Ibaneis fala como candidato à reeleição

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Ibaneis
Foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press

Ana Maria Campos

O governador Ibaneis Rocha (MDB) deu a largada, ontem, na campanha à reeleição. Em discurso no Recanto das Emas, ele disse que ainda há muito a ser feito no Distrito Federal, apesar de avanços, e, por isso, seguirá na política. “Nem tudo está perfeito. Se estivesse perfeito, eu voltava para casa e ia curtir a minha vida. Tem muito a se fazer no Distrito Federal. Agora, só começamos o trabalho. Nós temos muito a fazer para a nossa cidade. Temos muito a construir na nossa cidade”, discursou ao lado de aliados. E ainda desafiou adversários: “Não tem nada que nos pare. Somos sujeitos a qualquer tipo de prova. Estamos trabalhando para mostrar para essa cidade que nada é impossível”. Ibaneis disse que encontrou uma cidade destruída, sem realizações e fez muito. “Estamos fazendo um trabalho de reconstruir o Distrito Federal que estava parado há mais de 10 anos. É um trabalho de reconstrução de vias, calçadas, de praças, viadutos, obras na area de saúde, reforma de todas as escolas. Abrimos o maior número de vagas em todas as áreas. Nunca se contratou tanto quanto neste governo. Criamos os maiores programas de assistência social do Brasil, atendendo a milhares de famílias”.

 

Atleta

O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) está empolgado com a possível candidatura da senadora Leila Barros (Cidadania-DF) ao Palácio do Buriti. Ele ouviu de analistas um comentário que o agradou. Leila foi atleta de vôlei e, por isso, tem disciplina e está acostumada a trabalhar em equipe.

 

Palanque petista

Está se consolidando a pré-candidatura da sindicalista Rosilene Corrêa (PT) ao Palácio do Buriti. A direção nacional avalia que, dos candidatos de esquerda ou centro-esquerda no DF, a diretora do Sinpro representará melhor o palanque de Lula em Brasília.

 

O retorno

Com o retorno de tantos políticos às campanhas, não seria surpresa se o ex-governador José Roberto Arruda se desvencilhasse das amarras jurídicas e se tornasse elegível novamente. A volta de Arruda causaria um rebuliço nas articulações políticas. Mas pode realmente acontecer, se não agora, na próxima eleição.

 

De Sampa a São Lourenço e depois… Brasília

Depois de lançar De casaca e chuteiras, em São Paulo, no Museu do Futebol, o jornalista Silvestre Gorgulho lança hoje o seu livro sobre Brasília-JK-Pelé, em São Lourenço-MG, sua terra natal. A noite de autógrafos em Brasília será no aniversário da cidade, em abril, quando a Capital completa 62 anos.

 

Sem volta para o PTB

O atual presidente do PTB-DF, deputado José Gomes, tem dito que não há espaço no partido para a volta do ex-senador Gim Argello, que deve se candidatar nas próximas eleições. Gim foi forte no Congresso liderando o PTB.

 

Novas regras eleitorais em debate

Ex-ministros do TSE, dirigentes partidários, parlamentares, cientistas, marqueteiros políticos, juristas, contadores e membros da Justiça Eleitoral e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) participam nesta semana, de quarta a sexta-feira, do Essent Jus Experience, evento que vai tratar do tema do ano para a política: as eleições de outubro. Federações partidárias, impulsionamento nas redes sociais, arrecadação de campanha, inclusão de minorias, combate a fake news e marketing político serão assuntos dos painéis. A relatora do projeto do novo Código Eleitoral, deputada Margarete Coelho (PP-PI), terá um painel próprio. Todos apostam que 2022 terá uma eleição atípica.

 

Novo deputado

Terceiro suplente do Pros, o policial civil aposentado Carlos Tabanez vai ganhar três semanas de mandato na Câmara Legislativa. Empresário do ramo de segurança privada, ele assumirá o mandato no lugar do Guarda Jânio. O titular, delegado Fernando Fernandes, só deve voltar em abril.

 

Mandou bem

Fiscalização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa sobre o estado de conservação das obras de arte e arquitetura tombadas no DF apontou que os painéis de Athos Bulcão no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek estão em as boas condições.

 

Mandou mal

O bombardeio russo à Ucrânia está aterrorizando o planeta. Na última quinta-feira, a Usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, pegou após ataque russo. O governo ucraniano alerta que se o reator for exposto, a explosão pode ser 10 vezes maior que Chernobyl.

 

“Vocês sabem o que está acontecendo, né? Esse cara não tem nada limpo. Esse cara aí não tem nada limpo. Nem a orelha dele é limpa”

Presidente Jairo Bolsonaro sobre Lula

 

“As consequências das ascensãoda extrema direita no Brasil são 650 mil mortos pela covid,os 14 milhões de desempregados e os 116 milhões de brasileiros que sofrem

com insegurança alimentar”

Ex-presidente Lula sobre o governo Bolsonaro

 

Enquanto isso…

Na sala de Justiça

O STF vai apreciar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo PSB contra lei, promulgada pela Câmara Legislativa, que permite ao atirador desportivo filiado a entidades desportivas portar armas de fogo. Os deputados distritais derrubaram veto do governador Ibaneis Rocha ao projeto de lei de autoria do vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso (Republicanos). Na ação, o PSB afirma que a lei distrital contraria o Estatuto do Desarmamento e invadiu a competência privativa da União para dispor sobre material bélico e direito penal. O ministro Nunes Marques é o relator.

 

À Queima Roupa

Rogério Rosso, ex-governador e

ex-deputado federal

 

“Mantenho a minha fé que não teremos um conflito nuclear. Porém, no campo econômico e comercial internacional, a guerra já começou e eerá longa”

 

Por que o senhor decidiu trocar o

PSD pelo PP?

Tive a honra de ser um dos fundadores do PSD onde fiz amigos para a vida. Minha visão de prioridades públicas, em especial no DF , me fizeram buscar um realinhamento partidário. No Progressistas, sinto-me à vontade.

 

Teve algum desentendimento com o presidente do PSD, Gilberto Kassab?

Muito pelo contrário. É um dos grandes amigos que tenho e que procuro preservar. Kassab é professor em política.

 

Pretende concorrer a algum cargo?

Grande parte da minha vida profissional foi no setor privado. Nos últimos três anos, tenho me dedicado exclusivamente às minhas atividades como executivo na União Química, umas das mais importantes farmacêuticas não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Após muita reflexão, em especial em razão da pandemia, onde percebi que muito mais poderia ter sido feito na esferas públicas para preservar vidas e empregos, não posso e não vou me omitir.

 

O senhor está em um partido da base de Ibaneis e de Bolsonaro. Vai apoiar

a reeleição dos dois?

Estar alinhado às decisões partidárias, sem abrir mão das nossas convicções e princípios é o caminho certo para uma construção partidária responsável e harmônica.

 

Fernando Marques será candidato?

Fernando é um dos mais importantes e preparados empresários do país, com visão aprimorada de Brasil e conhecimento profundo do Distrito Federal. Fará um grande trabalho no Senado Federal especialmente nas ações para geração de emprego e renda da população, para a reindustrialização do Brasil e formulação políticas sociais efetivas.

 

Os senhores estiveram na Rússia quando Bolsonaro esteve com o presidente Vladimir Putin. Como os empresários participaram dessa visita?

A União Química tem parceiros comerciais em boa parte do mundo. Na Rússia, participamos de encontros empresariais de alto nível, com empresas do nosso setor, buscando oportunidades comerciais, tecnológicas e inovadoras.

 

Como fica a produção da vacina Sputnik V em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia?

Lamentamos profundamente esse conflito e rogamos a Deus uma solução pacífica o mais rápido possível. A vida, a dignidade humana e a liberdade são sagradas. Produzir medicamentos que salvam vidas está acima de qualquer disputa.

 

Qual a sua expectativa para esse conflito? Teremos a 3ª Guerra Mundial?

Percebemos que muita gente se aproveita de uma situação dramática como a guerra para fazer demagogia. Precisamos de paz e de soluções pacíficas que tenham como prioridade o respeito à dignidade humana. Uma guerra de dimensão global teria consequências imprevisíveis — o arsenal nuclear existente naquela região dizimaria qualquer ser vivo do Planeta. Mantenho a minha fé que não teremos um conflito nuclear. Porém, no campo econômico e comercial internacional, a guerra já começou e será longa.

Pronunciamento de Bolsonaro foi fruto do desgaste

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A guinada do presidente Jair Bolsonaro no pronunciamento à Nação, abrindo com uma manifestação de pesar pelas vítimas da pandemia, disponibilização de vacinas e prestação de contas das ações de governo foi decidida depois que seus fiéis aliados conseguiram convencê-lo da necessidade de fazer um contraponto à CPI da Covid e às acusações de “genocida”. O desgaste à imagem de Bolsonaro, avaliam muitos, é real e, se o presidente quiser a reeleição, terá que bater bumbo desde já sobre as ações que empreendeu.

Nesse pacote, porém, o presidente mantém o discurso de jogar toda a culpa pelos problemas econômicos e de saúde sobre os estados que adotaram lockdown e outras medidas restritivas como forma de conter a proliferação da doença. Mas, para quem marcou o primeiro pronunciamento batizando a pandemia de gripezinha, e, depois, dizia que o vírus estava indo embora, os aliados consideraram uma mudança e tanto.

Prioridade é o futebol

Está o maior jogo de empurra a definição da estrutura nos estados para receber as delegações da Copa América. Cuiabá, por exemplo, exige vacinar toda a população para realizar o torneio. Privilegiar uma cidade por causa de um campeonato de futebol, enquanto o restante do país fica a ver navios, não dá.

Alckmin vai “peitar” João Doria

Nas conversas que teve esta semana, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin avisou que será candidato a um novo mandato de governador. Sinal de que o ninho tucano paulista ficou pequeno para acomodar tantos projetos. Disposto a se filiar ao PSD, Alckmin busca ainda o PP, partido que apoiará a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Um nó no PP

Geraldo Alckmin almoçou quarta-feira com o deputado Fausto Pinato (PP-SP). Rompido com Bolsonaro, Pinato não descarta apoiar o ex-governador em São Paulo. Pelo visto, nenhum partido ficará totalmente fechado e unido em 2022.

Arruma um candidato aí

Vale lembrar que Bolsonaro não tem, hoje, um candidato a governador de peso em São Paulo para chamar de seu. Por isso, deseja levar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A vida, porém, não promete ser fácil para a campanha de Bolsonaro no ano que vem.

Inédito

Tarcísio tem lastro para ser candidato em São Paulo. Essa semana, por exemplo, a Santos Port Authority (SPA), novo nome da Codesp, anunciou R$ 940 milhões em caixa e um lucro líquido de R$ 70,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. Com essa boa notícia, a SPA vai pedir ao Ministério de Infraestrutura o cancelamento de recursos inscritos em “restos a pagar”. O contribuinte agradece.

Agora, lascou/ Com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, respondendo a inquérito no Supremo Tribunal Federal, tem uma turma de congressistas aliados ao governo disposta a aumentar a pressão para que Bolsonaro demita o ministro, abrindo espaço a mais um aliado do parlamento na Esplanada.

Isolada/ O isolamento da deputada Flordelis na Câmara é visível. Dia desses, ela entrou num elevador do anexo IV, onde fica a maioria dos gabinetes. Dois deputados pararam à porta quando viram que era ela. Preferiram esperar o próximo. Assim que o elevador subiu, um deles comentou com o outro: “Vou nada. Já pensou se o elevador para?”

Degola à vista/ O comportamento dos parlamentares em relação a Flordelis é sinal de que a cassação do mandato é questão de tempo.

Improviso geral/ Até aqui, ninguém sabe quem vai custear as ações necessárias para receber a Copa América. Vai ser tudo na base do “faz aí de qualquer jeito”.

Por Lula, PT cederá em estados importantes

lula
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Com todos os processos de volta à estaca zero, a maratona de conversas do ex-presidente Lula em Brasília foi com ares de candidato e já discutindo cenários e possíveis alianças nos estados. Quem esteve com ele _- e foram muitos dos mais diversos partidos __ saiu com o sentimento de que, embora ainda não tenha dito com todas as letras que irá concorrer, o ânimo do ex-presidente é idêntico ao de 2002, quando foi candidato e venceu a eleição. A prioridade, no momento, é trabalhar o “triângulo dos votos”, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Desses três, o Rio de Janeiro é o que está mais encaminhado. É praticamente certo que o PT apoiará Marcelo Freixo, do PSol, com Alessandro Molon (PSB) ao Senado. Mas Lula olha com carinho para Minas Gerais, onde fez acenos para o apoio ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), a grande aposta para concorrer ao governo estadual contra Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição. É a tentativa de atrair o PSD de Gilberto Kassab para uma aliança, porém, Kassab, já disse com todas as letras que seu partido lançará candidato.

Um estado no qual o PT terá dificuldades em ceder a cabeça de chapa é São Paulo. Ali, o trabalho será para fazer de Guilherme Boulos, do Psol, candidato a vice numa chapa encabeçada pelo ex-prefeito Fernando Haddad. Afinal, o PT paulista nunca abriu mão de São Paulo, barco do partido, e não planeja fazer isso agora. Afinal, o estado de maior PIB e uma jóia da coroa que todos almejam.

Quanto ao MDB, a expectativa dos petistas é a de que o partido vai se dividir em três. Um grupo __ do qual fazem parte os senadores Eduardo Gomes e Fernando Bezerra Coelho, hoje lideres do governo __ ficará com Jair Bolsonaro. Outro, formado por Jader Barbalho e Renan Calheiros, ficará com Lula. E tem um segmento, como o da senadora Simone Tebet (MS), que espera uma alternativa capaz de quebrar essa polarização entre o governo e o PT.

Questão de honra

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Coluna Brasília-DF

Os bolsonaros colocaram como prioridade absoluta dar uma votação retumbante a Carlos Bolsonaro na eleição de hoje. É o teste da família — e de como o presidente lida com a pandemia. Se 02 for eleito, mas ficar na rabeira, é sinal de problemas. Se repetir a performance do irmão Eduardo, que saiu do pleito de 2018 como o deputado federal mais votado da história, será um indicativo de que nada precisa ser alterado.

Como o presidente não tem um partido para chamar de seu, qualquer outro candidato derrotado entre todos que ele apoia não é visto como um teste familiar. Nem mesmo o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Se ele perder, calculam os aliados do presidente Bolsonaro, será por falhas na administração e sinal de que, nessa seara, não tem milagre nem padrinho que dê jeito.

Pandemia & eleição
Nos últimos dias, em que alguns estados apresentaram problemas na atualização diária dos casos da covid-19, ampliaram-se as suspeitas de boa parte do mundo da política de que há uma subnotificação proposital, de forma a não atrapalhar as eleições municipais. Se, ao passar o pleito, os números subirem rapidamente, a confusão estará criada.

Vai sobrar para todos
Se as urnas confirmarem o fraco desempenho do candidato do PT, Jilmar Tatto, com percentual de votos abaixo dos dois dígitos, como indicam as pesquisas, o partido, em São Paulo, vai entrar numa crise profunda. Nem Lula escapará de ser culpado pelo vexame.

Se conselho fosse bom…
Se Lula seguisse as recomendações de estrategistas do partido, teria se mudado para o Nordeste nesta eleição e apostado mais em Marília Arraes, em Recife, e em Major Denice, em Salvador. As duas representam a promessa de renovação do PT.

O céu é o limite
A subida de Bruno Covas, nas últimas pesquisas, levou os tucanos a acalentarem o sonho de repetir o feito de João Doria em 2016, quando o atual governador de São Paulo foi eleito no primeiro turno para comandar a prefeitura da capital. E o partido, hoje, está preparado tanto para enfrentar Russomano quanto Guilherme Boulos, do PSoL.

Lista de licenciados
Os movimentos políticos dos ministros de Jair Bolsonaro, nesta eleição, indicam que, em 2022, haverá uma lista grande de licenciados para concorrer a um mandato. Tereza Cristina, por exemplo, é considerada nome forte para o governo de Mato Grosso do Sul ou ao Senado. O mesmo vale para Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul.

Mãos atadas/ O senador Flávio Bolsonaro bem que gostaria de ajudar mais a campanha da mãe. Mas, diante do desgaste pelo caso das rachadinhas do tempo em que era deputado estadual, não pôde fazer muita coisa.

Damares e as crianças/ A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves está convencida de que a melhor forma de combater as drogas no Brasil é com esclarecimentos às crianças nas escolas desde a primeira infância. Legalizar? “Nem pensar”, diz Damares Alves.

Olho nela/ Damares é vista como capaz de se eleger deputada federal pelo estado que escolher, foi discreta e é vista como o nome para acompanhar Jair Bolsonaro numa chapa reeleitoral, no papel de candidata à vice.

Por falar em vice…/ A nota oficial divulgada, ontem, pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes militares, com o posicionamento das Forças Armadas em relação à política e às declarações do comandante do Exército, general Edson Pujol, foi vista como o encerramento público da celeuma criada em torno da relação entre o presidente Jair Bolsonaro e os militares. Nos bastidores, porém, continua, a cada dia, a sua aflição.

… Está tudo como sempre foi/ O vice-presidente Hamilton Mourão, que ocupa um cargo político, não vai se calar. Nestes dois anos, ele apresentou seus posicionamentos. E sempre que houver algo que considere importante se manifestar, ele o fará.

Eleição de 2022 está por trás do veto de Bolsonaro à vacina chinesa

Vacina chinesa
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Nem sabatina, nem operações da Polícia Federal. O que pega fogo agora pela manhã na politica são as declarações do presidente Jair Bolsonaro, desautorizando o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no acordo para compra da Sinovac, a vacina chinesa contra covid-19.

Há constrangimento no Ministério da Saúde e já tem algumas autoridades inclusive em consultas ao Congresso e à Justiça, uma vez que, se a vacina for eficaz e aprovada cientificamente, não há motivos para toda essa reação por parte do presidente da República.

O ministro Pazuello afirmou, nessa terça-feira (20/10), que a vacina do Instituto Butantã será a “vacina do Brasil”, numa tentativa de zerar a guerra ideológica envolvendo a vacina produzida inicialmente na China e dar segurança para que o país possa começar a vacinação já primeiro semestre do ano que vem.

O constrangimento no Ministério da Saúde, diante das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que, em letras garrafais, respondeu a apoiadores no Facebook que a vacina chinesa não será comprada. O presidente falou a apoiadores, que lhe cobraram explicações sobre a compra da vacina chinesa. O presidente, então, partiu para cima do ministro, disse que a vacina era de João Dória e que a população brasileira não serviria de cobaia.

O receio agora entre os técnicos é que o presidente não permita que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) certifique a Sinovac. Bolsonaro considera que Dória quer usar a vacina como plataforma eleitoral para 2022 e, daí, dizem aliados do presidente, a reação ao acordo fechado por Pazuello.

O Brasil tem outras três vacinas em testes, a da AstraZeneca (Universidade de Oxford), a da Pfizer e a Jansen. O problema é que a está mais adiantada hoje no Brasil é a Sinovac, em parceria com o instituto Butantã.

Políticos cogitam adiar eleições e prorrogar mandatos de prefeitos

coronavírus eleições
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Coluna Brasília-DF

Acostumados a tentar se antecipar aos fatos, os políticos agora passam a monitorar o quadro da pandemia causada pelo coronavírus, de olho no calendário eleitoral. Há, inclusive, quem cogite adiar as eleições e jogar tudo para 2022, prorrogando os mandatos dos atuais prefeitos. O assunto será abordado assim que o Congresso resolver as ações mais urgentes relativas às medidas provisórias e a outros projetos emergenciais relacionados ao combate à pandemia de Covid-19.

Nos bastidores, há quem diga que, com o país quebrado, a prioridade deve ser a destinação dos recursos eleitorais para o tratamento de pacientes. Para completar, não será possível sequer sugerir a retomada do financiamento empresarial para custear campanhas. Portanto, o melhor é esperar tudo se acalmar para poder, mais à frente, tratar de outros assuntos.

Desconfianças federais

No show de teorias da conspiração que ronda o país, o episódio envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro e a China foi visto por muitos parlamentares como uma possível sinalização aos Estados Unidos. Algo do tipo, se a coisa apertar para os Bolsonaros por aqui, eles esperam contar com a ajuda de Donald Trump para permanecer no poder. Os equilibrados avisam: tudo o que o Brasil não precisa neste momento é de instabilidade democrática para salgar ainda mais o quadro causado pela Covid-19. A população espera que se cuide da saúde, deixando de lado o jogo rasteiro do poder e as disputas políticas com qualquer país.

Entre Eduardo e a China

O ultimato do presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fausto Pinato (PP-SP), publicado ontem no Blog, indica que mais um grande aliado do presidente Jair Bolsonaro está a um passo de seguir o caminho trilhado por Santos Cruz, Alexandre Frota, Joice Hasselman e outros.

Nada é para já

Pinato, entretanto, não tomará qualquer atitude mais contundente em meio a essa crise do coronavírus, com as pessoas adoecendo e a economia em frangalhos, nem tampouco a Frente Parlamentar de Agricultura. A ordem é esperar.

Por falar em esperar…

Antes da crise do coronavírus, deputados já falavam em dar um puxão de orelhas em Eduardo Bolsonaro. Agora, quando esse furacão terminar, alguma sanção virá.

..o embaixador ajusta a mira

Em seus tuítes ontem à noite, o embaixador chinês, Yang Wanming, disparou contra o deputado Eduardo Bolsonaro, a quem o governo de Xi Jinping ainda não perdoou nem ao ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Eleição por videoconferência/ Pela primeira vez em seus 30 anos de história, a Federação Brasileira de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) fez uma assembleia e elegeu a sua diretoria por videoconferência. O uso da tecnologia em conferências, que já é uma realidade em audiências em diversos estados e poderes da República, agora vai se espraiar diante da realidade do coronavírus. O auditor fiscal de São Paulo Rodrigo Spada (foto) estará no comando da Febra no biênio 2020-2022.

Hoje tem mais #Aplausosnajanela/ Via redes sociais, a população combina um gesto de apoio aos profissionais da área de saúde. Hoje, às 20h30, vamos novamente usar as mãos para aplaudir médicos, enfermeiros, agentes de saúde que trabalham diuturnamente por todos nós. Algumas cidades começaram ontem mesmo com esse gesto que representa muito. A eles, nosso muito obrigada.

Enquanto isso, em Paris…/ Quem for às ruas sem motivo expressamente autorizado está sujeito à multa de 135 euros. Esperamos que o Brasil não chegue a esse ponto. Por isso, quem puder trabalhe de casa.

Possibilidade de não disputar as eleições deste ano leva tensão ao Aliança pelo Brasil

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As notícias de que o presidente Jair Bolsonaro deixará o Aliança pelo Brasil fora das eleições deste ano começam a incomodar os aliados. O deputado Doutor Luiz Ovando (PSL-MS) distribuiu vídeo nas redes sociais alertando para o risco de dispersão dos apoiadores. “Precisamos do Aliança, até porque o mandato dos nossos parlamentares corre perigo. Nosso presidente precisa de um partido para se fazer presente nas ações políticas no Congresso Nacional, exercitar-se na eleição de 2020 com candidaturas a prefeito, vereadores e vice-prefeito. Time que não joga não tem torcida, e a física da política não tolera espaço vazio, sendo necessário firmar alicerces e plantar raízes para a reeleição presidencial e parlamentar de 2022”, cobrou o deputado.

Cardiologista e entusiasta do projeto do presidente Jair Bolsonaro, o deputado lembra que, desde 21 de novembro, data da convenção de fundação do novo partido, há um trabalho organizado e estratégico para a formação da legenda, e que o certo seria consolidar já o Aliança pelo Brasil. A pressão promete aumentar depois do carnaval. Afinal, os aliados de Bolsonaro querem que o seu maior líder tenha lado em 2020. Resta saber se ele atenderá ao chamado ou se manterá em cima do muro.

Senado pretende segurar
A depender das contas dos líderes do governo, os senadores têm tudo para evitar a derrubada dos vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Seria uma forma de distensionar o ambiente.

Última esperança
O grupo Muda Brasil tem reclamado da presença do MDB, no caso, os senadores Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Gomes (TO), líderes no Senado e no Congresso, respectivamente. As reclamações, entretanto, não fizeram eco no Planalto. A turma ali, inclusive o presidente, sabe que, se eles não conseguirem segurar o Orçamento, não são outros líderes que o farão.

“Está na hora de todos colocarem a cabeça no lugar e serenarem os ânimos”

A frase do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que se referia ao caso do motim policial no Ceará, vale para diversas situações da política atual.

Depois do samba, do frevo e do axé
Com os mercados no mundo em polvorosa por causa dos novos alertas da Organização Mundial de Saúde sobre o coronavírus, a equipe econômica passa o feriado em alerta. A ordem é se preparar para um novo solavanco na economia e novo pulo no valor do dólar.

Vai que é tua, Camilo!/ O governo federal foi a Fortaleza dar uma força, mas não se envolveu nas razões do conflito entre os policiais e o governo do Ceará. O governador Camilo Santana que resolva. Afinal, a força policial é tarefa do governo estadual, e qualquer gesto dos ministros nesse campo poderia ser interpretado como interferência indevida.

Ninguém sai, ninguém sai/ No elevador da Justiça Federal, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann,, o deputado Paulo Pimenta (RS), e um grupo de assessores discutiam, dia desses, qual o melhor caminho a seguir para chegar ao carro. Abriu o elevador, um deles afirmou: “É só virar à direita”. Eis que Gleisi se sai com esta: “Então, vamos ficar aqui. Tem que ser à esquerda sempre”.

Exemplo/ O trabalho dos militares e das autoridades de saúde no caso do grupo resgatado na China por causa da epidemia do coronavírus é citado nos bastidores do governo como um modelo a ser seguido em outras áreas. Profissional, sem estresse.

Então ficamos assim/ Com o cenário de 2022 completamente nebuloso e o presidente Jair Bolsonaro ainda liderando as pesquisas — só perde num segundo turno contra o seu ministro Sérgio Moro —, os governadores de São Paulo, João Dória, e o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se aproximam, mas não avançam o sinal. Estão na linha do “vamos ver quem estará melhor lá na frente, mas, até lá, vamos conversando”.

Candidatos a presidente do Senado tentam articular voto aberto para comando da casa

Senado
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Os candidatos a presidente do Senado vão tentar forçar a porta, hoje, para o voto aberto na escolha do comandante da Casa e eleição em dois turnos. Porém, se for para seguir o regimento e valer o que está escrito no artigo 60, não será assim. “A eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio secreto, exigida maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado.”

E mais: se for para fazer uma eleição em dois turnos, sempre se poderá recorrer ao artigo 412, inciso III: “Impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão de plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o quorum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa”. Se começarem descumprindo a norma, vai ficar difícil a convivência.

 

O lastro de Bolsonaro

A candidatura do senador Major Olímpio para presidente da Casa vai até o fim. Ele sabe que vai perder e está ali para marcar a posição de neutralidade do presidente Jair Bolsonaro, que ontem ligou para todos os candidatos. Os dois são amigos e nem por isso o presidente pediu votos para Olímpio. O PSL quer mostrar, ainda, que é o partido de Bolsonaro e não um “puxadinho” do DEM.

 

A jogada de Alcolumbre

Como suplente da Mesa Diretora que encerrou o mandato ontem, Davi Alcolumbre (DEM-AP) quer presidir o início da sessão, onde os adversários de Renan Calheiros, o candidato oficial do MDB, pretendem apresentar as questões para exigir dois turnos e voto aberto para presidente do Senado. Só depois disso é que registrará a candidatura. Muitos não duvidam de que é casuísmo.

 

Hoje é Renan, amanhã, pode ser você

A ideia de parte dos senadores, de tentar forçar o voto aberto para evitar uma vitória de Renan Calheiros, é vista como um tiro no pé. Afinal, se hoje Renan não é o preferido de alguns ou de muitos, no futuro, qualquer governo pode perfeitamente querer cobrar a eleição de algum apadrinhado.

 

A vaga mais disputada

Na Mesa Diretora da Câmara, a briga está feita para o cargo de primeiro-secretário, espécie de prefeito da Casa, que cuida inclusive dos contratos. Já tem gente levantando que a Progresso Construções e Serviços, que tem contrato com a Casa, ajudou na campanha de Giacobo (PR-PR), candidato a mais dois anos na Primeira Secretaria. Ele vai concorrer contra Soraya Santos (PR-RJ).

 

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E o PT, hein?/ Com 98 deputados, o bloco de esquerda sonha em levar a eleição para o segundo turno.
Até o PT entrou nessa roda para mostrar a Rodrigo Maia que ele é grande, mas não é Deus.

 

A aula de Marinho I/ O secretário de Previdência, Rogério Marinho, tem sido a estrela de todos os encontros com os novos parlamentares, inclusive jantares, como o promovido pela CLP Liderança Pública esta semana. As principais perguntas giraram em torno da inclusão dos militares na reforma.

A aula de Marinho II/ É bom que todos se acostumem. Marinho, que já foi deputado, a partir de hoje, não sairá do Congresso. A ideia do governo é fazer uma blitz nos partidos, explicando um a um a necessidade da reforma. O texto chegará lá em três semanas.

Ops!/ Saiu uma imprecisão na nota sobre a enquete do senador Marco do Val (PPS-ES) para saber em quem seus seguidores votariam para presidente do Senado. Ele não tirou a enquete do ar, e sim excluiu da base de dados todos os votos suspeitos de fraude.

Indeciso, PSB adia reunião que definirá alianças

Publicado em Eleições 2018

Gabriela Vinhal

Na noite de terça-feira (24/7), o presidente do PSB, Carlos Siqueira, decidiu remarcar a reunião do Diretório Nacional que ocorreria na próxima segunda (30/7), em Brasília, para o final da semana que vem.

Para ganhar tempo antes de bater o martelo quanto às alianças, Siqueira e caciques da sigla decidiram adiar o encontro para uma data mais próxima da convenção partidária da legenda, em 5 de agosto. A ideia é dar um pouco mais de tempo para as negociações.

Tendências

O PSB está rachado, ainda sem conseguir chegar a um consenso sobre as coligações nacionais. Forte, a bancada de Pernambuco quer apoiar o PT, enquanto outros dirigentes querem marchar ao lado de Ciro Gomes (PDT), como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e o próprio Distrito Federal, com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

A neutralidade é o terceiro caminho possível para a sigla. Diretórios que, para evitar o mal estar entre os colegas, preferem deixar os estados livres para fazer as próprias coalizões. A exemplo de São Paulo, com o governador Márcio França (PSB-SP), que prefere que os diretórios sigam com as próprias pernas.

Neste ano, França não escondia as aproximações com o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB). Ele argumentava em favor do tucano, mas por ser uma decisão impopular na legenda, prefere que o partido fique neutro.