Uma das estrelas do palco do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, fez um alerta aos demais comandantes dos partidos de centro que participaram do debate e à plateia que aplaudiu efusivamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas: “Hoje, um candidato que tem oito pontos, o Bolsonaro joga o camarada no segundo turno. Por isso, temos que andar juntos”, referindo-se à capacidade de transferência de votos que o ex-presidente detém hoje.

Vejam bem/ No evento promovido pelo think-tank Esfera, o alerta de Valdemar veio depois que cada presidente de partido colocou seu pré-candidato na roda. Gilberto Kassab (PSD) citou o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Antonio Rueda (União Progressista) repetiu o que já havia dito no Fórum empresarial Lide, no Rio de Janeiro, reforçando a aposta em Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Mencionou ainda a senadora Tereza Cristina (PP-MA).
Se não for agora, depois/O presidente da mais nova Federação partidária disse, ainda, não ter dúvidas de que aqueles partidos governarão o Brasil, e que se não estiverem juntos no primeiro turno, estarão no segundo. Baleia Rossi, do MDB, e Renata Abreu (Podemos) não mencionaram candidatos. Valdemar, que tem hoje o nome mais popular da direita inelegível, não tem como ficar fora desse jogo.
E o Tarcísio, hein?
Para o governador de São Paulo sair candidato ao Planalto, só falta o apoio oficial de Jair Bolsonaro. O problema é que os filhos do ex-presidente estão convencidos de que o nome “Bolsonaro” na urna é mais garantido em termos de passe para um segundo turno.
Faça sua aposta
Nos partidos de centro, o que se diz é que os bolsonaristas vão ter de fazer uma escolha: ou tentar carreira solo e arriscar o isolamento político lançando um familiar do ex-presidente, ou agregar apoios de peso com Tarcísio de Freitas.
Precisa ligar
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim criticou a falta de diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o par Donald Trump. “As negociações, os diálogos, principalmente Lula afirmando que não fez contato porque não foi avisado previamente por ele de que haveria essas medidas protecionistas”, comenta o ministro aposentado.
Faz parte
Jobim defende mais pragmatismo. “Esquece, tinha que fazer o contato. Se não quisesse atender, era outra coisa, mas tem que enfrentar tudo. Está sujeito à humilhação? Pode estar sujeito à humilhação, mas é parte do jogo político de resolver problemas”, ressaltou. Erros e acertos O ex-ministro da Defesa afirmou também que o vicepresidente Geraldo Alckmin foi responsável pela isenção de diversos itens do tarifaço de Trump. Mas entende que faltou atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Grande parte das exceções foram postas em decorrência das ações de Alckmin, ao estabelecer uma conexão entre os empresários brasileiros e as contrapartes americanas”, comentou.
Lamentável
“Lamentavelmente isso não se deu em relação ao ministro da Fazenda. Havia interesse efetivo da contraparte americana fazer esse diálogo, tanto é que liberou, de acordo com as informações que temos, as conexões, os links, etc. Mas o ministro Fernando Haddad anunciou publicamente e isso não se faz no sentido de mostrar força ou importância. Foi um erro”, criticou o ex-presidente do STF.
CURTIDAS
A volta de Campos Neto/ A contar pela forma efusiva como o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto (foto) foi recebido no Seminário Brasil Hoje, do Esfera, ele tem cadeira cativa, se houver um presidente da República mais à direita. O pré-candidato Ronaldo Caiado, por exemplo, diz que adoraria tê-lo na equipe. Roberto, entretanto, responde: “Estou bem na iniciativa privada”.
Atleta/ Logo depois de participar da abertura do seminário Brasil Hoje no papel de moderador do debate entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, o senador Ciro Nogueira comentou: “Vou mudar meu nome para Bernardinho”, afirmou, referindo-se ao levantador da seleção de ouro do vôlei masculino.

