A oposição planeja explorar a aposentadoria dos policiais no seu kit obstrução, de forma a tentar jogar o desgaste da reforma previdenciária para cima do PSL do presidente Jair Bolsonaro. O partido presidencial, aliás, está disposto a fechar questão em torno da proposta aprovada na Comissão Especial.
Significa que, se não houver um acordo para aliviar a situação dos policiais, retirando-os da reforma para colocá-los num texto à parte, quem votar contra corre o risco de punição. E quem votar a favor, será atacado pela oposição. É a bancada da bala entre a cruz e a espada pela primeira vez.
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Entre os pesselistas, pegou muito mal a atitude do deputado Alexandre Frota (PSL-SP), que foi para as redes sociais se apresentando como alguém que ficou ao lado dos policiais e exibindo fotos dos votos de seus colegas de partido que votaram com o governo, ou seja, contra mudanças no texto a favor da categoria. O futuro de Frota no partido é incerto. Ou ele vota com o partido, ou pode ficar sem legenda.
Quanto à reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não quer conversa. Sua intenção é resolver agora e não deixar esse tema pendurado na Casa no segundo semestre. Em agosto, Maia quer discutir e votar a reforma tributária.
Maia tem pedido, inclusive, que os deputados não façam pressão sobre o governo por emendas e cargos nessa votação da reforma previdenciária. Depois, quando for algo de interesse exclusivo do Planalto, e não do país, aí sim, quem quiser que cobre uma fatura.
Fechou, mas…/ O PSB fechou questão contra a reforma da Previdência. Mas não decidiu que tipo de punição fará a quem votar a favor: “As consequências sempre vêm depois”, diz o líder do partido, Tadeu Alencar.
Santo de casa/ Funcionários da Câmara que trabalham desde pequenos com salários modestos e estão na faixa dos 45 anos estão com medo da reforma e, nas últimas horas, começaram uma campanha entre os deputados pedindo que não aprovem o texto.
QG/ Havia mais deputados ontem à tarde na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do que no plenário. É ali que os últimos ajustes da reforma que irá a votos hoje.
Começou/ Ontem mesmo, no início da noite, o deputado Fábio Henrique (PDT-SE) colocou na roda o discurso da oposição: “Amanhã, vamos ver quem faz parte da bancada da segurança pública ou a defende só no gogó”.
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