A guinada do presidente Jair Bolsonaro no pronunciamento à Nação, abrindo com uma manifestação de pesar pelas vítimas da pandemia, disponibilização de vacinas e prestação de contas das ações de governo foi decidida depois que seus fiéis aliados conseguiram convencê-lo da necessidade de fazer um contraponto à CPI da Covid e às acusações de “genocida”. O desgaste à imagem de Bolsonaro, avaliam muitos, é real e, se o presidente quiser a reeleição, terá que bater bumbo desde já sobre as ações que empreendeu.
Nesse pacote, porém, o presidente mantém o discurso de jogar toda a culpa pelos problemas econômicos e de saúde sobre os estados que adotaram lockdown e outras medidas restritivas como forma de conter a proliferação da doença. Mas, para quem marcou o primeiro pronunciamento batizando a pandemia de gripezinha, e, depois, dizia que o vírus estava indo embora, os aliados consideraram uma mudança e tanto.
Está o maior jogo de empurra a definição da estrutura nos estados para receber as delegações da Copa América. Cuiabá, por exemplo, exige vacinar toda a população para realizar o torneio. Privilegiar uma cidade por causa de um campeonato de futebol, enquanto o restante do país fica a ver navios, não dá.
Alckmin vai “peitar” João Doria
Nas conversas que teve esta semana, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin avisou que será candidato a um novo mandato de governador. Sinal de que o ninho tucano paulista ficou pequeno para acomodar tantos projetos. Disposto a se filiar ao PSD, Alckmin busca ainda o PP, partido que apoiará a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Um nó no PP
Geraldo Alckmin almoçou quarta-feira com o deputado Fausto Pinato (PP-SP). Rompido com Bolsonaro, Pinato não descarta apoiar o ex-governador em São Paulo. Pelo visto, nenhum partido ficará totalmente fechado e unido em 2022.
Arruma um candidato aí
Vale lembrar que Bolsonaro não tem, hoje, um candidato a governador de peso em São Paulo para chamar de seu. Por isso, deseja levar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A vida, porém, não promete ser fácil para a campanha de Bolsonaro no ano que vem.
Inédito
Tarcísio tem lastro para ser candidato em São Paulo. Essa semana, por exemplo, a Santos Port Authority (SPA), novo nome da Codesp, anunciou R$ 940 milhões em caixa e um lucro líquido de R$ 70,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. Com essa boa notícia, a SPA vai pedir ao Ministério de Infraestrutura o cancelamento de recursos inscritos em “restos a pagar”. O contribuinte agradece.
Agora, lascou/ Com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, respondendo a inquérito no Supremo Tribunal Federal, tem uma turma de congressistas aliados ao governo disposta a aumentar a pressão para que Bolsonaro demita o ministro, abrindo espaço a mais um aliado do parlamento na Esplanada.
Isolada/ O isolamento da deputada Flordelis na Câmara é visível. Dia desses, ela entrou num elevador do anexo IV, onde fica a maioria dos gabinetes. Dois deputados pararam à porta quando viram que era ela. Preferiram esperar o próximo. Assim que o elevador subiu, um deles comentou com o outro: “Vou nada. Já pensou se o elevador para?”
Degola à vista/ O comportamento dos parlamentares em relação a Flordelis é sinal de que a cassação do mandato é questão de tempo.
Improviso geral/ Até aqui, ninguém sabe quem vai custear as ações necessárias para receber a Copa América. Vai ser tudo na base do “faz aí de qualquer jeito”.
Da coluna Brasília-DF publicado em 21 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg Revelado o…
Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à…
Da coluna Brasília-DF publicado em 19 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…
Da coluna Brasília-DF publicado em 17 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com…
Da coluna Brasília-DF publicado em 15 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…
Por Denise Rothenburg - A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirma que o seu…