Concurso PF: cinco bancas são cotadas; saiba quais estão no páreo

Publicado em Deixe um comentárioCarreira policial, Concursos, Concursos Públicos, Governo federal, Polícia Federal, segurança

Vale ressaltar que o último concurso da PF, realizado em 2018, teve o Cebraspe como banca organizadora

 

Karolini Bandeira*- Após a aguardadíssima autorização, o concurso público da Polícia Federal (PF), que oferecerá 1.500 vagas imediatas em 2021 e mais 500 excedentes em 2022, está em fase de definição de banca organizadora. Cinco instituições enviaram proposta e estão na disputa pela contratação!

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), o Instituto AOCP, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) são as empresas que enviaram proposta e podem ser escolhidas.

Vale ressaltar que o último concurso da PF, realizado em 2018, teve o Cebraspe como banca organizadora, o que aumenta as chances da empresa ser escolhida novamente.

 

A publicação do edital de abertura foi confirmada pela corporação para janeiro de 2021. As 1.500 vagas imediatas serão distribuídas entre a seguinte divisão:

  • 123 – Delegado de Polícia Federal
  • 400 – Escrivão de Polícia Federal
  • 84 – Papiloscopista de Polícia Federal
  • 893 – Agente de Polícia Federal

 

Saiba mais sobre o concurso da PF, cargos e salários aqui! 

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco 

Definida banca organizadora do concurso PCSE para 60 vagas

Publicado em Deixe um comentárioCarreira policial, Concursos, Concursos Públicos, segurança

O certame prevê 50 vagas para agentes de polícia judiciária e 10 para escrivães

 

Karolini Bandeira*– Foi divulgado pela Polícia Civil de Sergipe (PCSE), nesta quarta-feira (23/12), que o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) foi escolhido como banca organizadora responsável pelo próximo concurso da corporação. Ainda segundo a PCSE, a validação da banca agora depende apenas da confirmação da Procuradoria Geral do Estado (PGE SE).

A banca organizadora estava em fase de definição desde o início de dezembro. Agora, falta apenas a confirmação da PGE para o edital começar a ser produzido. “A próxima etapa é o encaminhamento da justificativa da escolha da banca organizadora em conformidade com os critérios técnicos observados para a seleção do concurso público da Polícia Civil de Sergipe”, explicou o órgão. E completou: “Na maioria dos casos, a banca selecionada pela comissão organizadora é aprovada pela PGE e recebe autorização para a elaboração do edital e adoção dos demais processos cabíveis à organização e aplicação das provas do certame.”

O certame prevê 50 vagas para agentes de polícia judiciária e 10 para escrivães. As funções tem como pré-requisito nível superior completo. De acordo com o Portal da Transparência da PCSE, ambas as profissões contam com salário no valor de R$4.500.

 

 

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco

Servidor nível médio em cargo de nível superior é inconstitucional, diz STF

Publicado em Deixe um comentárioConcursos

“É inconstitucional o aproveitamento de servidor, aprovado em concurso público a exigir formação de nível médio, em cargo que pressuponha escolaridade superior”, determinou o Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento de ação que questionou lei do estado de Roraima.

O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 697 da repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Roberto Barroso.

Entenda o caso

O STF reconheceu repercussão geral em um caso em que o Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR) declarou inconstitucional dispositivo de lei complementar estadual que teria determinado, sem a realização de concurso público, a ascensão funcional de ocupantes do cargo de oficial de justiça, de nível médio, ao novo cargo de oficial de justiça, que exige formação em curso superior.

Segundo os autos, o TJRR, ao julgar a ação direta de inconstitucionalidade, declarou inconstitucional o artigo 35 da Lei Complementar estadual 142/2008, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar estadual 175/2011.

O tribunal estadual considerou que o dispositivo representou ofensa pois, ao extinguir uma carreira, haveria permitido aos ocupantes o acesso a outra de nível de escolaridade diverso e remuneração maior, sem a prévia aprovação em processo seletivo.

O acórdão destacou que, no caso em análise, deve ser aplicada a Súmula 685 do STF, que dispõe ser inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

No recurso apresentado ao STF, que foi negado agora, a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima sustentou que as atribuições relativas a cargo ocupado por servidores com escolaridade média, que ingressaram no serviço público mediante concurso, passaram a ser privativas de cargo de nível superior e, por este motivo, seria legítimo o enquadramento dos profissionais que preenchiam todas as condições para o exercício correspondente, em observância ao princípio da isonomia.

Com informações do STF.

Etapas do concurso PMSP serão retomadas em janeiro de 2021

Publicado em Deixe um comentáriocarreira militar, Concursos, Concursos Públicos, Coronavírus, segurança

Karolini Bandeira*- O concurso público da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), aberto em 2019, será retomado a partir de 4 de janeiro de 2021. O certame havia sido suspenso desde o início do ano devido aos riscos causados pela pandemia de coronavírus. O novo cronograma, publicado no Diário Oficial do último sábado (19/12), define datas para a aplicação das fases de exames de aptidão física, exames psicológicos, exames de saúde e investigação social.

 

Ao todo, 81 turmas estão divididas para realizar as avaliações restantes. Algumas turmas, inclusive, já iniciaram alguns dos exames no início de 2021, antes do estado de calamidade ser decretado em São Paulo. De acordo com a publicação, os candidatos terão atividades a partir de 4 de janeiro, previstas para serem concluídas no dia 3 de maio. 

 

A publicação decretou, também, medidas de segurança para diminuir a disseminação da covid-19. Será obrigatório, durante as etapas presenciais, a utilização de máscara de proteção facial e aferição de temperatura dos candidatos. Fica proibido o acompanhamento de terceiros independente da idade. O descumprimento das normas poderá causar a desclassificação do candidato. 

 

O concurso, de agosto de 2019, ofertou 2.700 vagas para a função de Soldado PM 2ª Classe. O cargo exige nível médio e tem como remuneração R$ 3287,18. A Vunesp foi a banca organizadora do certame. Leia o edital na íntegra!

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco

Próximo concurso Seeduc/RJ deverá sair no início de 2021

Publicado em Deixe um comentárioautorização, Concursos, Concursos Públicos, educação

O último concurso da Secretaria foi feito no início de 2020

Karolini Bandeira*- Em entrevista dada ao portal O Dia na última quinta-feira (17/12), o secretário estadual da Educação do Rio de Janeiro, Comte Bittencourt, confirmou que será realizado um novo certame da Secretaria Estadual da Educação do Estado (Seeduc/RJ) no primeiro semestre de 2021. Ainda segundo o secretário, o concurso público já foi autorizado pelo governo e irá contratar professores.

 

“O governador já liberou e terá concurso em 2021. Só para o magistério. Vamos trabalhar nossa planta de carências de disciplinas e regiões. Vamos abrir no começo do ano para que, no meio, possamos receber esses professores”, informou Comte Bittencourt.

 

O último concurso da Secretaria foi feito no início de 2020. Na ocasião, foram oferecidas 827 vagas temporárias para professores de diferentes áreas com remuneração de até R$ 2.211,25 para jornada de trabalho de 16 a 20 horas semanais. Os profissionais selecionados foram lotados em unidades de ensino fundamental e médio e unidades escolares prisionais e socioeducativas.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco

Lei garante 10% das vagas de concursos públicos do DF para mais pobres

Publicado em Deixe um comentárioConcursos

O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente, publicou no Diário Oficial desta terça-feira (22/12), a lei que reserva aos comprovadamente hipossuficientes –  aqueles considerados sem condições financeiras – 10% das vagas oferecidas nos concursos
públicos do DF.

A regra vale para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista no Distrito Federal.

De acordo com o documento, a reserva de vagas é aplicada sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público seja igual ou superior a 10. Na hipótese de quantitativo fracionado para o número de vagas reservadas a candidatos hipossuficientes, aplica-se a seguinte regra:  I – em caso de fração igual ou maior que 0,5, o número é aumentado para o primeiro número inteiro subsequente; II – em caso de fração menor que 0,5, o número é diminuído para número inteiro imediatamente inferior.

Fica definido também que a reserva de vagas a candidatos hipossuficientes deve constar expressamente dos editais dos concursos públicos, que devem especificar o total de vagas correspondentes à reserva para cada cargo ou emprego público oferecido.

Para efeitos desta Lei, são hipossuficientes  aqueles:

I – cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até 1,5 salário mínimo;
II – que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral.

A comprovação da hipossuficiência se dá no momento da inscrição.

Veja mais detalhes da lei:

Na hipótese de constatação de declaração falsa, o candidato é eliminado do concurso e, se houver sido nomeado, fica sujeito à anulação da sua admissão ao serviço ou emprego público, após procedimento administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a
ampla defesa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Os candidatos hipossuficientes concorrem, concomitantemente, às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.

Os candidatos hipossuficientes aprovados dentro do número de vagas oferecido para ampla concorrência não são computados para efeito do preenchimento das vagas reservadas. Em caso de desistência de candidato hipossuficiente aprovado em vaga reservada, a vaga
é preenchida pelo candidato hipossuficiente posteriormente classificado.

Na hipótese de não haver número de candidatos hipossuficientes aprovados para ocupar as vagas reservadas, as vagas remanescentes são revertidas para a ampla concorrência e preenchidas pelos demais candidatos aprovados, observada a ordem de classificação.

A nomeação dos candidatos aprovados respeita os critérios de alternância e proporcionalidade, que consideram a relação entre o número de vagas total e o número de vagas reservadas a candidatos com deficiência e a candidatos hipossuficientes.

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e tem vigência pelo prazo de 10 anos, não se aplicando aos concursos cujos editais já tenham sido publicados antes de sua entrada em vigor.

DPE PR: servidores são convocados para formar comissão de próximo concurso

Publicado em Deixe um comentárioConcursos, Concursos Públicos, Defensoria Pública

Karolini Bandeira*- Os preparativos iniciais do próximo concurso público da Defensoria Pública do Paraná (DPE PR) já começaram! De acordo com publicação feita no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (17/12), alguns servidores interessados em compor a comissão organizadora do certame foram convocados pelo presidente do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado, Eduardo Pião Ortiz.

 

O concurso, autorizado em janeiro, deverá ofertar vagas de nível técnico e nível superior nas áreas de administração, serviço social, direito, informática, engenharia, contabilidade, estatística, economia, secretariado executivo, técnico em informática, técnico administrativo, técnico em recursos humanos e psicologia.

 

De acordo com o regulamento, publicado em maio, a seleção contará com prova objetiva, redação e análise de títulos. A prova objetiva, obrigatória para todos os cargos, será composta por 50 questões que irão variar de acordo com a função. O número de vagas ainda não foi divulgado.

 

“Serão lançados o mais rápido possível”, diz governador do Ceará sobre concursos da Segurança

Publicado em Deixe um comentárioCarreira policial, Concursos, Concursos Públicos, segurança

Serão 2.870 chances! Saiba mais:

 

Karolini Bandeira*- Os próximos concursos públicos da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Forense do Ceará, que já tem comissão organizadora definida, deverão sair logo! A informação foi dada pelo próprio governados do Estado, Camilo Santana (PT), em entrevista ao portal Diário do Nordeste. Segundo o veículo, ao ser perguntando sobre os três concursos da Segurança, Santana alegou que os editais serão lançados “o mais rápido possível”.

 

Durante a entrevista, o governador também informou que fortalecer a Polícia Civil (PCCE) é um dos principais objetivos; e que a publicação dos editais é algo que vem sendo cobrado à área técnica do Estado há um tempo.

 

Comissões formadas

As comissões organizadoras responsáveis pelas tramitações iniciais do certame foram formadas no final de novembro. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado e no Instagram do governador. Confira aqui o documento na íntegra com as equipes!

 

Quantidade de vagas divulgada

Durante transmissão ao vivo feita dia 18 de novembro pelo Instagram, Camilo Santana divulgou o número de vagas que serão disponibilizadas no edital de cada corporação. Segundo o governador, os concursos para a Segurança contarão, ao todo, com 2.870 oportunidades. Foram confirmadas 2.200 vagas para a PM, sendo 2.000 para o cargo de soldado e 200 para oficiais. A PC contará com 500 oportunidades, das quais 400 serão para inspetores e 100 para escrivães. Já a Pefoce terá uma oferta de 170 vagas distribuídas entre as funções de perito criminal, perito legista, médico perito legista e auxiliar de perícia.

 

*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco.

Corpo de Bombeiros de Tocantins define banca organizadora do próximo concurso

Publicado em Deixe um comentáriocarreira militar, Carreira policial, Concursos, Concursos Públicos

O edital de abertura está cada vez mais próximo!

 

Karolini Bandeira*- O próximo concurso público do O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins (CBMTO) deu mais um passo! De acordo com um extrato de contrato publicado no último sábado (19/12), a banca organizadora responsável pelo certame será o renomado Cebraspe!

 

Ainda segundo o documento, o concurso terá oportunidades para os cargos de soldado e oficial. O valor firmado no contrato foi de R$ 1.385.659,91, com vigência de 12 meses.

 

Veja abaixo o documento:

 

Edital PMTO passa por alterações

Previsto para o final de dezembro, o edital de abertura do concurso público da Polícia Militar de Tocantins (PMTO) segue com publicação em atraso devido a alterações feitas de última hora nos cargos e vagas disponíveis. Durante transmissão ao vivo feita no Instagram do órgão, o chefe de Comunicação da Instituição, Major Levy Gonçalves, explicou que o documento ainda não foi divulgado porque o Comando-Geral da PM resolveu acrescentar vagas para a área da saúde.

 

Ainda segundo o Major, o certame irá oferecer mil vagas distribuídas da seguinte forma: 50 vagas para soldado de músico, 25 vagas para soldado da área de saúde (20 para técnico de enfermagem e cinco para técnico em saúde bucal) e 925 vagas para soldado. O edital também será organizado pelo Cebraspe, e a promessa de salário é de R$ 2.365,69 durante o Curso de Formação (CFSD), e R$ 4.758,56 após o curso.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Custos com o funcionalismo e contratações devem ficar congelados durante 2021

Publicado em Deixe um comentárioConcursos

Agência Estado – Os candidatos que saíram vitoriosos da eleição de 2020 com promessas de aumentar o serviço público e fazer concursos para funcionários encontrarão, no próximo ano, uma barreira legal. Custos com o funcionalismo e contratações devem ficar congelados durante todo o primeiro ano de mandato dos prefeitos eleitos. Uma lei aprovada em maio deste ano pelo Congresso Nacional impede a União, os Estados e os municípios de fazer qualquer contratação, reajuste ou reforma administrativa que traga aumento de despesa.

A regra foi incluída na lei complementar 173, que criou o programa federal de enfrentamento à pandemia do coronavírus. O congelamento de vagas e salários foi a contrapartida a um alívio financeiro de R$ 125 bilhões e à suspensão de pagamentos da dívida com a União, e vale até 31 de dezembro de 2021.

Todos os municípios do País estão submetidos à regra. Na lei, há exceções previstas apenas para a reposição de cargos e contratações temporárias, inclusive para prestação de serviço militar.

O secretário executivo da Frente Nacional de Prefeitos, Gilberto Perre, critica a aprovação da regra única para os mais de 5 mil municípios brasileiros. Ele diz que as contas públicas em cidade têm situações muito diferentes, e lembra que a crise econômica tem pressionado o setor público a oferecer mais serviços nas áreas de saúde, educação e assistência social.

“Esses regramentos nacionais, para um país tão heterogêneo, sempre podem trazer complicações”, diz Perre, ex-prefeito de São Carlos, no interior paulista. “É óbvio que teremos de conter despesas, porque as receitas estão desfavoráveis. Mas engessar, de norte a sul e de leste a oeste, é generalizar demais.”

Entre os prefeitos da FNP, segundo Perre, ainda não há um movimento para alterar as regras da lei. Ele diz, no entanto, que isso pode mudar caso o cenário econômico de 2021 melhore a ponto de trazer mais arrecadação. “Se a economia demonstrar sinais de volta aos padrões pré-pandemia, eventualmente essa medida pode não se fazer tão necessária, ser até abreviada. Isso depende do ambiente político de 2021.”

Rio de Janeiro

A exigência da lei dificulta o cumprimento dos planos de governo mais ambiciosos, que prometeram a expansão do atendimento e criação de novos serviços públicos. No caso do Rio de Janeiro, algumas propostas do prefeito eleito Eduardo Paes (DEM) são dificultadas não só pela lei complementar 173, mas pela situação fiscal da prefeitura.

Uma das promessas, exibida em vídeos da campanha na TV e nas redes sociais, é recontratar mil médicos e outros 5 mil profissionais da saúde no primeiro ano de governo. Outras promessas de campanha são contratar mais de 3 mil professores, expandir programas de segurança, voltar a dar prioridade aos investimentos sociais e criar um novo plano de carreira para servidores da área de saúde no ano que vem. A campanha não divulgou a previsão de impacto das medidas no Orçamento municipal.

Na primeira semana após a eleição, porém, a equipe de Paes anunciou que deve receber a prefeitura com um rombo de R$ 10 bilhões. Futuro secretário municipal de Fazenda, Planejamento e Controladoria do Rio, o deputado federal Pedro Paulo (DEM) classificou a situação das contas na cidade como “muito calamitosa”. A equipe prepara um pacote de ajuste fiscal para a primeira semana de governo que inclui congelamentos nos gastos, renegociação de contratos e corte de incentivos fiscais.

Contexto

O Rio é, entre todas as capitais do País, aquela que tem a maior proporção da sua receita dedicada ao pagamento de servidores. Segundo os dados mais recentes do Tesouro Nacional, referentes a 2019, o gasto bruto com pessoal equivale a 79% do dinheiro que sobra após o município pagar transferências previstas na Constituição.

A situação do Rio é discrepante se comparada a outras capitais mais ricas. São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, por exemplo, estão na situação inversa, abaixo dos 50% da receita corrente líquida comprometida.

“Nós vamos trabalhar para que esse ajuste possa ser implementado o mais rápido possível, e, com a recuperação da capacidade fiscal da cidade, vamos progressivamente implementando o plano de governo que o prefeito pactuou com a cidade”, disse Pedro Paulo, que estuda propor uma espécie de teto de gastos municipal com validade de ao menos dois anos. A medida teria de ser votada na Câmara Municipal. “Sem dinheiro, não tem política social nem valorização do servidor.”

Insuficiente

Para o economista Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, o congelamento de contratações e salários exigido na lei complementar 173 “é uma boa regra, mas insuficiente”. Ele lembra que o próprio governo federal incluiu a contratação de 50,9 mil servidores na proposta de lei orçamentária para 2021. A justificativa é que essas contratações seriam reposições de aposentados, exceção incluída no texto aprovado pelo Congresso.

Como a lei não estipulou prazo para essas reposições, essa exceção é considerada uma brecha. “A lei é importante para evitar o uso de recursos públicos gerados pelo não pagamento de dívida ou pelas transferências feitas em 2020 em despesas de caráter permanente. Segue, inclusive, o espírito dos gatilhos do teto de gastos”, diz Salto.