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Projeto de lei quer impedir que Dallagnol seja candidato

Coluna Brasília-DF

Os partidos de centro encontraram um meio de tirar os procuradores da Lava-Jato, juízes e policiais das eleições por, pelo menos, seis anos. Esse é o período de quarentena fixado no projeto do deputado Fábio Trad (PSD-MS) para que um procurador ou juiz possa disputar eleições depois de deixar o cargo. A proposta é bem-vinda pelo PSD, PP, PL e Solidariedade. A ideia é tentar votar ainda este ano.

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Para a eleição de 2020, a proposta, se aprovada, pode atingir, por exemplo, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar, pré-candidato a prefeito de Maceió. Para 2022, o maior alvo é Deltan Dallagnol, o procurador da Lava-Jato que sofreu uma advertência por declarações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

No caso das candidaturas a prefeito ou vereador, pode até gerar discussão, uma vez que falta menos de um ano para o pleito. Quanto aos procuradores que sonham com um vaga de deputado federal ou senador, há tempo de sobra para aprovação.

Deu motivo

Antes mesmo da punição a que foram submetidos ontem, os deputados do PSL aliados a Jair Bolsonaro já pensavam em ingressar no Tribunal Superior Eleitoral para pedir o mandato sob a alegação de descumprimento do programa do partido e de perseguição. Agora, vão acelerar esse processo.

Teste dos cassinos/ O deputado Eduardo Bismark (PDT-CE) aproveitou a votação do projeto clube-empresa, para os times de futebol adotarem gestão empresarial, e apresentou uma emenda para permitir a abertura de cassinos em áreas de resorts. “Eu não tenho esperanças de aprovação, mas assim, pelo menos, abrimos a discussão”, diz ele.

Se não correr, perde/ O Japão está abrindo cassinos agora e donos de hotéis que pretendiam investir nesse setor de jogos de azar no Brasil começam a se voltar para a Ásia: “Se não aprovarmos logo, vamos perder investimentos e empregos”, diz o deputado.

Acabou/ Os líderes reclamavam ontem, em conversas reservadas, que o episódio dos vetos foi a terceira quebra de acordo no Congresso este ano. Ou seja, não dá mais para confiar.

Depois da Aliança pelo Brasil…/ Por enquanto, os caciques das agremiações de centro dizem que a intenção deles ao lançar a campanha sobre as vantagens do Centro é apenas criar um movimento para mostrar a importância do grupo para o sucesso de um regime democrático como o brasileiro. Partido mesmo, unindo todas as legendas, há quem diga que só sai em 2021, e olhe lá.

Denise Rothenburg

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