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Publicação polêmica de Bolsonaro provocará barulho e dará poder a Maia

Coluna Brasília-DF

A intenção de alguns deputados de cavar um processo de impeachment contra o presidente por causa do vídeo escatológico postado no Twitter não vai passar da espuma. Porém, se for mesmo apresentado, o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, terá em mãos um instrumento tão poderoso quanto aquele que Eduardo Cunha sacou contra a presidente Dilma Rousseff em 2016.

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Por isso, a intenção dos governistas é cobrar que Rodrigo Maia arquive de pronto qualquer proposta nesse sentido, como prova de apreço ao governo. Se não o fizer, será visto como uma declaração de animosidade.

Assunto esquecido

Nas postagens do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, nos últimos dias, teve Lava-Jato da Educação, Exército e até vídeo escatológico, mas nada de reforma da Previdência. No parlamento, os líderes repetem um mantra: ou ele entra, ou a Casa vai achar que a nova Previdência não é tão prioritária assim.

Afunilou

Rodrigo Maia aproveita estes dias de marasmo no Congresso para cuidar do relator da reforma. Já decidiu que não será nem do seu partido, o Democratas, nem do PSL. No DEM, para não deixar a legenda responsável pelo tema polêmico. E no PSL, comenta-se nos bastidores, por falta de gente experiente para segurar o tranco.

Sem pressa

Cresce entre os parlamentares a visão de que, se o governo apresentou um novo projeto de reforma da Previdência, é porque não tem urgência na votação do texto. Se tivesse, teria aproveitado parte da proposta que tramitou no ano passado.

O X da questão

Deputados estão convictos de que o governo só apresentou uma nova proposta porque deseja a desconstitucionalização do tema para facilitar outras mudanças no futuro.

CURTIDAS

Siga o general!/ Em conversas reservadas, os líderes partidários que não têm intimidade com o presidente Jair Bolsonaro são quase que unânimes em afirmar que ele deveria se espelhar mais no comportamento do vice, o general Hamilton Mourão, que a cada dia conquista mais simpatias.

Siga o general II/ Alguns, que demonstravam no passado recente alguma reserva ao vice, hoje o chamam carinhosamente de general “Mozão”.

A velha política impera/ Quem esperava que os novos deputados mudassem a rotina do parlamento está a caminho da frustração. Lá se vai quase um mês e meio, e as comissões não foram instaladas e sessões deliberativas só mesmo a partir de 12 de março.

Nem tudo está perdido/ Apesar da calmaria desta semana, Rodrigo Maia já avisou a interlocutores que, a partir da semana que vem, acabou a moleza. O contribuinte agradece.

Denise Rothenburg

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