Enquanto o governo joga água fria na fervura da crise com o ministro Gustavo Bebianno, os advogados abrem guerra contra a Justiça por causa da quebra de sigilo do escritório do advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, ex-presidente da OAB. A quebra foi pedida pelo Ministério Público e autorizada pelo juiz da 10ª Vara Criminal de Brasília, Vallisney de Oliveira, dentro da operação Cui Bono, que investiga aquela denúncia de que o então presidente Michel Temer teria praticado crime de obstrução de Justiça e supostamente avalizado a compra de silêncio de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro. Além de Mariz, foi quebrado ainda o sigilo de empresas do grupo J&F. O período da quebra vai de julho de 2016 a novembro de 2018. Os advogados ficaram furiosos e consideraram que a Justiça quer calar a voz dos advogados e transformá-los em alvos. “Estão mandando um recado claro: Acabou!Vocês advogados saibam que a partir de agora a advocacia é alvo. Silenciem todos”, diz a mensagem do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, repassada ontem em grupos de WhastApp da categoria. Kakay propôs que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encabece um Habeas Corpus para impedir que o sigilo seja aberto. Vejamos os mais novos capítulos dessa guerra.
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