Categorias: coluna Brasília-DF

Haja remédio para dormir

O voto do decano Celso de Mello e o do relator Edson Fachin na 2ª Turma pela rejeição dos pedidos preliminares da defesa de Nelson Meurer (PP-PR) serviram de antídoto às esperanças de absolvição. E mais: quem está na fila para ser julgado no STF comentava ontem que vai mesmo ser candidato. Afinal, no Supremo, os casos ainda demoram. E, na primeira instância, tudo corre bem mais rápido.

Para completar, com tantos deputados denunciados, ninguém tem hoje prazo para julgamento daqueles denunciados no Conselho de Ética. Todos, inclusive Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel, jogam com o tempo e apostam na reeleição.

Tem caroço nesse angu
Quem investigou as notícias de que o ex-diretor da Dersa Paulo Preto não aguentaria a prisão encontrou indícios de que fazem parte de um esquema de chantagem que teria como alvo os políticos. Algo como um trabalho da máfia.

E o Meirelles, hein?
Pronto. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles aproveita o embalo da alta do dólar para ver se consegue levar a população a pensar melhor antes de optar pelos extremos da política na hora de escolher o candidato a presidente da República. Ao comentar as pesquisas, diz com todas as letras que o mercado vê com desconfiança Marina Silva, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro.

Alckmin entre
a cruz e a espada
Se Geraldo Alckmin quiser melhorar sua performance em São Paulo, terá que ter “aquela conversa”, “olho no olho”, com João Dória (PSDB) e o governador Márcio França, ambos pré-candidatos ao governo estadual. Dória está cuidando da própria campanha e nem “tchum” para Alckmin. França está tratando de se tornar conhecido com ações do próprio governo e não discursos que recordem o padrinho.

Se foi para desfazer…
… por que é que fez? A relação com o DEM deu uma estremecida depois da última entrevista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Há alguns dias, houve um pré-acordo entre eles. Dias depois, vem a entrevista em que o demista diz que chegou a hora de terminar o casamento com os tucanos.

Deu ruim/ Muitos políticos ficaram com um pé atrás nessa história de crowdfunding, a tal vaquinha das campanhas eleitorais, que pode ser feita via empresas cadastradas no TSE. É que essas empresas, no papel de operadoras, levam um percentual. Sabe como é, no Congresso, quando se fala em percentual, o bicho pega.

Filho sem pai I/ Quando uma ação dá errado, todo mundo faz cara de paisagem, do tipo “não tenho nada com isso”. Pois foi bem assim com a polêmica em torno do slogan para marcar os dois anos do governo Michel Temer — “O Brasil voltou, 20 anos em 2”. Virou um jogo de empurra sobre a paternidade da ideia.

Filho sem pai II/ Nos bastidores da solenidade, autoridades criticavam Elsinho Mouco, como o autor da frase. Outros políticos, entretanto, colocaram a frase “O Brasil voltou” (sem o complemento que gerou a confusão) ao publicitário Nizan Guanaes, que nem em Brasília estava. Nizan está no Caribe, onde comemorou seu aniversário de 60 anos ao lado da família. Sobrou mesmo para Elsinho.

Faltou coisa/ Michel Temer falou por mais de uma hora na solenidade em que fez um balanço de sua gestão. Ao final, o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (foto), alertou: “O Michel não mencionou o aumento da capacidade do poder de compra do Bolsa Família, que foi o maior da história nesse período”.

Denise Rothenburg

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