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“Não vamos resolver a reforma da Previdência quebrando o trabalhador”, diz Bolsonaro em transmissão ao vivo

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez um balanço da semana, durante um pronunciamento transmitido, ao vivo, nas redes sociais. Ele aproveitou para tranquilizar o funcionalismo sobre as notícias a respeito da Reforma da Previdência. Em pouco mais de 30 minutos de transmissão, disse, também, que considera um absurdo aumentar a alíquota de contribuição dos servidores públicos. “Não vamos resolver a reforma (da Previdência) quebrando o trabalhador”, disse. O futuro presidente reclamou, ainda, que “tentam colocar na conta dele” a responsabilidade pelo aumento do Judiciário. “Não sou o presidente. Não tenho nada com isso. Quem aprovou foi o Senado. E agora quem vai decidir é o atual presidente”.

Bolsonaro mencionou a entrevista do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e comentou a escolha de Teresa Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura. “Ele quer carta branca para combater o crime organizado e a corrupção. Ele terá toda a liberdade. Combater como? Seguindo o dinheiro. Teremos um braço da Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras – dentro do Ministério da Justiça”. Sobre um tema espinhoso, que seria a diminuição da maioridade penal, Bolsonaro disse que cabe conversa. “Se eu quiser 16 e ele 18, vamos conversar. Ninguém quer impor nada”, detalhou.

O futuro chefe do executivo federal falou também sobre a embaixada brasileira em Israel: “Vamos parar com essa frescura. Estive com vários embaixadores, conversas ótimas, queremos reduzir pressão de conflito no mundo”.

Quanto à agricultura, Jair aproveitou para dar um chega para lá no presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Nabham Garcia: “O nome dela (Teresa) foi colocado na mesa, numa reunião com mais de 50 pessoas. Lamento um colega aí, que achou que devia ser ele por estar há mais tempo comigo. Agradeço, me acompanhou, mas, se fosse assim, tinha que colocar a minha mãe, que é quem está há mais tempo comigo”.

Turismo

“Vocês estão de brincadeira. Não é demarcar como parque nacional. Queremos fazer o turismo nessa região (Baía de Angra) que traz divisa para a gente. Ilha do Sandri está tudo abandonado. Quem quiser fazer barbaridade, faz, porque não tem fiscalização. Se tivesse um hotel explorando turismo, estaria preservada a área. O turismo preserva, e não da forma xiita que o Ibama vem fazendo até hoje”.

Bolsonaro disse , também, que pretende anunciar na semana que vem os ministros do Meio Ambiente, Saúde, Relações Exteriores e, na Educação, quer alguém alinhado: “Não vai ter essas questões que teve no Enem, porque vamos ver a prova antes”, diz ele, considerando um absurdo qualquer questão sobre ideologia de gênero no ensino.

Denise Rothenburg

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