O brasiliense que adora comida italiana — a culinária estrangeira mais apreciada no Planalto Central — vai ter a chance de degustar pratos regionais num cardápio muito especial que será oferecido de 24 a 30 de outubro em sete restaurantes participantes da II Semana da Cozinha Italiana no Mundo. O evento é organizado pela Embaixada da Itália e conta com o apoio da Federação Italiana de Chefs (Federazione Italiana Cuochi – FIC).
Cada restaurante teve a liberdade de elaborar o próprio menu e fixar os preços das iguarias oferecidas. Você vai se surpreender com o que os chefs criaram à base dos aromas do azeite de oliva, do queijo parmigiano e da robustez do tomate. Coube ao mais antigo cozinheiro italiano da cidade, o napolitano Rosario Tessier, inscrito na FIC desde 1996, conclamar os colegas para a festança. Desenvolvido por ele e pelo chef Francesco Bruno, o cardápio da Trattoria Da Rosario é baseado nos sabores da Campana.
São duas opções de antepasto — spianata romana, provolone e mortadela italiana (R$ 69) e fatias de berinjela assadas ao forno, Parma, rúcula, muçarela de búfala e molho pesto por R$ 59 — ambos servem duas pessoas. Como primeiro prato, há um risoto de camarões, endívias e lascas de pecorino (R$ 95) e um pappardelle com aspargos e delicado gorgonzola cremoso que os italianos consideram “dolce” (R$ 79). Paleta de cordeiro ao molho de vinho (R$ 97) disputa com linguado ao molho de manteiga e alcaparras (R$ 99) a preferência do gourmet no segundo prato.
Ingredientes típicos
No Sudoeste, a Trattoria 101, do chef Luigi Benegiamo oferece, por R$ 79, a sugestão que inclui brusqueta, filé com funghi porcini e fettuccine Alfredo, além da sobremesa, numa interpretação clássica da Toscana. Também completo é o menu de R$ 69 praticado em três restaurantes: Hostaria dei Sapori, de Giuseppe Modaferri; Vittoria D`Italia, de Francesco Bravin e Il Basilico, de Gustavo Blasseti.
O primeiro representa a Sicília com pratos típicos de carne e bacalhau, além da musse de limão siciliano; o segundo optou por polenta cremosa com gorgonzola na entrada, lombo suíno ao forno e rigatoni na manteiga e sálvia e panna cotta de café com fruta seca caramelizada como se come no Veneto. Já o Basilico, que representa o Lazio, onde fica Roma, oferece um trio de brusqueta e dois espaguetes, um à carbonara e o outro à amatriciana com limoncello depois da sobremesa.
O chef Alessandro Cosu, do Il Pan-drino, inspirado na Lombardia, propõe diversos sanduíches, como o de presunto cru, muçarela, pomodoro rúcola e molho rose (R$ 34,50) e o carpaccio de bresaola, rúcula e parmigiano reggiano (R$ 45), entre outros. Único chef que não é italiano, Ville della Penna (ex-Piccolo Emporium) prepara o cardápio de produtos artesanais de sua Fornaio, com pães e focaccias.
Filiação de carteirinha
O evento servirá ainda para dar início ao processo de filiação dos cozinheiros que ainda não são associados à Federação Italiana de Chefs, informa o consultor-chef Diego Koppe, diretor comercial e de marketing da entidade no Brasil. Segundo ele, “podem fazer parte chefs de cozinha, profissionais de A&B, donos de restaurante, alunos de gastronomia e simpatizantes, desde que todos sejam ligados à cozinha italiana”.
A iniciativa quebra um longo jejum da Embaixada da Itália nesse segmento. O ponto alto, que se deu no bonito prédio projetado pelo arquiteto Pier Luigi Nervi e inaugurado em 1977, foi o lançamento do Momento Itália Brasil (MIB), com uma série de atividades, inclusive gastronômicas, durante um ano (de outubro de 2011 a junho de 2012). Antes, porém, houve um inesquecível festival de salumeria italiana nos jardins da embaixada e o lançamento do livro O cardápio da diplomacia italiana, em 2007, numa iniciativa da embaixada e do ICIF (Italian Culinary Institute for Foreigners), que funciona na cidade gaúcha de Flores da Cunha.
Mais informações no site da Embaixada: www.ambbrasilia.esteri.it/ambasciata_brasilia/it