Prestes a deixar o DEM, Rodrigo Maia não só conversa com partidos alinhados ao seu pensamento, caso do Cidadania e do PSDB, mas abriu diálogo também com o PSL. Isso mesmo: o partido que elegeu Jair Bolsonaro presidente da República e hoje está rachado. Embora o PSL tenha conseguido uma maioria para se aliar a Arthur Lira, a cúpula do partido hoje considera que os bolsonaristas sairão em breve seguindo a decisão de Jair Bolsonaro, que não voltará ao antigo partido. Nesse cenário é que Maia chegaria para reorganizar o PSL e assegurar um partido de 22 a 30 deputados, de bom tamanho para os padrões atuais, em que a pulverização partidária impera.
O PSL é um partido estruturado, que tem fundo partidário para financiar campanhas e tempo de tevê. Ou seja, não seria partir do zero, algo muito mais complicado. Entre os aliados de Maia, o PSL é citado como um espaço de poder que ficará vago e que, se reformado, pode servir para abrigar Maia, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), irmã de Aguinaldo. A política está dinâmica e 2021 promete muitos rearranjos político-partidários. O momento é de organizar o jogo para 2022.
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