Tag: flávio bolsonaro
A fala do senador Flávio Bolsonaro no ato de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL foi propositalmente colocada depois do discurso presidencial com o objetivo de apresentar a linha que seguirá a campanha reeleitoral do ano que vem. O tratamento que será dado aos dois adversários que os bolsonaristas consideram perigosos está definido: o ex-juiz Sergio Moro é apresentado como o traidor, que, na visão de Flávio, humilhou Carla Zambelli, de quem foi padrinho de casamento, e não descobriu quem mandou matar o presidente Jair Bolsonaro; e Lula, “um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro”.
O contraponto ao discurso de que o presidente não se preocupou com a saúde dos brasileiros na pandemia também está posto: o governo Bolsonaro, conforme anunciou Flávio, forneceu todas as vacinas que protegeram os brasileiros contra a covid-19. Para completar, em plena pandemia, o país conseguiu gerar empregos, quando, no governo Dilma, houve demissões. Agora, com o alívio que recebeu, ontem, do Supremo Tribunal Federal, Flávio estará cada vez mais solto na pré-campanha do pai.
Os incomodados que se retirem
Ex-presidente do partido e ex-ministro dos governos Dilma e Lula, o ex-senador Alfredo Nascimento foi direto quando a coluna quis saber se ele apoiará o PT de seus antigos chefes: “Eu estou com Bolsonaro. No PL, quem não apoiar o presidente está fora”.
Os 12 do Senado
Com Flávio Bolsonaro, eram 12 os senadores presentes à filiação de Bolsonaro. O PL, porém, tem apenas cinco. Os planos, agora, incluem levar os demais para o partido, por exemplo, o líder do governo, Eduardo Gomes (MDB-TO), e Fernando Collor (PTB-AL). Se vingar, ficará do tamanho do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), outro pré-candidato a presidente da República.
Moro escreve I
Chega às livrarias o livro de memórias de Sergio Moro, Contra o sistema da corrupção, da editora Sextante. Ali, ele tenta resgatar o serviço que a Lava-Jato prestou ao país, lembra que o Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão de Lula e aborda, de forma crítica, a decisão da Corte de soltar o petista: “É difícil entender que o STF venha, posteriormente, dizer que a execução (da sentença) não deveria ter ocorrido e que o ex-presidente não teve direito a um julgamento justo”, escreveu.
Moro escreve II
O ex-ministro conta o episódio do Coaf, que, retirado do Ministério da Justiça, terminou no Banco Central. Moro lembra que jamais tratou do mérito das investigações contra o senador Flávio Bolsonaro e relata conversas com Paulo Guedes, ministro da Economia; e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para salvar o Coaf: “O que não se poderia admitir era a destruição do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro com o propósito de salvar o filho de alguém, mesmo sendo ele o filho do presidente da República”.
E o Lula, hein?/ A proximidade que ele busca com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é para entrar na seara de votos da terceira via, fundamental para derrotar Bolsonaro, se a polarização for mantida. Lula tem sido muito direto nas conversas com antigos adversários: “Os meus (aliados e votos), eu já tenho. Quero que você traga os seus”.
Só em março/ O deputado Eduardo Bolsonaro disse à coluna que se filiará ao PL quando houver a janela para troca de partido. “Se eu sair agora, eles podem pedir o meu mandato”, disse ele, que continua no PSL.
Ele não vai/ Muito assediado por apoiadores de Bolsonaro no auditório do ato de filiação ao PL, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou à coluna que não vai se filiar a partido político. “Minha área é técnica”, avisou.
Ômicron e recursos/ Quinze capitais já cancelaram suas festas de réveillon por causa do risco da nova cepa da covid-19. Obviamente, os prefeitos não querem ser acusados de promover aglomerações e, mais à frente, ver o aumento do número de mortes, mas o fator econômico também contou. À exceção de Brasília, que não teve eleição no ano passado, muitas cidades enfrentam problemas de caixa.
O presidente Jair Bolsonaro chega à primeira semana pós-tensão do Sete de Setembro com mais ganhos do que perdas, conforme contam seus mais fiéis escudeiros. Primeiramente, os candidatos de centro que se reuniram no último fim de semana mostraram uma capacidade de mobilização compatível com os números que detêm nas pesquisas, ou seja, muito baixa a preços de hoje. Em segundo, o fato de o PT não encorpar o ato de 12 de setembro, onde, aliás, Lula foi atacado, terminará por afastar essa turma de centro de uma possível candidatura petista num segundo turno, se mantida a polarização.
Para completar a alegria dos governistas, o impeachment perdeu fôlego. O PT não quer tirar Bolsonaro, porque acredita que o vencerá fácil num mano a mano em 2022. O agronegócio e outros segmentos que têm voz ativa no Parlamento também não querem o afastamento do presidente. O país pode se preparar para a volta dos antigos problemas.
A contar pelas declarações de Michel Temer ao CB.Poder abrindo a semana, o MDB também está fora desse barco do impeachment. A ordem nesses partidos, aliás, é parar com as tensões para mostrar temas considerados urgentes, gasolina cara, preço do gás nas alturas, energia elétrica e por aí vai. A primeira será hoje, com o plenário transformado em comissões gerais para ouvir a Petrobras.
Arthur na área…
A contar pela investida do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamando o presidente da Petrobras, Silva e Luna, para cobrar o salgado preço dos combustíveis, o governo não terá tanta paz quanto parece. O detalhe é que, em vez de processo de impeachment, Lira vai entrar na cobrança dos temas que mais interessam à população.
…sem passar recibo
O chamamento a Silva e Luna vem sob encomenda para que, sem brigar diretamente com o Planalto, fique claro que os aliados de Bolsonaro no Congresso não estão confortáveis com a situação a que foram submetidos na semana passada. Muitos não gostaram de ver o presidente Bolsonaro prestigiar Michel Temer na hora de refluir do “modo tensão” para o “paz e amor”, deixando Lira, que pediu pacificação, meio de lado.
Indefinição impera e auxilia
Ao tirar de pauta a decisão de foro sobre processo das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro, o presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nunes Marques, ajuda o senador a ganhar tempo. Tem muita gente dizendo que, enquanto Jair Bolsonaro for presidente, Flávio não será julgado.
“Missão cumprida”/ Assim, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tem se referido à CPI da Pandemia, quando os amigos lhe perguntam se os perigos para o governo por ali terminaram. A tentativa de negociata com a compra da Covaxin, assegura o ministro, não tem como vincular Jair Bolsonaro à corrupção.
Alessandro que se prepare/ Um dos alvos dos governistas a partir de agora será o senador Alessandro Vieira, apresentado na semana passada como o candidato a Presidência da República pelo Cidadania.
Renan na escuta/ O grupo Prerrogativas já foi acionado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para apresentar sugestões ao relatório de Renan Calheiros na CPI da Pandemia. A ideia é apresentar ideias para evitar que tudo o que for apurado pela CPI termine nos escaninhos, sem consequências legais.
Temer é pop/ Em seu Instagram, o ex-presidente tem feito um pouco de tudo, desde declarações sobre a necessidade de diálogo com todas as forças políticas até sugestões de séries. No final de semana, sacou Billy Holiday.
Filhos de Bolsonaro, Carlos e Flávio estão sob os holofotes do STF
Ao arquivar o inquérito dos atos antidemocraticos e abrir outro para investigar se há uma organização criminosa montada para atentados contra a democracia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deixa ainda sob os holofotes os filhos do presidente Jair Bolsonaro. Em especial, Carlos Bolsonaro, o 02 — que por muito tempo cuidou das redes sociais do pai —, e o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), que está sob desgaste desde a investigação das rachadinhas do tempo em que era deputado estadual. O objetivo central é tentar conter as ações do bolsonarismo.
Depois do primeiro inquérito, o dos atos antidemocráticos — arquivado agora —, as manifestações passaram a ser mais comedidas no ponto de vista de ataques às instituições e à democracia. A ordem é manter esse grupo na linha de defesa do governo, o que é legítimo. Porém, sem extrapolar para ameaças e ataques nada republicanos.
Muda o foco
O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), quer tirar a CPI da Covid de cena. Para isso, corre em grupos de WhatsApp dos deputados uma lista relacionada às matérias para as “próximas semanas”: a reforma da legislação eleitoral, o projeto que acaba com os supersalários, a reforma fundiária e até mesmo a administrativa.
Faltou combinar
Não será tão fácil votá-las a toque de caixa. O relator da reforma administrativa, Arthur Maia (DEM-BA), disse à coluna que só apresentará seu parecer na primeira quinzena de agosto. Ou seja, depois do recesso parlamentar.
Por falar em recesso…
…nada está garantido. O governo torce, mas não sabe se terá meios de conseguir parar o Congresso na segunda quinzena de julho. Para isso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) teria que ser votada em 15 dias, mas a Comissão Mista de Orçamento (CMO) sequer foi instalada.
MDB na briga
O cargo de presidente da CMO estava prometido à senadora Rose de Freitas (MDB-ES), mas deu problema. Há uma disputa pelo cargo
por senadores mais alinhados com o Planalto.
Curtidas
Bolsonaro cumpriu o combinado/ O presidente esperou a despedida do ministro Marco Aurélio Mello do STF para indicar um novo nome para a vaga. Augusto Aras ganha fôlego sobre André Mendonça na reta final.
Altos e baixos/ Quem costuma visitar Bolsonaro nota que ele se irrita quando fala na CPI, mas, rapidamente, recupera e retoma a conversa com o assunto da pauta do encontro. Melhor assim.
E o Ricardo, hein?/ A avaliação geral é a de que será muito ruim o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR) se apresentar para depor como líder do governo. Porém, o presidente não vai afastá-lo antes disso, conforme o leitor da coluna já sabe.
Sem Precisa, não tem Ricardo Barros/ A ideia da CPI é só ouvir Barros depois da análise dos documentos e do recurso ao STF para derrubada do habeas corpus que permite a Francisco Maximiniano, sócio da Precisa, ficar calado na comissão. Pior para o líder, que continuará sob fogo cruzado num momento em que a pauta do Congresso ficará complicada.
Grupo de Omar Aziz e Renan Calheiros está recomposto na CPI da Covid
A defesa que o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), fez do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator deixou os governistas com a certeza de que o grupo se recompôs. O senador alagoano, por sua vez, foi muito mais cordato em suas colocações, o que indicou para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro um acerto para manter o grupo unido. Assim, resta aos governistas preparar um relatório alternativo e, de quebra, lutar ao final desta semana para mudar o rumo da comissão.
Flávia, a equilibrista
A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, tem se equilibrado entre as disputas internas do Progressistas de Arthur Lira (AL) e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR). Depois das especulações de que seria afastada do cargo, Bolsonaro determinou a todos que se entendessem. Barros, inclusive, fez uma longa reunião com a ministra para tratar da votação da MP da Eletrobras.
Ele quer paz
Muitos podem não acreditar, mas o sonho do presidente é uma base tranquila para poder centrar o foco em organizar o seu jogo para 2022. Ele não quer saber de confusão do PL com o Progressistas e nem dentro do próprio Progressistas. Nesse caso, basta Barros e Lira acertarem os ponteiros. Com o PL, reza o ditado popular, “são outros 500”.
Valdemar também
Para resolver o PL, falta o Planalto, leia-se a Casa Civil, de Luiz Eduardo Ramos, promover as nomeações pretendidas por Valdemar Costa Neto. Até aqui, a maioria dos cargos não saiu do papel. E sabe como é: quanto mais perto do ano eleitoral, mais pressão virá.
Mandetta, o carioca
Com a saída de Rodrigo Maia e Eduardo Paes do DEM, os estrategistas de ACM Neto planejam uma vingança: mudar o título eleitoral do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta para o Rio de Janeiro, de forma que ele saia candidato a governador.
Falta Bruno Covas no cenário tucano
Aliados do governador de São Paulo, João Doria, consideram que a morte de Bruno Covas fez romper a ponte entre o grupo do governador e aqueles que desejam apoiar Geraldo Alckmin ao governo, seja no PSD ou DEM. Alckmin está entre um e outro.
Curtidas
Vai encarar?/ O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que já foi aconselhado a ficar longe da CPI, fez questão de se sentar na primeira fila, de frente para o relator da comissão, Renan Calheiros. A escolha do local é de caso pensado. Tudo o que os bolsonaristas querem agora é tirar Renan do sério, para reforçar apoios futuros a um relatório a ser produzido pelos aliados do Planalto, a fim de confrontar o do alagoano.
#fiqueemcasa/ O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os expoentes do PT do Ceará, inclusive o governador Camilo Santana, para uma reunião a fim de deixar claro que são petistas e devem defender o partido, e não o PDT. A ideia é fechar desde já o grupo para não dar espaço a Ciro Gomes, de quem Camilo é aliado.
Ciumeira na economia/ O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, surge lá fora como um oásis de defesa da economia sustentável e verde no Brasil. Ganhou o prêmio de “banqueiro central 2020” pela revista britânica The Banker e, agora, acaba de sair muito bem no Financial Times. Tem gente com ciúmes do presidente do BC, inclusive Paulo Guedes.
Por falar em Guedes…/ No grupo de WhatsApp, Guedes se comparou a lorde Horatio Nelson, o almirante inglês que se preparava para a batalha contra Napoleão. A história ficou famosa, porque Nelson pediu uma túnica vermelha para que, quando fosse atingido, ninguém percebesse. Porém, quando soube do número de navios, ordenou: “então, me tragam a calça marrom”. Para alguns ministros, o colega passou recibo.
O trágico cenário de mais de 259 mil mortes por covid-19 e o desabafo do governador de São Paulo, João Doria, tachando Jair Bolsonaro como o “mito da mentira, da incompetência”, elevou a temperatura no Palácio do Planalto e fez com que o governo corresse para divulgar a compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. A avaliação dos aliados é a de que ainda dá tempo de recuperar terreno. Porém, a irritação do presidente chegou ao ponto de ele querer fazer um pronunciamento à Nação para responder ao governador paulista e se defender dos ataques que considera receber diariamente.
O presidente também não gostou nada de Doria ter citado, ainda que en passant, a compra da mansão de quase R$ 6 milhões pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O governador disse que não precisa das benesses do poder, de rachadinhas. Para muitos, é uma prévia do que pode vir por aí numa eleição presidencial, caso seja o candidato do PSDB.
Bolsonaro tem sido aconselhado a evitar uma posição raivosa no pronunciamento e adotar um tom positivo, falando das vacinas que o governo vai comprar e por aí vai. O genioso presidente, porém, não está conseguindo controlar a raiva. Acha que faz tudo certo e o erro está nos outros.
Dispositivo anti-oposição
A decisão do relator da PEC Emergencial, Márcio Bittar (MDB-AC), de colocar o valor de R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial veio sob encomenda para evitar que os oposicionistas aumentem o valor inicial, de R$ 250. Agora, é aceitar o valor que o governo estipulou e ponto.
Gato escaldado
Os governistas não se esquecem de abril do ano passado, quando, inicialmente, o governo propôs R$ 200, os congressistas elevaram para R$ 500 e Bolsonaro, para não ficar no papel de “perdedor”, aumentou para R$ 600 e fez o anúncio na hora da votação. O governo sabe que, agora, não tem mais bala na agulha –– e nem tinha à época –– para repetir essa escalada.
Para o bem ou para o mal
A queda de 4,1% no PIB de 2020 e o fato de o Brasil ter caído para a 12ª posição no ranking das maiores economias do mundo pesarão nas costas do governo federal. O discurso é o de que, se o governo federal tivesse providenciado as vacinas há mais tempo, a situação não estaria tão crítica.
Vai demorar
Cumpridos os prazos para apreciação do Orçamento deste ano, a proposta só deve chegar ao plenário do Congresso no final deste mês –– e olhe lá. A avaliação geral é a de que será impossível cumprir o prazo de 15 de março, que o governo federal pediu.
DEM segura a galera/ A resultante da live de ontem (3/3) do DEM, com a presença de Luiz Henrique Mandetta e ACM Neto, foi lida no partido como um recado de que apenas Rodrigo Maia (DEM-RJ) está na porta de saída. As críticas pessoais que fez a ACM Neto dinamitaram as pontes de retorno à boa convivência.
Documento para a posteridade…/ O vídeo em que o senador Flávio Bolsonaro defende o negócio de pai para filho e o financiamento da sua mansão já está devidamente guardado por todos os opositores. Bem como as imagens do imóvel. O “01” surge como o maior ponto frágil de Bolsonaro.
… e para a eleição/ Se tem algo que a população entende é quando vem o popular “o hômi enricou”. E isso será fartamente explorado na campanha, bem como as denúncias de tentativa de interferência na Polícia Federal, feitas pelo ex-ministro Sergio Moro. Essas atitudes, associadas ao descontrole da covid no país, vão engrossar o caldo de 2022.
Acorda, Jair/ O presidente disse com todas as letras que “criaram pânico” em relação à covid-19. Não, presidente. Com aproximadamente 259 mil mortos, 1.910 nas últimas 24h, o que parece é que o senhor subestimou a gravidade da doença para milhares de brasileiros.
O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ocupa, hoje, a pole position do grid de largada dos políticos a serem observados mais de perto. No “arriar da mala”, que, diz o ditado, é como se conhece uma pessoa, ele se diferenciou de Jair Bolsonaro, largou na frente defendendo a necessidade de conciliar teto de gastos com assistência social, rechaçou os radicalismos de “um lado e de outro”, num recado para o chefe do Executivo e o PSol, que chamou o presidente de “genocida”. De quebra, Pacheco ainda se distanciou do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao comemorar a posse com o comedimento que o momento exige e ao conseguir construir uma chapa com a oposição no Senado, quebrando, ainda que circunstancialmente, a polarização.
Pacheco não é partidário das pautas de costume do governo, elencadas como prioridade pelo presidente Jair Bolsonaro, e, nos dois últimos dias, está rouco de tanto defender a conciliação da pauta econômica com a social e de fortalecimento do sistema de saúde. Nos bastidores, há quem diga que sai Rodrigo Maia e entra Rodrigo Pacheco, mais discreto e menos emotivo. É o novo personagem que começa a chamar a atenção.
Sutil diferença
Ao vender a sua loja de chocolates, o senador Flávio Bolsonaro quer ver se consegue tirar as suspeitas da lavagem de dinheiro e a obrigação de responder pelo caixa da empresa. Agora, poderá sempre dizer, “não sou mais dono da loja, pergunte aos proprietários”.
PT na área
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro chegava ao Congresso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, gravava entrevista à Rede Vida de televisão. Ela disse, com todas as letras, que o nome do PT para 2022 é o do ex-presidente Lula. Se ele não conseguir anular a suspensão dos direitos políticos, o partido tende a ir de Fernando Haddad, o candidato de 2018.
Nada é definitivo, mas…
Gleisi defende que os partidos de oposição montem um programa conjunto e que cada legenda apresente o seu nome para, lá na frente, decidir se será o caso de lançar um único candidato, ou vários e se encontrar no segundo turno. Afinal, uma sigla grande como o PT não ter postulante é algo quase impossível.
Comissões & ministérios
Partidos começam a trabalhar um nome alternativo ao de Bia Kicis para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) é o mais citado. Só tem um probleminha: ele está cotado, ainda, para ministro da Cidadania.
CURTIDAS
Sentiu o tranco…/ Depois da festa de sua posse, com mais de 300 pessoas, e a maioria aglomerada sem máscara, o presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu colocar ordem no plenário. Ontem (3/2), por exemplo, chamou a atenção de quem estava no recinto sem o item de proteção.
… e verá consequências/ Obviamente, a festa, há dois dias, não pode ser o motivo, por causa do curto espaço de tempo, mas o departamento médico da Câmara atendeu várias pessoas com febre na instalação dos trabalhos.
Português não é para amadores/ O fato de a deputada Flordelis constar como “titular” da Secretaria da Mulher da Câmara tumultuou o WhatsApp das parlamentares ontem de manhã, uma vez que elas ainda não se reuniram para escolher quem comandará a Secretaria. No início da tarde, a secretária da Mulher, deputada Professora Dorinha (DEM-TO), esclareceu que essa titularidade é automática e vale para todas. “Todas as 79 deputadas estão nessa condição, como se fosse uma comissão”. Ah, bom!
O Congresso não é para amadores/ A deputada Flordelis, aliás, não deseja qualquer cargo ou visibilidade neste momento. Acusada de participação no assassinato do marido, ela pretende ficar bem quieta, para ver se consegue terminar o mandato. Até hoje, seu caso não foi analisado pelo Conselho de Ética.
O caso “rachadinha” de Silas Câmara no STF é teste para Flávio Bolsonaro
Coluna Brasília-DF
Enquanto a maioria dos deputados estava dedicada às eleições municipais, coube ao novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Kassio Nunes Marques, jogar para escanteio um processo de “rachadinha” contra o coordenador da bancada evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).
O caso é visto com muita preocupação por uma parcela expressiva dos parlamentares, em especial por causa do senador Flávio Bolsonaro (RJ), do mesmo partido de Silas e suspeito de desvio de salário de servidores quando era deputado estadual.
Para quem não acompanhou o julgamento no STF, Nunes Marques pediu vistas e tirou o processo do plenário virtual, aquele em que os ministros vão colocando seus votos, para que o julgamento ocorra em sessão plenária, seja presencial ou por videoconferência.
Vale lembrar que o relator, Luiz Roberto Barroso, e o ministro Edson Fachin votaram pela condenação de Silas, por desvio de recursos de salários de servidores de gabinete, a cumprimento de pena cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto, além de multa de R$ 110 mil e devolução de R$ 248 mil. Se o caso servir de jurisprudência, pode demorar, mas outros correm o risco de seguir pelo mesmo caminho.
PSB chega dividido
O PSB vai desembarcar em Brasília dividido para tratar da sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. Uma parte deseja formação de bloco com os partidos de esquerda.
Outra, conforme adiantou a coluna no fim de semana, defenderá o apoio a Arthur Lira (PP-AL). Gratidão, informam os aliados de JHC, prefeito eleito de Maceió, é o maior dos sentimentos. Arthur foi muito importante para a vitória na
capital alagoana.
Coerente com o discurso
A intenção do governo de não prorrogar o auxílio emergencial tem sintonia com o desejo do governo. A ideia é de que as pessoas precisam seguir em frente, ainda que o vírus
esteja por aí.
Incoerente com a política
Até aqui, porém, os políticos aliados ao governo pressionam para que o presidente Jair Bolsonaro tente, ao menos, encontrar um meio termo. Querem uma forma de não deixar os eleitores que recebem esse auxílio suscetíveis ao discurso da oposição. Já basta a conta de luz mais cara.
A vida é feita de escolhas
O presidente, porém, não tem muita saída diante da falta de recursos. A não votação do Orçamento dará um alívio no início de 2021, uma vez que não terá ainda emendas parlamentares. Mas é só. Com falta de recursos, pressão inflacionária e o desemprego alto, o governo não pode arriscar piorar ainda mais as contas públicas.
Falha geral
O assalto que levou pânico a Criciúma (SC), a maior cidade do Sul de Santa Catarina, acendeu o pisca-alerta das forças de segurança no país. Faltou inteligência para prevenir esse tipo de crime, o segundo com as características de bandidos fortemente armados, e com tiroteios em vários pontos de uma mesma cidade. O primeiro foi em Ourinhos (SP).
Professor Paes I/ Prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes promete se tornar um coordenador informal do grupo nas capitais. Ontem, por exemplo, falou com o prefeito eleito de Maceió, JHC, a quem dará alguns conselhos.
Professor Paes II/ Paes é considerado um construtor de pontes políticas e, da mesma forma que procurou Bolsonaro, vai contatar os novos prefeitos.
É LDO e recesso/ O anúncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias está pautada para 16 de dezembro, no plenário do Congresso, foi visto como uma senha de que o parlamento entre em recesso dia 18.
Briga até nisso/ O recesso é defendido pelos aliados de Arthur Lira, que não querem dar palanque para Rodrigo Maia em janeiro. A turma de Maia, porém, prefere o plenário funcionando em janeiro. A maior parte do tempo, porém, será dedicado aos acordos de bastidores. Afinal, com eleição do comando da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2021, e posse de prefeitos na virada do ano, a política continuarfá a pleno vapor.
Planalto trabalha para que investigações contra Carlos e Flávio não esbarrem em Bolsonaro
Coluna Brasília-DF
Em conversas reservadas, os aliados do presidente Jair Bolsonaro consideram que o maior problema do vereador Carlos Bolsonaro continua sendo a investigação sobre as fake news. O depoimento mais recente, em que o vereador negou o uso de robôs, ainda vai passar por um grande pente fino por parte dos investigadores e o Planalto está atento para que isso não esbarre no presidente.
No caso de Flávio Bolsonaro, a investigação do desvio de parte do salário dos servidores de gabinete nos tempos de deputado estadual, as “rachadinhas”, que levou à prisão o ex-assessor Fabrício Queiroz, é o que mais preocupa o clã.
Até aqui, nenhum desses problemas afetou diretamente a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. E tudo será feito para que continue assim. Nem falar sobre esses problemas, Bolsonaro falará. Políticos próximos ao Planalto asseguram que cada filho terá que segurar o desgaste, caso seja necessário.
É desgaste, mas…
Ainda que o Supremo Tribunal Federal obrigue o presidente Jair Bolsonaro a prestar depoimento presencialmente, a avaliação do Planalto é a de que o caso das suspeitas de tentativa de interferência na Polícia Federal não farão parte do cardápio das eleições e nem da agenda do cidadão comum, mais preocupado com o preço do arroz, o atendimento no posto de saúde, e a covid-19. Mesmo quem desrespeita as recomendações de isolamento social não está tranquilo.
Aliado, “pero no mucho”
A dissolução do diretório do PTB em Salvador foi vista como uma certeza por parte dos políticos de que o presidente Jair Bolsonaro não confia no DEM como aliado de sua reeleição. Roberto Jefferson, presidente do PTB, partiu para cima dos petebistas baianos justamente por causa da aliança com Bruno Reis (DEM), o candidato do prefeito ACM Neto.
Insegurança política
A aliança em Salvador se manteve de pé por uma liminar judicial, mas a confusão política está armada e a desconfiança é geral. À primeira vista, há quem diga que Jefferson adotou essa posição de intervir, depois de ter autorizado a coligação, justamente para mostrar a Bolsonaro que ACM Neto não manda no PTB.
Melhor pesquisa/ O presidente Jair Bolsonaro tem dito aos seus aliados que não precisa das pesquisas de opinião para saber como está a sua popularidade. Prefere fazer como no sábado, que, ao sair da convenção das Assembleias de Deus, seguiu para a lotérica da 103 Norte, onde foi aplaudido e terminou em aglomeração.
Por falar em aglomeração…/ É preocupante a campanha eleitoral no entorno do DF. O desrespeito aos protocolos de segurança nas convenções partidárias deixou muita gente com medo.
PSol arrisca tomar lugar do PT/ Ao usar para os candidatos deste ano o mesmo algoritmo adotado para medir a trajetória ascendente de Jair Bolsonaro em 2018, o Instituto Bites já identificou alguns candidatos que o mundo da política deve prestar atenção: Em São Paulo, Guilherme Boulos (PSol) é quem mais chama a atenção nas redes sociais, nesse momento.
Em BH, idem/ A candidata do PSol, Áurea Carolina, também foi quem mais atraiu as redes sociais nos últimos sete dias, conforme a análise do Bites. As apostas no mundo da política são as de que o PT dificilmente manterá o posto de domínio das esquerdas nesta rodada de eleições municipais.
Gilmar Mendes levará caso Flávio Bolsonaro para o plenário do STF em agosto
Coluna Brasília-DF
O ministro Gilmar Mendes só dará seu voto a respeito do processo Flávio Bolsonaro-“Rachadinhas” em agosto. Ele é relator, no Supremo Tribunal Federal, do recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a decisão que levou à segunda instância o caso das “rachadinhas” no gabinete, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, do hoje senador. E não haverá decisão monocrática, ou seja, uma canetada do ministro.
A ideia é julgar no pleno, de forma a evitar o que alguns advogados chamam de “o recurso do recurso”, que só serve para protelar o bom andamento de investigações e julgamentos.
Significa que Flávio tem julho para respirar e organizar seu jogo, seja na Justiça, seja na arena da política. Agosto, quando o Senado planeja retomar as sessões presenciais, a situação volta a ficar tensa para o senador.
Muito além da pandemia
A jogada do governo, de prorrogar o auxílio emergencial por dois meses, a fim de evitar que o tema volte ao Congresso, não vai colar. A pressão política vem no sentido de que a ajuda seja mantida até que a retomada da economia de forma mais segura. E esse movimento tem entre seus apoiadores partidos como o PP, do líder Arthur Lira, hoje um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, não vai dar para dizer sequer que é coisa da oposição.
Socializar a bondade
Os deputados acreditam que é chegada a hora de o presidente dar um alento para seus aliados perante a população mais carente. Querem ouvir de Bolsonaro algo do tipo: “Os meus aliados pediram, e eu atendi”. Até aqui, ele tem faturado politicamente todas as medidas de seu governo sem dividir o mérito com aqueles que o apoiam.
A batalha das fakes I
Uma pesquisa do DataSenado, feita entre 9 e 11 de junho, mostra que, no mundo real, a população está preocupada com as fake news e considera que deve haver, inclusive, a identificação de robôs que impulsionam mensagens. A preocupação em algum grau atinge 87%, e 75% defendem essa identificação.
A batalha das fakes II
Nas redes sociais, entretanto, a história é outra. Ali, os grupos que não querem a nova lei conseguiram emplacar a sua visão. Entre as palavras mais usadas no Twitter, por exemplo, surgem em destaque a palavra “censura” e a hashtag #pl2630nao.
A hora da nuvem/ Em sua conferência de cúpula para o setor público, a AWS aponta o futuro pós-pandemia atracado na nuvem. “As soluções em desenvolvimento mudam drasticamente a maneira como o setor público lida com TI. Em resumo: não voltaremos aos modelos de antes”, disse a vice-presidente da Amazon Web Services para o setor público, Teresa Carlson.
Até o censo/ Um dos exemplos citados foi o censo dos norte-americanos. Em 2020, pela primeira vez, até o censo dos Estados Unidos é on-line. Com a criação do website 2020census.gov na AWS, o Departamento do Censo dos EUA pôde receber as respostas mesmo com a covid-19.
No embalo de Lindôra/ Cristiano Zanin, advogado de Lula, comentou recentemente o imbroglio entre a subprocuradora Lindôra Mara e a força-tarefa de Curitiba, o que levou ao pedido de demissão de quatro procuradores. “Lava-Jato não é dona de dados que pertencem ao Estado”, disse Zanin, em entrevista ao El País. Pelo menos nesse quesito, a turma de Lula e a PGR estão do mesmo lado.
E o novo ministro, hein?/ Sobrou para todo mundo a confusão em que o governo se meteu por causa do currículo de Carlos Alberto Decotelli, que não resistiu a alguns telefonemas. Agora, a ordem é uma lupa nos indicados. Ah!, e os políticos podem perder as esperanças. Ontem, pelo menos, Bolsonaro não queria saber de nomear um senador para o cargo. Se nada mudar no balanço das horas, não é por ali que o grupo aliado ao governo no Senado terá um ministério para chamar de seu.
Coluna Brasília-DF
A alegria do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) vai durar pouco. A tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) é devolver o caso à primeira instância, quando chegar a hora de avaliar o recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o foro privilegiado obtido pelo parlamentar, na semana passada.
Alguns ministros, inclusive, cogitam mandar um recado aos desembargadores da 3ª Câmara. Muitos não gostaram do fato de ter sido desconsiderada a decisão do STF, que havia deixado o caso na primeira instância, porque Flávio não é mais deputado estadual e nem tampouco é alvo de algo que ocorreu no exercício do mandato de senador.
Portanto, não cabe o foro privilegiado, conforme o voto do ministro Marco Aurélio Mello, citado agora no pedido dos promotores ao STF. A inclinação do Supremo dá à defesa de Flávio pouca margem de manobra para tentar evitar a investigação na primeira instância.
E se seguir para a Corte, será por causa de tentativa de obstrução de Justiça, agora, algo que vai complicar a vida do senador também no Congresso. Ou seja, o que está ruim corre o risco de ficar pior.
Sobrou para a Abin
Encarregada de analisar os currículos daqueles indicados por políticos para cargo no governo, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não fez qualquer checagem sobre o currículo do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli. Ou seja, deixou o presidente Jair Bolsonaro exposto a um constrangimento desnecessário.
Deixa estar…
…para ver como é que fica. Antes de receber uma resposta atrasada da Abin sobre o currículo de Decotelli, Bolsonaro age para decantar as pressões do Centrão e do tal “gabinete do ódio”, que almejam o cargo.
O presidente sabe que, se reabrir a discussão, vai dar problema na base. Por isso, a nota de ontem nas redes sociais dizendo que Decotelli não quer ser um problema para o governo. Fecha a porta de saída e deixa uma brecha para que o ministro peça para sair, se for o caso.
O grupo dos sem ministro
Senadores de partidos do Centrão têm reclamado a falta de um cargo de primeiro escalão para os seus. Como Bolsonaro não deu margem para nomear um senador para a Educação, o grupo agora se volta para outros setores em que os ministros vão muito bem, e Bolsonaro não pensa em mudar — caso, por exemplo, de Minas e Energia.
Pense direitinho
No Congresso, há quem diga que os problemas que cercam o senador Flávio Bolsonaro indicam que não basta ele atender apenas ao presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para reforçar a base na Casa. É preciso dar a todos os partidos a sensação de “ser governo”, algo que ainda não está consolidado ali.
Economia & coronavírus/ A comissão de acompanhamento das medidas de controle da pandemia de coronavírus recebe, hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma das principais questões é a demora na liberação das linhas de créditos. “A solução da crise econômica está no crédito. Ele tem que dar um arrocho nos bancos. Os recursos do BNDES, por exemplo, ainda não estão chegando às empresas”, diz o senador Izalci Lucas (PSDB-DF, foto), titular da comissão.
Por escrito e com testemunhas/ O senador quer saber, ainda, a posição final do governo a respeito da prorrogação do auxílio emergencial. Até aqui, há quem diga que serão três parcelas de valores de decrescente, de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, ou duas parcelas de R$ 600.
Queijo suíço/ Os mecanismos e controle, que falharam em elação ao auxílio emergencial, também serão objeto de perguntas. Não se sabe, por exemplo, como 18 mil mortos receberam o benefício. “Cadê os cartórios?”, pergunta Izalci.
Lupa no DF/ A partir da semana que vem, Izalci pretende colocar para funcionar uma estrutura semelhante a desta comissão mista da covid-19 para acompanhar a situação da pandemia no Distrito Federal. Hoje, ele encaminha os convites às secretarias de Saúde, de Economia, de Educação e de Atendimento à Comunidade. A ideia é fazer audiências virtuais todas as egundas-feiras, das 14h às 15h30.