Crédito: Kleber Sales
Blog da Denise publicado em 31 de janeiro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Nos encontros e reuniões da campanha de Hugo Motta (Republicanos-PB) rumo à Presidência da Câmara, foi pedido a ele que coloque como prioridade resolver o impasse com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as emendas parlamentares. Deputados de vários partidos ouvidos pela coluna consideram que essa briga é ruim para todos — mas, para o Congresso, em especial, extremamente desgastante.
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Hugo é considerado talentoso, jeitoso e muito bom de diálogo para solucionar impasses — requisitos fundamentais para tentar resolver o imbróglio do bloqueio das verbas. Mas as excelências dizem, nas conversas mais reservadas, que, se o diálogo respeitoso não funcionar, “a Câmara terá que mostrar sua força”. Significa não votar o Orçamento de 2025 e segurar os projetos prioritários do governo. Ou seja, o pior dos mundos
A Lava-Jato das emendas
Um grupo de deputados está convencido de que o governo e o STF, na pessoa do ministro Flávio Dino, patrocinam uma investigação de recursos oriundos das emendas dos parlamentares ao Orçamento, tal como o ex-juiz Sérgio Moro fez com a Operação Lava-Jato. Se não sair dessa trilha, o relacionamento que começa com festa vai virar um pesadelo.
Enquanto isso, no Senado…
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) retorna à Presidência da Casa, amanhã, com o compromisso de manter tudo como está. Ou seja, vai continuar cuidando da distribuição do jogo das emendas parlamentares na Casa.
O jogo de sedução de Lula
Ao dizer que “gostaria de ver” o senador Rodrigo Pacheco (PSD) como governador de Minas Gerais, o presidente Lula joga para tentar atrair o PSD de Gilberto Kassab para o seu lado, em 2026. O presidente sabe que esse apoio formal está difícil e quer, pelo menos, embaralhar as cartas de Gilberto Kassab, que hoje trabalha a união com o PSDB, partido que tem no deputado Aécio Neves (MG) seu maior líder em Minas.
Vem greve aí
A alteração no sistema da Petrobras que reduziu as horas de teletrabalho na empresa vai desaguar numa paralisação. Ninguém tem mais dúvidas de que os petroleiros vão parar por causa do fracasso das negociações desta semana, em que houve a suspensão da reunião marcada entre a empresa e a direção sindical. Rio de Janeiro, Brasília e Espírito Santo aprovaram a greve.
CURTIDAS
Ponto para Sidônio/ O novo chefe da comunicação do Planalto, ministro Sidônio Palmeira, passou em seu maior teste com a imprensa até agora: a entrevista coletiva de Lula foi considerada um sucesso pela Secom e pelos aliados. O presidente costumava reservar as coletivas para viagens e dá para contar nos dedos as vezes em que chamou os setoristas para responder perguntas. A promessa é de que ele faça encontros do tipo com mais frequência. O propósito é reaproximar Lula da imprensa e, de quebra, deixar que ele fale sobre tudo, sem intermediários, a fim de tentar recuperar a popularidade.
Discretíssimo/ Sidônio acompanhou de perto a coletiva, de braços cruzados e sorrindo a cada comentário acertado do presidente. De fato, Lula se mostrou preparado para a coletiva, com respostas prontas — mas enrolando ao falar sobre a espinhosa reforma ministerial. Sidônio nem chegou perto dos microfones ou das lentes das câmeras.
Campanha forte/ Quem estiver hoje pela Câmara dos Deputados, já encontrará banners, adesivos e panfletos de Hugo Motta (Republicanos-PB) pela Casa. O slogan da sua campanha é “Do lado do Brasil”. No papel entregue pelas “huguetes”, Motta afirma: “Vamos juntos gerar crescimento, desenvolvimento com justiça social, sempre priorizando o diálogo, a governança e o fortalecimento da atuação parlamentar”.
Medidas contra o assédio/ Esse tema demorou, mas chegou com tudo às repartições públicas. Com a participação do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reuniu diretrizes para prevenção e encaminhamento de situações de assédio moral contra servidores. A portaria do Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação do Mapa, publicada esta semana, aborda discriminação e importunação sexual.
Colaborou Victor Correia
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