Os caminhos diversos adotados pelos oposicionistas em relação ao governo Jair Bolsonaro no ato de 1º de Maio ficarão ainda mais explícitos quando esquentarem as discussões em torno da reforma da Previdência. PT e PSol seguem na política da negação geral da reforma, mas os outros partidos cogitam votar alguns pontos, por exemplo, a tabela progressiva da contribuição, na qual os mais pobres pagam menos e mais abastados pagam mais. Obviamente, farão algum discurso para baixar o percentual mais alto incluído no projeto (22%) para algo em torno de 18%, de forma a atender a classe média.
» » »
Mesmo os partidos que fecharam questão contra a reforma, caso do PSB, avisam que a decisão se refere apenas ao texto que saiu da Comissão de Constituição e Justiça. Ou seja, daqui para frente, se a proposta for alterada, é possível levar parte da oposição a votar o projeto.
O presidente Jair Bolsonaro será alertado por alguns aliados da seguinte conta: às vezes, sai mais “barato” o governo negociar as mudanças no texto da reforma previdenciária com parte da oposição do que ceder todos os cargos a serem solicitados pelo Centrão.
Os oposicionistas foram cobrar do presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos, o fato de ele ter dito que vai votar o texto em junho. Os cálculos dos oposicionistas são os de que a reforma não sai antes de agosto. Afinal, muitos partidos terão destaques na hora em que a proposta chegar ao plenário, nem que seja só para constar.
Os argumentos são os de que vale muito mais um texto negociado, com um margem de votos segura, do que algo feito de forma atabalhoada, correndo o risco de derrota. Além disso, o governo já considera este ano perdido em termos de ajuste fiscal. Haja visto o comportamento do mercado, que derrubou a previsão de crescimento.
A conclusão dos aliados do presidente em relação à crise na Venezuela é a de que as informações dos generais, em especial aquelas obtidas pelo vice-presidente Hamilton Mourão, estavam mais precisas do que as trazidas pelo ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Bolsonaro, dizem seus interlocutores, não gostou. A torcida pró-Guaidó, entretanto, continua firme.
Alinhamentos/ Na Comissão Especial da reforma da Previdência está assim: o presidente Marcelo Ramos (PR-AM) tem todo o diálogo com os oposicionistas. Já o relator, Samuel Moreira, é mais ligado ao ministro da Economia, Paulo Guedes e ao secretário Rogério Marinho, que já foi deputado pelo PSDB.
A união de Érika, Joice e… Dilma/ A deputada Érika Kokay (PT-DF) e a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman (PSL-SP), são parceiras. Pelo menos, na dieta. Ambas estão firmes no método Ravenna de emagrecimento. O mesmo que derrubou os quilos extras da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nem tanto/ Érika e Joice já foram vistas na clínica. Mas, até aqui, sentaram-se em mesas separadas. Ainda não chegaram ao ponto de trocar experiências para não cair nas tentações da comida.
Sem risco/ Dilma Rousseff, que voltou a morar em Porto Alegre, não frequenta mais a clínica. Dos seus ministros, o advogado José Eduardo Cardozo recorre às comidas da clínica sempre que se vê muito fora do peso. Mas quem passa por lá para abastecer seu freezer é o motorista.
DENISE ROTHENBURG — Empresários levantam dois pontos que prometem causar polêmica na discussão dos projetos…
DENISE ROTHENBURG — Líderes partidários acertaram a derrubada do veto aos R$ 3,6 bilhões do…
Demorou, mas acertou. O anúncio que o governo fará daqui a pouco, sobre o adiamento…
O governo erra ao decidir pelo não adiamento do concurso nacional unificado, o Enem dos…
Por Denise Rothenburg — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escapará de uma…
Por Denise Rothenburg — Está com os dias contados o argumento do governo vitorioso no…