Dois meses antes de completar 60 anos Brasília ganha um presente saboroso, que tanto homenageia as raízes gastronômicas da cidade como consolida uma marca que se renova aos 20 anos expandindo o consagrado forno a lenha para preparações, que vão muito além da pizza. A Casa Baco abriu esta semana no Casa Park, onde Gil Guimarães foi brindado com uma praça na fachada do shopping, que servirá de ponto de encontro para quem quiser sentar ao ar livre e se deliciar com cervejas artesanais, drinques e vinhos saídos de um velho Aero Willys da década de 1960.
Com o nome de Willy Bar, o espaço faz referência a um ícone gourmet que funcionou antes mesmo da inauguração da capital a 21 de abril de 1960 na Cidade Livre com o nome de Chez Willy. Instalado em uma casa de madeira, como eram todas as construções da época, o restaurante do casal austríaco Willy e Magda conseguia “manter o padrão estrangeiro de atendimento e comida”, segundo o Anuário de Brasília de 1967.
O paisagista Luiz Carlos Orsini, responsável pelos jardins de Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo, assina o projeto que privilegia espécies do cerrado. Com música de Djs, o bar funcionará depois do carnaval, sexta e sábado, das 17h às 24h e domingos, das 17h às 23h.
Fogo e paixão
“O fogo é o coração da nossa cozinha com bases sólidas e preparos lentos como antigamente, todo o cardápio passa pelo forno a lenha”. Com isso o chef restaurateur apresenta o menu, cuja base de pães, massas, fermentados e molhos é preparada na casa. A eles se mesclam produtos locais como carnes, linguiças, embutidos, geleias, hortaliças e ervas orgânicas, cultivadas com exclusividade ou em parceria para atender a Casa Baco, que tem como sócio Ailton Tristão.
Especialista em pizza, sendo a mais famosa a que recebeu o selo da Vera Pizza Napoletana, em 2012, Gil Guimarães não teve dificuldade em elaborar o cardápio do dia, “ afinal em shopping se serve almoço”. Lançou algumas entradinhas à base de queijo, burrata, tomate e antepastos, e entre as novidades, as Fritattine, que são comuns nas ruas de Roma e Napoli. São nacos de massa empanados na farinha de pão da casa e fritos, feitos de lasanha à bolonhesa e de berinjela à parmegiana. Sai por R$ 26 a porção.
Pratos quentes
Preparado na grelha de ferro, até o bife de chorizo black angus é finalizado no forno a lenha antes de ser servido com batatas à “Martin Fierro” e molho hollandaise por R$ 56. Já o galeto dourado vem com nhoque de batata na manteiga de ervas e acelga por R$ 46. Destaque para a polenta vegana: angu de milho verde, tomate fresco, ragu de cogumelos, pimenta-de-macaco e castanha de baru por R$ 42.
No jantar, a sugestão é a lasanha, uma paixão do chef desenvolvida durante os últimos dois anos, feita com ragu cozido durante 24 horas, fonduta de grana padano e demi glace de porco por R$ 45. Fora do cardápio, você poderá pedir ainda um carré de porco com três ossos (corte desenvolvido em parceria com a Calu) assado lentamente e servido com canjiquinha no caldo de costelinha e queijo minas por R$ 89 para duas pessoas.
Em frente aos dois fornos, há um aquário montado sobre um balcão no qual são expostas as folhas orgânicas, muçarela de búfala fresca, cogumelos assados e vegetais defumados que compõem a salada por R$ 33. Não há garçom, você é quem pega o prato depois do pedido pronto. Funciona no almoço de segunda a sexta, das 12h às 15h30; sábado e domingo, das 12h às16h30. No jantar, de segunda a sexta, das 18h às 24h; sábado, das 17h às 24h. Telefone: 3879 9680.