Coluna Brasília-DF
Em 18 de janeiro de 2018, o empresário Sílvio Santos, que recebeu o presidente Jair Bolsonaro a fim de gravar uma entrevista para exibir no domingo, abria as portas da sua emissora para o então presidente Michel Temer com o mesmo tema: Reforma da Previdência. Para muitos, é o maior sinal de que, em termos de comunicação, não dá para reinventar a roda. Será nos programas de tevê mais populares e com explicações didáticas sobre o assunto que o presidente tentará conquistar simpatias às mudanças na Previdência, de forma a conseguir apoios que ajudem a incrementar o clima favorável no Congresso.
Até aqui, assim como no governo do presidente Michel Temer, os temas que os deputados se mostram mais simpáticos é a fixação da idade mínima e da aposentadoria por tempo de contribuição. E há quem diga que, se conseguir aprovar, pelo menos esse ponto, já será um avanço.
Em conversas reservadas, militares têm dito que o chanceler Ernesto Araújo perdeu a batalha. Assim, a bola está com eles, que não vão permitir “aventuras”, ou seja, uma solução radical de interferência no conflito Venezuela. O resto é discurso.
Ok, o atual governo da Venezuela pode até querer distância dos Estados Unidos, mas terá que, para isso, correr o risco de abrir mão de explorar seu próprio petróleo. É que grande parte das peças de equipamentos usados na exploração são produzidos por empresas norte-americanas. Já tem especialistas nesse mercado dizendo que parte desse maquinário ficará sem manutenção em território venezuelano.
Aliados do atual presidente do MDB, Romero Jucá, trabalham para que ele fique na vice-presidência nacional do partido. Assim, na hipótese de se eleger um governador para o comando da legenda, no caso, Ibaneis Rocha, o titular teria que se licenciar, e Jucá assumiria.
O partido não pretende levar adiante a ideia de fusão com o PSDB. Antes de decidir o que fazer, é preciso clarear pelo menos o cenário de 2020. O momento é de cautela.
Convocado I / É bom o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se preparar. Ele certamente será convocado a explicar o corte de verbas nas universidades federais. Já há vários pedidos nesse sentido. Um deles é da deputada do Cidadania do DF, Paula Belmonte.
Convocado II/ Paula considerou os argumentos do ministro, no mínimo, controversos, em especial, sobre a UnB, a Federal Fluminense (UFF) e a da Bahia (UFBA). “Essas universidades são o sonho de muitos jovens, justamente por terem excelentes desempenhos do Índice Geral de Cursos (IGC) do próprio MEC, então, nós, como fiscalizadores, devemos esse esclarecimento à sociedade”, afirma a deputada.
O que vem por aí/ Se tem algo em comum entre os integrantes da cúpula da Comissão Especial da reforma da Previdência é que todos dormem pouco. O presidente, Marcelo Ramos (PR-AM), afirma que, se dormir cinco horas está de bom tamanho. Sinal de que as discussões não vão terminar cedo.
Liberdade de imprensa em debate/ A professora Jane E. Kirtley fará palestra sobre o tema na próxima terça-feira no auditório do Correio Braziliense. Kirtley dirigiu o comitê de jornalistas para a Liberdade de Imprensa por 14 anos. Atualmente, dá aulas de ética, mídia e direito na Escola Hubbard de jornalismo e comunicação de massa da Universidade de Minnesota. Clica aqui e veja como se inscrever.
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