Minha Casa, Minha Vida turbinado em 2026

    Considerado um carro-chefe dos programas sociais do governo, o Minha Casa/Minha Vida planeja fechar 2026 com três milhões de casa contratadas. Para isso, só em 2026, no ano eleitoral, serão contratadas um milhão de unidades. As entregas das unidades aos beneficiários, porém, não ocorrerá no mesmo ano, uma vez que as obras demoram de 18 a 22 meses. A ideia de ter as obras contratadas é deixar claro ao mercado que não haverá descontinuidade do programa. “Recursos nós temos. Não existe falta de dinheiro para essas contratações”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho, em café nesta manhã, com jornalistas. Há R$ 17 bilhões em caixa, fora o que está previsto de FGTS no ano que vem, na casa de R$ 144 bilhões.  Além disso, há R$ 5,5 bilhões do Orçamento da União para a faixa 1 urbana (população de baixa renda) , que ainda está em análise no Parlamento.

Crédito: Milko Vivaldi/Flicker

O fato de essas obras não ficarem prontas no ano que vem não significa que o presidente Lula não terá entrega para fazer. Antes do Natal deste ano, o governo entregará, pelo menos, duas mil, em várias localidades. E, antes do chamado “defeso eleitoral” de 2026 — período em que não é possível promover inaugurações —, Lula terá para entregar cerca de um terço das 172 mil unidades previstas para 2026 dentro do Orçamento da União. O governo se prepara, inclusive, para fechar 2026 com uma média de 80 mil unidades habitacionais contratadas por mês, de forma a manter o mercado da construção civil gerando empregos. Em São Paulo, por exemplo, 67% dos lançamentos imobiliários são do Minha Casa Minha Vida. “Lá, é onde existe a maior demanda”, disse Jader Filho.

Na parte relativa aos financiamentos, o governo pretende ainda atender a classe média: “Por que as famílias com renda de até R$ 1, 8 mil por mês pode e a classe média não pode? Temos que ter um olhar para que esse segmento possa fugir dos juros altos”, afirmou o ministro, lembrando que a meta para 2026 é fechar dez mil unidades contratadas. Hoje, esse número está em 6 mil. A preocupação do governo é ver se consegue tirar essas pessoas do aluguel e aquecer o mercado nessas faixas. A avaliação no Ministério das Cidades é a de que as ofertas de imóveis para a classe média tem deixado a desejar. Há muitos lançamentos para faixas mais baixas de renda e de alto padrão, mas a classe média não tem tantas opções. O governo quer mudar essa realidade.

Denise Rothenburg

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