Centrão quer indicar Cida Borghetti para a presidência da Caixa

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Por Luana Patriolino – O PP trabalha para indicar Cida Borghetti para o cargo de presidente da Caixa Econômica Federal. Ex-governadora do Paraná e mulher do deputado federal licenciado Ricardo Barros, atual secretário de Indústria e Comércio paranaense, ela foi a primeira a comandar efetivamente o Executivo paranaense. No entanto, uma ala dos parlamentares da legenda é contra a indicação, pois não querem se associar ao governo Lula.

Rita trabalha para ficar

Com o cargo na mira do Centrão, a atual presidente da Caixa, Rita Serrano, fez uma postagem em tom de desabafo, nesta semana. Pelas redes sociais, ela afirmou que tem sofrido pressão, se disse em condições de continuar na função e fez críticas à gestão de Pedro Guimarães — que responde a processos por assédio. “Assumi a direção com a área de Pessoas desmantelada e enfrentando a cultura de uma gestão baseada no medo, na qual até a cor da roupa do empregado era alvo de repressão”, publicou.

Apoio de petistas

A permanência de Rita Serrano é defendida pelos apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em evento no Palácio do Planalto, neste mês, a plateia entoou o grito de “Rita fica” repetidas vezes.

No páreo

Outro nome que circula nos bastidores para o comando da Caixa é o de Gilberto Occhi, que chegou a presidir o banco entre 2016 e 2018, durante o governo do presidente Michel Temer. Lula, porém, tem evitado o assunto publicamente.

Novos passos

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) insistirá, na primeira semana de agosto, na aquisição de novos documentos para aprofundar a análise das três ações em que o juiz Marcelo Bretas (foto) é acusado de desvio de conduta na condução de processos. Desde fevereiro, ele está afastado da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Bretas ficou famoso por ter conduzido a Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro e como o que condenou o ex-governador Sergio Cabral.

E por falar em Cabral…

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou, ontem, o pedido de Cabral para declarar Bretas suspeito em processos da Lava-Jato. A defesa do ex-governador solicitava que o juiz fosse afastado dos processos, e que todos os seus atos na força-tarefa fossem anulados. O Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contra a suspeição.

Moro preocupado

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) pode ter o mesmo destino do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) na Justiça Eleitoral. O ex-juiz da Lava-Jato é investigado por abuso de poder econômico no TRE-PR. Fontes do tribunal afirmaram à coluna que a expectativa é de que ele vença por três a quatro no colegiado, mas que deve ser derrotado no TSE. Os processos tratam sobre os gastos durante a pré-campanha, quando Moro era filiado ao Podemos e planejava disputar a Presidência da República. O relator da ação no Paraná é o desembargador Dartagnan Serpa Sá.

Xeique na mira

O “Xeique dos Bitcoins”, Francisley Valdevino da Silva, está com depoimento marcado na CPI das Pirâmides Financeiras, em 3 de agosto. Ele está preso e tem entre suas vítimas a filha e o genro da apresentadora Xuxa Meneghel, que teriam perdido R$ 1,2 milhão em transações feitas pelo investigado. O presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que vai aproveitar a oportunidade para desvendar a organização da pirâmide e tentar dimensionar o número de pessoas lesadas, além do montante desviado.

Facebook condenado

A 29ª Vara Civil de Belo Horizonte condenou o Facebook por dano moral coletivo e individual pelos episódios de vazamentos de dados de usuários da rede social, do Messenger e também do aplicativo de mensagem WhatsApp, que ocorreram em 2018 e 2019. O valor da condenação nas duas ações civis públicas, propostas pelo Instituto Defesa Coletiva, chega a R$ 10 milhões cada uma por dano coletivo, e R$ 5 mil, também em cada ação, a título de danos individuais aos usuários e usuárias diretamente atingidos.

 

PP e União Brasil retomam conversa para formação de federação

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Em suas andanças por Portugal por esses dias, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o vice-presidente do União Brasil, Antônio Rueda, retomaram as conversas para a formação de uma federação entre os dois partidos. A ideia é unir esforços para as eleições municipais do próximo ano e, se for o caso, mais à frente buscar um candidato próprio ao Planalto.

A federação vai diluir o poder do presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), e fortalecer o do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e o do líder do União Brasil, deputado Elmar Nascimento (BA). Lira e Elmar participaram dessas conversas em Lisboa. Um dos nomes da Federação para o futuro é o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Enxugando gelo

Advogados que acompanham a distância o processo de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro lembram que há muito chão pela frente. Por isso, ainda que a defesa apresente algum recurso relativo ao caso da reunião com os embaixadores, há pelo menos uma dezena de outras ações em
fase de instrução.

Kássio espremido

O ministro Kássio Nunes Marques, que votará hoje depois da ministra Cármen Lúcia, terá dificuldades em pedir vista do processo de Bolsonaro. É que, se o fizer — e tem esse direito —, ficará mal na corte eleitoral. Cármen deve apresentar um voto contundente pela inelegibilidade, formando maioria no Plenário pela condenação. Um pedido de vista, nesse caso, só retardará o acórdão de uma decisão que, na prática, estará definida.

Tic-tac, tic-tac

Passou o São João e nada de o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) virar ministro do Turismo. Dentro do partido, há um incômodo e muita gente achando que está ficando feia a história de manter Daniela Carneiro e deixar o indicado do partido quase um mês na lista de espera.

Gira…

Depois de ser perseguido e ameaçado de afastamento do Judiciário, o desembargador Rogério Favreto deu a volta por cima e assumiu como novo diretor da Escola da Magistratura (Emagis), do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Há cinco anos, no começo de julho de 2018, ele ficou conhecido nacionalmente por conceder um habeas corpus para libertar Lula, que estava preso em Curitiba por determinação do então juiz Sergio Moro.

…Mundo

Na cerimônia de posse, esta semana, Favreto fez referência à Operação Lava-Jato. “Não devemos estimular e emular heróis ou salvadores da pátria, sob pena de fragilizarmos ainda mais o sistema de Justiça, como estamos experimentando pelos recentes devaneios e personificação de alguns agentes, a partir da excessiva exposição midiática e do foco em
projetos pessoais e políticos”, afirmou.

RenovaBR e Cidadania/ O RenovaBR, criado pelo empresário Eduardo Mufarrej para formação política, assinou acordo de cooperação inédito com a Fundação Astrojildo Pereira (FAP), ligada ao partido Cidadania, para a formação e a capacitação dos filiados da sigla. O termo prevê realização de eventos e acesso das lideranças aos cursos e conteúdos do RenovaBR. A ideia é ampliar para outros partidos.

Tem para todos/ “Não há outra forma de melhorar a política se não for pela política. O RenovaBR está se aproximando de partidos e fundações partidárias por entender que podemos ser um parceiro estratégico na formação de novos líderes políticos. Esse termo inédito com a fundação é o primeiro de muitos. Convidamos todas as fundações partidárias a estarem conosco nesta construção de um país mais justo e democrático”, afirmou a CEO do RenovaBR, Patricia Audi.

Enquanto isso, em Lisboa…/ Uma turma que compareceu ao “Gilmarfest”, ou “GilmarPalooza”, apelido carinhoso do XI Fórum Jurídico de Lisboa, ganhou a alcunha de “inimigos do fim”. O seminário se encerrou na quarta-feira, mas as festividades, não. Ontem, por exemplo, um jantar reuniu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; o ex-presidente Michel Temer; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); dois ex-presidentes da Casa, senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça; o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM); o do União Brasil, Efraim Filho (PB); o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro; os ex-deputados Fábio Ramalho e Marcelo Itagiba.

 

Ciro Nogueira quer PP na oposição

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O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), acredita que o governo Lula não conseguirá tirar o país da crise econômica e quer que seu partido siga na oposição. Só tem um probleminha: o PP não sabe ser oposição. É voz corrente na bancada que a legenda precisará fazer “um curso e uma prova” para ver se consegue se colocar contra qualquer governo.

A posição de Ciro deixa o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no papel de meio campo — ora distribui o jogo para o ataque, ora atua na defesa. E, nessa disputa interna, não há como deixar tudo solto para acompanhar o presidente da República à China. A manobra, porém, é arriscada. O governo Lula trabalha para conquistar os líderes e os partidos sem passar pelo presidente da Câmara, uma estratégia que se der errado levará o presidente a perder muito mais do que tempo para votação das reformas.

#ficaadica

Ao adiar o anúncio do novo arcabouço fiscal para depois da viagem à China, Lula deu duas pistas às bancadas que serão fundamentais para votar o texto: 1) não há consenso no governo sobre esse tema; 2) está difícil manter a área social totalmente fora dessas regras.

A ordem dos fatores

Os parlamentares são unânimes em afirmar que, primeiro, é preciso fechar o texto para, depois, buscar maioria. Não adianta conversar sem o governo saber exatamente o que deseja.

O “dog whistle” de Lula

Muito se falou, no ano passado, sobre o “apito de cachorro” que o então presidente Jair Bolsonaro usava para chamar seus aliados a cumprirem missões. Pois agora, quando Lula diz, em entrevista ao site Brasil 247, que falava aos procuradores que só estaria tudo bem depois que “f… o (ex-juiz Sergio) Moro”, os parlamentares consideram que ele incorre no mesmo erro do antecessor. A oposição promete deitar e rolar.

Por falar em oposição…

A cúpula do Partido Liberal, que incensou Michelle Bolsonaro ao comando do PL Mulher, considera que Bolsonaro será fundamental para a campanha de 2024. É quando os partidos vão montar as bases para a próxima corrida ao Palácio do Planalto. Os cálculos da legenda indicam que o ex-presidente tem uma largada de quase 30% dos votos nos grandes centros.

Pragmatismo estratégico/ A vontade do PL de ter Michelle viajando o país atrás de candidatas está diretamente relacionada ao fato de mulheres eleitas representarem mais recursos de fundo partidário.

Café da manhã…/ O secretário de Política Econômica, Bernard Appy, tem dedicado a maior parte do seu tempo a tentar buscar consensos em torno da reforma tributária. A ordem é tentar aprovar este semestre.

…almoço e jantar/ O receio de muitos parlamentares é o de que, a partir de outubro, vai ser difícil aprovar, porque o mundo da política estará voltado às eleições municipais.

O poder da arte/ A Câmara Legislativa do Distrito Federal marcou o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado ontem, com a presença do artista Augusto Corrêa (foto) e a exposição, “Universo de Augusto”. A obra de Augusto ficará exposta até amanhã, na CLDF e a entrada é franca.

PP e União Brasil avançam firmes para criar federação

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Coluna Brasília-DF, por Luana Patriolino (interina)

Com o objetivo de isolar o PL, que até agora tem a maior bancada da Câmara, e pressionar o PT, as lideranças do PP e do União Brasil avançam as negociações para a formação de uma federação entre os partidos. Juntando as duas legendas, são 108 parlamentares. No plano nacional, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o do União, deputado Luciano Bivar (PE), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) deverão ficar à frente de suas siglas. O bloco, caso confirmado, será testado nas eleições municipais de 2024.

Futuro aposentado

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), está contando as horas para a aposentadoria. Ele acredita que já cumpriu a missão. Quer, como diz a amigos, aproveitar a vida. O magistrado deixará a mais alta Corte do país em maio.

Cotados
O STF terá duas novas vagas neste ano. Além de Lewandowski, a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, se aposentará em outubro. O presidente Lula ainda não bateu o martelo sobre quem serão os indicados. Entre os cotados estão: o advogado Cristiano Zanin, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão. Há, ainda, quem aposte no nome do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Homenagem
A Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Embaixada do Brasil, em Lisboa, realizou uma missa de sétimo dia em intenção da morte da jornalista Glória Maria. Estiveram presentes diplomatas, executivos, amigos e funcionários da representação. O padre Omar Raposo, reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor do Corcovado, celebrou a cerimônia. Ele estava de passagem pela capital portuguesa e propôs a missa ao embaixador, Raimundo Carreiro.

Cooperação
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, desembarca hoje nos Estados Unidos para acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita ao presidente norte-americano, Joe Biden. Além do fortalecimento da relação para a defesa da democracia, um dos temas da reunião é a retomada do Japer, plano conjunto entre Brasil e EUA para a eliminação da discriminação étnico-racial e promoção da igualdade.

Lua de mel
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vivem uma boa fase no relacionamento. Ela esteve na posse dele, nesta semana, e até postou nas redes sociais parte do discurso do colega. Na semana que vem, ambos participam da primeira reunião do Comitê Orientador do Fundo da Amazônia (Cofa), que dá o pontapé inicial para a reativação do Fundo Amazônia, na sede do banco no Rio de Janeiro.

Caminhos cruzados
Nos últimos meses, os caminhos do economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e do presidente Lula têm se cruzado. Fraga declarou voto ao petista nas eleições. Mas, durante a transição, criticou duramente a ideia do eleito de dar mais atenção à responsabilidade social em detrimento da responsabilidade fiscal. Nos últimos dias, como era de se esperar, saiu em defesa da autonomia do Banco Central.

PP cobra apoio de Bolsonaro nas chapas estaduais

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Depois de quase “uma blitz” nos estados para evitar coligações com o PT de Lula, o Progressistas, partido do ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PI), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), querem agora que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não jogue seu peso político apenas em um candidato, quando houver dois aliados concorrendo a governo estadual. Os pepistas colocam, pelo menos, três estados como cruciais nesse sentido: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Acre.

No caso do Rio Grande do Sul, Bolsonaro tem como candidato ao governo o deputado Onyx Lorenzoni (PL), aliado de primeira hora, e o senador Luís Carlos Heinze (PP). Embora Onyx tenha sido ministro, a cúpula do PP lembrou ao presidente com todas as letras que Bolsonaro, se quiser vencer, precisará dos votos de ambos. Portanto, é bom colocar os dois no mesmo patamar quando chegar a hora de fazer campanha. O presidente disse aos pepistas que irá avaliar o que pode ser feito.

Esconde aí, tá?
Enquanto o PL e o PP querem o presidente próximo de seus candidatos, a turma do União Brasil, por exemplo, prefere manter distância. É assim, por exemplo, que tem feito ACM Neto (BA) e Capitão Wagner (CE), ambos candidatos a governador pelo partido.

Empata o jogo

Depois do ato em defesa da democracia no Largo do São Francisco, em São Paulo, com a leitura da carta com quase um milhão de assinaturas, a ideia dos aliados de Bolsonaro é aproveitar a ida do presidente à posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para amortecer o impacto da manifestação. Ao prestigiar o evento, a ideia é reforçar que o ato desta semana, em vez de defesa da democracia, foi mesmo um ato contra o governo.

Por falar em democracia…
O presidente vai bater na tecla de que o PT deseja o controle da mídia. Na live de ontem, por exemplo, estava no roteiro inicial citar o fechamento de rádios católicas na Nicarágua, onde o governo “tem o apoio do PT”.

O primeiro passo
Dessa vez, foi Bolsonaro que mandou a pomba da paz a Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE. Interlocutores fizeram chegar a ele que o presidente havia manifestado disposição de ir à posse. Diante da sinalização, o ministro decidiu ir pessoalmente levar o convite.

CURTIDAS

Depois do Flow…/ Com o recorde de visualizações da entrevista ao canal do YouTube, Bolsonaro está quase desistindo de participar de debates.

Efeito cascata/ Se Bolsonaro não for, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto, dificilmente participará. Afinal, não irá para um debate para virar alvo dos adversários.

Agora vai/ Quem tem o que comemorar esta semana é o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Depois da recusa de um recurso do Ministério Público pelo desembargador Néviton Guedes, ele está liberado pelo TRF-1 para concorrer às eleições deste ano.

Enquanto isso, no DF…/ A aprovação da lei que permitirá a regularização dos terrenos da colônia agrícola 26 de Setembro serviu de palco para que, no plenário do Senado, a deputada Flávia Arruda (PL), candidata a uma cadeira na Casa, puxasse o senador Izalci Lucas (PSDB), candidato a governador, para dar uma palavrinha a quem estava ao vivo em suas redes sociais.

… as candidaturas se misturam/ Flávia soltou, ainda, um “estamos juntos”, o que, para muitos, foi lido como a possibilidade de a deputada se transformar numa candidata ao Senado com dois candidatos ao governo, Ibaneis Rocha (MDB) e o tucano. Sabe como é: com Damares Alves puxando votos do bolsonarismo, Flávia precisa caminhar para o centro a fim de compensar o segmento que ficará com a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Semipresidencialismo entra na pauta de Lira para 2023

Publicado em coluna Brasília-DF

Técnicos da Câmara foram orientados e já estão com tudo engatilhado para, no ano que vem, dar fôlego à discussão do semipresidencialismo. Caso Jair Bolsonaro vença a eleição, a ideia é sedimentar o poder do Parlamento, que, desde 2015, ampliou seu protagonismo na correção de forças entre os Poderes. Na hipótese de vitória de Lula, porém, que sempre teve mando de campo quando presidiu o país, a avaliação é de que será mais difícil. Entretanto, os congressistas ligados a Arthur Lira acreditam que será possível abrir esse debate.

Em tempo: o Congresso dos tempos em que Lula era presidente está muito diferente daquele de 2003, quando o petista chegou ao poder. O Parlamento aprendeu a lidar com o Orçamento, e a avaliação de caciques do Centrão é de que isso não vai mudar. Até porque, diante da polarização, quem vencer encontrará um país dividido, e a chance de pacificação estará no Congresso. E, embora o Brasil ainda esteja no início da campanha eleitoral, os políticos já estão planejando os próximos lances do xadrez pós-eleição.

Falta o teste

Na reunião com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, tratou de esfriar a crise entre o candidato Jair Bolsonaro e a Justiça Eleitoral. Só tem um probleminha: antes do 7 de Setembro, ninguém acredita em promessas de paz.

Enquanto isso, na convenção do PP…
A ordem no partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é focar a campanha presidencial nas obras do governo, na redução do preço dos combustíveis e deixar de lado essas dúvidas que Bolsonaro levantou em relação às urnas eletrônicas. Se Bolsonaro voltar sua campanha à toada da reunião dos embaixadores, o PP sairá de campo.

Apartidário
O manifesto pela democracia deve chegar a 500 mil assinaturas
, mas muitos signatários avisam que isso não significa que todos eles vão votar em Lula. Aliás, tem ali um grupo que apoia Simone Tebet, lançada, ontem, candidata do MDB.

Por falar em MDB…
Alguns estados e o Distrito Federal votaram a favor da candidatura de Simone, mas isso não quer dizer trabalho em busca de voto para a emedebista. No caso do DF, Ibaneis Rocha estará dedicado à própria campanha. O candidato do PSDB, Izalci Lucas, avisa que o postulante a presidente dele será o “do eleitor”. Ou seja, não vai entrar na campanha presidencial.

O foco de Lula
Enquanto a campanha na tevê não vem, cada candidato dedicará mais tempo a tentar conquistar votos em segmentos mais refratários. Lula, por exemplo, já quebrou resistências entre os banqueiros e estará hoje com os empresários, na Confederação Nacional do Transporte.

Por falar em Lula…
O ex-presidente, a partir de agora, falará mais sobre mudança na política de preços da Petrobras, porque o PT, avisam alguns integrantes do partido, atribui o crescimento de Bolsonaro justamente à redução no valor dos combustíveis. Esse é um setor que o eleitor identifica muito com o governo federal.

Quase dá confusão/ O senador Izalci Lucas compareceu à reunião de uma pré-candidata a deputada distrital, Sônia, e, quando ouviu o sobrenome dela, perguntou se era prima de Paula Belmonte (Cidadania-DF). Não, o sobrenome é Delmonde. Depois da confusão da reunião desta semana, ele quase dá meia-volta. O momento é de esperar baixar a poeira para reconstruir as pontes com o Cidadania do DF.

Beleza no centro… / Hoje tem desfile na Praça dos Três Poderes. Calma, pessoal! É que o cabeleireiro e maquiador Ricardo Maia, uma das referências no mercado, especialmente quando o assunto é noiva, vai movimentar o local com um desfile de beleza (cabelo e maquiagem).

… do poder/ Um momento fashion bem pertinho dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, em meio às obras modernistas de Oscar Niemeyer. Coisas de Brasília. O evento será para cerca de 200 convidados, que serão recepcionados com um coquetel na Casa de Chá.

A oferta do PL a Bolsonaro

Publicado em ELEIÇÕES 2022

 

 

 

O Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto e da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, ofereceu ao presidente Jair Bolsonaro o seguinte acordo:  A aula direção, leia-se Valdemar, continua a administrar os recursos dos fundos partidário e eleitoral e Bolsonaro fica com o direito de indicar os candidatos ao Senado. O presidente, que tem o convite do PP __ e muitos progressistas já têm essa filiação como fechada__, ficou de pensar e ainda não decidiu onde apoiará suas fichas.

Com o PP, o minero Ciro Nogueira tem dito aos amigos que “está tudo certo e nada decidido”. Isso porque alguns estados estão co dificuldades em aceitar que o presciente indique os candidatos ao Senado. Em Goiás, por exemplo, Bolsonaro planeja ter como candidato ao Senado o ministro de Infra-estrutura, Tarcísio de Freitas, mas a vaga no PP já está reservada para Alexandre Baldy, hoje secretário de Transporte Urbano em São Paulo no governo do João Dória.

Em tempo: Para Flávia Arruda, pré-candidata ao Senado, e ministra com espaço no Palácio do Planalto, não há meios de dizer não ao chefe. Porém, as apostas são as de que Bolsonaro dificilmente repetirá os 70% que obteve no Distrito Federal em 2018. Até aqui, a incerteza reina quando o assunto é sucessão presidencial.

Para o presidente, porém, a escolha entre um e outro partido está complicada. Há o receio de, ao optar por um, perder o outro. a não ser, claro, que venha uma fusão capaz de resolver essa parada. O problema é que, se isso ocorrer, vai ser difícil Bolsonaro ter o direito de indicar todos os candidatos, como deseja.

 

Bolsonaro vai para o PP criar um novo PFL

Publicado em coluna Brasília-DF

Em conversas reservadas, aliados do presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele está entre se filiar ao PP, ao PL ou ao PTB para concorrer à reeleição. Porém, a ida do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), para a Casa Civil reforça a perspectiva de o presidente se filiar ao Progressistas, como o leitor do Blog da Denise já sabe. Desta vez, o presidente precisará de um partido grande e com estrutura que possa pagar as despesas de uso do avião presidencial e diárias de seguranças nos deslocamentos de campanha pelo Brasil afora. A ideia é transformar o PP no novo PFL, partido que deu lastro à aliança democrática que elegeu Tancredo Neves no colégio eleitoral de 1985 e, mais tarde, se tornou parceiro de Fernando Collor no governo — e, ainda depois, dos tucanos no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O PP é a terceira maior bancada da Câmara, hoje, atrás do PSL e do PT. Com a própria filiação, e Ciro Nogueira como o grande articulador político do governo, o presidente espera evitar que o partido termine se juntando a uma terceira via em 2022 — além de segurar Arthur Lira (AL) em suas fileiras, como candidato a mais dois anos de mandato à frente da Câmara, em caso de reeleição de Bolsonaro. É a política em movimento para resolver os problemas políticos do governo.

Jogada de risco, com novos lances

De todos os presidentes que passaram por desgastes políticos imensos na história recente do país, apenas Fernando Collor cedeu a Casa Civil, mais precisamente ao PFL, com Jorge Bornhausen. Deu no que deu. Por isso, a ideia de Bolsonaro é voltar ao PP. É a forma de acoplar o partido de vez ao governo.

O quarto líder

Formado ainda no governo Dilma pelo então líder do MDB, Eduardo Cunha — que, depois, viria a ser presidente da Câmara —, o poder no Centrão já teve dois outros grandes comandantes depois dele: Rodrigo Maia e Arthur Lira. Agora, com Ciro Nogueira na Casa Civil, há quem diga que Bolsonaro tem tudo para ocupar esse posto informal.

Deu ruim

Na última reforma ministerial, o então ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, foi cuidar da Defesa, sua área. Luiz Eduardo Ramos saiu da Secretaria de Governo para dar lugar à deputada Flávia Arruda (DF), do PL. E, agora, deixa a Casa Civil para ceder a vaga a Ciro Nogueira. Sinal de que o generalato fracassou na coordenação política. E cabe aos políticos resolver os problemas da área. Aos poucos, cada um vai ocupando o seu quadrado.

Estreitou

Depois de Gilberto Kassab dizer, ontem, ao CB.Poder que tem em Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a esperada candidatura à Presidência da República, o espaço para lançar um outro nome vai ficando mais apertado. A tendência é que outros partidos de centro terminem se aglutinando nesse projeto, caso o presidente do Senado empolgue a população disposta a fugir da polarização entre Bolsonaro e Lula.

“Eu tenho medo do Supremo”/ No programa Frente a Frente, da Rede Vida, que foi ao ar ontem à noite, a presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Carla Zambelli (PSL-SP), disse com todas as letras que “tem medo do Supremo Tribunal Federal” e que mudou seu comportamento depois da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Por falar em prisão… / Carla disse, ainda, que tem “medo de ser presa”, não porque considera que tenha feito algo errado, mas “porque, no caso Daniel (Silveira), ele extrapolou, mas não era motivo para prisão”. Diante desse temor em relação ao STF, a deputada diz que, agora, pensa melhor antes de falar e, ao gravar vídeos, espera sempre um tempo para refletir antes de postar.

Um falso Bebianno na área/ Jornalistas e pessoas próximas que ainda mantêm em seus smartphones o contato do ex-ministro Gustavo Bebianno  tomaram um susto, ontem, quando, de repente, Bebianno “entrou no Telegram”. A conta tinha, inclusive, a foto do ex-ministro. Bebianno morreu em 14 de março do ano passado, vítima de infarto fulminante.

Eu, hein!/ O repórter Renato Souza, do Correio Braziliense, perguntou ao usuário da conta se era alguém da família. A resposta foi: “Eu sou o Bebianno”. Ele ainda tentou entrar em contato com parentes do ex-ministro, mas não obteve resposta.

PP vê puxada de tapete e quer explicações de Maia após ruptura do Centrão

Deputado Arthur Lira (PP-AL).
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Coluna Brasília-DF

Com a saída do DEM, do MDB e de outros partidos do Centrão, o PP de Arthur Lira (AL) planeja cobrar do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o compromisso de que, em 2021, caberia ao PP indicar o sucessor ao comando da Casa.

Até aqui, o PP vê nesses movimentos de saída uma forma de puxar o tapete, não só de Lira, mas do seu partido como um todo — uma vez que no rol de candidatos pepistas está ainda o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Só tem um probleminha, diz a turma do DEM: o “novo normal” mudou tudo, inclusive as circunstâncias em que os compromissos foram selados. O PP foi com tanta sede ao pote de senhor da relação com o governo que acabou perdendo musculatura.

Com isso, se foi também o poder de, a preços de hoje, obrigar Maia a alavancar um dos seus. E por mais que o presidente da Câmara insista em dizer que a saída do Centrão não tem nada a ver com sua sucessão, a leitura dos bastidores é a de que essa eleição sofrerá a maior consequência. E, no momento, quem mais perde nesse jogo é Lira e o PP.

A la Fundeb I

A única forma de o presidente Jair Bolsonaro sair vencedor da disputa pela Presidência da Câmara é abraçar aquele que obtiver mais votos lá na frente e se colocar como um dos partícipes da vitória. Se fizer como Dilma Rousseff, que lançou um candidato isolado, terá dificuldades.

A la Fundeb II

Foi assim que o governo fez na votação do Fundeb. Apostou na retirada de pauta, depois na mudança do texto. Quando viu que nada funcionaria, orientou o voto favorável para não ficar fora da foto.

“O que mais me entristece é a polarização. Decisões caprichosas devem ficar no âmbito privado. Decisões na vida pública devem ser tomadas à luz do espírito da Constituição, que é imutável”

Do procurador-geral da República, Augusto Aras

Aos lavajatistas

Augusto Aras foi além. Perguntado sobre a Lava-Jato, os processos do Conselho Nacional do Ministério Público e o comportamento dos procuradores, foi direto: “A lei impõe sigilo até a denúncia. Vazamento era uma arma de alguns segmentos que queriam dominar a nossa instituição. Não temo ser criticado, mas não aceito manipulação, não aceito intimidação de qualquer natureza”.

Mantenha distância I/ O cenário atual coloca Arthur Lira em desvantagem na corrida para presidente da Câmara. O vídeo que ele fez com Bolsonaro, no Planalto, todo sorridente, foi lido como uma quebra na independência que os deputados querem de seu futuro presidente em relação ao Planalto. Pode negociar, mas não pode ser subserviente ao Poder Executivo.

Mantenha distância II/ Outro que começa a perder força é o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira. A filiação dos filhos de Bolsonaro ao Republicanos é lida por integrantes do próprio partido como um alinhamento muito grande ao Planalto para quem deseja comandar toda a Casa.

Vem reação/ Essa mexida na correlação de forças terá uma reação intensa mais à frente. Se Bolsonaro não tiver muito jogo de cintura –– e até aqui não demonstrou ter ––, essa briga respingará no colo do governo. Até porque, as mexidas estão diretamente relacionadas à vontade de negociar, leia-se cargos e emendas.

Hoje, a live é delas/ Advogadas do grupo “Elas Pedem Vista” participam hoje do 142º encontro do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), com o tema Visão feminina do Judiciário Pós-Pandemia. Entre as palestrantes, Anna Maria Reis, pós-graduada em Direito pela PUC/MG e sócia do escritório Trindade, Reis Advogados; a desembargadora federal do TRF-1 e pós-graduada em Direito Daniele Maranhão; a vice-presidente da Comissão OAB Mulher e da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, Flávia Ribeiro; e Vitória Buzzi, secretária-adjunta da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB. Na mediação, as advogadas Júlia de Baère e Carol Caputo.