Paul McCartney recebe camisa autografada por Pelé: ‘Eu te amo’

O ex-beatle Paul McCarney exibe a camisa que Pelé autografou para ele.
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O ex-beatle Paul McCarney exibe a camisa que Pelé autografou para ele.
O ex-beatle Paul McCarney exibe a camisa que Pelé autografou para ele

Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg

Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo.

Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.

Alcolumbre retoma campanha para presidir o Senado

Davi Alcolumbre. Crédito: Editoria de Arte/CB
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Davi Alcolumbre. Crédito: Editoria de Arte/CB
Davi Alcolumbre. Crédito: Editoria de Arte/CB

Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg

Depois da viagem a Roma, onde acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao II Fórum Internacional Esfera, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retoma a campanha para presidir a Casa com o objetivo de tentar sufocar as chances de candidaturas alternativas. Ele que até aqui havia deixado esse trabalho com os presidentes dos partidos, começa a marcar reuniões com as bancadas. A primeira será com o PP, de Ciro Nogueira.

Alcolumbre planeja ser candidato único. Para isso, tem que dobrar o PSD, que tem a senadora Eliziane Gama (MA) como pré-candidata; o PL, que também se movimenta em torno do senador Rogério Marinho (RN); e o Podemos, que tem a senadora Soraya Thronicke (MS) na disputa.

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Instituições sob risco

As autoridades planejam nova reunião depois das eleições municipais para verificar o que é possível fazer em termos de legislação e operações policiais para conter a violência nos pleitos. A uma semana do segundo turno, os ataques não cessam, haja vista o atentado a tiros contra o prefeito-candidato de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), na sexta-feira. A avaliação é de que o crime organizado se infiltrou de vez no sistema e é preciso dar um basta nisso.

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Mercado desconfiado

Apesar de a economia estar crescendo, os agentes financeiros continuam com o pé atrás em relação ao Brasil. Isso porque, embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteja rouco de tanto falar em corte de gastos, o PT — partido ao qual ele é filiado — e o Palácio do Planalto ainda não mostraram qualquer atitude mais incisiva nesse sentido.

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Chuvas e número

Daqui até o dia da eleição, Guilherme Boulos (PSol) centrará sua campanha nos estragos causados pelos temporais na cidade de São Paulo e, de quebra, massificar o número. A avaliação da campanha é de que ele perdeu muitos votos porque os eleitores não sabiam o número do PSol. Ontem, na live com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava em letras garrafais: “Em São Paulo, nosso candidato é 50”.

Mais chuvas e mais número

No MDB, a ideia também é massificar o número 15 do partido. As chuvas também estão na ordem do dia, porém, como uma justificativa para o candidato Ricardo Nunes não comparecer aos debates. A avaliação é de que não tem cabimento o prefeito ficar debatendo com o adversário em vez de estar trabalhando.

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CURTIDAS

De Pelé…/ Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo (foto).

… para Paul/ Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.

Sem previsão/ Com o segundo turno da eleição no próximo domingo, o Parlamento continuará esvaziado. E a tendência é que permaneça assim na semana seguinte ao pleito, por causa do feriado. Tem muita gente dizendo que, enquanto não estiver tudo desenhado em relação às emendas, não haverá grande movimento na Casa.

 

Brasil e Venezuela: o real e a narrativa

Venezuela. Arte: Kleber Sales/CB
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Da Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

Dois documentos divulgados nos últimos dias mostram realidades opostas sobre a Venezuela. E revelam muito sobre o governo brasileiro, que mantém uma postura frágil em relação ao regime autocrático mantido por Nicolás Maduro.

O primeiro texto é a resolução do Foro de São Paulo. O documento elaborado pela organização de esquerda reconhece — com a assinatura do Partido dos Trabalhadores — a vitória de Maduro no simulacro de eleições realizadas em julho. Para o Foro de São Paulo, é fundamental preservar a “institucionalidade democrática da Venezuela e a autodeterminação do povo venezuelano com relação aos resultados eleitorais que deram a vitória ao presidente Maduro”.

A resolução do Foro de São Paulo se choca frontalmente com o relatório produzido pela missão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O documento cita “detenções arbitrárias; uso excessivo da força para reprimir protestos, às vezes em colaboração com grupos civis armados; tratamento cruel, desumano ou degradante; além de violência sexual e baseada em gênero na Venezuela.

Esse quadro claramente opressor provoca, segundo a ONU, em “clima generalizado de medo entre a população”.

“Jogo democrático”

Além da Venezuela e de outros países latinoamericanos, o Foro de São Paulo comenta o cenário político brasileiro. Descreve as eleições municipais como um desdobramento do embate entre a “esquerda democrática” e a “extrema-direita golpista”, já ocorrido em 2018 e 2022. Na visão da organização esquerdista, trata-se de uma luta contra grupos que não aceitam o “jogo democrático” e atuam por meio de fake news.

Então tá

Ou seja: as eleições na Venezuela foram democráticas, e os adversários da esquerda são golpistas. Difícil acreditar que as conclusões do Foro de São Paulo não passam de narrativas.

Vozes divergentes

O reconhecimento do PT à vitória de Maduro provocou protestos de integrantes do partido. Em um primeiro momento, o deputado Reginaldo Lopes (MG) repudiou fortemente o posicionamento. Na quarta-feira, escreveu nas redes sociais: “A posição do PT sobre a Venezuela é desconectada com o que pensa Lula e a grande maioria dos simpatizantes do PT. Somos um partido conectado com a democracia. A posição do Maduro gera um constrangimento para a América Latina!”

Veja só

No dia seguinte, em aparente sinal de recuo, Lopes disse que suas colocações são no sentido de “provocar o pensamento crítico e discutir como podemos fortalecer e discutir do futuro do PT e do Brasil”.

Certo e errado

O ex-presidente do PT Tarso Genro foi incisivo. “Acho completamente errado o PT assumir uma posição de legitimar um governo que, mesmo controlando os cordéis do poder, não apresenta as atas que comprovem a sua vitória”, disse em entrevista à Globonews. Mas ressaltou: “Dizer que Maduro é um autoritário, manipulador de resultados eleitorais, não me obriga a ter simpatias pela oposição venezuelana”.

E o governo, hein?

É razoável supor que uma coisa é o pensamento do PT, outra coisa é a posição do governo do presidente Lula. Mas, quase três meses após o pleito venezuelano, a diplomacia brasileira continua a agir de modo preocupante em relaçao à escalada antidemocrática no país vizinho. Na semana passada, o Brasil se absteve de votar pelo prolongamento da investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Caracas por mais dois anos. Foi voto vencido.

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Encontro marcado

Segundo o TSE, quase 34 milhões de eleitores poderão votar no segundo turno, marcado para o dia 27. Desse contingente, cerca de 9,3 milhões terão a chance de decidir nas urnas a corrida eleitoral na capital paulista. Do total de 51 municípios onde haverá nova votação, 15 são capitais.

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De volta

Uma das áreas mais atingidas na enchente que devastou o Rio Grande do Sul em maio, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a receber voos nacionais a partir de segunda-feira. O restabelecimento será parcial, em razão das obras de restauração do terminal. O Salgado Filho funcionará, inicialmente, das 8h às 22h, com utilização de apenas 1.730 metros dos 3,2 mil metros da pista de pouso principal.

Eduardo Campos é oficialmente um Herói da Pátria

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por Eduarda Esposito — Na tarde desta segunda-feira (15/10), o presidente Lula sancionou o projeto de lei (PL) 3148/2024, que inscreve o nome de Eduardo Campos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Campos se junta agora a personagens históricos como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont.

A família do político, que faleceu em um acidente aéreo em 2014, esteve presente na homenagem onde o presidente defende o legado que o ex-governador de Pernambuco deixou. “No momento em que eu sanciono uma lei, transformando o nosso querido companheiro, Eduardo Campos, como herói nacional, a gente está dando uma contribuição para que a gente tenha a responsabilidade de fazer com que aqueles que nasceram depois de nós, aqueles que ainda são crianças, possam conhecer outro tipo de político nesse país. A gente não pode deixar que a sociedade reconheça o político pela quantidade de agressividade e de mentira. Nós temos que mostrar que o político pode ser humano”, destacou Lula.

Eduardo Campos foi governador de Pernambuco duas vezes, ministro de Ciência e Tecnologia do governo de Lula, entre 2004 e 2005, e candidato à Presidência da República em 2014 antes da tragédia durante o voo para Santos (SP).

Agências na mira do governo…

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Blog da Denise publicado em 15 de outubro de 2024, por Denise Rothenburg

Os problemas que o país atravessa na área de energia elétrica e aqueles que ocorreram no setor de mineração com as barragens de rejeitos expuseram as falhas das agências reguladoras na fiscalização e cobrança dos serviços — e vão ampliar as cobranças dos partidos. Em Roma, onde participou do II Fórum Internacional Esfera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a remodelagem das agências, que “aprenderam a parte ruim do governo anterior, que é não entender o que é harmonia entre os Poderes e decisão judicial”. Ele criticou o fato de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não busca o diálogo. Nas entrelinhas, ainda atacou a demora da agência em agir em vários casos, dizendo que “lugar de banana é na vitamina”.

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…e dos partidos/ Enquanto Silveira faz as críticas, os partidos, nos bastidores, buscam indicar os integrantes das agências. Até aqui, o ministro de Minas e Energia só pôde indicar um diretor. Os demais não saem este ano. Porém, a queda de braço para as futuras indicações começou dentro do Centrão.

Hora de acertar o jogo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende deixar os temas polêmicos para depois das eleições municipais. Esta semana, vai se dedicar a conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre como ficam as emendas parlamentares. Até o final deste segundo turno, é preciso resolver essa pendência.

Menos um

Com o escândalo dos testes de HIV errados em laboratório de um parente do Doutor Luizinho (PP-RJ), enterram-se as chances de o parlamentar vir a ser o nome do partido para cargos na Mesa Diretora da Câmara. Seria muito desgaste, conforme avaliam alguns deputados.

Antes tarde…

Escondidos no pugilato do primeiro turno, os temas de interesse direto da população finalmente chegam à campanha eleitoral paulistana. Foi preciso a tragédia das chuvas para que as consequências das mudanças climáticas entrassem no debate.

Olho no lance I/ A deputada Bia Kicis (PL-DF) não perde uma chance de espetar o governo. Em suas redes sociais, ela incluiu, esta semana, as cenas de Lula com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no Pará e, ao fundo, alguém grita: “Vai roubar a Santa!” Eis que a deputada completa: “Aplausos só quando a imagem foi devolvida. Acho que era de alívio”.

Olho no lance II/ Bia cita, ainda, o fato de Lula ter levantado a imagem de Nossa Senhora Aparecida, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foi proibido de tocar na imagem, em 2022, com direito a nota da Arquidiocese. A deputada pedirá explicações.

De mudança/ O consultor do Senado Fernando Meneguin foi convidado a assumir o comando do instituto a ser criado pelo grupo Esfera, instituição criada pelo empresário João Camargo para servir de ponte entre setor público, privado e sociedade civil.

Lide Panamá/ O grupo Líderes Empresariais (LIDE), do ex-governador de São Paulo João Doria (foto), vai abrir um escritório no Panamá, a ser comandado pelo empresário André Bianchi, sócio-fundador da Global Networking. É a 21ª unidade internacional.

 

Autoridades brasileiras e italianas cobram cooperação no combate ao crime

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ROMA — Reunidos no II Forum Internacional Esfera, autoridades que estão no topo do combate ao crime organizado no Brasil e na Itália alertaram para a necessidade de uma ação conjunta de combate ao crime organizado. O procurador nacional antimáfia e antiterrorismo da Itália, Giovanni Melillo, foi incisivo ao dizer que é preciso abandonar a “lógica individualista” do combate ao crime organizado e trabalhar numa “lógica conjunta”a fim de construir “uma casa comum do Direito”.

Ele abriu o primeiro painel do dia, sobre cooperação institucional, logo após a palestra inaugural do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Na mesma toada, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, reforçou: “Precisamos saltar do enfoque particularista, caso a caso, para o enfoque permanente. Isso pode ser feito por meio do aceitamento, por parte do Brasil, de um convite do Eurojust, órgão que congrega os ministérios públicos da União Europeia. Recebemos um convite para que possamos participar das atividades desse órgão, que vai permitir que essa colaboração permanente seja ainda mais eficaz”, afirmou.

O diretor-geral da Policia Federal, Andrei Rodrigues, completou o triunvirato de defesa da parceria com uma frase que soou quase que como um pedido de socorro à classe política que detém o poder de aprovar os acordos e darem respaldo para que eles funcionem na prática. “Enfrentar o crime organizado sem cooperação é fracasso garantido. Ou vencemos juntos ou perdermos sozinhos. Trabalhar e enfrentar crime organizado sem pensar na integração interna e cooperação internacional é fracasso garantido”, reforçou.

Tríplice fronteira

Um dos exemplos de ação conjunta entre países, citado por Melillo, foi o trabalho na região da tríplice fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, na região de Foz do Iguaçu: “Os esforços ali precisam ser levado adiante, porque o crime organizado é permanente, exige uma prestação de serviços continuada, com acúmulo e troca de informações, análise, e, sobretudo, de planejamento das ações.”

Uma das apostas dessas autoridades para o futuro próximo é a assinatura dos acordos que o ministro Ricardo Lewandowski fechou nesta viagem, numa programação paralela ao Forum Esfera. “Estamos com grande expectativa de que o governo brasileiro assine esse acordo, que vai manter a autoridade central no Ministério da Justiça e vai propiciar esse mecanismo de troca de informações e financiamento de atividades relevantes, instrumentos indispensáveis para que o combate à criminalidade transnacional possa ser feito.”, afirmou o procurador-geral, Paulo Gonet.

Embora o mediador do painel, William Waack, tenha provocado as autoridades brasileiras sobre a necessidade de se criar uma procuradoria antimáfia no Brasil, todos defendera que a estrutura é suficiente; “Vivemos um momento de felicidade institucional”, afirmou, referindo-se à boa convivência entre Judiciário, Ministério Público, legislativo e Executivo. pelo menos, nessa seara, parece haver harmonia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lewandowski fecha acordo de cooperação na Itália

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Por Denise Rothenburg, em Roma — Convicto de que, sozinho, nenhum país conseguirá combater o crime organizado, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sai da Itália nesta segunda-feira com um acordo fechado junto às autoridades do país para o combate ao crime organizado, em especial, tráfico de drogas. Ele foi palestrante do Fórum Internacional Esfera 2024, nesta sexta-feira, e, antes e depois do seminário, fez um verdadeiro périplo entre as autoridades italianas na área de segurança.

Ele se reuniu com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio; com o procurador Nacional Antimáfia e Antiterrorismo, Giovanni Melillo; com o comandante-geral dos Carabinieri, Teo Luzi.  Agora, à tarde, tem ainda encontro com o ministro do Interior, Matteo Piantedosi. “O crime organizado é um fenômeno mundial, preocupa o mundo inteiro e não pode ser combatido isoladamente. Seja localmente, como se faz no Brasil ou nacionalmente. É preciso uma colaboração internacional”, contou.

O acordo com os italianos, conforme explicou o ministro, vai além da simples troca de informações e trata de fortalecer as investigações conjuntas no tráfico de entorpecentes, insumos químicos, medicamentos e substâncias psicotrópicas. “O memorando de entendimento será assinado na reunião do G-20, no Rio de Janeiro, na presença da primeira-ministra Meloni”, disse Lewandowski, que trabalha ainda em outros textos para serem assinados no encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo.

A ideia é investir pesado nessa cooperação internacional, estuda-se inclusive uma plataforma eletrônica. O ministro evita falar abertamente sobre investigações em curso, mas perguntado se há informações a respeito da máfia italiana atuando em conjunto com o crime organizado no Brasil, ele dá algumas pistas: “Não claramente, mas temos indicativos de que nossas organizações criminosas já estão atuando no exterior, sobretudo, em Portugal, há notícias. Aqui, não se sabe se são movimentos isolados ou não. Ontem, o procurador de antimáfia me disse que eles querem aprender o modus operandi das organizações criminosas brasileiras. Eles já saem como operam a máfia na Itália e querem trocar informações sobre isso”, afirmou.

As autoridades, tanto brasileiras quanto italianas, estão preocupadas, porque, o crime organizado acaba amealhando muitos recursos e passa a atuar na legalidade. “É muito difícil identificar essa transição da ilegalidade para a legalidade. Então, é preciso  estrangular financeiramente essas organizações para que não possam fazer essa transição do mundo da ilegalidade para a legalidade”, diz ele, referindo-se a instituições como o Coaf, que avalia as movimentações financeiras, acordos com a Federação de Bancos (Febraban) e notários brasileiros.

Bets

A jogatina via internet é outro ponto que o Ministério está de olho. Porém, para conter o crime organizado será preciso orçamento. É preciso descontingenciar o orçamento do Ministério da Justiça, especialmente, o fundo de segurança pública, para garantir os recursos necessários. “Temos um fundo de segurança que tem recurso limitados, mas ajuda os estados. Não há recursos novos. A PEC que estou pretendendo, para uma coordenação maior das polícias, pode ajudar, mas vamos discutir primeiramente com os governadores, em novembro. A PEC ainda é uma questão em aberto. Vamos discutir com toda a sociedade”

“Horário de verão será decidido nesta terça-feira”, diz ministro

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Roma* — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acaba de comunicar que suspendeu suas férias para, nesta terça-feira (15/10), reunir a área técnica do ministério e bater o martelo sobre o horário de verão. A ideia é aproveitar a janela de novembro, quando a medida, se adotada, promove uma economia de energia é mais acentuada.

“O horário de verão tem uma transversalidade em todas as políticas e setores extremamente afetados. Não se pode abrir mão da previsibilidade. Quando esse horário tem maior importância entre 15 de outubro e 30 de novembro. E vai diminuindo a curva da importância dele”, diz, referindo-se à necessidade de decidir logo sobre esse tema para que, se for o caso de adotar logo esta medida a fim de maximizar os resultados, os setores mais afetados terem tempo de se programar, como é o caso do setor aéreo.

Silveira está em Roma, onde participa do Forum Internacional Esfera. Está inclusive ainda em período de férias, mas segunda-feira já estará em Brasília para preparar a reunião desta terça-feira. Ele mencionou que é preciso tirar a conotação ideológica do horário de verão e tratar isso como uma questão técnica, adota inclusive em outros países.  “O que os números demonstram é que podem ter sido um dos motivos da beira do colapso energético em 2021, que custou muito caro para o brasileiro”.

“Um problema energético, é um problemaço, por isso a responsabilidade em decidir logo é grande”, diz ele. “Só usaremos se for imprescindível para assegurar energia e diminuir custos e que não impactem mais negativamente e façam economia para o consumidor”. Desta vez, o cenário para o horário de verão está praticamente posto. “Se houve risco energético, não resta outro recurso, que não o horário de verão”, diz ele.

Até aqui, avaliou o ministro, todas as medidas foram tomadas para garantir segurança energética no país. “Se não tivéssemos adotado medidas corajosas preservando o sistema, teríamos problema. Não temos, temos tranquilidade, mas temos que ter segurança para 2026”, afirma, especialmente, nesse cenário de estiagem. Silveira, palestrante do último painel desta sexta-feira do II Forum Internacional Esfera,  retorna a Brasília no domingo.

*A colunista viajou a convite do Think-Thank Esfera

Boulos vai a Lula e corre contra o tempo

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Por Carlos Alexandre de Souza, com Denise Rothenburg e Eduarda Esposito — A vinda de Guilherme Boulos a Brasília é o sinal mais evidente de que o candidato à Prefeitura de São Paulo precisa, mais do que nunca, do apoio do presidente Lula para reverter a desvantagem contra o adversário Ricardo Nunes. As primeiras pesquisas divulgadas após o primeiro turno sinalizam que o postulante do PSol terá de trabalhar muito para obter a virada ante o candidato emedebista.

Parte da estratégia de Boulos para os 17 dias finais de campanha é mostrar a boa relação com o governo federal. A ideia é valorizar as propostas para a capital paulista que terão a “parceria”, nas palavras de Boulos, com o governo Lula.

Ao concorrer entre duas candidaturas de direita, Boulos chega ao segundo turno com uma dupla missão: conquistar os votos de Tabata Amaral e convencer o eleitor paulistano a trocar um prefeito conservador, no exercício do cargo, por um progressista que ainda não assumiu um cargo no Executivo.

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Cadeira vazia

E a cadeira, quem diria, voltou a chamar a atenção na eleição municipal de São Paulo. Com a ausência de Nunes ao debate promovido pelo grupo Globo, Boulos dirigiu duas perguntas ao adversário faltoso. Os holofotes ficaram com o móvel, imóvel. Já foi pior, como se viu no primeiro turno.

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Todos à mesa

A embaixada brasileira em Roma, na icônica Piazza Navona, serviu de palco para o jantar de abertura do Fórum Esfera, realizado ontem, sob o comando de João Camargo e sua filha Camila Camargo, CEO da Esfera. O cardápio assinado por Gegè Mangano, de Puglia, foi servido para autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

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Confraria

Também estavam presentes o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (UniãoAP); o presidente do PP, Ciro Nogueira; o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho; e os empresários da JBS, Joesley Batista e Wesley Batista, além de outros convidados.

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Pensando o Brasil

O Fórum Esfera será realizado hoje e amanhã, na capital italiana, com diversos painéis. Segurança jurídica, investimentos, segurança alimentar e outros temas estarão entre os debates.

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Visão árabe

Os Emirados Árabes Unidos despontam como um dos importantes atores no desenvolvimento da Inteligência Artificial, com projetos bilionários em curso no país e no exterior, particularmente nos Estados Unidos. A nação localizada no Oriente Médio, anfitriã da COP28, também atua fortemente em projetos sustentáveis, com mais de 40 mil fazendas mantidas em região árida.

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Cortesia

Esses foram alguns dos temas abordados por representantes do jornal Aletihad em visita ao Correio. O CEO da Aletihad News Centre e editor-chefe do Aletihad, Hamad Al-Kaabi, e o editor de inglês da Aletihad News Centre, foram recebidos pelo presidente do jornal, Guilherme Machado (foto).

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No poder

Durante a passagem por Brasília, Al-Kaabi e Ghamal se encontraram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Executivo; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; além de outras autoridades do Executivo e do Legislativo.

Eduardo Bolsonaro 2026 mira Xandão

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Crédito: Via Reuters e foto de Adriano Machado/Reuters

O deputado Eduardo Bolsonaro assumirá a presidência do PL com duas missões: A primeira é fazer o enfrentamento ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A segunda é preparar uma candidatura ao Planalto. “Eu que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos que ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou ao blog o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.  “Eu não tenho imunidade. Ele me prendeu por causa de uma arma do meu filho. Se é um deputado, não pode fazer isso”, avaliou Valdemar. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido”, disse Valdemar. Ele considera que isso ajudou a criar um curto-circuito em relação a Ricardo Nunes. Hoje mais cedo, depois de circular o vídeo em que Pablo Marçal rendia homenagens ao ex-presidente da República, Bolsonaro fez uma live ao lado do candidato a vice-prefeito que ele indicou, Ricardo Mello de Araújo, pedindo votos para chapa de Ricardo Nunes.

Perguntado se o cargo de presidente do PL pode transformar Eduardo Bolsonaro no candidato do partido ao Planalto em 2026, a resposta foi um animado “lógico!” Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o pais ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar. A função de Eduardo será política. Valdemar é quem continuará com a parte administrativa no posto de vice-presidente. É o PL abrindo mais espaço para o bolsonarismo raiz.  Vale lembrar que foi Eduardo que, em outubro de 2018, antes do primeiro turno, afirmou com todas as letras: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem jipe. Manda um soldado e um cabo”. Dias depois, pediu desculpas pelo Twitter. Mas, pelo visto, a guerra continua.