Relatora da CPMI das Fake News, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) vai começar de forma leve, com audição de professores universitários e especialistas em mundo digital. Por uma questão de estratégia, deixou para novembro as exposições sobre o “esquema de financiamento, produção e disseminação de fake news, com o intuito de lesar o processo eleitoral no Brasil”. A ideia de deixar para o fim é ter tempo de coletar todas as informações de bastidores possíveis a respeito desse tema.
Coincidência ou não, é nesse período que o governo começará a tratar de mudanças no Ministério com vistas à formação de uma maioria mais sólida no Parlamento, levando também para o primeiro escalão aquilo que o atual ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, já faz valer para a liberação de emendas. Quem ajuda o governo, tem tratamento melhor do que quem faz corpo mole na hora crucial.
Com o primeiro ano de governo chegando ao fim, é assim que muita gente ligada ao presidente Jair Bolsonaro define os ministros que participaram ou participam destes 12 meses iniciais. Ou seja, chegaram para trocar tiros na primeira fase, alguns tombaram pelo caminho, mas a missão de ocupar o terreno foi cumprida.
A partir de janeiro do ano que vem, a toada será outra. Até porque, com um ano eleitoral a caminho, é preciso garantir a lealdade e mais visibilidade a ações governamentais e
entrega de serviços.
Uma das maiores preocupações do Planalto é evitar ataques no Congresso, em especial, à família do presidente, e também uma melhoria do ambiente econômico. Nesse sentido, conforme a coluna já publicou, Paulo Guedes está hoje em fase quase estágio probatório. E precisa entregar um ambiente mais limpo para o ano eleitoral de 2020.
“Baianidade” fala mais alto/ O novo procurador-geral da República, Augusto Aras, terá no senador do PT baiano, Jaques Wagner (foto), um cabo eleitoral para ajudar na busca de votos. Nesse ritmo, o novo procurador caminha para ser talvez um recordista de votos no plenário.
Futuro é agora/ A Oracle Open World 2019 apresentou o seu programa de experiências com startups. Chama a atenção a brasileira Jobecam, na área de recursos humanos. A empresa faz a ponte entre aqueles que têm vagas disponíveis e aqueles em busca de um emprego, que, no Brasil, são mais de 12 milhões.
Diversidade em alta/ A Jobecam é uma plataforma de seleção de talentos por meio de vídeos e inteligência artificial, que filtra e ranqueia os perfis dos candidatos. A “menina dos olhos” é o “vídeo cego”, ou seja, a empresa interessada recebe apenas a qualificação da pessoa, sem levar
em conta a aparência física.
Macaco velho…/ Sem dar dica sobre possíveis nomes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai esperar a aprovação do presidente Jair Bolsonaro, que saiu ontem do hospital e voltou a Brasília, para definir o substituto de Marcos Cintra, na Receita Federal.
O anúncio, segundo ele, sairá “possivelmente, em alguns dias”.
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