Autor: Denise Rothenburg
Por Eduarda Esposito — Apesar de muitos dizerem que a direita não rachou, o vídeo divulgado ontem (27) pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), mostra o contrário. No vídeo, ele fala especificamente sobre a investigação que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é alvo. A operação procura averiguar a formação de uma organização criminosa para desvio de verba parlamentar. Entretanto, este não é o primeiro embate entre Caiado e o PL no estado.
Durante as eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro apoiou Fred Rodrigues (PL) para a prefeitura de Goiânia, enquanto que Sandro Mabel (UB) foi o candidato do governador e da sua legenda. Durante um comício de Fred na capital, o ex-presidente criticou os governadores que aderiram à quarentena durante a pandemia. Mesmo sem citar nomes, os eleitores gritaram o nome de Caiado.
Ainda depois disso, ontem (27), Bolsonaro disse à imprensa que “Caiadismo eu não conheço. Bolsonarismo é nacional, caiadismo é local”. “Podemos conversar, depois das 17h”, ironizou, em referência ao horário do fim da votação. Entretanto, com a derrota de seu candidato, o ex-presidente deixou a cidade em silêncio.
E por fim, após o resultado que consagrou Mabel o novo prefeito de Goiânia, Ronaldo deu uma resposta ao PL falando sobre o deputado Gayer. Com a legenda: “a verdade sempre aparece. Sigo firme, do lado certo e defendendo os interesses do nosso estado”, o governador chega a falar “eu não convivo com bandido e não faço parte de quadrilha”. Confira o vídeo inteiro abaixo:
Crédito: Reprodução via Instagram
Terminado o segundo turno e passado o aniversário de 79 anos do presidente Lula, a esquerda terá que repensar seu jogo se quiser chegar ao Planalto em 2026. O bolsonarismo, porém, também terá que se refazer. Isso porque o centro já percebeu que, se jogar direitinho, pode dispensar os extremos. Neste segundo turno, Fortaleza salvou a imagem do PT, com a vitória de Evandro Leitão. Da mesma forma, Cuiabá (MT) e Aracaju (SE) limparam a barra do bolsonarismo. Porém, em vários locais onde Lula e Bolsonaro jogaram todas as suas fichas, eles perderam. Em São Paulo, por exemplo, Lula faz campanha para Guilherme Boulos (PSol) desde antes das eleições. Não deu. Em Fortaleza, Goiânia, Imperatriz (MA), os candidatos que receberam o apoio de Jair Bolsonaro terminaram derrotados.
Os partidos de centro que vão se enfrentar pela disputa da Presidência da Câmara saem desta eleição municipal fortalecidos e com a certeza de que, se jogarem juntos em 2026, com um candidato capaz de puxar votos, é possível ficar longe, seja de Jair Bolsonaro, seja de Lula. No fundo, esses partidos sempre foram aliados do PT e do bolsonarismo por uma questão de sobrevivência e não de afinidade ideológica. Agora, restará ao PT e ao PL bolsonarista encontrar meios de dizer ao centro que eles ainda têm força para liderar o processo. O centro, entretanto, quer provas desse favoritismo de ambos em seus respectivos campos., afinal, outros personagens estão entrando em campo. E muitos chegaram para ficar.
A sabatina que o ex-coach Pablo Marçal fez nesta sexta-feira com o candidato do PSol, Guilherme Boulos, foi sob encomenda para que o influencer, que está em Roma passeando com a família, instasse o seu público a votar nulo ou se abster. Quando a live se encaminhava para o final, Marçal disse que não votaria em Boulos de jeito nenhum e também não iria votar no “centro-esquerda” e anunciou que este pleito paulistano deverá ter a maior abstenção da história. No geral, Marçal aposta numa alta abstenção para poder criar no futuro o discurso de que, quem não votou neste segundo turno na capital paulista era seu eleitor.
O clima foi ameno, Boulos conseguiu apresentar suas propostas, se saiu bem no terreno adversário. Ambos foram bastante respeitosos, depois da agressividade do primeiro turno, onde Marçal terminou fora da rodada final. Melhor do que era esperado até pelos aliados de Boulos e seus adversários. O candidato do PSol conseguiu passar seu recado para um público mais avesso à ideologia de esquerda. Mencionou seu programa de governo, citou as escolas olímpicas, retiradas de uma proposta de Marçal. Das propostas que sua coligação elaborou para a cidade, Boulos citou a agência municipal de crédito, que pretende criar para atender micro empreendedores, e o Acredita Mulher, um projeto de financiamento de pequenos negócios voltado ao público feminino.
O difícil, porém, é traduzir isso em votos, depois do apito de Marçal pelo voto ideológico e pela abstenção. O ex-coach deixou claro que, em 2026 será candidato e que rivalizará com Boulos pelos próximos 30 anos. A live, aliás, serviu para que Pablo Marçal se apresentasse como alguém mais centrado, menos agressivo e “família”, capaz de levar o filho mais novo para realizar o sonho de tomar sorvete na Itália. À primeira vista, o encontro virtual entre Marçal e Boulos ajudou mais o ex-coach do que o candidato do PSol. Agora, a urna irá dizer se deu certo a estratégia de Boulos de tentar furar a bolha da direita por meio de um debate justamente com o ex-candidato que o acusou de viciado em cocaína e apresentou um laudo falso na véspera da eleição em segundo turno. Marçal, por sua vez, ganhou um vídeo com o adversário para , no futuro, mostrar que é bonzinho. Acredite se quiser.
Foto: Pedro França/Agência Senado
Depois de conquistar o apoio do PSB e do PDT, o senador Davi Alcolumbre ganhou o apoio formal do Progressistas de Ciro Nogueira, que tem sete senadores. Esta reunião do PP foi acertada ainda na viagem a Roma, onde Alcolumbre acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e Ciro Nogueira, ambos palestrantes do II Forum Internacional Esfera na capital da Itália. O apoio em bloco do partido em meio às eleições municipais é para evitar que o PP fique “solto” e possa ser procurado por outros postulantes, por exemplo, Rogério Marinho, do PL, que planejou concorrer, ou Soraya Thronicke, do Podemos.
Agora, se outros candidatos entrarem em contato com Ciro Nogueira em busca de apoio para comandar o Senado, Ciro tem na ponta da língua o discurso de que a bancada já decidiu em bloco apoiar a candidatura do atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre. Alcolumbre já tem encontros com os outros partidos agendados para fechar um leque de partidos até o final de novembro. No Senado, a corrida parece mais fácil do que na Câmara, mas não significa que Alcolumbre possa jogar parado. Até aqui, os partidos que o apoiam somam 22 senadores. Para vencer, ele precisa ter, pelo menos, 41, dos 81 senadores. Alcolumbre tem o apoio do presidente do Senado e há quem diga que, juntando seus apoios, já ultrapassou os 50 senadores. A eleição é em 1 de fevereiro de 2025.
Em encontro com o Ministro de Relações Institucionais do Presidente Lula, Alexandre Padilha, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, confirma sua candidatura à Presidência da Câmara dos Deputados. Com este aceno, Elmar trabalha para conseguir o apoio do PT e de Lula na empreitada. Elmar não é o candidato preferido do Planalto. Porém, a contar pelo que disse Lula hoje em Salvador, o governo não irá se meter na briga interna da Câmara. Assim, se Elmar chegar lá, a convivência promete ser pacífica. Até aqui, Elmar tem dito ter apenas uma certeza: a de que seu nome estará na urna da eleição em fevereiro de 2025.
Por Eduarda Esposito — Na tarde desta segunda-feira (15/10), o presidente Lula sancionou o projeto de lei (PL) 3148/2024, que inscreve o nome de Eduardo Campos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Campos se junta agora a personagens históricos como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont.
A família do político, que faleceu em um acidente aéreo em 2014, esteve presente na homenagem onde o presidente defende o legado que o ex-governador de Pernambuco deixou. “No momento em que eu sanciono uma lei, transformando o nosso querido companheiro, Eduardo Campos, como herói nacional, a gente está dando uma contribuição para que a gente tenha a responsabilidade de fazer com que aqueles que nasceram depois de nós, aqueles que ainda são crianças, possam conhecer outro tipo de político nesse país. A gente não pode deixar que a sociedade reconheça o político pela quantidade de agressividade e de mentira. Nós temos que mostrar que o político pode ser humano”, destacou Lula.
Eduardo Campos foi governador de Pernambuco duas vezes, ministro de Ciência e Tecnologia do governo de Lula, entre 2004 e 2005, e candidato à Presidência da República em 2014 antes da tragédia durante o voo para Santos (SP).
Autoridades brasileiras e italianas cobram cooperação no combate ao crime
ROMA — Reunidos no II Forum Internacional Esfera, autoridades que estão no topo do combate ao crime organizado no Brasil e na Itália alertaram para a necessidade de uma ação conjunta de combate ao crime organizado. O procurador nacional antimáfia e antiterrorismo da Itália, Giovanni Melillo, foi incisivo ao dizer que é preciso abandonar a “lógica individualista” do combate ao crime organizado e trabalhar numa “lógica conjunta”a fim de construir “uma casa comum do Direito”.
Ele abriu o primeiro painel do dia, sobre cooperação institucional, logo após a palestra inaugural do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Na mesma toada, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, reforçou: “Precisamos saltar do enfoque particularista, caso a caso, para o enfoque permanente. Isso pode ser feito por meio do aceitamento, por parte do Brasil, de um convite do Eurojust, órgão que congrega os ministérios públicos da União Europeia. Recebemos um convite para que possamos participar das atividades desse órgão, que vai permitir que essa colaboração permanente seja ainda mais eficaz”, afirmou.
O diretor-geral da Policia Federal, Andrei Rodrigues, completou o triunvirato de defesa da parceria com uma frase que soou quase que como um pedido de socorro à classe política que detém o poder de aprovar os acordos e darem respaldo para que eles funcionem na prática. “Enfrentar o crime organizado sem cooperação é fracasso garantido. Ou vencemos juntos ou perdermos sozinhos. Trabalhar e enfrentar crime organizado sem pensar na integração interna e cooperação internacional é fracasso garantido”, reforçou.
Tríplice fronteira
Um dos exemplos de ação conjunta entre países, citado por Melillo, foi o trabalho na região da tríplice fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, na região de Foz do Iguaçu: “Os esforços ali precisam ser levado adiante, porque o crime organizado é permanente, exige uma prestação de serviços continuada, com acúmulo e troca de informações, análise, e, sobretudo, de planejamento das ações.”
Uma das apostas dessas autoridades para o futuro próximo é a assinatura dos acordos que o ministro Ricardo Lewandowski fechou nesta viagem, numa programação paralela ao Forum Esfera. “Estamos com grande expectativa de que o governo brasileiro assine esse acordo, que vai manter a autoridade central no Ministério da Justiça e vai propiciar esse mecanismo de troca de informações e financiamento de atividades relevantes, instrumentos indispensáveis para que o combate à criminalidade transnacional possa ser feito.”, afirmou o procurador-geral, Paulo Gonet.
Embora o mediador do painel, William Waack, tenha provocado as autoridades brasileiras sobre a necessidade de se criar uma procuradoria antimáfia no Brasil, todos defendera que a estrutura é suficiente; “Vivemos um momento de felicidade institucional”, afirmou, referindo-se à boa convivência entre Judiciário, Ministério Público, legislativo e Executivo. pelo menos, nessa seara, parece haver harmonia.
Por Denise Rothenburg, em Roma — Convicto de que, sozinho, nenhum país conseguirá combater o crime organizado, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sai da Itália nesta segunda-feira com um acordo fechado junto às autoridades do país para o combate ao crime organizado, em especial, tráfico de drogas. Ele foi palestrante do Fórum Internacional Esfera 2024, nesta sexta-feira, e, antes e depois do seminário, fez um verdadeiro périplo entre as autoridades italianas na área de segurança.
Ele se reuniu com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio; com o procurador Nacional Antimáfia e Antiterrorismo, Giovanni Melillo; com o comandante-geral dos Carabinieri, Teo Luzi. Agora, à tarde, tem ainda encontro com o ministro do Interior, Matteo Piantedosi. “O crime organizado é um fenômeno mundial, preocupa o mundo inteiro e não pode ser combatido isoladamente. Seja localmente, como se faz no Brasil ou nacionalmente. É preciso uma colaboração internacional”, contou.
O acordo com os italianos, conforme explicou o ministro, vai além da simples troca de informações e trata de fortalecer as investigações conjuntas no tráfico de entorpecentes, insumos químicos, medicamentos e substâncias psicotrópicas. “O memorando de entendimento será assinado na reunião do G-20, no Rio de Janeiro, na presença da primeira-ministra Meloni”, disse Lewandowski, que trabalha ainda em outros textos para serem assinados no encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo.
A ideia é investir pesado nessa cooperação internacional, estuda-se inclusive uma plataforma eletrônica. O ministro evita falar abertamente sobre investigações em curso, mas perguntado se há informações a respeito da máfia italiana atuando em conjunto com o crime organizado no Brasil, ele dá algumas pistas: “Não claramente, mas temos indicativos de que nossas organizações criminosas já estão atuando no exterior, sobretudo, em Portugal, há notícias. Aqui, não se sabe se são movimentos isolados ou não. Ontem, o procurador de antimáfia me disse que eles querem aprender o modus operandi das organizações criminosas brasileiras. Eles já saem como operam a máfia na Itália e querem trocar informações sobre isso”, afirmou.
As autoridades, tanto brasileiras quanto italianas, estão preocupadas, porque, o crime organizado acaba amealhando muitos recursos e passa a atuar na legalidade. “É muito difícil identificar essa transição da ilegalidade para a legalidade. Então, é preciso estrangular financeiramente essas organizações para que não possam fazer essa transição do mundo da ilegalidade para a legalidade”, diz ele, referindo-se a instituições como o Coaf, que avalia as movimentações financeiras, acordos com a Federação de Bancos (Febraban) e notários brasileiros.
Bets
A jogatina via internet é outro ponto que o Ministério está de olho. Porém, para conter o crime organizado será preciso orçamento. É preciso descontingenciar o orçamento do Ministério da Justiça, especialmente, o fundo de segurança pública, para garantir os recursos necessários. “Temos um fundo de segurança que tem recurso limitados, mas ajuda os estados. Não há recursos novos. A PEC que estou pretendendo, para uma coordenação maior das polícias, pode ajudar, mas vamos discutir primeiramente com os governadores, em novembro. A PEC ainda é uma questão em aberto. Vamos discutir com toda a sociedade”
“Horário de verão será decidido nesta terça-feira”, diz ministro
Roma* — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acaba de comunicar que suspendeu suas férias para, nesta terça-feira (15/10), reunir a área técnica do ministério e bater o martelo sobre o horário de verão. A ideia é aproveitar a janela de novembro, quando a medida, se adotada, promove uma economia de energia é mais acentuada.
“O horário de verão tem uma transversalidade em todas as políticas e setores extremamente afetados. Não se pode abrir mão da previsibilidade. Quando esse horário tem maior importância entre 15 de outubro e 30 de novembro. E vai diminuindo a curva da importância dele”, diz, referindo-se à necessidade de decidir logo sobre esse tema para que, se for o caso de adotar logo esta medida a fim de maximizar os resultados, os setores mais afetados terem tempo de se programar, como é o caso do setor aéreo.
Silveira está em Roma, onde participa do Forum Internacional Esfera. Está inclusive ainda em período de férias, mas segunda-feira já estará em Brasília para preparar a reunião desta terça-feira. Ele mencionou que é preciso tirar a conotação ideológica do horário de verão e tratar isso como uma questão técnica, adota inclusive em outros países. “O que os números demonstram é que podem ter sido um dos motivos da beira do colapso energético em 2021, que custou muito caro para o brasileiro”.
“Um problema energético, é um problemaço, por isso a responsabilidade em decidir logo é grande”, diz ele. “Só usaremos se for imprescindível para assegurar energia e diminuir custos e que não impactem mais negativamente e façam economia para o consumidor”. Desta vez, o cenário para o horário de verão está praticamente posto. “Se houve risco energético, não resta outro recurso, que não o horário de verão”, diz ele.
Até aqui, avaliou o ministro, todas as medidas foram tomadas para garantir segurança energética no país. “Se não tivéssemos adotado medidas corajosas preservando o sistema, teríamos problema. Não temos, temos tranquilidade, mas temos que ter segurança para 2026”, afirma, especialmente, nesse cenário de estiagem. Silveira, palestrante do último painel desta sexta-feira do II Forum Internacional Esfera, retorna a Brasília no domingo.
*A colunista viajou a convite do Think-Thank Esfera
O deputado Eduardo Bolsonaro assumirá a presidência do PL com duas missões: A primeira é fazer o enfrentamento ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A segunda é preparar uma candidatura ao Planalto. “Eu que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos que ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou ao blog o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “Eu não tenho imunidade. Ele me prendeu por causa de uma arma do meu filho. Se é um deputado, não pode fazer isso”, avaliou Valdemar. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido”, disse Valdemar. Ele considera que isso ajudou a criar um curto-circuito em relação a Ricardo Nunes. Hoje mais cedo, depois de circular o vídeo em que Pablo Marçal rendia homenagens ao ex-presidente da República, Bolsonaro fez uma live ao lado do candidato a vice-prefeito que ele indicou, Ricardo Mello de Araújo, pedindo votos para chapa de Ricardo Nunes.
Perguntado se o cargo de presidente do PL pode transformar Eduardo Bolsonaro no candidato do partido ao Planalto em 2026, a resposta foi um animado “lógico!” Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o pais ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar. A função de Eduardo será política. Valdemar é quem continuará com a parte administrativa no posto de vice-presidente. É o PL abrindo mais espaço para o bolsonarismo raiz. Vale lembrar que foi Eduardo que, em outubro de 2018, antes do primeiro turno, afirmou com todas as letras: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem jipe. Manda um soldado e um cabo”. Dias depois, pediu desculpas pelo Twitter. Mas, pelo visto, a guerra continua.