Coluna Brasília-DF
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de falar todas as semanas com os seguidores via Facebook foi tomada a fim de não deixar seus eleitores dispersos. Pesquisas internas de alguns partidos chegaram a indicar que ele vinha estreitando sua faixa de influência, ficando apenas com a direita mais radical. Bolsonaro obteve muitos votos daqueles que, embora não estivessem na primeira fila do bolsonarismo, eram anti-PT. Foi esse público que lhe garantiu a vitória e que começava a se afastar. E é com esse que o presidente deseja dialogar, quando se refere ao aumento de validade da carteira de motorista, qualidade dos serviços dos sindicatos e por aí vai.
Outros presidentes, nos tempos em que a tecnologia ainda não permitia uma conversa tão direta como o eleitorado, optaram pelo rádio para expor os projetos do governo. Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula tinham o chamado conversa ao pé do rádio. Nos tempos de Lula, perguntas sobre os projetos eram enviadas ao Planalto e reproduzidas no ar para que o presidente respondesse. Bolsonaro agora faz isso via Face. Quer que os eleitores tenham ali a interpretação das falas feitas por ele mesmo, sem passar pelo filtro de terceiros. O alcance é para ninguém botar defeito. 37.730 compartilhamentos na primeira hora, 709 mil visualizações.
A proposta da deputada Bia Kicis, (foto) do PSL-DF, sobre a redução da idade de aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal para 70 anos começa ser bem-vista pelo entorno do presidente Jair Bolsonaro. É que a interlocução do governo com o STF ainda é tênue. Se não conseguir aprumar, o jeito será tentar emplacar a proposta de Bia no Parlamento.
Só tem um probleminha: Com a reforma da Previdência na Câmara e a tributária no forno, não dá para ficar fazendo marola no STF. Afinal, é lá que as reclamações sobre a reforma vão desaguar depois da votação.
A defesa que Jair Bolsonaro fez da reforma da Previdência em suas redes sociais foi muito bem recebida pelo DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele tem sido cobrado quase que diariamente por líderes partidários na seguinte linha: “O presidente tem que entrar de cabeça na reforma previdenciária. Não dá para ficarmos aqui, com o desgaste, e ele posando em outras temas”.
A avaliação é a de que alguma reforma previdenciária será aprovada. A ordem agora é reduzir as mudanças no texto.
CURTIDAS
Bola pra frente / Com a live no Facebook , ontem, o presidente Jair Bolsonaro espera ter colocado um ponto final nas polêmicas que promoveu no carnaval e, de quebra, na frase sobre “democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem”.
Na muda / Nunca antes na história deste país os profissionais da política ficaram tão quietos. Alguns pretendem permanecer assim ao longo do primeiro ano de governo. Depois é que será possível fazer um diagnóstico. Até aqui, a bola está com Jair Bolsonaro, apesar de todos os tropeços desses primeiros 60 dias.
Tá bem assim / Deputados dos mais diversos partidos já tratam Felipe Francischini (PSL-PR), de 27 anos, como futuro presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. É bom ele se preparar, porque a turma da oposição que conhece o funcionamento da comissão promete que não vai
ter moleza.
Dia Internacional da Mulher/ A coluna parabeniza todas as mulheres que diariamente e nas mais diversas áreas buscam transformar o mundo num lugar melhor. Vamos
em frente.
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