O mundo político acordará diferente nesta segunda-feira, depois do vazamento da delação da Odebrecht. A aposta sobre o futuro das reformas em curso no Parlamento é, aos poucos, substituída por outra, sobre quanto tempo perdurará o governo do presidente Michel Temer. A ordem nas reunióes de emergëncia desse domingo foi preparar o terreno para mostrar uma classe politica empenhada de forma veemente em salvar a economia, enquanto a Lava Jato segue seu curso da mesma maneira.
Porém, náo dá para o governo desconhecer o que está descrito nas 82 páginas da delação preliminar de Claudio Melo Filho. A primeira atitude foi negar tudo de forma veemente. A segunda, em curso a partir desse fim de semana, é separar tudo por partes. Afinal, ponderam deputados e senadores, o ônus da prova cabe a quem acusa.
As avaliações politicas feitas com a cópia da delação em máos indicam que a parte mais pesada do depoimento de Claudio Melo filho atinge o senador Romero Jucá e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. “Na ocasião do aniversário de 50 anos, em março de 2009, demos em nome da Odebrecht, um presente relevante a ele”, diz o texto, um relógio Patek-Phillipe, valor estimado em US$ 25 mil. Naquela época, Geddel era ministro da Integração do governo Lula, o que por si só já seria um impedimento para receber um presente de alto valor de uma empresa. Geddel, porém, não arraha mais a desgastada imagem do governo, porque não é mais ministro e nem tem mandato, ficando assim, exposto ao frio de Curitiba e ao juiz Sérgio Moro.
Jucá, entretanto, é o líder de Michel Temer no Congresso, posição delicada, que mexe justamente com as votações relacionadas ao Orçamento da Uniáo. Jucá se afastou do governo há alguns meses por causa da delação de Sérgio Machado. Agora, está novamente sob fogo cruzado, diante da delação do “fim do mundo”.
A tarefa de separar os mais enroscados, porém, não reduzirá o desgaste. Os mais otimistas do governo acreditam que boas notícias econômicas, como a queda da inflação, podem tirar o presidente da cena principal das investigações. Os pessimistas, entretanto, crêem que o melhor é começar a trabalhar a troca de comando no país. O problema é que essa troca hoje seria feita por um Congresso desmoralizado pelo mesmo depoimento. E é preciso lembrar que, dos 77 executivos, faltam ainda 76 deppoimnentos preliminares Todos eles, assim como o caso de Claudio Melo, precisarão ser homologados pelo ministro Teori Zavascki. Até que tudo isso seja feito de forma veemente, o país viverá a cada dia a sa aflição. Vejamos o que esta segunda-feira nos reserva no terreno da veemência.
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