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“Brasil terá que ser um grande supridor de alimentos”, afirma Arnaldo Jardim
Por Eduarda Esposito — O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirma que o Brasil tem se preparado para alimentar o mundo devido às limitações do continente europeu e dos Estados Unidos em aumentar suas produções.

“É estimado até 2050 termos mais 2 bilhões de pessoas no planeta, um desafio de aumentar a oferta de alimento, pelo menos em cerca de 40%, não só pelo aumento do número de pessoas, mas pelos desafios de melhor alimentar as pessoas particularmente de regiões menos desenvolvidas como da África, da Ásia, nós sabemos do limite que há no continente europeu para aumentar a sobreprodução, nos limites que há no continente americano para aumentar a sua produção e o Brasil terá que ser um grande supridor de alimentos e nós estamos nos preparando, do ponto de vista de cuidados, mas do ponto de vista de inovação, do ponto de vista de pesquisa, do ponto de vista de produtividade para poder fazer frente a esse desenvolvimento”, disse durante LIDE Brasil Reino Unido Fórum nesta sexta-feira.
Jardim destacou ainda que, em 2024, o agronegócio brasileiro produziu R$ 1,34 trilhão e, desse valor, R$ 886 bilhões foram das lavouras e R$ 450 bilhões. O parlamentar ressaltou ainda que o Brasil, em pouco mais de 20 anos, saiu do status de importador de alimentos para um aumento de produção de mais de 450% e ampliação de apenas 33% em área de produção. “É uma mágica? Não, mas é um milagre brasileiro você quadruplicar a produção e aumentar somente em 30% a área ocupada”, explicou. E o segredo é a produtividade. O deputado disse que o investimento do melhoramento genético e o desafio ambiental e sustentável permitiram que o Brasil pudesse se desenvolver desta maneira.
COP 30
Outro ponto que foi comentado durante o evento pelo deputado foi a COP 30. De acordo com Arnaldo, o país vai ter a oportunidade de apresentar ao mundo todos os compromissos ambientais que tem mantido mesmo com o crescimento do agro no Brasil. “Daqui a 10 dias, vamos sediar a COP 30 e ter neste momento uma oportunidade de demonstrar aquilo que são os nossos compromissos ambientais de uma forma geral, mas particularmente incorporados e praticados pelo setor agropecuário”, relembrou.
O parlamentar destacou que são 851 milhões de hectares plantados no Brasil, e que isso permitiu que o país se tornasse o maior exportador de soja, suco de laranja, café, celulose e outros produtos do mundo. E, com essas áreas somadas ao plantio de madeira, milho, sorgo e soja, territorialmente não chega a 10% do território nacional. “Se nós formos somar a área utilizada pela nossa pecuária, aí essa somatória chega a 30% do nosso território”, disse.
Outro ponto que não foi deixado de lado por Jardim é que no Brasil ainda é mantido 66% da reserva natural, além de o país ter a lei ambiental mais rigorosa do planeta, que obriga os estados a preservarem parte das áreas cultivadas e, ainda assim, alimentar cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo.
Parceria Brasil e Reino Unido
Como o evento ocorre em Londres, o parlamentar ainda destacou a parceria que o Brasil e Inglaterra têm no agronegócio, principalmente na área de fertilizantes. “O agro tem sido uma das fontes de parceria do Brasil com a Inglaterra na dimensão da sua logística, que é muito mais do que o ato de plantar e colher ou de criar. Tem toda a sua infraestrutura logística a ele vinculada e isso passa pelo dinamismo e desafio da necessidade de fazer chegar os insumos, escoar a produção, e isso passa por toda uma indústria sofisticada de equipamentos e por parcerias no setor de fertilizantes. E nós temos tido a presença de várias companhias do Reino Unido que têm sido parceiras sistematicamente do agro”, ressaltou.
10 anos após “Ponte para o futuro”, MDB lança “Caminhos para o Brasil”
Por Eduarda Esposito — O MDB lançou nesta quarta-feira (22/10) um novo documento sobre os projetos e o modo de pensar o Brasil que o partido tem. Com críticas aos extremos e aos likes em redes sociais, os dirigentes do partido definiram o MDB como o ponto de partida para o retorno do debate político. O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) contou que o documento foi pensado em meados de fevereiro e, então, com a participação de 8,5 mil filiados por meio de 25 reuniões presenciais e 21 encontros virtuais, o documento elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães também defende a criação de uma central de governança para o funcionamento mais eficiente das empresas estatais.

“Era meados de fevereiro deste ano, quando sentamos para conversar com Baleia e pensamos o seguinte: o nosso país tem um debate político que caminha pelas extremas. Esse debate político não inclui a vida do Brasil real. Este Brasil perdeu a capacidade de ter o fórum para fazer esses debates e começar o debate pelo que se concorda. O ambiente ficou inóspito, indesejável, raivoso porque ele tinha que começar pela ofensa do outro. Esse Brasil não é o que nós queremos”, defendeu Moreira.
O deputado ainda afirmou que o MDB é o centro, usando uma analogia com leito do rio. “Na grande enchente, o rio extravasa pela esquerda e pela direita. Com as águas desordenadas, com muita força, ele leva tudo por diante. Mas aquilo é uma eventualidade do rio na grande enchente. O caminho do rio é o leito, e o leito caminha serenamente em águas em direção ao mar. E o caminho do leito político do Brasil é o MDB. Encontrem-se aqui, nos procure, aqui é o leito para encontrar o Brasil. E quem aprendeu a caminhar pelo centro não precisa convidar a margem para parceiro, porque nós somos centro de chegada. Venham em direção a nós, que o Brasil se encontrará aqui”, afirmou o deputado.
O parlamentar ainda ressaltou que o Brasil não pode mais ser o Brasil do “não sei”. “Nós temos uma Argentina inteira que dorme no nosso país e acorda sem produzir o que devia produzir, sem consumir o que devia consumir, porque as mãos não são capazes de construir o que a cabeça não conhece. Nós temos meninos e meninas chegando a 18 anos e os reunimos em blocos de 100 e perguntamos: ‘O que tu vai fazer da vida?’ E ele responde: ‘Não sei’. O país não sei não pode acontecer mais”, argumentou.
Já o presidente da legenda, deputado Baleia Rossi (SP), criticou a política radicalizada e caçadora de likes. “A gente vê hoje uma política absolutamente radicalizada, em que a briga vale mais do que o diálogo, onde o ódio muitas vezes é utilizado para ganhar likes em rede social. Nós, do MDB, somos o ponto de equilíbrio, queremos discutir projeto para melhorar a vida das pessoas. Hoje a gente vê os extremos se retroalimentando, discutindo pessoas. Nós queremos discutir um projeto para o Brasil. Esse é o intuito do nosso MDB”, julgou Rossi.
“Hoje nós estamos apresentando um projeto que eu tenho absoluta convicção, assim como foi lá atrás quando Ulysses e Tancredo apresentaram o projeto de esperança na década de 1980. Depois do ‘Ponte para o futuro’, que foi apresentado pela Fundação Ulysses Guimarães em 2015, com esse documento nós também queremos pautar as discussões em alto nível para realmente apresentar soluções para os problemas do país, que é uma expertise do MDB. Quando o MDB tem oportunidade de administrar, faz bem feito e pensa na população”, destacou o presidente do partido, que completa 60 anos em março do ano que vem.
Leia o manifesto completo aqui.
Por Eduarda Esposito — Mantendo o compromissão com inclusão e diversidade na empresa, a companhia aérea LATAM é uma das vencedoras do Prêmio Diversidade em Prática na categoria “Estrutura Interna”, que reconhece a forma com que se organiza em seus comitês, recursos, compromissos e resultados significativos em Diversidade e Inclusão.

A inciativa do movimento de mesmo nome tem o objetivo de inspirar mais empresas a tornar realidade o tema diversidade em sua cultura institucional. O Prêmio e o movimento Diversidade na Prática são iniciativas da Blend Edu, startup que desenvolve treinamentos, consultoria e soluções digitais para impulsionar a diversidade e inclusão na sua organização.
“Este reconhecimento demonstra o quanto valorizamos a diversidade e a inclusão. Incluir é elevar”, afirmou ao blog Jefferson Cestari, Diretor de Recursos Humanos na LATAM Brasil.
Cultura desenvolvida
A LATAM tem trabalhado com diversas frentes para tornar o ambiente mais diverso e inclusivo. De acordo com a companhia aérea, são promovidos: capacitação para sensibilização de todos os colaboradores sobre diversidade, implantação de processos seletivos inovadores e definição de seus compromissos de Diversidade e Inclusão.
A empresa também quer garantir a equidade de oportunidades e mais equilíbrio na representatividade de mulheres; ter representatividade de pessoas com deficiência; ampliar a heterogeneidade em áreas profissionais para aumentar o multiculturalismo e criar mais espaços para maior diversidade social, étnica, raça/cor, educacional, etária, de gênero, etc; e desenvolver uma cultura mais global e fortalecida pelas diferenças entre os colaboradores e colaboradoras do grupo.
Em 2025, a empresa realizou mais de 3 mil contratações em áreas como aeroportos, tripulação, manutenção, entre outros. Uma das mudanças implementadas para garantir processos seletivos mais diversos e inclusivos diz respeito à exigência do idioma (inglês ou espanhol), que deixou de ser obrigatória e passou a ser desejável para o cargo de comissário(a) de voo. A companhia continua aplicando o teste de idiomas para mapeamento, mas os critérios para a escolha dos candidatos são baseados em outras capacidades técnicas para exercício da função e em suas competências comportamentais.
O processo seletivo também mudou, agora ele é feito 90% de forma on-line, apenas exames e entrevista final ocorre presencialmente em locais próximos ao candidato. De acordo com a LATAM, isso contribui para que brasileiros de todos os estados possam se candidatar e participar das etapas sem a necessidade de deslocamento até São Paulo, como era feito antes.
Por Eduarda Esposito — O Google Brasil apresentou o relatório de Impacto econômico do Google no Brasil – 2025. De acordo com o estudo, em 2024, ferramentas Google como, busca, Google Ads, AdSense Play, YouTube e Google Cloud, geraram R$ 215 bilhões em atividade econômica para empresas no Brasil, aumento de 15% em relação a 2023.
Além disso, o número de postos de trabalho conectados, direta ou indiretamente, ao mercado de desenvolvimento de aplicativos para a Google Play e o ecossistema Android chegou a 354 mil, o que representou um aumento de 7,5% de 2023 para o ano passado. O levantamento relizado pela Access Partnership, empresa que já realizou estudos semelhantes em outros países. De acordo com o Google, os Pequenos e Médios Empresários foram os maiores responsáveis por esse resultado.
“A gente sente que realmente o nosso produto muda a dinâmica de uma pequena empresa. Talvez para uma Coca-Cola não faça tanta diferença R$ 1 milhão a mais ou a menos, mas para um depósito de meia São Jorge R$ 100 mil a mais no faturamento dele muda a vida dos donos, dos funcionários, são várias famílias ali impactadas”, disse Adriano Nasser, diretor de negócios do Google.
No setor público, o Google Cloud mantém parcerias estratégicas com o Serpro e a DataPrev, fornecendo infraestrutura e serviços que podem incluir soluções de multinuvem ou nuvem soberana. O Google também tem clientes em diversas áreas do governo, como educação, e no Poder Judiciário e em esferas estaduais, federais e municipais.
Crescimento regional
O relatório também demonstrou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tivera um crescimento acelerado devido à abertura de novas oportunidades e da competitividade local.

Apesar do crescimento de 7%, a região Centro-Oeste teve uma desaceleração na economia devido aos efeitos das mudanças climáticas no setor do agropecuário. Já o Nordeste, teve um bom desempenho, incremento de 8%, devido ao aumento de renda e pela geração de empregos na região.
Inteligência Artificial
O levantamente revelou também que 91% dos consumidores no Brasil afirmaram utilizar algum tipo de ferramenta de Inteligência Artificial e 76% disseram que pretendem aumentaro uso. Os ganhos da ferramenta de IA do Google, o Gemini, mais citados foram a maior qualidade nas entregas e geração de novas ideias (87% cada).
O relatório também revelou que as principais razões dos consumidores brasileiros para o uso de IA são:
- 66% aprender novas habilidades e adquirir conhecimento;
- 49% melhorar o desempenho no trabalho;
- 47% melhorar o desempenho na vida cotidiana.
Já no uso do Gemini, os principais usos na vida pessoa foram:
- 79% explorar hobbies e interesses pessoais;
- 83% facilitar tarefas diárias;
- 77% apoiar o aprendizado;
- 65% apoiar a comunicação na vida pessoal;
- 79% entretenimento fornecido pela ferramenta ou inspiração critiva.
Quanto o uso na vida profissional:
- 87% melhorar a qualidade de seus resultados no trabalho;
- 87% gerar novas ideias ou conteúdos;
- 86% aprender novas habilidades ou tópicos.
Em dia de tarifaço à Índia, empresários brasileiros e indianos se reúnem no Lide Brasil Índia Forum
Mumbai, India — Empresários brasileiros e indianos que tiveram seus produtos taxados na faixa dos 50% nos Estados Unidos acreditam que, a partir de agora, estão abertos os canais de negociação entre países, sem precisar das bênçãos dos EUA ou sua interferência. A ideia deles é a de que, enquanto cada país busca renegociar suas novas tarifas com o governo de Donald Trump, esses “taxados” precisam se unir para ampliar seus mercados. Pelo menos, essa é a opinião de muitos industriais que, esta semana, voaram para a Índia a fim de participar do seminário Lide Brasil Índia Forum, promovido pelo grupo Líderes Empresariais coincidentemente um dia depois de Trump anunciar a taxação dos produtos indianos em 50%.

Nos bastidores do jantar de abertura do evento às 20h desta quarta-feira (10h30 da manhã, horário de Brasília), por exemplo, o tema recorrente foi o da taxação sobre produtos indianos, anunciada quando os convidados do Lide ainda estavam à mesa, jantando com o ex-governador de são Paulo João Doria, fundador do Lide.
Os empresários, otimistas em relação ao futuro entre os dois países, consideram que não dá para dissociar as tarifas aplicadas por Trump ao fato de os BRICS buscarem negociações longe do dólar. Embora uma moeda dos BRICS não seja consenso no bloco e esteja longe qualquer solução que possa levar o mundo a prescindir do dólar, a avaliação da diplomacia é a de que os movimentos nessa direção pro parte da china e do governo brasileiro contribuíram para as sanções tarifárias.
Razões à parte, a maioria afirma que a política trumpista abre caminho de busca de novos mercados e que a Índia, com 1,4 bilhão de pessoas, 17% da população mundial, está no top 5 desse projeto, uma vez que foi o país que mais cresceu no ano passado, com um PIB de 6,5% acima da China. Ao mesmo tempo em que bate recordes de crescimento, a Índia precisa de alimentos. Por isso, a grande aposta para os empresários que passam por Mumbai é o agro, objeto do segundo painel desta quinta-feira (7), em Mumbai, no seminário.
Outros temas que prometem ter bastante espaço é a tecnologia e o de energia e mineração, objeto do último painel do dia, sob o comando do ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates, responsável pelo Lide Energia. O seminário deixará claro que, se os Estados Unidos promovem as tarifas que desejam, os países taxados não ficarão de braços cruzados apenas reclamando, embora as reclamações façam parte do jogo.
*Enviada Especial
Por Eduarda Esposito — O vice-presidente, Geraldo Alckmin, receberá nesta quarta-feira (6/8), uma comitiva de prefeitos da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para falar sobre o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A reunião será realizada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços às 17h.

Os gestores municipais irão discutir o impacto sobre as cidades e as estratégias para mitigar os efeitos negativos sobre a renda e empregos dos cidadãos. Entre as reivindicações dos prefeitos estão:
- Compensação financeira por eventuais perdas na arrecadação municipal;
- Diversificação da matriz produtiva, com incentivo ao desenvolvimento de novas atividades econômicas e novos mercados;
- Ampliação dos prazos de crédito rural por parte dos bancos públicos;
- Plano de proteção dos empregos das atividades afetadas nos moldes do que foi feito durante a pandemia da Covid-19;
- Compras governamentais dos produtos.
Outras preocupações da comitiva são as possibilidades de férias coletivas — que alguns setores já anunciram — com o desemprego e a perda de renda.
Imposto estadual
Outra pauta de extrema importância para os prefeitos no encontro de amanhã será sobre os possíveis reflexos na queda da arrecadação própria e nas transferências, especialmente do ICMS.
Coluna publicada no domingo, 13 de julho de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Embora o presidente Lula tenha reforçado em entrevistas e discursos que está no horizonte o uso de moedas locais para as trocas comerciais dos países dos Brics, o tema é mais polêmico e incerto do que possa parecer. Primeiramente, a maioria dos bancos centrais das nações do bloco considera que não será possível abandonar o dólar e o euro. Em segundo lugar, autoridades de muitos países estão convictos de que a proposta interessa mais à China como forma de ampliar poder. E, diante das incertezas que pairam sobre a geopolítica global, é preciso ter muita cautela ao reforçar a posição do “império do meio”, onde o processo não é democrático. Nos meios diplomáticos, a ideia é levar o tema com muita calma e a perder de vista. A avaliação de muitos embaixadores é a de que não se toma uma decisão dessas em meio a tensões.

Solução providencial
Com o relatório atual de Arthur Lira sobre a isenção do IR, o projeto, quando aprovado, não precisará cumprir a noventena porque não cria impostos. Caso a proposta seja votada e sancionada até 31 de dezembro deste ano, a isenção começa a valer em 2026.
Por aí, não
Causou perplexidade no Itamaraty o fato de o embaixador Rubens Barbosa, que hoje está na iniciativa privada, afirmar em entrevista ao Correio que o governo brasileiro não reagiu aos movimentos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. De abril para cá, a embaixada brasileira em Washington e o Itamaraty tiveram várias conversas para explicar a situação.
Modo avião
Vale lembrar que, quando Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos, Lula mandou os parabéns e sugeriu a troca de um telefonema. O brasileiro não recebeu sequer uma resposta.
Água mole em pedra dura…
Eduardo rodou os Estados Unidos por meses, em busca de uma saída para o seu pai. Em maio, alguns bolsonaristas chegaram, inclusive, a dar como certo que ele voltaria ao Brasil de mãos abanando. Conseguiu, via Steve Bannon, o acesso para a ajuda de Donald Trump. Agora, já tem muita gente apostando que ele voltará ao país em breve como pré-candidato ao Planalto. Falta combinar com as autoridades judiciais.
Lugar de fala
Apesar de os bolsonaristas terem reclamado das conversas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em busca de solução para a crise das tarifas, pessoas muito próximas ao governador afirmam que se ele ficasse parado, seria pior. Afinal, 40% dos produtos que o Brasil vende aos estadunidenses têm origem em São Paulo. Logo, ele não está de gaiato nessa empreitada.
CURTIDAS

Área estratégica/ O governo Lula deflagrou estudos para discutir as possibilidades de o Brasil criar o seu próprio sistema de geoposicionamento. Hoje, são cinco no mundo todo. O GPS (americano), o Galileo (europeu), o Glonass (russo), o BeiDou (chinês) e o IRNSS (indiano). O grupo de trabalho é coordenado pelo ministro-chefe do Gabinete e Segurança Institucional (GSI), general Marco Antônio Amaro dos Santos (foto).
Vem por aí/ A segurança da Câmara já foi orientada a se preparar para uma sessão do Congresso esta semana. E não será para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para a previsão de receita e despesa de 2026. O cronograma publicado previa que a LDO teria relatório final na semana passada. Ainda não votaram sequer o preliminar.
O destino de Soraya/ Fracassada a união PSDB-Podemos, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) teve uma conversa alentada com o deputado Aécio Neves para falar sobre o ingresso no ninho tucano.
Férias/ Uma pausa para recuperar as energias desses tempos de tensão e polarização que só tendem a se agravar. Até agosto, a coluna fica a cargo do nosso editor, Carlos Alexandre, de Luana Patriolino e de Eduarda Esposito.
Avaliação dos políticos: carta de Trump é tiro no agro com “copia e cola”
Coluna publicada na quinta-feira, 10 de julho de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Na parte relativa ao comércio entre Brasil e Estados Unidos, a carta do presidente Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerada pelo governo brasileiro como um “crtl-C – crtl-V” das correspondências que o líder norte-americano tem enviado a países com os quais os EUA têm déficit comercial. Em relação ao Brasil, os Estados Unidos têm superávit. Em 2024, foram US$ 26 bilhões em bens e serviços, sendo US$ 7 bilhões em bens. Nos últimos 15 anos, esse comércio ficou em US$ 410 bilhões, conforme dados da nota conjunta divulgada pelos ministérios de Relações Exteriores e Indústria e Comércio, em abril deste ano. Nos bastidores, muitos técnicos dizem que, se Trump queria taxar o Brasil em 50%, deveria ter, primeiro, avaliado melhor os números do comércio.

Agro & política/ Em conversas reservadas, representantes da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reclamam que têm ajudado Jair Bolsonaro em várias frentes e, agora, vão pagar a conta dos apelos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a Trump. Nos partidos de Centro, a revolta é grande: “É o Trump, fez com o mundo todo. Não há confiança em tratar com ele. Exportamos etanol a tarifa zero e agora isso?”, reclama o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).
PRF defasada
Aprovados no concurso de 2021 para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) circulam pelo Congresso em busca da convocação para o curso de formação. Eles afirmam que são 500 pessoas no aguardo desse chamado. E pior: Se não foram nomeados até 20 de dezembro, a validade do concurso vai expirar.
Vai lá
Os aprovados procuram apoio no Legislativo e esperam somente a aprovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), uma vez que o Ministério da Justiça deu o aval para a convocação.
A voz do equilíbrio
“As nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nessa hora. A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados. Ambos têm instrumentos legais para colocar à mesa de negociação nos próximos 22 dias”. Senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, sobre o tarifaço de Trump, alertando que, em termos comerciais, não cabe ao Brasil se isolar e nem confrontar.
A voz do confronto
“Pode chegar a 1000%, eu acho bom, para verem o que esse presidente Lula está fazendo com o país. O Brasil vai quebrar, é triste, mas é necessário”, do deputado Zé Trovão (PL-SC), na linha do quanto pior, melhor.
Agências em suspense
A ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, disse à coluna que a equipe econômica tem liberado recursos, da forma mais rápida possível, às agências reguladoras. Mas alertou que o orçamento anual não é decidido pelos técnicos da pasta e, sim, pelos órgãos responsáveis por cada estrutura. Quanto ao aumento de recursos em 2026, ela disse ser um “túmulo” até o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA), em agosto.
CURTIDAS

Informação na mídia/ Nos bastidores, o deputado Júnior Mano (PSB-CE) disse que teve conhecimento dos detalhes sobre o seu inquérito das emendas pelos jornais. “Sei mais pela mídia do que pelos meus advogados”, afirmou, ao ser questionado se seria ouvido na quarta-feira pela Polícia Federal.
Tensão entre os brothers/ No grupo de WhatsApp do PSB, em que estão parlamentares e assessores, o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) enviou a seguinte mensagem após a operação da PF no gabinete de Júnior Mano (PSB-CE): “Estamos ruins de companheiros”. A mensagem foi apagada pouco tempo depois.
O jeitoso Tarcísio/ O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aproveitou o 9 de julho para homenagear várias autoridades com a Ordem do Mérito Armando Romagnoli, “herói paulista”. Estavam incluídos o comandante Militar do Sudeste, general do Exército Pedro Celso Coelho Montenegro, e o secretário de governo, Gilberto Kassab.
Por falar em militar…/ O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli, do PSB, não pode reclamar de falta de reputação. O lançamento de seu livro contou com o registro de autógrafos da livraria Travessa do CasaPark e o maior tempo de fila da loja. Ministros do governo Lula, inclusive, o da Defesa, José Múcio (foto), fundamental naquele 8 de janeiro de 2023, foi logo cedo.
Vale abre inscrições para patrocínio de projetos esportivos nesta terça-feira
Por Eduarda Esposito — A Vale abrirá inscrições para novos patrocínios em projetos de esportes na próxima terça-feira (1º) e irão até 30 de agosto. A mineradora procura projetos esportivos especialmente com foco em inclusão social nos territórios de atuação da empresa. Os interessados devem realizar a inscrição pelo site e também inscrever seus projetos na plataforma do Ministério do Esporte.

“Nossa intenção é democratizar ainda mais a destinação de recursos para regiões do país em que a Vale atua e que historicamente são menos beneficiadas por recursos incentivados, atingindo uma multiplicidade de públicos e expandindo o acesso a patrocínio de projetos esportivos”, afirma Fernanda Fingerl, gerente da Fundação Vale.

Por Eduarda Esposito — O ex-presidente da República Michel Temer encerrou o Brazilian Investment Forum afirmando que os estados são os protagonistas do Brasil. Para Temer, mesmo que a União prevaleça na Constituição Federal, são os estados que crescem no dia-a-dia. “Tenho observado, mesmo nos contatos internacionais, um grande apreço de autoridades internacionais pelos estados integrantes da Federação Brasileira. E daí porque eu faço uma pequena distinção entre a forma e a realidade, a forma é o que está na Constituição e lá prevalece naturalmente a vontade da União. Mas o que acontece nos Estados Brasileiros, o grande impulso do nosso país, evidentemente, cabe a todos os setores, mas particularmente aos estados brasileiros”, comentou.
Para Temer, é nos estados que a construção real do país acontece, e ressaltou que seu pensamento foi confirmado pelo depoimento dos governadores presentes no evento — Ronaldo Caiado (GO), Raquel Lyra (PE), Cláudio Castro (RJ), Ibaneis Rocha (DF), Eduardo Leite (RS), Jorginho Mello (SC), e o vice-governador Mateus Simões de Almeida (MG). “É interessante que, no tocante a construção real, e a construção real é aquela que efetivamente acontece no estado, a construção real revela que os estados brasileiros crescem enormemente. Basta verificar o que os senhores governadores aqui disseram”, argumentou.
O ex-presidente também destacou o potencial regional e como as unidades federativas cresceram quando a União, em seu governo, abriu mão das dívidas por seis meses. “Os senhores sabem que a união é credora dos estados em valores substanciosos, mas não foi sem razão, que num dado momento atento ao princípio federativo, nós abrimos mão do crédito que a União tinha com os estados durante seis meses e permitiu, mais uma vez, um crescimento relativamente exponencial”, relembrou. O ex-presidente também destacou o desejo de pacificação dito pelos participantes e citou: “É preciso, cada vez mais, pacificar o país e esta pacificação pode nos permitir que o Brasil continue a ser o país do futuro”.
O futuro do Brasil
Por fim, Michel Temer afirmou que o futuro do Brasil é promissor, tendo em vista todos os recursos naturais que o país tem em abundância, como água potável. “Se nós pegarmos o caso da Índia e da China, com bilhões de habitantes, que não têm muita água, qual é o país mais aquífero do mundo? É o Brasil. Qual é o país que tem a maior soma de terras agricultáveis do mundo? O Brasil. Portanto, dizer ainda que o Brasil é o país do futuro, que poderá ser o celeiro do mundo, que poderá alimentar o país é uma realidade”, defendeu. “Nós confiamos no país, na liberdade, na democracia, na pacificação e, portanto, confiamos na inserção permanente do Brasil no cenário internacional”, finalizou Michel Temer.











