Petistas reprovam falas de Lula sobre Bolsonaro e preferem foco em programas do governo

Publicado em coluna Brasília-DF, GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — Muitos petistas ficaram meio atônitos ao ver o presidente Lula chamando Jair Bolsonaro de “covardão” quando comentou a tentativa de golpe. A avaliação geral é a de que, em suas falas de governo, Lula precisa esquecer o seu antecessor, que está inelegível e não pode ser candidato em 2026. O melhor é guardar os ataques pessoais para os palanques Brasil afora, na temporada oficial de campanha. No governo, porém, é preciso dedicar discursos para falar dos programas em curso e, nos estados, mostrar o que o governo vem fazendo. Afinal, não adianta, avaliam os próprios petistas, convocar uma reunião ministerial para tratar dos projetos do governo e Lula jogar tudo por terra, falando do adversário e da tentativa de golpe.

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Em tempo: com Bolsonaro percorrendo o país em pré-campanha, a ala mais à esquerda do PT considera que não dá para o presidente Lula esquecer o ex-presidente. Afinal, alguns petistas consideram que a polarização ajudará a eleger os seus filiados tal e qual ajudou Lula em 2022.

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O timing do governo

Na reunião ministerial desta semana ficou claro que o Planalto espera uma melhoria da avaliação da gestão Lula a partir do próximo semestre. Coincidentemente, é quando o PT estará mais focado na batalha eleitoral.

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Ajuda, mas…

Não é apenas a questão eleitoral deste ano que leva o governo a agir para tentar elevar os índices de aprovação. É que, quanto melhor estiver o governo, menos os adversários do governo (e alguns aliados) vão se animar em concorrer em 2026.

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Nísia sob pressão

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, continua com todo o apoio do presidente Lula e não será por causa do choro na reunião ministerial que haverá troca de comando por ali. No governo, tem muita gente convicta de que parte das pressões sobre a ministra vêm justamente porque ela está fazendo o certo, cortando os ralos de recursos.

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Diferenças

Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas foram a Israel justamente para marcar diferença em relação ao governo federal. Com os respectivos partidos detendo ministérios no governo Lula, a hora é de sedimentar a distância como oposicionistas.

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Curtidas

Vai um vinho aí?/ O deputado Eduardo Bolsonaro usou as suas redes sociais para fazer propaganda das variedades de vinho que levam o nome da família “Tem muitas variedades do vinho tinto Bolsonaro, tem rosé, da Michele. Tem para todos os gostos”, comentou, como um verdadeiro garoto-propaganda da marca.

Um tema necessário/ A decarbonização é assunto do seminário Esfera, hoje, em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), a partir das 9h. A abertura está a cargo do vice-presidente Geraldo Alckmin (foto), do secretário de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, e do economista Luciano Coutinho. O encerramento terá os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado,
Rodrigo Pacheco.

Almoço-debate/ O Lide Brasília recebe, hoje, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antonio Vieira Fernandes, para uma palestra sobre habitação com empreendedores do Distrito Federal capitaneados pelo empresário Paulo Octávio. Hoje, a Caixa é quase um banco de fomento do governo federal.

Dia de São José/ Depois de José Dirceu e Jaques Wagner, em 16 de março, hoje é dia de abraçar o ex-senador José Serra, que completa 82 anos.

Março acumula derrotas para o governo, que mostram poder de negociação limitado

Publicado em GOVERNO LULA

Por Carlos Alexandre de Souza — O mês de março começou bem para o Palácio do Planalto, com a divulgação do surpreendente PIB de 2023, na casa de 2,9%. O espetáculo do crescimento, para utilizar uma antiga expressão do vocabulário petista, sinalizava, à primeira vista, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em particular, estão realizando um bom trabalho na recuperação econômica do país.

As pesquisas de opinião divulgadas esta semana, porém, indicaram que o eleitor está com uma avaliação muito distinta. A insatisfação do brasileiro com a inflação dos alimentos, somada às declarações infelizes de Lula sobre o conflito em Gaza, mostra de maneira clara a falta de sintonia entre o governante e os governados. A queda na aprovação da administração lulista é sinal de alerta para a qual, por ora, ainda não se viu resposta.

A goleada sofrida pelo governo no Congresso, com a ascensão de expoentes do bolsonarismo nas comissões mais importantes da Câmara, carregou ainda mais a paisagem. É mais um revés a ser incluído na lista de derrotas do Planalto, em um claro sinal de que articulação política do governo tem poder de negociação limitadíssimo na arena comandada por Arthur Lira. Se o fim do verão está assim, nada indica que o inverno será brando.

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Democracia em transe

Na semana passada, comentamos sobre o momento crítico das democracias pelo mundo, como vem alertando o instituto V-Dem, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Divulgado na última quinta-feira, o relatório anual de 2024, referente ao ano passado, mostra um mundo dividido em termos de liberdade política: o estudo verificou 91 democracias e 88 autocracias. Mas boa parte da população mundial — 5,7 bilhões de pessoas — vive sob o jugo de regimes que desrespeitam princípios democráticos como liberdade de expressão, imprensa livre e eleições justas.

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Virada brasileira

A boa notícia é que o Brasil, segundo o V-Dem, deu uma virada democrática em 2023. A reação ao 8 de janeiro e a punição a Jair Bolsonaro, condenado a oito anos de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral, são apontadas como pontos relevantes do vigor democrático no país. No contexto latino-americano, o avanço no Brasil contrasta com o retrocesso de países menores, como Venezuela, Cuba e Bolívia.

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Mal, muito mal

Não é pouca gente, entretanto, que se incomoda com a generosidade de Lula com o que ocorre na Venezuela. Na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, o presidente provocou reações ao dizer que a oposição a Nicolás Maduro deveria parar de chorar e escolher outro candidato que não María Corina Machado.

Bateu, levou

Impedida de disputar cargo público pelos próximos 15 anos, María Corina Machado rebateu Lula em alto e bom som: “Eu, chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece”.

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Desconfiança no ar

Pressionado, Maduro convidou observadores internacionais para as eleições marcadas para 28 de julho — aniversário de Hugo Chávez, patrono do tal socialismo do século 21 que move seus seguidores. Os prazos exíguos para registro de candidatura e a exclusão de adversários da corrida eleitoral aumentam a desconfiança em relação a Maduro, que, com a simpatia de Lula, tenta um mandato de seis anos.

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Será?

Na eleição da maior cidade do país, os três principais pré-candidatos prometeram ampliar a participação feminina na administração. Guilherme Boulos pretende designar mulheres para o comando de ao menos 50% das secretarias. Tabata Amaral quer estender a paridade de gênero para os conselhos das empresas paulistanas. E Ricardo Nunes, que busca a reeleição, anunciou uma nova integrante em sua equipe de secretários.

Já vimos isso

Quando candidato, Lula também prometia dar mais espaço às mulheres. Em 14 meses de governo, porém, diminuiu o número de ministras na Esplanada. Na semana passada, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cobrou publicamente do chefe uma maior participação feminina. No âmbito do Judiciário, o presidente da República nomeou dois homens para o Supremo Tribunal Federal.

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Porte social

Na polêmica sobre a maconha, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, explica que a Corte está empenhada em definir uma quantidade específica de maconha que diferencie o usuário do traficante. Barroso ressalta a clivagem social na realidade das drogas: enquanto na periferia um jovem, possivelmente negro, é preso por uma quantidade x de maconha, em bairros mais ricos, outro jovem, possivelmente branco, não tem maiores problemas com a polícia.

Só a ponta

Ressalte-se que esse debate diz respeito apenas a uma parte do problema. O comércio e a oferta de maconha no Brasil ainda permanecerão uma questão em aberto por muito tempo. Países mais avançados na descriminalização das drogas enfrentam novos desafios. No Canadá, onde o governo federal assumiu o controle da produção da droga, a indústria de cannabis se queixa da viabilidade econômica do negócio. Em Portugal, há um crescente revisionismo sobre a política de descriminalização, após o aumento do consumo e de overdoses.

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Força aos institutos

O presidente Lula anuncia esta semana a inauguração de mais 100 novos institutos federais, considerados fundamentais para a educação profissional e tecnológica. O ministro da Educação, Camilo Santana, aposta muito nesse modelo. Além de abrir novos institutos, particularmente na Região Norte, o titular do MEC pretende reformar as unidades já construídas.

 

De sucesso em votações a perda de comissões: as lições da semana para o governo

Publicado em GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — Até aqui, o governo obteve sucesso em votações importantes, especialmente, quando o presidente Lula entrou pessoalmente na articulação política. Não foi assim nas comissões técnicas da Câmara, onde o chefe do Executivo ficou recolhido, e o governo viu adversários ferrenhos assumindo postos-chave. Ainda que Lula entre de cabeça no dia a dia das negociações com o Congresso, sair dessa largada desfavorável não será fácil. O presidente não consegue estar o tempo todo de olho no Parlamento. E, para completar, a partir de agora, não contará com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para o que der e vier. Lira jogará para o Congresso, e não para o governo, ainda mais num ano de campanha para sua própria sucessão no comando da Casa.

Paralelamente às dificuldades dos articuladores do governo, a eleição para presidente da Câmara arrisca contaminar o debate deste ano. Se o governo partir para vetar qualquer um dos pré-candidatos, verá o que ocorreu nas comissões técnicas contaminar as votações importantes. É esse o maior perigo do momento no Congresso.

Cálculos petistas

Aliados do presidente da República consideram que, se ele passar por este ano eleitoral com algumas vitórias importantes, será meio caminho andado para a reeleição, ainda que as pesquisas desta semana demonstrem uma queda na avaliação do governo.

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Fim da lua de mel

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não gostou da forma como foi divulgada a queda no valor das ações da Petrobras, no primeiro ano do governo Lula. “Esconderam que o resultado foi até melhor que o das petroleiras gringas. Lucros da Chevron, da Shell e da ExxonMobil caíram entre 35% e 40%. O que houve no mundo do petróleo em 2023 foi um retorno aos preços praticados antes da guerra da Ucrânia, mas querem é falar mal do Lula. Não é ignorância, é má-fé!”, disse ela.

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Mulheres pelo mundo

Em Riad, capital da Arábia Saudita, a vida das mulheres ainda não é tão fácil quanto parece. Algumas lojas têm entrada específica para elas e instituições destinam às mulheres banheiros bem mais modestos do que aos masculinos. Falta muito para se chegar à igualdade de gênero e de liberdade que se vê nos Emirados Árabes.

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Carreira solo

Os empresários consideraram que a ausência de ministros do governo federal na missão do LIDE no Oriente Médio terminou por deixar a conversa muito mais fluida e proveitosa. Muitos saíram convencidos de que rodadas de negócios devem prescindir das formalidades que as autoridades públicas provocam.

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Outras praias…/ Não foi apenas o agro que saiu contente da rodada de negócios promovida pelo LIDE, em Dubai. A turma dos bancos também gostou. “A tecnologia brasileira dos sistemas de pagamento é bastante atrativa para o Oriente Médio. Especialmente em Dubai, onde as autoridades têm implantado políticas para fomentar o empreendedorismo. A expertise que adquirimos no Brasil para resolver as dores dos pequenos e médios negócios pode ser ferramenta importante para impulsionar a economia local”, afirma Patrick Burnett, CEO do InoveBanco.

… muito antenadas/ Burnett participou de palestra ao lado do ministro da Inteligência Artificial dos Emirados Árabes, Hasher Dalmook (foto). Lá, esse tema é central em todas as discussões. No Brasil, porém, o governo mal consegue deixar de pé o Ministério da Ciência e Tecnologia, considerado periférico pelos partidos.

Escaparam/ A missão empresarial que foi a Dubai saiu da cidade horas antes de uma tempestade. A maioria dos visitantes recebeu alerta em seus celulares sobre a necessidade de buscar abrigo, não ficar as ruas e não velejar.

Por falar nos Emirados…/ O salário mínimo por lá está na faixa de US$ 2,5 mil. No Brasil, é US$ 250.

 

Fim da reeleição volta à baila; entenda

Publicado em coluna Brasília-DF, GOVERNO LULA, Michel Temer

Por Denise Rothenburg — Entusiasta do semipresidencialismo, o ex-presidente Michel Temer considera que há um ambiente positivo para a discussão da proposta no Parlamento, com o fim da reeleição. “Todo presidente que chega ao poder já está de olho na reeleição e não quer mexer em temas polêmicos. Eu, que não pensava nisso, fiz a reforma trabalhista e levei adiante a reforma da previdência”, afirmou à coluna e a um grupo de jornalistas durante conversa em Dubai.

As declarações de Temer combinam em gênero e grau com o que passa pela cabeça de parte do Centrão: levar adiante uma proposta que institucionalize o semipresidencialismo que o país vive hoje na prática e que sempre foi defendido pelo emedebista. Temer vai além: diz que seria “útil acabar com a reeleição” e implantar um mandato presidencial de cinco ou seis anos. Ocorre que, para levar isso adiante, será preciso ter um Centrão em paz com o bolsonarismo, uma vez que o semipresidencialismo não faz parte dos planos do PT.

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A vida é dura…

… E feita de escolhas. Com a queda de avaliação do presidente Lula em duas pesquisas, Genial Quaest e Atlas Intel, o governo não tem mais dúvidas de que, daqui para frente, o PT terá que definir suas batalhas por segmento. Não dá para brigar com muita gente ao mesmo tempo.

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Quanto mais, melhor

Perguntado sobre a situação da corrida para a prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Michel Temer defendeu que Ricardo Nunes abrace todos os votos que puder, inclusive o bolsonarismo. “Ricardo Nunes não pode recusar votos. Quanto mais puder somar as várias correntes para se opor às outras duas, mais útil será para ele”, disse o ex-presidente.

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Pule esta fase/ Integrante da comitiva do Lide ao Oriente Médio, o presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein em São Paulo, Claudio Lottenberg, deixou para se juntar ao grupo apenas em Dubai, nos Emirados Árabes. Não é hora de judeus visitarem países muçulmanos.

Todo cuidado é pouco/ Em São Paulo, muitos integrantes da comunidade judaica contrataram seguranças para acompanharem seus familiares. Os brasileiros desse segmento nunca se sentiram tão inseguros.

Eleição versus realidade/ Assim como Javier Milei na Argentina, o candidato da direita em Portugal tem dito ao longo da campanha que Lula não entrará no país. No governo, porém, segue a máxima: uma coisa é discurso de campanha. Outra é o dia a dia de quem governa.

Imortal/ Na véspera do Dia Internacional da Mulher, uma boa notícia: a historiadora Lilia Schwarcz (foto) foi eleita imortal pela Academia Brasileira de Letras. Vai ocupar a cadeira de nº 9, antes reservada para o o historiador e diplomata Alberto da Costa e Silva.

Mulher com orgulho / Autora renomada sobre o Brasil Colônia e outros temas, a nova imortal tem como missão montar a iconografia de Machado de Assis, patrono da ABL, e se debruçar sobre o arquivo da instituição centenária. “Quero entrar para agregar”, disse a nova integrante. Viva a mulher brasileira!

Empresários brasileiros desembarcam em Dubai atrás de investimentos para os negócios

Publicado em GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — Empresários brasileiros estão com um olho no gato, outro no peixe. Ao mesmo tempo em que acompanham a reforma tributária em debate no Congresso, correndo para apresentar propostas, rodam o mundo atrás de investimentos. Pelo menos 72 deles desembarcaram em Dubai, nos Emirados Árabes, numa missão capitaneada pelo Lide — Líderes Empresariais — presidido por João Doria Neto, filho do ex-governador de São Paulo João Doria. A maioria atravessou o globo terrestre para ver se consegue recursos capazes de ampliar seus negócios e novas parcerias. Hoje, o dia será debates, mas amanhã a agenda será dedicada aos grandes fundos.

Dinheiro não falta — O Mubadala, por exemplo, já investiu US$5 bilhões no Brasil desde 2012, e a tendência é continuar investindo. Ao contrário da Arábia Saudita, que está em franca transformação e quer aplicar o grosso de seus fundos de investimentos em projetos para alavancar o país, os Emirados já se modernizaram e continuam em busca de novas fronteiras. É aí que os empresários brasileiros entram em campo.

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Sem refresco

A contar pelos nomes escolhidos pelo PL para comandar as comissões técnicas sob a batuta do partido, o governo Lula pode se preparar para dores de cabeça no Parlamento. O PL não aceitou veto à deputada Caroline de Toni (SC), considerada da ala radical do partido. E, para completar, colocou o deputado Alberto Fraga (PL-DF) na Comissão de Segurança Pública e Nikolas Ferreira na Comissão de Educação.

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Tudo entre eles

Os petistas não tiveram poder de fogo para barrar as indicações. E, para completar, ainda viram o “aliado” União Brasil jogar  com o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto.

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Onde mora o perigo

O risco para o governo é os partidos do Centrão e o bolsonarismo repetirem nas votações da Casa os acertos obtidos nas comissões. Aí, será difícil Lula aprovar qualquer pauta mais estratégica de seu governo.

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Superou Xandão/  Antes mesmo de completar 30 dias como ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino já tem um pedido de impeachment contra ele prestes a chegar ao Senado. O deputado estadual do Maranhão Yglesio Moyses (PSB) considerou que o ministro deveria se julgar impedido de analisar um caso relativo à escolha de um conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Porém, Dino deu uma liminar suspendendo a eleição.

Ela vai para cima/ A deputada Rosângela Moro (União Brasil-SP) quer ouvir os motoristas de aplicativos. “O projeto, da forma que está, só vai beneficiar o governo e os sindicatos, uma vez que a categoria não foi ouvida”, diz, pronta para propor mudanças no projeto de regulamentação desse serviço apresentado pelo governo.

Enquanto isso, em Dubai…/ Empresários aproveitaram a quarta-feira de trânsito entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes para visitar o Museu do Futuro, uma experiência imperdível na cidade mais cosmopolita do Oriente Médio. Hoje, a comitiva participa da Brazil Emirates Conference, promovido pelo LIDE, com um dia inteiro dedicado a palestras sobre oportunidades de negócios entre os dois países.

Festa especial/ O relançamento do caderno Direito&Justiça, do Correio Braziliense, na noite de terça-feira, foi muito bem recebida pela comunidade jurídica de Brasília. Mas teve um significado especial para o ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcos  Buzzi, presente na festa.

Alma de repórter/ Muito antes de ingressar na magistratura, o catarinense de Timbó atuou como jornalista em um dos veículos dos Diários Associados em Itajaí. Ao visitar a sede do Correio, Buzzi relembrou com carinho os tempos de repórter. Seja pelo conhecimento no direito, seja pelo interesse no jornalismo, o ministro tem muito a contribuir com a casa que o acolheu por um período.

 

Depoimento de Freire Gomes não muda roteiro dos ministros do STF sobre Bolsonaro

Publicado em coluna Brasília-DF, GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — Até aqui, mantém-se o script. O depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército — aquele que aparece em mensagens dos bolsonaristas como “cagão”, conforme o classificou o ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto —, não foi suficiente para mudar o roteiro dos ministros do Supremo Tribuna Federal (STF) a respeito do processo de apuração sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia é não queimar etapas do devido trâmite processual. Nesse sentido, qualquer pedido de prisão, só depois de transitado em julgado.

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Barroso x PT

O presidente da STF, Luís Roberto Barroso, e o PT se uniram contra Bolsonaro, mas estão separados quando o assunto é o julgamento da juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal, em Curitiba. O ministro torce por um arquivamento, enquanto o partido, autor da reclamação, pressiona por uma condenação.

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Depois da desoneração…

…mantida, os parlamentares correm para tentar preservar o programa de socorro ao setor de eventos, o Perse. Até aqui, o governo não tem os votos para fazer valer sua vontade.

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Pauta boa passa fácil

Se tem um projeto que o governo tem tudo para aprovar, é o que regulamenta o trabalho dos motoristas por aplicativos — apresentado, ontem, no Palácio do Planalto. A avaliação geral é de que, salvo uma vírgula ali e outra acolá no texto, nenhum partido ficará contra.

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Por falar em votos…

Parlamentares e prefeitos ainda aguardam a liberação de recursos prometidos para antes das eleições. O medo dos congressistas é o de que não dê tempo de repassar os R$ 20 bilhões prometidos para este semestre.

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Aliás…

As emendas têm feito parte das audiências dos ministros no Palácio do Planalto. Hoje, por exemplo, André Fufuca (Esportes) tem reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há quem diga que este será um dos temas a ser tratado.

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Mudou, mas…/ Aos poucos, as mulheres vão ganhando espaço na Arábia Saudita, mas alguns aspectos ainda precisam ser revistos. Na sede da Federação das Câmaras de Comércio, por exemplo, o banheiro feminino era comparado aos dos postos de combustíveis das estradas brasileiras — sem espelho e com espaço ínfimo. A cúpula do LIDE bateu o pé e exigiu um banheiro condizente com as necessidades femininas e o respeito às mulheres.

Corre, senão alguém passa/ Presidente do LIDE Arábia Saudita e anfitrião da delegação brasileira da LIDE Brazil Saudi Arabia Conference, em Riad, Abdulmalik Al Qhatani mencionou em sua fala que, “em breve”, seu país será reconhecido como produtor de energia sustentável. “Planejamos construir a maior planta de hidrogênio verde”, adiantou. O Brasil tem planos semelhantes.

Nem vem/ De dentro do PSDB, vem a notícia de que é mais fácil a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (foto), deixar o partido do que o partido deixar de ser oposição ao governo Lula.

Em jantar, Dino e ministros do STF alinham resposta da Corte à manifestação na Paulista

Publicado em GOVERNO LULA, STF

Por Denise Rothenburg — Um jantar de despedida de Flávio Dino do Senado e de chegada ao Supremo Tribunal Federal reuniu todos os ministros da Suprema Corte e senadores de partidos aliados do governo. No encontro, aproveitaram para discutir, informalmente, o que vem por aí para o STF no pós-25 de fevereiro, data em que Jair Bolsonaro reunirá seus apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo. Há praticamente um consenso sobre a necessidade de seguir o ritmo. Se o ex-presidente escalar a tensão, o STF não ficará parado.

Assim, na verdade, soaram os primeiros acordes entre Dino e os demais ministros de Supremo, que o trataram como “colega de casa”.

Em tempo: os generais suspeitos de apoiar uma tentativa de golpe também foram assunto das rodas de conversa. Só as investigações dirão quais deles estão sob risco de prisão.

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Sem acordo

A reunião entre os integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e os ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi nada produtiva. Pelo menos, na avaliação de deputados que acompanharam o resultado do encontro. É que, ao marcar uma nova rodada de conversa para 7 de março, o Poder Executivo apenas ganhou mais tempo.

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Onde mora o perigo

A reunião deixou muita gente desconfiada de que o governo arraste, ainda mais, a liberação das emendas de 2024, de modo que fique impossível liberar tudo antes das eleições. Detalhar cronograma, conforme avisou o governo, é prerrogativa do Poder Executivo. Logo, a briga não terminará tão cedo.

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O funil do governo

A ideia do Poder Executivo é liberar o que há na área de saúde e de assistência social. O restante deve esperar o pós-eleição.

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PAC Seleções tem selo

Os deputados consideram que o PAC Seleções — citado como uma possibilidade de receber emendas parlamentares — vem com a marca da Casa Civil, leia-se o ministro Rui Costa e, por tabela, o presidente Lula. E não dos parlamentares. Será outro argumento para a queda de braço.

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Diálogo ou “entrevero”

Ao dizer que a Praça dos Três Poderes está meio abandonada e malcuidada, Lula abre um clima de constrangimento com o Governo do Distrito Federal. Vejamos os próximos capítulos.

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O dia do PSB/ Empossado na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli se afasta da área jurídica, onde as arestas entre o grupo do PSB e do PT cresceram por causa do Ministério da Justiça. Nem a posse de Flávio Dino, no Supremo, abrandou esse clima.

Ausência percebida/ Enquanto Dino tomava posse no STF, o advogado Marco Aurélio Carvalho, do grupo Prerrogativas, embarcava de Brasília para São Paulo. Ao contrário da posse de Cristiano Zanin, o Prerrô não foi em peso ao STF.

Tudo bem entre eles/ Na ala reservada da solenidade da posse de Dino, os presidentes dos Poderes mantiveram um diálogo amistoso e amigável. Inclusive, os da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conversaram animadamente.

E por falar em paz…/ Ex-secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha (foto) voltou à pasta como assessor especial. É o ministro Jáder Filho buscando a paz com o grupo do ex-presidente José Sarney, depois da discussão que terminou por afastar Hildo do cargo, em janeiro.

Tempo esgotado: Congresso cobra propostas concretas do governo sobre pautas econômicas

Publicado em coluna Brasília-DF, GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — O governo esticou o que foi possível na discussão sobre os temas relativos à reoneração da folha de salários e ao fim do socorro ao setor de eventos criado na época da pandemia. Agora, é hora de apresentar propostas concretas e números. E se insistir em medida provisória, os líderes avisam que o Poder Executivo vai perder. A contar pela declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira, à coluna — ele que segue religiosamente o sentimento majoritário da Casa —, colocar esses assuntos da MP 1202 por projeto de lei “já é muito”, porque foram temas já tratados no Parlamento. Na opinião dos líderes, isso quer dizer que, se os projetos não chegarem logo ao Congresso, a derrota virá.

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A pauta do Congresso

Os projetos de lei relativos à reoneração da folha interessam mais ao governo do que ao Parlamento. Deputados e senadores colocam como ponto crucial a derrubada dos vetos ao Orçamento. Tanto em relação aos recursos (R$ 5 bilhões) quanto ao cronograma de liberação até junho deste ano.

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Vem por aí

No impasse em torno do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o governo começa a citar as empresas brasileiras e fundos envolvidos na produção de Taylor Swift e Paul McCartney. Empresários compram os shows e vão vendendo desonerados.

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Só no concreto

Os líderes consideram que o estica-e-puxa em torno do Perse só se resolverá quando os congressistas tiverem todos os números de forma transparente. Até aqui, eles avaliam que não obtiveram essas informações do governo.

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Lusco-fusco

O presidente Jair Bolsonaro não quer saber de ver o PL apoiando o deputado Marcus Pereira para a presidência da Câmara. Assim, tenta empurrar Pereira para o governo Lula. Só tem um probleminha: quem tiver o carimbo, seja do governo, seja do bolsonarismo, terá dificuldades em vencer essa disputa.

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Um “comunista” temente a Deus

O senador Flávio Dino, que já foi do PCdoB, faz questão de marcar a sua posse como ministro do Supremo Tribunal Federal com uma missa de ação de graças hoje, depois da solenidade de praxe no plenário do STF. A missa está marcada para 19h.

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Ele vai/ O deputado Osmar Terra (MDB-RS) irá ao ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados no próximo domingo, na avenida Paulista. Sinal de mais uma divisão na legenda que tem ministério no governo Lula.

Ele também/ O PL de Bolsonaro estará em peso. O deputado Alberto Fraga (DF) brinca, dizendo que levará até uma mala com muda de roupa. E explica: “O Lindbergh (PT) disse que vamos sair de lá presos? Então, já vou preparado!”

Os planos do GDF/ Capitaneado pelo ex-governador Paulo Octávio, o LIDE Brasília reunirá hoje os cem maiores empresários do Distrito Federal para ouvir o secretário de Economia, Ney Ferraz Júnior. A ideia é saber quais as prioridades e vocações que o governo pretende incrementar em 2024.

Vale lembrar/ O governador Ibaneis Rocha confirmou presença, assim como o presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado. Brasília não tem eleição este ano. Portanto, os empresários calculam que os investimentos não devem parar à espera de resultados das urnas.

Pacheco voltou do recesso disposto a manter distância de Lula

Publicado em coluna Brasília-DF, Congresso, GOVERNO LULA

Por Denise Rothenburg — O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, voltou do recesso disposto a manter uma distância regulamentar do presidente Lula. No embalo da independência, cobrou uma “retratação” do presidente no quesito Israel e as comparações da ação em Gaza ao Holocausto. De quebra, colocou para votar o fim das “saidinhas”. Entre os aliados do senador, há quem diga que o movimento é calculado. O PSD, embora afinado com o Planalto, não compactua com a ideologia petista e tem afinidades com o conservadorismo. É hora de tentar resgatar esse eleitorado desde já.

Em tempo: daqui para frente, a tendência é o presidente do Senado apoiar a regulamentação da reforma tributária e estabelecer limites que deem mais nitidez ao seu viés político em outros temas. Aliás, ao que tudo indica, Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira, acabam de trocar de posição. O senador toma distância do Planalto, enquanto o deputado se aproxima. Essa é a largada do ano eleitoral.

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Nem se preocupe

O presidente da Câmara, Arthur Lira, fez chegar a aliados do presidente Lula que não levará adiante o pedido de impeachment apresentado pelos oposicionistas tomando por base as declarações sobre o conflito entre Israel e Hamas.

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Ângulo de desvio

Os petistas viram um “gol” do presidente Lula nas declarações sobre as ações do governo de Israel. Consideram, por exemplo, que o petista tirou de cena o ato de 25 de fevereiro, em São Paulo, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. De quebra, ainda aglutinou os governos de esquerda.

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Jogo calculado

A fala do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), sobre a comparação “impertinente” de Lula do conflito de Gaza com o Holocausto, vem no sentido de abrir uma brecha para que o presidente possa refazer a sua declaração. Só tem um probleminha, colocado pelo ministro Paulo Pimenta: Israel distorce as palavras de Lula e, nesse sentido, fecha-se a janela aberta pelo senador.

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E a lista só cresce

Lula ainda não decidiu se vetará o fim da saidinha temporária de presos, mas alguns aliados ouvidos pela coluna juram que a tendência é essa. Ocorre que o governo já está criando arestas demais com o Congresso. Por isso, tem senadores dispostos a convencer o presidente a não vetar integralmente a proposta.

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Defesa na lida/ O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Marcelo Damasceno (foto), abriram a série de debates da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) de 2024. A ideia é aproximar as Forças Armadas do setor produtivo e ampliar o conhecimento sobre o trabalho dos militares. O comandante Damasceno lembrou que 20% dos casos de dengue do país estão no DF.

Aliás…/ As Forças Armadas avaliam a instalação de um segundo hospital de campanha para cuidar dos pacientes com dengue no país. A previsão é que seja montado no Rio de Janeiro.

Fome de tribuna/ Por volta das 18h, a Câmara registrava 120 deputados inscritos para falar. Sinal de que a turma voltou disposta a partir para o enfrentamento e mandar seu
recado ao eleitor.

Climão/ A contar pelo clima beligerante no plenário, o mês de março será dedicado a tentar organizar o Congresso.

Boulos & Nunes/ Até aqui, a contar pela pesquisa do Instituto Paraná, divulgada esta semana, o eleitor paulistano tende a polarizar a disputa para a prefeitura entre Guilherme Boulos e Ricardo Nunes, tal e qual polarizou a nacional com Lula e Bolsonaro.

 

No Congresso, o perigo para o governo é a falta de acordo para reoneração da folha

Publicado em coluna Brasília-DF, Congresso, GOVERNO LULA
Por Denise Rothenburg — A desastrosa declaração do presidente Lula comparando a guerra de Israel contra o Hamas jogou uma cortina de fumaça nos problemas internos que batem à porta do governo a partir desta terça-feira. O tempo para uma proposta alternativa à oneração da folha de salários para substituir a Medida Provisória 1.202 está esgotado. Entre os congressistas, há quem diga que, se não for apresentada esta semana, e a MP começar a tramitar, a rejeição pura e simples virá.
Esta MP – que ainda tem o fim do programa de socorro ao setor de eventos (Perse)  –  é hoje o maior desafio do governo. E a queda de braço virá. O governo quer jogar no colo dos congressistas encontrar fontes alternativas à receita da reoneração da folha e do fim do Perse. Parlamentares consideram que cabe ao governo reduzir os gastos para conseguir essa compensação. Nessa toada, ficará difícil fechar um acordo.
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O sonho mais distante

Se o presidente Lula queria o título de arauto da paz ou um Nobel nessa seara, terá que começar de novo. Depois da fala em que comparou as atitudes de Israel em Gaza ao Holocausto, a avaliação, inclusive entre funcionários da ONU, é a de que Lula ultrapassou um limite e perdeu o timing para um pedido de desculpas.
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Cessar fogo

No Itamaraty, a sensação é a de que Lula exagerou no improviso, mas o governo de Israel, em vez de buscar explicações pelas vias diplomáticas, preferiu “um show”, uma reunião pública com o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, no Museu do Holocausto, quando avisou que Lula era “persona non grata”.
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Dois pesos

Na comunidade internacional, há muita gente lembrando que o presidente Lula não foi tão incisivo em defesa de civis mortos pela guerra na Ucrânia ou outros conflitos. O caso das declarações de Lula em relação ao conflito entre Israel e o Hamas é visto como o maior incômodo internacional causado por falas do
presidente Lula.
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A hora das comissões

 Enquanto o país acompanha os desdobramentos da fala de Lula sobre Israel, Arthur Lira vai comandar com os líderes a troca de comando nas comissões da Casa. Tem muita gente reclamando de Carolina de Toni (PL-SC) para presidir a Comissão e Constituição de Justiça, mas, até aqui, ninguém no PL pretende mudar a indicação.
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Curtidas
Pronto a colaborar/ Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, que deseja primeiro conhecer tudo o que há no processo da tentativa de golpe para, depois, prestar depoimento, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres avisou por intermédio de seus advogados que vai falar.
Só deu ele/ O senador Flávio Dino (PSB-MA) foi um dos poucos a se agarrar no serviço desde cedo esta semana. Ele fica no Senado até quarta-feira.
Marina planta/ Um amigo da coluna flagrou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, plantando uma árvore na Esplanada, perto do edifício onde funciona a pasta.
 “Café com leite”/ A primeira-dama, Janja, ainda tentou dar uma amenizada nas declarações de Lula sobre Israel, dizendo que o marido se referia ao governo de Benjamin Netanyahu, e não ao povo judeu, mas não adiantou. A comunidade judaica no Brasil reagiu e continuará reagindo até que Lula refaça sua fala. Janja, segundo alguns políticos, é comparada àqueles que estão no jogo, mas suas atitudes não contam pontos para vencer a partida.
Abílio Diniz/ O empresário era um otimista em relação ao país.  No final do ano, num almoço, disse com todas as letras que, apesar das preocupações com inflação e juros altos, a economia iria apresentar bons resultados este ano. Que Deus conforte sua família e que sua previsão se confirme.