Screenshot_20251223_100342_ReadEra Crédito: Caio Gomez

Brasil conciliador

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Coluna Brasília-DF publicada na terça-feira, 23 de dezembro de 2025, por Luana Patriolino com Eduarda Esposito 

Entre analistas do Itamaraty e de órgãos internacionais de direitos humanos, existe a avaliação de que o Brasil, atualmente, é o único país da América do Sul que poderia frear a escalada militar dos Estados Unidos sobre a Venezuela. Esse papel, seja bilateral, com Donald Trump, seja de diálogo com Nicolás Maduro, seria possível, graças ao bom momento na relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o republicano. Recentemente, eles trocaram afagos após a revogação do tarifaço.

Crédito: Caio Gomez

O petista não descarta reunir seu time para tentar solucionar a crise. Além da importância regional histórica, o governo federal mostrou que é independente e que consegue resolver seus dilemas econômicos e comerciais com os EUA na base do diálogo. Para os diplomatas, o caminho de não se acovardar rende frutos.

Ninguém mete a colher

Os deputados distritais do Partido Liberal afirmaram que não irão assinar o requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco de Brasília (BRB) na Câmara Legislativa do DF. Segundo eles, a recusa se deve ao fato de o pedido ter sido apresentado pelo PSol, além de manterem o apoio à base do governo de Ibaneis Rocha (MDB). Parlamentares da esquerda se movimentam para uma investigação sobre a tentativa de compra do Banco Master pela instituição.

Em planejamento

Não foi batido o martelo para a criação das chapas de José Roberto Arruda (PSD) e do senador Izalci Lucas (PL) na disputa pelo Governo do Distrito Federal. Os pré-candidatos não definiram quem serão seus respectivos vices. Izalci também tenta permanecer no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, caso a sigla mantenha o apoio à vice-governadora Celina Leão, o parlamentar poderá mudar de legenda. As alternativas são: Republicanos ou União Brasil.

Lá em Minas

Para o marqueteiro Leandro Grôppo, que fez as duas campanhas de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas Gerais, as eleições mineiras podem surpreender no próximo ano, assim como ocorreu em 2018. Com a esquerda sem um candidato definitivo e o vice-governador Mateus Simões (PSD) trabalhando nos bastidores para ser o único nome da direita, o especialista observa que sobra uma avenida inteira aberta para uma terceira via.

Para relembrar

Naquele ano, de um lado o então governador petista Fernando Pimentel, pensando em não dividir os votos da esquerda, acabou demovendo o ex-prefeito da capital Márcio Lacerda (PSB) de disputar o cargo. De outro, Antonio Anastasia, à época senador pelo PSDB, negociou a retirada da candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD), que era do DEM, em troca de uma vaga na chapa ao Senado. Correndo por fora, Zema bateu os dois no primeiro e no segundo turno.

Aposta no interior

O prefeito reeleito de Patos de Minas e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão, emerge como um “fato novo” com potencial para sacudir a sucessão mineira em 2026. Sem partido e empunhando a bandeira municipalista, Falcão já aparece com 3% na pesquisa F5 Atualiza Dados, empatado com o vice-governador Mateus Simões — um desempenho expressivo para quem acaba de entrar no radar estadual e ainda é bastante desconhecido do eleitorado mineiro.

Mágoa compartilhada

As recentes operações da Polícia Federal têm deixado o Congresso Nacional preocupado com a imagem perante a sociedade. Da esquerda à direita, a maioria concorda que os políticos saem, de 2026, “machucados” diante dos desdobramentos das investigações da PF.

Em alta

A Polícia Federal é avaliada como uma das instituições mais bem conceituadas do Brasil, com alta confiança da população. A última pesquisa, realizada pela Atlasintel, em fevereiro, revelou que 53% dos brasileiros confiam na instituição, principalmente em atuações contra a corrupção e o crime organizado.

Novo ministro

Toma posse, hoje, o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano (foto). Filho e indicado do deputado Damião Feliciano (União-PB), o nome foi uma reivindicação da bancada governista do União Brasil na Câmara. Nos bastidores, há quem diga que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), também participou da negociação com o objetivo de acenar para o governo.

Crédito: Ricardo Stuckert / PR

Ficou sem nada

Os parlamentares do União Brasil, de Antônio Rueda, avaliam que Celso Sabino pode ter sido “sacaneado” ao ser demitido do Turismo. O ex-ministro lutou para ficar na gestão de Lula, o que causou sua expulsão da legenda. Em seguida, acabou exonerado e ficou sem um cargo para chamar de seu.