O governo erra ao decidir pelo não adiamento do concurso nacional unificado, o Enem dos concursos. A previsão para este domingo, data das provas, é de chuvas no Rio Grande do Sul. Se chover demais, a ponto de agrava ainda mais a situação calamitosa que vive o estado, qualquer candidato se sentir lesado por não conseguir acesso ao local de provas, ingressará na Justiça. E um processo judicial arrisca anulação das provas em todo o país. Ao manter as provas a qualquer custo, o governo decide correr esse risco.
O governador Eduardo Leite havia pedido o adiamento das provas. Deputados aliado ao governo, como Daiana Santos (PCdoB-RS), também pediram esse adiamento. Lá, dez cidades têm locais de prova, mas os candidatos são de todo o estado. Além disso, das dez cidades, Caxias do Sul, Farroupilha, Santa Cruz do Sul e Santa Maria foram muito afetadas pelos temporais.
O artigo 3º da Constituição menciona entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a redução das desigualdades sociais e regionais. Em nome desse princípio, resta agora ao governo, diante da sua decisão de manter as provas, torcer para que a água baixe, a chuva cesse, e as 80.348 pessoas consigam condições de igualdade com os candidatos de outros estados.
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