorado e os legendas mais conservadoras que apoiam seu governo. Agora, avaliam alguns políticos com acesso ao Planalto, chegou a hora da verdade.
Vai mudar, mas…
O projeto do deputado Rubens Júnior (PT-MA) sobre as emendas parlamentares tende a ser modificado de forma a dar mais liberdade aos congressistas. Só tem um probleminha: se o relator Elmar Nascimento for muito generoso com seus colegas, vai ser difícil o Supremo Tribunal Federal (STF)
liberar as emendas.
… há riscos
O texto de Rubens Júnior está no limite do aceitável para garantir essas liberações das emendas. Porém não menciona o Orçamento de 2024. “Esse projeto é um retrocesso e muda algo que deveria ser modificado por emenda constitucional, que é impositividade das emendas. Vai dar problema”, aposta o deputado Danilo Forte (União-CE).
Dois senhores
O candidato a presidente da Câmara Hugo Motta caminha para arrematar hoje o apoio do PSB e do PDT. É que essas duas legendas consideram que não dá mais para apostar na candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Elmar havia dito que tinha certeza de que seu nome estaria na urna como candidato, mas os aliados acreditam que não é mais possível garantir isso. Com tantos apoios, essas legendas esperam que, se Hugo vencer, não jogue o pêndulo para a direita, e aposte numa postura de equilíbrio, no centro.
Reflexos da eleição nos Estados Unidos
A eleição americana continua polarizando a política brasileira. Depois que o presidente Lula disse apoiar Kamala Harris, Jair Bolsonaro gravou um vídeo defendendo a eleição de Donald Trump. O ex-presidente acredita que a eleição do republicano por lá ajudará o processo dele aqui.
João na área/ Futuro presidente do PSB, o prefeito do Recife, João Campos (foto), vai liderar esse processo de análise das emendas e do apoio do partido a Hugo Motta. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, tira 12 dias de férias a partir de amanhã, para descansar da eleição.
Assim não dá/ Deputados e senadores reclamam que as sessões semipresenciais interditam o debate e dificultam que a maioria participe das negociações. “A Casa precisa voltar aos tempos dos plenários cheios. Não dá para tudo ser decidido em conversas fechadas”, afirma o senador Izalci Lucas (PL-DF).
Parceria/ Os acordos entre Emirados Árabes Unidos e Brasil estarão em debate, amanhã, na embaixada daquele país em Brasília, por ocasião da visita da ministra assistente para Assuntos Políticos, Lana Nusseibeh. Ela veio justamente preparar a visita do presidente dos Emirados ao Brasil no final deste mês. Brasil e Emirados Árabes têm estreitado relações desde a COP28, em Dubai. No início deste ano, a cidade-sede da Cúpula do Clima, há dois anos, foi ainda palco do Brasil Dubai Lide Forum, com uma comitiva de empresários brasileiros e árabes.
Assunto quente/ Formado em direito em Brasília, em 2011, o advogado Diogo Esteves Pereira retorna à cidade, hoje, para o lançamento do seu livro Teses defensivas: improbidade administrativa, na Livraria Leitura do Terraço Shopping, a partir das 19h. A obra relaciona estratégias para a defesa de casos de improbidade administrativa, situação que costuma tirar o sono de administradores públicos. O prefácio é assinado pelo juiz federal do Trabalho Maximiliano Carvalho.
Blog da Denise publicado em 3 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tão interessado em maioria no Senado quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para isso, o petista pretende atrair adversários, tal e qual fez com o atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), em 2021. Cogita, inclusive, chamar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para concorrer ao Senado e fazer o mesmo com outros nomes de centro país afora. A ideia é evitar que a extrema-direita conquiste espaço ali e coloque o governo em xeque. Já chega o fato de o atual governo ter que engolir o Centrão comandando as duas Casas do Parlamento, cenário do qual Lula não tem como escapar nos próximos dois anos e, talvez, nos quatro anos seguintes. Em relação a Eduardo Leite, só tem um probleminha: O governador gaúcho declarou recentemente que a “arrogância aproxima o bolsonarismo do petismo”. E não pretende deixar de ser candidato ao Planalto para limpar o caminho de Lula. Nesse ritmo, o plano de Lula construir uma bancada mais de centro-esquerda no Senado será mais difícil do que o de Bolsonaro em alavancar uma bancada de direita.
Em tempo: no Distrito Federal, Lula terá dificuldades em atrair adversários. A tendência é uma das duas vagas em disputa ficar com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A segunda está entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e a deputada Bia Kicis (PL-DF). A esquerda só tem alguma chance se for unida em torno de um candidato. Até aqui, não há sinal dessa unidade.
Vai além do primeiro escalão
A reforma ministerial do governo Lula vai além dos cargos de ministro. O segundo escalão e algumas estatais e autarquias vão entrar na roda para atrair o centro e manter o Centrão mais próximo.
Não será fácil
Um estudo sobre a eleição de vereadores feito pela Action Consultoria mostra que ninguém ficou muito grande nesta eleição a ponto de ter protagonismo total em 2026, Quando se faz a projeção sobre o pleito e as chances de deputados federais, a conclusão é a de que, quem vencer no futuro precisará conviver muito bem com, pelo menos, cinco ou seis partidos para conseguir governar.
50 motivos
A cúpula do Congresso não pretende dar informações sobre os padrinhos das emendas passadas. Há quem diga que, no momento em que a distribuição dos bilhões do orçamento secreto for apresentada publicamente, ficará clara a preferência de alguns em detrimento da maioria. E, neste cenário, os líderes tendem a perder força.
Expostos e na incerteza
A declaração de Arthur Lira à Folha de S.Paulo sobre o PT indicar o nome da Câmara ao Tribunal de Contas da União (TCU) irritou muitos petistas. Mostra que partido de Lula quer fazer barganha e deixa claro que, numa política viciada no “toma-lá-dá-cá” como a brasileira, ninguém apoia um candidato sem saber o que levará em troca.
Olho nela/ Enquanto os homens pensavam em fazer barba, cabelo e bigode na eleição municipal, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) fez cabelo, maquiagem e sobrancelhas. Elegeu a prefeita da capital e o PT não fez sequer um prefeito no estado de Mato Grosso do Sul.
Olho no combustível/ O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) lança, nesta quarta-feira, 17h30, no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o observatório da implementação do hidrogênio de baixa emissão de carbono e do combustível do futuro.
Olho na preservação/ Porto Alegre, no Brasil; Valência, na Espanha… Cidades unidas na dor causada pela mudança do clima. Ou o mundo parte para uma recuperação do solo, áreas verdes e matas ciliares, ou essas tragédias se repetirão.
Finados & política/ A coluna, ontem, mencionou os socialistas, tucanos e emedebistas que marcaram o diálogo na política. A lista é grande. Hoje, ficam aqui as homenagens a Marco Maciel, Jarbas Passarinho, Luís Eduardo Magalhães e ao grande construtor da política e de Brasília, Juscelino Kubitschek. Ah, que falta fazem nesses tempos de eleições marcadas por cadeiradas, ameaças, tentativas de assassinato e xingamentos.
Coluna da Denise publicada em 28 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
A vitória de Ricardo Nunes para prefeito de São Paulo reforça o caminho do meio e abre uma janela para que os partidos que ocupam o centro da política se afastem dos extremos no futuro. Estão nessa construção o presidente do PSD, Gilberto Kassab; e o do MDB, Baleia Rossi. Quem deve ingressar ainda nesta conversa é o presidente do União Brasil, Antonio Rueda. Aliás, União e PSD já estão nesse rumo, depois da aproximação na campanha para presidente da Câmara dos Deputados. Se der certo, o eleitor ainda verá muitas outras parcerias desses partidos. Inclusive, para 2026.
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Em tempo: a dois anos da próxima eleição presidencial, nenhum dos partidos que, hoje, fazem parte do consórcio do governo terá seus dirigentes anunciando que não apoiará Lula em 2026. Porém, as vitórias este ano indicam que o PT de Lula não tem garantidos os apoios que conquistou em 2022 contra Jair Bolsonaro. E o ex-presidente, a preços de hoje, não está com a bola toda para impor suas vontades e candidaturas país afora. O centro começa a ganhar independência dos extremos. Se vai se manter nesse rumo, ainda é cedo, uma vez que será preciso um candidato capaz de unir os partidos. Até aqui, há pretendentes que vão começar a sair da toca no ano que vem.
PP deslocado
Há alguns meses, Progressistas, União Brasil e Republicanos falavam numa federação. Com o PP mais próximo do PL de Jair Bolsonaro, o União Brasil mudou o rumo da conversa.
Juntos somos fortes
PSD ficou com cinco capitais, o MDB com outras cinco e o União Brasil com quatro. São 14 das 26 capitais. Há quem considere uma boa largada para uma coligação que reúna essas três legendas.
Desdobramentos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mencionou em entrevista que interceptou mensagens de uma facção criminosa estipulando votos em favor de Guilherme Boulos. O candidato do PSOL chamou a acusação de ‘Laudo falso do segundo turno”. O TRE-SP disse não ter recebido nenhuma denúncia. Essa história ainda vai dar muito pano para manga. E, avaliam os aliados de Nunes, totalmente dispensável neste momento.
CURTIDAS
Olho nele/ A vitória de Igor Normando em Belém contra o bolsonarismo põe o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), na pista da centro-esquerda para 2026. Tal e qual a vitória de Sandro Mabel em Goiânia coloca o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), na centro-direita.
Rixa eterna/ O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro têm mais um ponto de rivalidade, a investigação do deputado Gustavo Gayer (foto, PL). “Não está colando mais esse tipo de ação. E caiu, para variar, com o mesmo ministro do Supremo. Sempre ele, sempre o mesmo”, disse o ex-chefe do Executivo.
Vem por aí/ Bolsonaro, conforme o leitor da coluna já sabe, quer indicar os candidatos ao Senado em todos os estados. Agora, com o ministro Alexandre de Moraes no papel de relator de outros processos contra bolsonaristas, o ex-presidente reforçará esse pedido.
Imperatriz em Brasília/ O desfecho da eleição em Imperatriz (MA) vai desaguar na capital da República. O presidente do partido, Marcos Pereira, será pressionado a intervir no diretório regional e afastar o presidente Aluísio Mendes. Às vésperas do pleito, ele anunciou que não apoiaria a candidata do partido, Mariana Carvalho, porque ela estava aliada a Josimar do Maranhãozinho (PL).
Blog da Denise publicado em 27 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
Os partidos e analistas políticos de Brasília aguardam apenas o resultado de hoje das 51 cidades em que há segundo turno para fechar o ranking dos partidos nos municípios com mais de 200 mil eleitores. O PL de Jair Bolsonaro caminha para liderar essa lista, chegando a 18 cidades, mas quem tem mesmo a força, se conseguir se unir, serão os partidos do centro — União Brasil, PSD, MDB, PP, Republicanos e PSDB. O União Brasil deve fechar essa corrida com 15 cidades, o PP, com 11; e o PSD, 12, assim como o MDB. O Podemos, 8; e o Republicanos, 7. O PT de Lula não figura nessa listagem.
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Esses números indicam um Centrão encorpado na volta dos trabalhos do Congresso Nacional na semana que vem, para negociar com o governo. Sem os partidos de centro, não haverá meios de o presidente Lula e sua equipe econômica conseguirem aprovar as propostas no Parlamento. A conjuntura indica que cabe ao governo ir com muita calma e, de preferência, não se meter na disputa pela presidência da Câmara. Quem conhece o jogo considera que é melhor o petista esperar para recolher depois os feridos e negociar de cabeça erguida com o vitorioso.
Por aí, não
Na próxima terça-feira, o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, tem encontro marcado com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo para defender as medidas provisórias que tentam incrementar a receita da União. É bom ele se preparar para ouvir dos deputados e senadores que o espaço para ampliação da Receita está esgotado. O jeito é o governo reduzir despesas.
A hora da verdade
O governo vai insistir na medida provisória que institui a cobrança de 15% de imposto sobre o lucro de empresas multinacionais que operam no país. Os congressistas ainda não se mexeram para aprovar essa proposta. E, sem o Poder Executivo dar uma forcinha no STF para liberar as emendas ao Orçamento, ninguém vai fazer muito esforço em prol dos projetos governamentais.
Iceberg
Juristas têm dito em conversas reservadas que o escândalo da venda de sentenças caminha para ser maior do que se apresenta hoje. Por isso, a ordem é, respeitando o direito de defesa, acelerar julgamentos para não arranhar ainda mais a imagem do Poder Judiciário e insuflar mais decisões do Legislativo contra o Supremo Tribunal Federal, que tende a concentrar essas ações.
Agências na mira
O deputado Danilo Forte (União-CE) está recolhendo assinaturas para apresentar, amanhã, uma proposta de emenda constitucional de maior controle e fiscalização sobre as agências reguladoras e indicações de diretores. A ordem é colocar essas instituições sob a lupa do Parlamento antes que o governo queira mexer demais nas agências.
Foco
O objetivo hoje deve ser ampliar o controle e a investigação e não promover uma proposta que permita ao governo Lula trocar os diretores que ainda têm mandato.
CURTIDAS
Olho neles/ Os governadores do Pará, Helder Barbalho (MDB); de Goiás, Ronaldo Caiado (União), na foto; e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), farão mais tarde a contagem da largada nos respectivos estados rumo a 2026. Todos têm interesse em concorrer ao Planalto na próxima eleição e sabem que só têm chance de emplacar candidaturas se saírem bem de “casa”.
Caiado tem apoios/ “2025 será o ano de termos Caiado na pista”, afirma o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB).
Desta vez, sem apostas/ A disputa entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) está tão acirrada que os políticos dispensaram jogar suas fichas em um dos dois envolvendo vinhos caríssimos. Impossível apontar quem sairá vencedor, mesmo depois do debate da TV Globo na última sexta-feira. “Vai ser na venta do cavalo”, comenta o deputado Danilo forte (União Brasil-CE).
Bia na defesa/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) estranhou a operação da Polícia Federal contra Gustavo Gayer às vésperas da eleição. “Trata-se de pura perseguição política para interferir nas eleições”, diz. O PL, a princípio, adotará esse discurso em apoio ao parlamentar alvo de busca e apreensão.
Blog da Denise publicada em 25 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
Muitos aliados do presidente Lula recorrem ao velho ditado popular “há males que vêm pra bem”, ao se referir ao fato de o presidente ficar afastado dos palanques nesta reta final de segundo turno. Nas cidades em que o PT disputa o segundo turno ou tem um candidato apadrinhado por Lula, o risco de derrota é maior do que as chances de vitória apontadas nas pesquisas. E, em São Bernardo do Campo, berço do partido onde o presidente vota, o candidato petista não foi sequer ao segundo turno.
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Em tempo: No caso de Guilherme Boulos, Lula já fez live, carreata, ato de campanha, comício. Agora, na reta final, Boulos, porém, trabalha para atrair pelo menos parte daqueles que votaram em Pablo Marçal. E desfilar ao lado do presidente da República não ajudará a convencer esse público marçalista que Boulos está atento ao que eles desejam. Por isso, a avaliação de muitos é a de que o presidente pode descansar em paz e se preparar para o pós-eleitoral, que exigirá muita saúde e paciência do atual ocupante do Planalto.
Gleisi no ministério
O presidente Lula tem dito a amigos que, quando a deputada Gleisi Hoffmann (PR) deixar a presidência do PT, ela irá direto para o governo. Esses amigos garantem que Lula não deixará sem um lugar de destaque quem mais lutou ao lado dele nos tempos difíceis. O presidente tem dois cargos em vista e ainda não fechou qual: a Secretaria-Geral da Presidência, onde está Márcio Macedo; e o Desenvolvimento Social, ocupado por Wellington Dias.
“Zero Um” culpa a esquerda…
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro, culpou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “APDF das Favelas”, pela tragédia ocorrida no Complexo de Israel, no Rio. Em 2022, o plenário do Supremo Tribunal Federal respaldou uma decisão liminar do ministro Edson Fachin que determinava a elaboração de um plano para reduzir a letalidade das operações policiais no Rio.
…E leva a ação para o palanque
Flávio Bolsonaro também responsabiliza a esquerda pela violência na Avenida Brasil. “Nefastos efeitos da APDF 635, ajuizada no STF por partido de esquerda e relatada pelo Ministro Edson Fachin. O Rio se tornou um ‘bunker’ de todas as facções criminosas do Brasil e das FARC, pois as decisões do ministro praticamente inviabilizaram o trabalho dos nossos policiais, que estão mais preocupados com o juiz do que com os criminosos armados de fuzis”, declarou o senador.
Sem investir, não vai
Enquanto a política cuida das eleições municipais, a ministra em exercício de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, alerta para a necessidade de se preparar os portos brasileiros para abastecimento com diversos tipos de combustíveis, do biodiesel ao hidrogênio verde. “Temos o desafio de preparar a infraestrutura para ampliação intensiva do uso de contêineres no Brasil decorrente do crescimento da economia. Cada vez mais, o setor precisará de investimentos adicionais”, afirmou, ao participar do 11 Encontro da Associação de Terminais Privados (ATP).
Antes tarde do que nunca
O setor produtivo comemorou a inclusão dos fundos de compensação de benefícios fiscais na sequência de audiências públicas detalhadas pelo plano de trabalho do senador Eduardo Braga (MDB/AM). As empresas estão preocupadas com o impacto que as medidas em discussão podem ter para a saúde financeira dos estados. O requerimento é do senador Laércio Oliveira (PP-SE).
A que ponto chegamos/ Em Fortaleza, a violência na política é explícita. Em vídeo, o vereador Inspetor Alberto (PL) ameaçou Evandro Leitão (PT). “Leitão f** da p**, tu vai pra churrasqueira, prepara teu caixão, vagabundo”, afirmou durante evento de André Fernandes (PL). Leitão registrou ocorrência a delegacia contra o vereador e estuda outras medidas possíveis.
Diploma falso…/ Na capital goiana, chamou atenção a confirmação da PUC de Goiás, de que o candidato do PL, Fred Rodrigues, não é bacharel em Direito. Nas redes sociais, o candidato se defendeu: “Nunca afirmei que era bacharel. Concluí e me formei em todas as matérias do curso. Não colei grau, pois não pretendia trabalhar na área”. E ainda ironizou: “Essa é a grande preocupação deles?”. No sistema do TSE, entretanto, consta que Fred tem superior completo. De acordo com o Código Eleitoral, isso é crime passível de até 5 anos de pena.
… e palanque vazio/ Depois do imbróglio, a cúpula do PL quer Bolsonaro fora dessa campanha goiana. Fred Rodrigues foi nomeado diretor de promoção de mídias sociais na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, em janeiro deste ano. O cargo exige curso superior completo. Ele alegou ter informado na ficha “estar cursando direito”.
Coluna publicada em 17 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
De olho na campanha para prefeito de São Paulo a partir dos salões do Congresso, muitos petistas avaliam que o grande movimento pró-Guilherme Boulos perdeu força dentro do partido neste segundo turno. Aquele sentimento de “virou questão de honra”, surgido logo depois da divulgação de um laudo falso contra o candidato praticamente na véspera da eleição, se diluiu após a chegada ao segundo turno. Prova disso, avaliam alguns, é a pesquisa Quaest, a primeira deste segundo turno, a detectar que o postulante do PSol apresenta os mesmos índices de projeção de votos que tinha antes do primeiro turno, de 33%, enquanto Ricardo Nunes tem 45% das intenções de voto.
Os petistas, porém, não estão totalmente empenhados em reverter essa diferença. Em Brasília, de onde muitos acompanham os movimentos, a prioridade é resolver a questão das emendas, um tema nacional. O PSol que se dedique aos votos paulistanos.
“Meu” o quê?!
Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro vislumbram problemas mais à frente para fechamento de chapas. Embora a eleição de 2026 ainda esteja longe, já tem muita gente incomodada com o jeitão de Bolsonaro dizer em vários estados: “O candidato ao Senado é meu”.
Nem vem
Nenhum cacique estadual quer abrir mão de compor a própria chapa no futuro. A maioria resiste a liberar uma vaga ao Senado para abrigar outsiders bolsonaristas interessados em impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Apoio às escondidas
Mesmo depois de assinar um documento no qual reconhece a vitória de Maduro na Venezuela, o PT não quis fazer um estardalhaço sobre a decisão. O motivo? Medo do impacto negativo nos candidatos aliados durante o segundo turno das eleições municipais.
Congresso & apagão
Vem por aí uma proposta de emenda constitucional para dar ao Parlamento poderes de fiscalizar as agências reguladoras. O deputado Danilo Forte quer que essas instituições respondam, inclusive, por omissão, quando for o caso. “Todas as agências têm pendências a resolver e raramente são punidas por isso. Essa situação tem que mudar”, afirma.
Abstenção promete/ Os petistas estão preocupados com os 19% que disseram aos entrevistadores da pesquisa Quaest que pretendem anular o voto. É sinal de que um número expressivo de eleitores não deve sequer comparecer para votar.
Enquanto isso, em Belo Horizonte…/ A liderança que o prefeito Fuad Noman (foto), do PSD, apresenta na primeira pesquisa Quaest deste segundo turno na capital de Minas Gerais é o cenário natural. Difícil um prefeito com avaliação positiva de 48%, e regular de 35% perder a eleição. Fuad tem 46%, e Bruno Engler, 37%.
… e em Brasília/ Paralelamente às emendas parlamentares, há um olhar voltado aos compromissos com a agenda 2030. Às 9h, em sua sede, a Oficina Consultoria promove um evento fechado para lançar um indicador de reputação de empresas e organizações com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e pilares ESG, ambiental, social e governança. O lançamento contará com a presença da ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira (foto), hoje consultora da ONU para o clima.
Coluna publicada em 5 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
O deputado Eduardo Bolsonaro (SP) assumirá a presidência do PL com duas missões: a primeira, é fazer o enfrentamento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A segunda, é preparar uma candidatura ao Planalto. “Eu é que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos de ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Eu não tenho imunidade. Ele me prendeu por causa de uma arma do meu filho. Se é um deputado, não pode fazer isso”, avaliou Valdemar.
Vale lembrar 1
Perguntado se o cargo de presidente do PL pode transformar Eduardo Bolsonaro no candidato do partido ao Planalto, em 2026, a resposta foi um animado “lógico!” “Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o país ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar. A função de Eduardo será política. Valdemar é quem continuará com a parte administrativa, no posto de vice-presidente. É o PL abrindo mais espaço para o bolsonarismo-raiz.
Vale lembrar 2
Foi Eduardo que, em outubro de 2018, antes do primeiro turno, afirmou com todas as letras: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”. Dias depois, pediu desculpas pelo Twitter. Mas, pelo visto, a guerra continua.
A culpa é do Xandão
Valdemar atribui o fato de Jair Bolsonaro ter ficado distante da campanha de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, por não poder falar com o ex-presidente. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido. E a candidatura do Ricardo é também dele (Bolsonaro), que indicou o vice”, disse Valdemar.
Enquanto isso, no PT
Muitos apostam que uma boa parte dos militantes do PT não se jogará de corpo e alma nas ruas de São Paulo, neste fim de semana, em prol da candidatura de Guilherme Boulos, do PSol. Alguns dizem que o deputado é o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não do partido.
BH em suspense
Quem conhece “cheiro de eleição”, passou a apostar que o candidato do Republicanos a prefeito de Belo Horizonte, Mauro Tramonte, repetirá a sina de Celso Russomano em São Paulo. Lidera boa parte
da corrida eleitoral, mas não chega.
CURTIDAS
Madrinhas/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) praticamente se mudou para São Paulo por esses dias, em campanha pela candidata a vereadora Zoe Martinez, sua ex-assessora na Câmara. Aliás, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também fez questão de dar uma força por lá.
As voltas que o mundo dá/ Em política, os ódios não são eternos. O ex-presidente Fernando Collor participa de carreatas em Maceió para tentar eleger o sobrinho Fernando Lyra Collor, filho de Pedro Collor, que denunciou o escândalo que levou ao impeachment do ex-presidente, em 1992.
O jogo dos erros/ Aliados de Alexandre Ramagem consideram que, se não houver segundo turno na cidade do Rio de Janeiro, a culpa é do próprio candidato. Na campanha, ele focou seu discurso na segurança pública, um tema espinhoso no Rio, e só pensou em colar em Bolsonaro nesta reta final.
Depois da eleição…/ É a pauta econômica que vai pedir passagem em Brasília. E essa guerra começa na semana que vem.
Coluna publicada em 3 deoutubro de 2024, por Denise Rothenburg
Com a aprovação do governo oscilando para baixo, conforme registrou a última pesquisa Quaest, a avaliação de setores do PT é a de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá que refazer toda a estratégia de comunicação dos atos governamentais e dobrar o cuidado com os aliados. Se não houver uma recuperação rápida, a tendência é a turma zarpar em busca de outras alianças rumo a 2026.
O União Brasil, por exemplo, é aliado, tem ministros, mas concorre contra o PT e a esquerda em várias cidades. Além disso, já se sabe que o partido tem no governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um pré-candidato ao Palácio do Planalto. Nesse sentido, ou o governo recupera popularidade a fim de mostrar-se mais competitivo do que os adversários, ou os ministros terminarão por deixar o governo.
Em tempo: os petistas sabem que, com uma pauta econômica pesada no Parlamento, não dá para prescindir de aliados nesse momento. Tudo será feito para que as questões eleitorais de 2026 fiquem restritas ao ano eleitoral, de forma a manter uma base capaz de sustentar os projetos governamentais.
E tem mais
As investigações sobre desvio de recursos de emendas ao Orçamento, por enquanto, está focada no Maranhão e em Sergipe. Se a lupa ampliar o alcance, vai atrapalhar os planos do governo de manter uma base no Parlamento e a eleição para a Presidência da Câmara entrará no imponderável.
O centro reina
A avaliação dos políticos é de que o centro da política sairá vitorioso da eleição, no próximo domingo. Significa que quem quiser ter sucesso em 2026, terá que lhe render homenagens daqui para frente.
Racha prejudica
A disputa pela Presidência da Câmara ameaça tirar do centro esse poder todo. Divididos e magoados, eles não conseguirão chegar a 2026 tão fortes quanto pretendiam, ainda que saiam das urnas com um maior número de prefeituras.
Lula em fúria/ O presidente ficou irado ao descobrir que a internet do avião presidencial não funcionava. Em meio a palavrões, comentava que qualquer avião “mequetrefe” tem internet e ali não funcionava. Não dá para um chefe de Estado ficar incomunicável por horas.
Tem motivos/ Aliados de Lula dizem que, desde o 8 de janeiro, quando estava fora de Brasília e quase sofreu um golpe de Estado, o presidente não fica sem comunicação com o Planalto — onde a avaliação é na linha do “orai e vigiai”.
Campanha não tem fim/ Com o término do horário eleitoral gratuito de rádio e tevê nos municípios, restará o pugilato na internet. Território preferido de Pablo Marçal, em São Paulo, e dos bolsonaristas que apoiam Alexandre Ramagem, no Rio de Janeiro. Marçal, por exemplo, promete partir para o tudo ou nada.
Fafá é patrimônio/ A cantora Fafá de Belém (foto), uma das joias do Pará, teve seu trabalho transformado em patrimônio cultural de natureza imaterial do estado. A lei foi sancionada, esta semana, pelo governador Hélder Barbalho (MDB). Viva Fafá!
Blog da Denise publicado em 1º de outubro de 2024, por Denise Rothenburg
Sem eleição neste ano, os políticos do Distrito Federal fazem suas apostas para 2026. No PL, por exemplo, desde que a carreira do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi destruída, um grupo de bolsonaristas planeja retirar o apoio ao governador Ibaneis Rocha para o Senado. Ibaneis é do MDB, e o PL tem, pelo menos, duas candidatas para concorrer a um mandato de oito anos no Parlamento: Michelle Bolsonaro e a deputada Bia Kicis. Tal e qual a de Michelle, a candidatura de Bia vem sendo mencionada em várias reuniões, na sede nacional do partido.
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Com as duas dispostas a concorrer ao Senado, e Ibaneis Rocha no páreo, alguém vai sobrar. As contas do PL indicam ainda que a esquerda detém 35% dos votos no DF. Logo, dois nomes estarão sob risco, se houver três candidatos. Até agora, o nome de Bia para o Senado circula apenas em conversas aqui e ali. Porém, quando candidatura “cria pernas”, ninguém segura mais.
Amazonas em suspense
Alguns municípios do Amazonas estão preocupados com a alta abstenção nas eleições do próximo domingo. É que, com a seca, o nível dos rios baixou e comunidades de várias cidades estão isoladas. Sem condições de navegação e sem estradas, muitos eleitores não conseguirão votar.
É o que tem para hoje
Por enquanto, o presidente Lula e todos os demais líderes globais não conseguiram emplacar um discurso de paz nem, tampouco, de mediação entre os países que estão em guerra. Mas o Brasil tem tido sucesso no resgate de brasileiros em áreas de conflito. É nisso que o governo Lula vai se concentrar.
Chuva de 2º turno
Os partidos já fizeram as contas e acreditam que a maioria das grandes cidades terá segundo turno. Logo, será difícil o Congresso funcionar a pleno vapor em outubro. A tendência é deixar os temas mais polêmicos
para novembro.
Administrativa no horizonte
Até aqui, muito se falou da reforma tributária, mas, se houver uma brecha, o presidente da Câmara vai puxar a reforma administrativa. O governo, porém, quer apostar apenas na reestruturação de carreiras, sem cortes de benefícios.
Pânico no MDB…/ Os emedebistas consideram questão de honra ter o prefeito Ricardo Nunes (foto) no segundo turno da eleição paulistana. Se conseguir manter a maior cidade do país, terá mais peso para 2026.
… e no PT/ Os petistas vão centrar fogo em São Paulo por esses dias. A maior tragédia para o partido seria ficar fora do segundo turno na maior cidade do país. Ainda que o candidato Guilherme Boulos seja do PSol, tem o apoio de Lula, mas é preciso botar os militantes nas ruas.
Onde mora o perigo/ O PT coloca como ponto de honra ampliar o número de prefeituras que administra. Afinal, se não obtiver sucesso agora, os aliados de 2022 correm o risco de procurar outros parceiros na próxima eleição presidencial.
E o Caiado, hein?/ A aposta, hoje, é a de que a direita irá muito dividida para a eleição de 2026. É que os bolsonaristas não querem saber de apoiar Ronaldo Caiado. A ideia deles é focar em algum nome que se identifique mais com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Coluna publicada em 24 de setembro de 2024, por Carlos Alexandre
A preços de hoje, as eleições municipais começam a emitir sinais para 2026. O primeiro indicativo que se tira é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se quiser tentar um quarto mandato à frente do Palácio do Planalto, precisará novamente recorrer a uma ampla aliança partidária, como fez em 2022. A exemplo de 2020, o PT enfrenta dificuldades nas disputas regionais. E isso terá reflexos na próxima disputa majoritária.
Analistas evocam o antipetismo como uma das razões para explicar o encolhimento do partido nas urnas. De fato, os números das pesquisas eleitorais reforçam essa perspectiva. Mas é preciso sublinhar, ainda, a dificuldade do PT em renovar seus quadros. Lula ainda é a maior força política da legenda — na verdade, ele transcende o petismo —, mas não pode fazer verão sozinho.
No campo da direita, observa-se que o bolsonarismo ganhou novos matizes. Se antes os defensores da pauta conservadora orbitavam em torno da figura do ex-presidente, atualmente, é possível diferenciar políticos mais ou menos próximos da constelação bolsonarista. Bolsonaro fez questão, inclusive, de se diferenciar de novos fenômenos, como Pablo Marçal.
Meu legado
Paralelamente às questões partidárias, o governo Lula tem pouco mais de dois anos para defender a administração das críticas de um adversário nas urnas. Um dos pontos fortes que poderão ser destacados ao eleitor é a retomada de políticas sociais, como o combate à fome e o reforço do Bolsa Família.
Está devendo
Mas ainda precisam vir à mesa os avanços fiscais. O desemprego vem caindo, a inflação está sob controle, mas os juros ainda são uma amarga realidade a bloquear o consumo e o investimento. Passada quase metade do terceiro mandato de Lula, o governo ainda não conseguiu convencer sobre a austeridade fiscal.
Esse ou aquele
Do lado da oposição, são cada vez mais evidentes os movimentos de atores que podem ou não se aproximar do bolsonarismo nos próximos meses. Um exemplo é o prefeito Ricardo Nunes, que caminha para o segundo turno sem aderir de corpo e alma ao discurso do ex-presidente. Da mesma forma age o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, ex-ministro.
Sempre Minas
É em Minas Gerais, mais uma vez, que a balança pode definir os rumos para 2026. O governador Zema (Novo) e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD), tendem a ocupar campos opostos. E as maiores cidades do estado estão divididas entre esquerda e direita. A julgar pelo cenário de 2024, tudo indica que 2026 será uma disputa voto a voto.
Aposta alta
A ordem de prisão decretada contra o cantor Gusttavo Lima entornou o caldo da discussão sobre a regulamentação dos jogos de azar. Como se já não bastasse o problema do vício dos apostadores, é preciso afastar as suspeitas de lavagem de dinheiro que pairam sobre essas atividades. É um tema espinhoso para o Congresso, na volta das eleições.
Mulheres na mira
Não foi à toa que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, alertou para a violência que assola mulheres nas eleições. O atentado contra a candidata à prefeitura de Guarujá (SP) Thaís Margarido (União) mostra como o país precisa conter a sanha assassina que contamina a política.
Atentado em SP
No último domingo, o carro de Margarido foi alvejado por cinco tiros no bairro de Santa Cruz dos Navegantes, após uma caminhada eleitoral na região. Além da candidata, duas crianças e uma assessora estavam no veículo. A polícia de São Paulo trata o caso como tentativa de homicídio.
Balas e votos
Seis anos após a execução de Marielle Franco e Anderson Gomes, é chocante ver que a política ainda se faz à bala e não pelo voto.
Margem no horizonte
Avança a passos largos a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ontem, em evento no Rio de Janeiro, que o governo está na fase “quase final” para obter a licença de estudos de viabilidade na região. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou na mesma linha. “Nossas necessidades de reposição de reservas são sérias. Estamos trabalhando para conseguir explorar a Margem Equatorial”, ressaltou, no mesmo evento.
Dança da cadeira
Em tempos de cadeirada, duas candidaturas à prefeitura de Alexânia (GO) deixaram de lado a rivalidade em favor de uma causa comum: a valorização da cultura local. No fim de semana, os candidatos Warley Gouveia (Podemos) e Matheus Ramos (União), com os respectivos vices, participaram de uma dança conjunta, ao som de Falamansa e do hit Casca de Bala, em uma iniciativa denominada Diálogo Cultural. O objetivo era comemorar a inauguração do Teatro Marie Padille, prevista para 2025, na cidade goiana. Viva a cultura! Viva a democracia!