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B Hotel Brasília começa a funcionar em janeiro

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Já não se precisa mais chamar de “hotel do Bettiol” a moderníssima construção no Eixo Monumental à direita de quem sobe para o Estádio Mané Garrincha. Projetado pelo premiado arquiteto paulista Isay Weinfeld, que se inspirou nas linhas retas da capital para conceber o prédio — de 16 andares com 306 apartamentos e capacidade para 800 hóspedes — , o B Hotel Brasília está pronto há quase um ano. Só na última sexta-feira, porém, recebeu o alvará, papeleta que encheu de alegria a diretora executiva Ana Paula Ernesto, engenheira civil nascida em Anápolis e especializada em implantação hoteleira.
“Esperamos dar início ao soft opening em janeiro”, afirma Ana Paula, que à frente da empresa Brasília Empreendimentos, vem tocando a obra desde as fundações no subsolo, antes mesmo da colocação do primeiro tijolo, há cinco anos. Segundo ela, o funcionamento se dará “por partes”. Na primeira etapa, os primeiros seis andares, na segunda mais seis e, por último, os quatro andares restantes, onde ficam 42 suítes.
Por muito tempo, o nome do hotel foi uma incógnita. Havia dezenas de sugestões até que a escolha recaiu simplesmente sobre a letra maiúscula do nome da família pioneira, indicando assim discretamente a origem do monumental empreendimento.

Comando gourmet

Créditos:B hotel Brasília/Divulgação. Ramiro Bertassin, Rodrigo Sato e Felipe Vizeu.
Créditos:B hotel Brasília/Divulgação. Ramiro Bertassin, Rodrigo Sato e Felipe Vizeu.

Responsável por todo o andamento, Ana Paula garimpou no mercado do eixo Rio-São Paulo currículos para comandar o serviço de alimentação — desde o room service até o bar da piscina no 16º andar —, passando pelo restaurante no térreo, o cartão de visita do hotel. Logo à chegada, o visitante se depara com um piano-bar à frente, o balcão da recepção à direita e o salão de refeições à esquerda.
Aberto ao público, o restaurante oferece café da manhã, almoço e jantar. Destaque para o carré de cordeiro com mil folhas, mandioquinha, queijo coalho e molho de canela; para o stinco de vitelo com polenta de milho, cenoura glaceada e molho de carne; e para o robalo em crosta de baru, espinafre, pupunha, cogumelo, tomate tostado e manteiga de ervas; além do confit de pato com foie gras, molho de laranja e mel. Os preços variam entre R$ 50 e R$ 120.
O cardápio é assinado pelo chef executivo Ramiro Bertassin, que descobriu a vocação aos 12 anos e teve as primeiras oportunidades na confeitaria como auxiliar do mestre Fabrice Lenud, no Sofitel. Depois de uma especialização em Paris, passou pelo Fasano e pelo Renaissance, em São Paulo, e pelo Marriot, do Rio. Ele tem como subchef executivo o paulista Rodrigo Sato, que ocupou o mesmo cargo no hotel Marriot, do Rio. Outro profissional “importado” é o maître carioca Felipe Vizeu, formado no curso de executivos para hotelaria e turismo pela universidade Estácio de Sá, no Rio, que trabalhou nos últimos dois anos num resort do grupo francês Club Med, em Itaparica.

Doces e pães

Créditos: B hotel Brasília/Divulgação. Sônia Aiko Takata.
Créditos: B hotel Brasília/Divulgação. Sônia Aiko Takata.

Do comando gastronômico ainda faz parte uma premiada mulher. A paulista Sônia Aiko Takata, que viveu por oito anos no Japão, fez cursos de confeitaria, de cozinha e de panificação até se classificar para a etapa nacional, na categoria açúcar, da Copa do Mundo da Pâtisserie. “Recebi a pontuação máxima no Rio e agora estou entre os finalistas do país. Em outubro de 2018, iremos disputar a única vaga para a próxima etapa, que será no México”, explica a chef-pâtissière, que produz os mais belos doces e sobremesas do menu.
Todos os pães são feitos no próprio hotel, que reservou um piso inteiro de mil metros quadrados do subsolo para as cozinhas climatizadas. É la que chegam os suprimentos, inclusive frutas e verduras — todas orgânicas — produzidas na horta que a empresa mantém em Sobradinho.

Crédito: B hotel de Brasília/Divulgação. tinco de vitelo com polenta de milho, cenoura glaceada e molho de carne.
Crédito: B hotel de Brasília/Divulgação. Stinco de vitelo com polenta de milho, cenoura glaceada e molho de carne.

Tantas excelências assim apresentadas poderiam dar uma ideia de luxo, mas é exatamente isso que o hotel não tem. “Com pouca decoração, no estilo minimalista, o que temos feito imprimir no hotel é cuidado em todos os aspectos, desde a alimentação até o bom sono dos hóspedes. Nosso interesse é que ele se sinta bem”, resumiu a nova hoteleira Ana Paula Ernesto. Telefone 3962-2000/instagram: @bhotelbrasilia.

Créditos: B hotel Brasília/Divulgação. Sobremesa do restaurante do hotel.
Créditos: B hotel Brasília/Divulgação. Sobremesa do restaurante do hotel.