A fim de ganhar tempo na reforma previdenciária, a equipe de Jair Bolsonaro vai pinçar uma parte do texto em tramitação na Câmara e apresentar uma emenda aglutinativa. A ideia não é nova. Foi feita no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e teve como relator o então líder do MDB, Michel Temer. Sinal de que nem tudo na velha política será desprezado pelos novos inquilinos da Esplanada. Caso essa proposta tenha problemas, o texto novo será apenas “apensado” ao que já está tramitando.
Entre a defesa intransigente do filho mais velho e o “governar pelo exemplo”, o presidente Jair Bolsonaro ficou com a segunda opção, vista pelo próprio partido e pelas autoridades governamentais como a mais sensata. Tudo para afastar o governo dessa confusão em que Flávio Bolsonaro se meteu.
Dentro do PSL, partido do senador eleito, havia por parte de aliados dele a expectativa de um movimento em seu favor. As declarações de apoio, entretanto, são protocolares. A maioria, como fez a deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) ontem no programa CB.Poder, diz acreditar na inocência, mas é preciso investigar e rapidamente para virar logo essa página.
Renan Calheiros chegará para a reunião do MDB com a certeza de que, se for candidato, terá o apoio dos senadores do PT. Para emplacar, Simone Tebet tem que levar aos emedebistas a certeza de que agrega votos fora do partido. Se não, terá dificuldades, apesar da ficha limpa.
Até aqui, são oito candidatos a presidente do Senado, isto é, se Renan Calheiros e Simone Tebet forem concorrer independentemente da decisão da bancada. A conta favorece Renan, que chega com o apoio do PT e votos espalhados em outros partidos.
Para quem se diz destro, o governo entrou na eleição para presidente do Senado chutando para fora. Isso porque, para eleger Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, teria de ter quase todos os partidos aliados, isolando MDB e PT. Não é isso que se vê nos bastidores.
Bolsonaro e Mourão I/ A divulgação da agenda de 100 dias e a confusão na Venezuela amorteceram o cancelamento da entrevista de Jair Bolsonaro. Porém, entre os analistas estrangeiros ficou a impressão de que o presidente brasileiro perdeu uma boa oportunidade de se apresentar aos europeus como uma pessoa afável, capaz de dialogar e com boas ideias para o país.
Bolsonaro e Mourão II/ Enquanto isso, por aqui, Mourão teve agenda extensa de contatos políticos e diplomáticos. Para completar, aproveitou o Twitter para fazer um afago aos jornalistas que sempre o esperam na porta da Vice-Presidência, no maior bom humor. Já tem político ensaiando a #Mourãoéfofo. Com todo o respeito.
O novo vizinho I/ Foi-se o tempo em que o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) deixava o plenário ao lado do colega Marco Maia (PT-RS) e desciam juntos para os gabinetes, situados lado a lado na área próxima aos estúdios da TV Câmara. Agora, quem lhe fará companhia na vizinhança é o deputado eleito Aécio Neves (foto) (PSDB-MG), que, inclusive, está reformando o espaço.
O novo vizinho II/ PT e PSDB não se bicam. Há quem diga que, talvez, diante do governo de Jair Bolsonaro, os dois partidos possam voltar a conversar.
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