A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar que os delatados sejam ouvidos depois dos delatores, de forma a conhecer toda a peça acusatória, era o que faltava para dar ao PT o discurso de que o ex-presidente Lula não teve direito à ampla defesa.
O partido, obviamente, se apega à narrativa da inocência, mas esse argumento da ampla defesa, sem entrar no mérito se Lula é culpado ou inocente, será usado para colocar sobre os palanques eleitorais de 2020 a ideia de um julgamento político e não técnico, para tentar fisgar aqueles eleitores que, no passado, elegeram o ex-presidente, mas hoje têm dúvidas sobre a culpa ou inocência.
A ideia do PT, entretanto, é tratar do caso Lula só se for provocado. Os pré-candidatos do partido a prefeito serão orientados a manter o foco nos assuntos municipais, como saúde, educação e segurança pública, temas que calam mais fundo na alma dos eleitores na hora de escolher o prefeito da cidade.
O presidente Jair Bolsonaro assumiu pessoalmente as negociações políticas de seu governo. O café com o PSD ontem faz parte dessa estratégia. Em suas conversas, o presidente tem dito que deseja uma base ampla e, à sua maneira, começou a trabalhar por isso.
O ministro Luiz Eduardo Ramos é hoje “o radar” que conversa com todos, identifica problemas e as soluções. A aposta do governo é a de que agora a coordenação política engrenou.
Há quem diga que a aprovação da emenda que manteve o abono salarial para quem recebe até dois salários mínimos foi feita sob encomenda pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, para que o Senado pudesse colocar uma bondade da sua lavra no texto. E, no Planalto, apesar dos ruídos, o tema foi recebido “sem estresse”. O importante foi o resultado final de aprovação da reforma.
A ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de redefinir o modelo orçamentário, não tem lá muito apelo na Câmara. É que os deputados estão muito felizes com a perspectiva de liberação obrigatória de suas emendas individuais e de bancada. Ali prevalece o “tem que manter isso, viu?”
Os líderes da Câmara avisaram aos senadores que não adianta pressionar. A proposta de emenda constitucional que trata da cessão onerosa da exploração de petróleo do pré-sal seguirá os trâmites normais da Casa, ou seja, Comissão de Constituição e Justiça, comissão especial, primeiro e segundo turnos.
Inconformados com as dificuldades da cessão onerosa e de outras medidas do pacto federativo na Câmara, os senadores combinavam fazer corpo mole na hora de votar o projeto de lei do Congresso Nacional que trata de créditos orçamentários para atender as emendas dos deputados.
Sem adversários/ A convenção do MDB no domingo é tratada com uma certa preguiça até pelos filiados ao partido. O líder Baleia Rossi não deve ter adversário e, para completar, não tem aquele clima de briga que dominou a agremiação nas últimas décadas.
O outro lado da moeda/ Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) planeja “voar” no Senado, uma vez que houve a suspensão do caso de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor nos tempos de deputado estadual e que movimentou valores acima dos seus vencimentos declarados. 01 quer ser mais atuante para identificar aqueles que têm resistências ao governo, mas são potenciais aliados.
Por falar em PSL…/ Os governistas fazem piadas sobre eles mesmos. Ontem, na sala de café do Senado, um brincava, dizendo que teria que negociar com oposicionistas, Major Olímpio e Juíza Selma. É, pois é. Nem tudo são flores no partido do presidente.
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