Categorias: Política

O jogo do União Brasil

O jogo do União Brasil

Antes de discutir quem apoiar para a Presidência da República, os comandos estaduais tanto do Democratas quanto do PSL querem definir quem vai mandar no futuro União Brasil em cada unidade da federação e, ainda, ter clareza sobre cenários das eleições nos estados. Sem essas condições, fundamentais para garantir a eleição de uma bancada, a maioria não pretende selar qualquer apoio, seja a Sergio Moro ou outro candidato. Aliás, há quem aposte, inclusive, que a tendência mais à frente será liberar os diretórios para apoiar o presidenciável mais afinado com os planos de eleger uma grande bancada.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o futuro do União Brasil é incerto, uma vez que o PSL e o DEM locais não se entendem. No DF, Luiz Miranda sairá por uma porta, caso o União Brasil não apoie Sergio Moro, e Bia Kicis sairá pela outra, caso o partido mantenha distância de Bolsonaro.
Uma boa notícia para Guedes
Depois de tantos dissabores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, terá, em breve, uma boa notícia. O diretor da Eurasia Group para as Amércias, Christopher Garman, chega ao Brasil no próximo dia 8 e, no dia seguinte, entregará ao ministro um estudo sobre 50 países com temas como relação dívida/PIB, privatizações e reformas estruturais.
Nem tudo está perdido
Apesar dos problemas que os brasileiros enfrentam, o levantamento de Garman indica que o Brasil foi muito bem em todos os quesitos. João Camargo, comandante do grupo Esfera, que reúne a nata da avenida Faria Lima, fará um jantar para que Garman entregue esse estudo a Guedes na frente dos maiores empresários brasileiros.
O desafio de Simone
Única mulher na palheta de pré-candidatos a presidente da República em 2022, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem uma missão para passar oficialmente à condição de candidata: “Se ela não obtiver dois dígitos de intenção de voto, o partido buscará outro caminho, e ela concorrerá ao Senado”, comenta o vice-líder do MDB na Câmara, deputado Hildo Rocha (MA).
Mais um na roda dos vices
O presidente do DEM, ACM Neto, futuro secretário-geral do União Brasil, vem sendo citado como um possível vice para Sergio Moro. Só tem um probleminha: Neto está dedicado dia e noite ao projeto de governar a Bahia a partir de 2023.
Prioridade é voto/ O senador Reguffe (Podemos-DF) não compareceu ao evento de filiação do general Santos Cruz ao partido, ao lado de Sergio Moro. Reguffe tinha agenda em Ceilândia. Não queria deixar seus potenciais eleitores esperando. Para muitos no partido, foi um sinal de que será candidato a governador.
Já foi/ O deputado Alexis Fonteyne (SP), que está de saída do Novo, já avisou no grupo de WhatsApp do Podemos. Ainda que demore mais alguns dias a carta de liberação do Novo, ele já atuará na nova bancada a partir da semana que vem.
São Paulo é de todos/ O ministro de Infra-estrutura, Tarcísio de Freitas, inaugura, hoje, três obras no Porto de Santos. O ex-juiz Sergio Moro também está por São Paulo. É por lá que estarão em disputa os votos que vão garantir a segunda vaga para a final da eleição de 2022.
Enquanto isso, no PSDB…/ Se o governador de São Paulo, João Doria (foto), vencer a prévia, já começará a abrir escritórios políticos em 20 pontos estratégicos do Brasil. O cálculo é que, se empatar com Sergio Moro, eles terão que buscar uma composição.
Denise Rothenburg

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