Bolsonaro está no melhor dos mundos em relação à eleição de 2020. Ainda não tem um partido para chamar de seu, portanto, não tem responsabilidades sobre eleger quem quer que seja. Os filhos não podem ser candidatos — estão inelegíveis para outros cargos porque o pai é presidente. Nesse cenário, há dentro do Congresso e do futuro partido quem defenda que o presidente não corra tanto para formar logo o Aliança pelo Brasil. Vai sempre poder dizer que não pode ter candidatos por causa das regras eleitorais. E, depois, poderá levar os prefeitos eleitos para o seu lado, sem precisar se esforçar para apoiar ninguém.
O ajuste nos salários dos policiais federais vai provocar uma corrida por aumentos nas demais categorias. E a aposta de muitos políticos é a de que, por ser um ano eleitoral, todos os segmentos consigam alguma coisa no Congresso. Ninguém no parlamento quer confusão com policiais federais, nem tampouco com as forças de segurança como um todo. Vai sobrar para Bolsonaro, lá na frente, vetar o que não for jogo combinado com o Poder Executivo.
Que São Paulo, que nada. A eleição que mais chama a atenção dos bolsonaristas, hoje, é a do Rio de Janeiro. O prefeito Marcelo Crivella está em baixa, o governador Wilson Witzel tem pretensões nacionais e, para completar, é ali que se darão as investigações que envolvem os filhos do presidente.
Na agenda do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em Brasília, inclusive com Bolsonaro, está, além do preço do petróleo, a venda de oito refinarias da empresa. Quem entende do traçado vê problemas, porque deixará o país mais exposto ao preço internacional, que tende a subir com a crise entre os Estados Unidos e o Irã.
Por falar em Estados Unidos….
No meio diplomático, há quem diga que o presidente Donald Trump aumenta o tom em relação às ameaças de retaliação do Irã porque, assim, embaça a discussão do processo de impeachment. É a velha tática: se quer escapar de uma confusão, arrume outra maior.
Presidentes de partidos começaram o ano enlouquecidos. Quem fez as contas garante que, mesmo com a sanção do fundão eleitoral por Bolsonaro, os R$ 2 bilhões serão insuficientes para financiar as campanhas país afora. E não dá nem para reclamar, porque a quantia global destinada é altíssima. Logo, podem apostar: vem aí o caixa dois, o caixa três e por aí vai.
Duas leituras/ A contar pelas conversas palacianas de advogados, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, não é o preferido de Bolsonaro para a vaga do Supremo Tribunal Federal, a ser aberta em novembro. É que, se colocar Moro no STF, o presidente perde o ministro mais popular de seu governo, e ainda um possível candidato a vice-presidente.
Praça digital I/ A Praça dos Três Poderes passará por uma reforma para a turma da tecnologia não botar defeito. Vêm aí, inclusive, hologramas de Lucio Costa para explicar os monumentos.
Praça digital II/ Quem olhar de longe não perceberá as mudanças, porque o local é tombado e não pode ser modificado. Daí, o uso de recursos tecnológicos.
Sem partido não fica/ Bom de voto e amigo de Bolsonaro, Marcos Feliciano (sem patido-SP) já recebeu convites para ingressar na nova legenda, assim que for formada. Expulso do Podemos, ele não tem pressa em arrumar uma nova agremiação. Segue o ditado: quem tem tempo não tem pressa.
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