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Projeto de Bolsonaro para 2022 inclui o Patriotas

Com diversos convites para se filiar a partidos políticos, o presidente Jair Bolsonaro deixou transparecer a aliados que pretende seguir para o Patriotas. Esse é, inclusive, o nome do partido que, conforme publicou o Wall Street Journal, o ex-presidente Donald Trump pretende criar para tentar se manter em evidência na política. Hoje, o Patriotas tem cinco deputados federais. Subiria, conforme cálculos de aliados do presidente, para 25.

Embora o presidente só vá tomar essa decisão em março, depois da eleição à Presidência da Câmara, há quem diga que uma filiação ao seu antigo partido, o PP de Ciro Nogueira e Arthur Lira; ao PL, de Valdemar Costa Neto; ou ao PTB, de Roberto Jefferson, deixaria o presidente na mesma situação que viveu no PSL, ou seja, filiado a legendas que têm donos. De quebra, ainda teria de explicar que as siglas tiveram problemas no mensalão e coisa e tal. Para completar, o fato de Trump criar um Patriot Party nos Estados Unidos, avaliam os bolsonaristas, daria um braço internacional ao projeto.

Mico federal
Os casos de “fura-fila” registrados país afora serão mais um problema a exigir explicações por parte de todas as autoridades, municipais, estaduais e federais. Afinal, se o Ministério da Saúde requisitou as vacinas,deveria ter adotado um procedimento padrão de aplicação para todos os estados.

Ainda sem resposta
Não se sabe, por exemplo, se as pessoas que receberam a vacina de forma irregular, ou seja, fora da fila, vão ter direito à segunda dose, ou essas segundas doses serão destinadas a outras pessoas. No caso das irmãs em Manaus, por exemplo, onde a vacinação foi suspensa, a segunda dose delas pode servir para imunizar uma pessoa do grupo de risco.

Aposta alta
A insatisfação de parlamentares com a onda de demissões de apadrinhados de deputados eleitores de Baleia Rossi (MDB-SP) é vista no governo como temporária. Assim que passar a eleição para a Mesa Diretora, a aposta do Planalto é de que os deputados voltarão para o Planalto, pedindo cargos e verbas.

Bolsonaro incensa Ernesto
A notícia de que a vacina de Oxford/AstraZeneca chega hoje ao Brasil serviu para o presidente mandar um recado a todos os apoiadores que pediam a troca do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Bolsonaro atribuiu a boa notícia ao trabalho do ministro, que faz tudo o que o Planalto determina sem pestanejar.

Eduardo, o retorno/ A rádio corredor da Câmara dos Deputados registra encontros na residência do ex-deputado Eduardo Cunha, onde ele cumpre prisão domiciliar, para tratar da eleição para o comando da Casa. Tudo para ajudar Arthur Lira (PP-AL).

Manda outro/ Se depender do líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas, a Casa não aprovará o nome do tenente-coronel da reserva Jorge Kormann para a Anvisa. “Dificílimo aprovar”, disse Izalci, em entrevista à Rede Vida de televisão. “O Senado precisa cumprir seu papel de aprovar indicações técnicas”, emendou ele. O militar, que estava internado na UTI, com covid-19, deve ter o nome retirado pelo governo.

Por falar em PSDB…/ O líder ainda não desistiu de levar os senadores fechados com Simone Tebet (MDB-MS) a votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Ficamos assim/ Nesta sexta-feira, com a chegada da vacina da Oxford, Bolsonaro acredita que o governo terá um imunizante para chamar de seu. A torcida no Planalto é para que a CoronaVac, que terá novo lote aprovado, hoje, pela Anvisa, fique em segundo plano. Só tem dois probleminhas: 1) vacina não tem ideologia; 2) até aqui, a capacidade de produção do Butantan é maior. Que venham todas!

Denise Rothenburg

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