Advogados e políticos que acompanharam o ex-presidente Lula em Curitiba consideram grandes os riscos de ocorrer com o petista o que houve com ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR), em 2014. À época, Arruda conseguiu o registro de sua candidatura para concorrer a um novo mandato de governador, mas, logo depois, foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de comandar o mensalão do DEM. Os advogados ainda tentaram manter a candidatura, mas a Justiça decidiu que a inelegibilidade da Ficha Limpa deve ser considerada antes da eleição e não apenas no período anterior ao registro.

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A aposta dos especialistas, considerados os prazos com que Sérgio Moro costuma proferir as sentenças, é a de que Lula será, sim, condenado e, se a segunda instância mantiver o ritmo com que tem trabalhado até aqui, o ex-presidente chegará ao segundo semestre de 2018 com a candidatura registrada, porém balançando numa data bem próxima ao pleito. É esse o cenário que mais preocupa os petistas. É que, no lusco-fusco, ficará difícil trocar de candidato. Foi mais ou menos o que houve com o PR, que, a menos de um mês da eleição, lançou o nome de Jofran Frejat no lugar de Arruda.

Sai daí rapidinho!

Aliados que acompanharam o ex-presidente Lula em Curitiba consideraram que a presença de Dilma Rousseff no ato era desnecessária. A ordem no PT era deixar o palco exclusivo para Lula. Aliás, o partido tem se especializado em dizer
que o governo Dilma teve problemas, mas o de Lula
foi bom. É por aí que eles pretendem empreender a campanha para 2018.

Há vagas

O governo não vai conseguir blindar as agências reguladoras de indicações políticas. Nos bastidores, a briga maior é pela vaga que abre dia 28 deste mês na Agência Nacional do Petróleo (ANP). E, sabe como é, em tempo de reformas em pauta, o governo não nega nada
a ninguém.

Juiz escoltado, procuradores escoltados, só quem chega livre e nos braços do povo é o réu”

Lula, ex-presidente,
ao sair do depoimento ontem em Curitiba

O exercício de Serra/ Acostumado a viajar de São Paulo para Brasília todas as semanas, o senador José Serra (foto), do PSDB-SP, tem reparado que os voos vindos da capital paulista sempre param nos fingers mais distantes, o que obriga os passageiros a andarem por toda a área de embarque.

O cálculo de Serra/ “Eu até não desgosto, porque faço uma caminhada, mas há aí uma ação deliberada para que passageiros de voos de regiões de maior poder aquisitivo terminem andando mais pelo aeroporto e acabem parando em alguma lojinha no trajeto. Se não fosse proposital, não seria sempre no último finger, mas sempre é. Sou economista, sei que isso acontece”, disse ele a indicados para o Cade.

O olho deles/ Investidores estrangeiros ficaram animados com a perspectiva de melhora da economia nacional, mas, enquanto não houver a certeza de que o Brasil está cuidando das suas contas, leia-se aprovando reformas, ninguém vai abrir a carteira de forma muito generosa.

A queda de Dilma/ O jornalista Ricardo Westin lança. na segunda-feira, às 20h, na Leitura, do Pátio Brasil, o livro A queda de Dilma — Os bastidores do impeachment da presidente que desprezou as lições políticas de Maquiavel.

Denise Rothenburg

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