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Bolsonaro aperta Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que tem defendido o uso de máscaras por onde passa, balança no cargo, tal e qual seus outros colegas médicos, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, balançaram no ano passado. Aliás, há até entre aliados do governo quem veja o fato de Bolsonaro pregar a dispensa do uso de máscaras por quem já teve covid ou tomou vacina e, de quebra, levantar dúvidas sobre o número de mortos pela doença, como movimentos casados para tentar tirar a pandemia de cena e acelerar a retomada da economia. Diante dessa determinação presidencial, ou “o tal de Queiroga” faz o que Bolsonaro manda, ou pede o boné.

Queiroga está realmente com um problema: a ciência ainda não decretou o fim da pandemia. Para que isso ocorra, é preciso reduzir o contágio e aliviar o sistema de saúde, que continua sob pressão. Esta semana, por exemplo, 20 estados apresentaram situação preocupante de ocupação de leitos, 11 deles e o DF acima de 90%. Mato Grosso do Sul se viu obrigado a enviar pacientes para outros estados. Enquanto o país estiver com esse cenário, vai ser difícil acabar com a crise sanitária do jeito que deseja Bolsonaro.

No embalo de Wilson, resta a via Wagner

Depois que o governador do Amazonas, Wilson Lima, não foi depor na CPI da Pandemia, o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, é considerada a tábua de salvação do senador Eduardo Girão para fazer valer a investigação sobre o uso de recursos enviados aos estados voltados ao combate e à prevenção da covid.

Assessoramento não é ilegal

Os senadores aliados ao Planalto vão bater na tecla de que o presidente da República tem direito a ouvir quem quiser para adotar as políticas de governo. Nesse sentido, já está separado para colocar num possível relatório alternativo na CPI o grupo que assessorou o presidente Fernando Henrique Cardoso na época do apagão.

Um tijolo a mais

O ingresso do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) no PSB dará mais peso no partido àqueles que defendem a candidatura de Lula. Assim, será menos uma agremiação para tentar compor uma alternativa à polarização entre o petismo e o bolsonarismo.

Este é o jogo da hora

Hoje, o petismo trabalha para tentar evitar qualquer outro candidato forte no seu campo, da mesma forma que o bolsonarismo age para tentar atrair as estrelas dos partidos mais conservadores.

Pode arrumar as gavetas/ Tem gente aconselhando Arthur Lira a esperar a volta das sessões presenciais na Casa para colocar em pauta a cassação do mandato da deputada Flordelis. Assim, ela ganha uma sobrevida, mas não escapa.

E o Daniel, hein?/ Há, no Congresso, quem aposte num relatório alternativo à suspensão de seis meses pedida pelo relator do caso Daniel Silveira. É que ele ainda tem outros processos para responder no colegiado, portanto, a ideia é ir subindo gradualmente a pena.

Agora vai/ Depois que o G-7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) jogou suas fichas na criação de um imposto global para as grandes multinacionais, o deputado Danilo Forte quer aproveitar a onda para dar mais visibilidade à sua proposta de taxação das gigantes de tecnologia das redes sociais e dos aplicativos.

E eles também/ Danilo Forte tem citado ainda esses aplicativos sobre jogos de futebol, que cresceram e apareceram nos últimos anos.

Denise Rothenburg

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