Se alguém dissesse, há algum tempo atrás, que a profecia de Dom Bosco entre o paralelo 15 e 20 onde jorraria leite e mel, pudesse também jorrar vinho e de muito boa qualidade, seria considerada um exagero. Pois é o que está acontecendo. Com apenas três anos de existência Seu Claudino, o primeiro vinho brasiliense, feito com a uva Syrah, cultivada no PAD-DF, deu mais um prêmio ao seu produtor Ronaldo Triacca. Na categoria vinho tinto, ficou em primeiro lugar no concurso promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária fazendo jus ao Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023.
Em segundo lugar, ficou o Gran Reserva Tinto elaborado com as uvas Cabernet Franc, Tannat e Pinot Noir em Caxias do Sul pela vinícola Sanabria, cujo proprietário e enólogo Carlos Sanabria também faz vinhos no Paranoá. O prêmio dos melhores vinhos, incluídos ainda branco, moscatel e espumante, foi entregue semana passada em Bento Gonçalves (RS), considerada a capital do vinho brasileiro.
Barraco sem porta
Ao receber o troféu, ao lado da mulher Ana, Ronaldo Triacca um dos sócios-proprietários da Vinícola Brasília, que será inaugurada dia 21 de abril de 2024, agradeceu à CNA o apoio aos pequenos produtores e lembrou “a origem gaúcha da família que largou o conforto do Sul e chegou em 1977 tendo como primeira moradia um barraco de madeira sem porta na área rural de Brasília, onde desponta agora excelente terroir para o vinho”.
A vencedora da categoria vinho branco foi a produtora Cátia Regina Biatto com o Chardonnay Linha Brocardo, produzido pela Vinícola Brocardo Betiatto, no Paraná e o segundo Marcelo Luchesi, da Vinícola Cruz& Luchesi, de São Paulo, com o Chardonnay Premium. Já o melhor espumante moscatel é de Bento Gonçalves produzido por Alana Cappeli e o segundo colocado foi também um espumante gaúcho de Carlos Barbosa produzido pela Vinícola Casa Garcia.