Os estrategistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) não pretendem mudar o discurso adotado até agora em relação à inflação, mas focará no cenário que cada presidente enfrentou. Os bolsonaristas ensaiam um discurso de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato, pegou céu de brigadeiro na economia e poderia ter feito mais, mas não fez por causa dos malfeitos, a começar pelo mensalão.
Quanto ao quadro atual, de preços elevadíssimos dos alimentos, gás de cozinha e gasolina, o atual governo manterá o discurso de que a pandemia derrubou mercados e economia no mundo todo — e que Bolsonaro fez o que estava ao seu alcance, como o auxílio emergencial e as mudanças posteriores no Bolsa Família, que resultaram no programa Auxílio Brasil. Vai sobrar também para os governadores que adotaram o lockdown, quando os casos de covid-19 estavam num patamar elevadíssimo.
O comportamento das empresas com aumentos considerados abusivos também serão objeto do discurso bolsonarista. Daqui para frente, o presidente aproveitará as lives para reclamar dos preços dos combustíveis e fazer apelos à Petrobras, com um lucro líquido de R$ 44,5 bilhões, para que não promova aumentos, além de reforçar que “não pode intervir” na estatal.
Esse reforço da não-intervenção, aliás, agrada ao mercado e, entre os estrategistas do presidente, há quem diga que atrairá votos. Falta combinar com o eleitor que está pagando tudo mais caro.
Depois das derrapadas do ex-presidente no quesito comunicação, o PT montará um conselho para gerir essa seara da campanha. A equipe de comunicação da campanha terá que ter sincronia com a Secretaria de Comunicação do PT, comandada por Jilmar Tatto. Daí, a ideia de fazer um conselho com Edinho Silva, Rui Falcão, Tatto e profissionais de comunicação e marketing já contratados.
Separados
Em breve, Geraldo Alckmin começará a ter uma agenda própria de campanha, voltada ao eleitorado de centro. Especialmente, no interior de São Paulo, onde o ex-governador tem peso.
Por falar em Alckmin…
Nas redes sociais, os bolsonaristas massificam as declarações antigas de Alckmin criticando Lula. Os petistas acreditam que é melhor ser agora porque, quando chegar mais perto da eleição, esse material estará velho.
E o Doria, hein?
Esqueçam a proposta de colocar o ex-governador de São Paulo João Doria como candidato a vice numa chapa encabeçada por Simone Tebet (MDB-MS). Ele acredita que pode virar o jogo, da mesma forma que fez em São Paulo, nas duas eleições que disputou. Começou na casa dos 6% e venceu.
Na pista/ O ex-ministro Sergio Moro continua com uma agenda de pré-candidato a presidente da República como se nada tivesse acontecido. Hoje, por exemplo, tem um “debate para o futuro do Brasil” na Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), em São Paulo, a partir das 9h30, com transmissão on-line.
Vai que…/ Aliados de Moro ainda têm esperança de que o União Brasil o coloque na vitrine.
… no futuro emplaca/ Esses mesmos aliados acreditam que Moro tem tudo para repetir Bolsonaro, que começou, em 2014, sua pré-campanha eleitoral de 2018 com andanças pelo país. Na época, a maioria dos profissionais da política não levava os movimentos do atual presidente a sério. Tal como fazem com Moro agora.
Vale emoldurar/ “Onde imprensa não é livre, Constituição é mera folha de papel” — do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
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