Diante das dificuldades no caixa da União, o presidente Michel Temer é pressionado pelos técnicos a fazer uma opção: ou mantém os serviços funcionando ou realiza as obras de infraestrutura que fazem vista na hora da eleição. Nas reuniões mais reservadas, seus conselheiros defendem a manutenção dos serviços. É mais desgastante deixar de atender os cidadãos nas mais diversas áreas do que postergar a inauguração de ponte. O presidente tem até o envio do Orçamento do ano que vem, ou seja, 31 de agosto, para fazer essa escolha. Falta combinar com os parlamentares que, ao votar em Temer no início do mês, esperam as famosas obras da União nos municípios.
No embalo do PDV
O plano de demissão voluntária no Poder Executivo, anunciado pelo governo, fez soarem as trombetas nos movimentos sociais para colocar uma lupa na quantidade de assessores comissionados que circulam pelo Poder Legislativo. E o verbo que usam é esse mesmo: circulam. Vem por aí um novo pente-fino nos cargos do Legislativo.
Sobrou para ele
Ex-ministro de Dilma Rousseff, o senador Eduardo Braga esperava ao menos a neutralidade do ex-presidente Lula na campanha para o governo do estado. A ida de Lula a Manaus será mais um sinal de que o ex-presidente não quer mais conversa com o PMDB. Nem com aquele que era aliado.
Temer e os votos
A maior incógnita para o governo hoje é o PSDB. Os tucanos ainda não deixaram claro quantos votos darão em defesa do presidente Michel Temer em 2 de agosto, na votação da denúncia oferecida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot.
Enquanto isso, no PMDB…
“Quem votar a favor dessa ofensa ao presidente não terá ambiente para permanecer no partido”, diz o deputado Carlos Marun.
… As favas estão contadas
A expulsão, entretanto, só se aplicará, inicialmente, a Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), primeiro relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
CURTIDAS
Primeiro aviso/ As redes sociais convocaram para hoje o primeiro protesto contra o aumento no preço dos combustíveis. A ideia é não abastecer o carro hoje. Outros protestos virão.
Exemplo/ Sérgio Zveiter (foto) perderá todos os postos nas comissões técnicas da Casa. Será um gesto do
partido em defesa de Michel Temer, com gostinho de vingança do Planalto.
Sem volta/ Quem apostou na fusão entre PSD e DEM pode se preparar para pagar a aposta. Gilberto Kassab não vai perder sua igrejinha, assim como Rodrigo Maia e o prefeito de Salvador, ACM Neto, não planejam conversas a esse respeito.
Só uma escala/ A frente parlamentar por mudanças na política, aquela que contará com a participação de setores do PSD, PSB e PPS, é com vistas à formação de um novo partido em 2019.
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